Capacidade das Fragatas Classe Niterói

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Lauro Melo
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Capacidade das Fragatas Classe Niterói

#1 Mensagem por Lauro Melo » Sáb Jun 26, 2004 8:46 pm

Segundo informações que tenho a Fragata Classe Niterói são uma classe única no mundo e que não são derivadas das Type 21, conforme amigos de nosso fórum disseram.

As Fragatas classe Niterói são melhores que as Type 22 e 23.
( Quem me infomou isto foi o editor de DEFESANET ).

O problemas destas fragatas e a pouca força antiaérea.

Quanto a Fragata Indiana ele é excelente.

Mas aqui uma ressalva; de pouco adianta Fragatas se não houver aviões
De apoio, tanto caças como aviões de alerta antecipado.

Como podemos lembrar nas Guerra das Malvinas a 3º força naval do mundo
Foi muito danificada perante os Argentinos com seus : A-4 e Mirage 5.

Ate mesmo o 1 ( UM ) Porta Aviões foi atingido.

Sobre a capacidade de ser “invisível” os Russos dizem que mesmo os famosos B-2, podem ser rastreados pelo radares Russos.
Lembremos também do F-117 abatido na Iugoslávia ( 1999 ).




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#2 Mensagem por Fox » Sáb Jun 26, 2004 10:16 pm

Lauro Melo escreveu:Segundo informações que tenho a Fragata Classe Niterói são uma classe única no mundo e que não são derivadas das Type 21, conforme amigos de nosso fórum disseram.


Foi eu (Fox) que mencionei esse fato! :D

O fato da classe Niterói ser uma classe única no mundo não quer dizer que ela não possa ser derivada (ou baseada, se prefirir) de outra classe. A classe Barroso também e uma classe única no mundo, porem foi derivada da classe Inhaúma, a grande diferença foi que a modificações foram bastante significativa, diferentemente da Type 21 para a Niterói. Isso não sou eu que estou dizendo, isso e fato! Quer tirar a duvida veja as fotos abaixo:

Type 21:

Imagem

Niterói:

Imagem

Fala a verdade, a F-44 Independência não e a cara da mamãe (Type 21)! :D

Lauro Melo escreveu:As Fragatas classe Niterói são melhores que as Type 22 e 23.
( Quem me infomou isto foi o editor de DEFESANET ).


Se o editor do Defesanet falou isso, ele caiu no meu conceito! Se comparar a Niterói após o ModFrag, com a Type 22 Batch 1 e 2 (sem modernização) e lógico que a Niterói e superior. Agora na minha opinião tanto a classe Niterói quanto a Type 22 Batch1 e 2 são equivalente se comparada ao projeto inicial (sem modernização, pois não seria possível fazer uma comparação com as duas classes modernizadas, pois a Type 22 Bacth 1 e 2 não foram submetidas a esse serviços). A Type 22 Batch 3 teve uma evolução gigantesca da Type 22 Batch 1 e 2, portanto o seu projeto inicial na minha opinião supera a classe Niterói. A Type 23 nem vou comentar, pois está comparado um projeto da segunda metade da década de 80, com uma da década 60/70(pelo menos 10 anos de evolução tecnológica).

Faça a sua própria auto-analise, veja as fotos abaixo:

Type 22 Batch 3:

Imagem

Imagem

Imagem

Type 23

Imagem

Imagem

Observe as linhas do casco, plataforma de pouso, armamentos, ente outros, e depois você me fala o que achou!

Agora engraçado, porque será que a MB fez modificações no projeto da classe Niterói, quando foi construir o Navio Escola U-27 Brasil? Será que ela não verificou erros no projeto, e fez modificações dentro dos limites permitidos?

Lauro Melo escreveu:O problemas destas fragatas e a pouca força antiaérea.


Até ai nenhuma novidade, inclusive isso está sendo corrigido com o ModFrag!

Lauro Melo escreveu:Mas aqui uma ressalva; de pouco adianta Fragatas se não houver aviões
De apoio, tanto caças como aviões de alerta antecipado.


Isso vale para qualquer embarcação (cruzador, destróier, fragata, etc) de qualquer país!

Lauro Melo escreveu:Como podemos lembrar nas Guerra das Malvinas a 3º força naval do mundo
Foi muito danificada perante os Argentinos com seus : A-4 e Mirage 5.

Ate mesmo o 1 ( UM ) Porta Aviões foi atingido.


O grande problemas dos Ingleses não foram em relação aos caças, ou NAe , ou escoltas, entre outros, o problema estava na falta de uma aeronave de AEW. Após a Guerra das Malvinas esse problema foi solucionado com a adição do Sea King AEW.2.

Imagem

Lauro Melo escreveu:Sobre a capacidade de ser “invisível” os Russos dizem que mesmo os famosos B-2, podem ser rastreados pelo radares Russos.
Lembremos também do F-117 abatido na Iugoslávia ( 1999 ).


Os conceitos de “stealth” entre embarcações e aeronaves são diferentes. E outra, o importante é diminuir o tempo de resposta do inimigo, portanto e importante à embarcação se manter oculta(dificultar a detecção) por um maior tempo possível. Isso não que dizer que a embarcação vai chegar, atirar, e fugir sem ser detectada!

Até mais.......................................................................

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#3 Mensagem por Lauro Melo » Dom Jun 27, 2004 10:51 am

Fox, Primeiro Obrigado Pelas Informações.

Sobre as informações que tenho, as Niterói são da classe Meko 10, acho que isto, amanhã olhou em meu e-mail da empresa que trabalho. De casa não tenho como ver.

Mas posso enviar o e-mail a você, sobre algumas explicações sobre as Fragatas classe Niterói. Como são derivadas e etc...

Sobre as Fragatas Inglesas adquiridas pelo Brasil ( F-47 ) estas são Type 22, e parece que são piores dos que as Niterói.

Certo ? ? ?

Sobre a capacidade de uma Frota se defender de aviões, continua sendo limitada.

Um exercício entre as marinhas de Brasil e Espanha, um A-4 brasileiro, virtualmente acerto uma novíssima fragata espanhola, sendo que esta tinha apoio de um helicóptero de alerta aéreo antecipado.

Na imensidão do mar ainda é difícil prever um ataque, mesmo com novas tecnologias.

Um amigo que é da marinha, me informou que para avaliarmos uma força naval contra um país, primeiramente é necessário avaliar a força área do país agredido, mesmo antes de avaliar a força naval deste.

Sobre a capacidade de ser “invisível”, realmente aviões e navios são coisas bem diferentes, sendo que é muito mais difícil um navio ter estas condições.




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#4 Mensagem por Fox » Dom Jun 27, 2004 12:50 pm

Lauro Melo escreveu:Sobre as informações que tenho, as Niterói são da classe Meko 10, acho que isto, amanhã olhou em meu e-mail da empresa que trabalho. De casa não tenho como ver.


A Niterói pertence ao projeto Vosper MK10 (projeto derivado da Type 21).

Lauro Melo escreveu:Mas posso enviar o e-mail a você, sobre algumas explicações sobre as Fragatas classe Niterói. Como são derivadas e etc...


Legal cara, estou aguardando o seu e-mail! Obrigado!

Lauro Melo escreveu:Sobre as Fragatas Inglesas adquiridas pelo Brasil ( F-47 ) estas são Type 22, e parece que são piores dos que as Niterói.


Como eu já mencionei, na minha opinião tanto a classe Niterói (Vosper MK10) quanto a Type 22 Batch 1 e 2 são equivalente (estrutura da embarcação). Eu não acredito que os Ingleses com todos o conhecimento adquirido na construção e operação da Type 21 + aperfeiçoamento dessa classe, nascendo então o projeto Vosper MK10, teriam a capacidade de construir uma nova classe inferior as duas anteriores. Porque então os Ingleses não construíram para sua marinhas o projeto Vosper MK10? E tem outro detalhe, as Type 22 já foram testada em combate, coisa que as Niterói ainda não foi, então não há como fazer uma comparação precisa dessa duas classes.

Lauro Melo escreveu:Sobre a capacidade de uma Frota se defender de aviões, continua sendo limitada.

Um exercício entre as marinhas de Brasil e Espanha, um A-4 brasileiro, virtualmente acerto uma novíssima fragata espanhola, sendo que esta tinha apoio de um helicóptero de alerta aéreo antecipado.

Na imensidão do mar ainda é difícil prever um ataque, mesmo com novas tecnologias.


Nesse exercício a marinha Espanhola contava com o apoio do seu NAel e grupamento aéreo embarcado (AV-8 B + Sea King AEW)? Estava com o seu GT em formação? Provavelmente não! Se os Espanhóis estivesse com o apoio do AV-8, os Sea King teriam detectado e posteriormente enviado o AV-8 para interceptar os A-4. Os A-4 da MB para atacar uma embarcação tem que se aproximar no mínimo até 10 km, ficando assim muito vulnerável ao ataque inimigo. Se o A-4 possuísse capacidade de utilizar mísseis antinavio, a chance de furar a defesa inimiga (mesmo com caças e AEW) seria maior, pois esse ataque aconteceria a uma distancia mínima de 30 Km(Agm-119b, ou até um alcance maior com a utilização do Harpoon, Exocet, Sea Engle, etc). Se os Espanhóis estivesse com o seu GT em formação, não seria utilizado somente o Sea King AEW para a detecção, helicóptero Seahawk também efetuariam vôo constantes, e dentro do raio de ação de seu radar, também poderia ajudar nessa patrulha. E comum às marinhas Européias utilizarem os seus Harrier em missão PAC. Em resumo, a patrulha e a junção de vários meios efetuando diversas funções (ASW, AEW, etc), então na função AEW os Espanhóis poderia contar com os seu Sea King, Harrier, Seahawk e ate mesmo embarcações em alerta. Agora se com tudo isso (escolta moderna + Aeronave AEW), os A-4 conseguiram furar a defesa Espanhola, imagine se você ao contraio, se os Harrier testasse atacar as nossas esculachas (ou o GT), sendo que a MB nem possui aeronaves AEW. Bom, falhas no sistema acontece, mas o importante e conseguir minimizar essas falhas, coisas que os Ingleses não conseguiram, pois tiveram varias perdas na Guerra das Malvinas.

Os Argentinos voavam baixo com os seus S. Etendard, subiam até uma determinada altitude para localiza o inimigo, e descia, subia e descia,.......e após a detecção, atacava o alvo. Bom vou colocar uma parte de um texto que tenho salvo no meu PC para ficar claro o que eu estou dizendo. Esse texto é conhecido, mas esclarece como foi o ataque dos Argentinos.

O fim do Shefffield - 4 de maio de 1982

Texto de Elizabeth Koslova
.....................................................................................
.......................................................................................
...............

Cerca de 2 horas depois da decolagem, já um pouco a leste das ilhas o Neptune plotam 3 contatos a cerca de 100Km a sudeste do avião, durante um período de 2 a 3 horas o avião argentino descrevia algumas órbitas circulares na sua região de busca, sem ser importunado por caças da Royal Navy baseados nos dois porta aviões, a estratégia de Proni era dissimular uma busca a sobreviventes do ARA Belgrano torpedeado 2 dias antes.

Enquanto marcava o contato com os seus 3 alvos, assim como analisavam seus perfis de comportamento, a tripulação do Neptune emitia relatos ao continente sobre a existência dos contatos, dois Super Etendard(3-A-202 e 3-A-203) armados com um AM-39 Exocet cada, estavam sendo freneticamente preparados em Rio Grande, no seu comando partiriam o Capitão de Corveta Augusto Bedacarratz e o Tenente de Fragata Armando Mayora, eles seriam protagonistas de uma das mais famosas surtidas de combate da história da guerra aéreo-naval.

Na manhã por volta das 9:45 horário local, os dois caças decolaram de Rio Grande, cerca de 20 minutos depois foram abastecidos em vôo por um KC-130 seguindo para leste percorrendo os cerca de 400km que os separavam dos seus alvos. Assim que perceberam em seus RWR a presença de radares de busca dos navios ingleses na área os dois caças desceram a poucos metros acima da superfície do mar, recebendo informações do Neptune os dois pilotos subiram rapidamente a cerca de 2000 pés de modo a plotarem nos seus radares de bordo a marcação dos alvos que alimentaria o sistema de orientação dos Exocet, para a frustração dos dois pilotos, nenhum alvo foi achado, eles retornaram rapidamente a altura padrão de 15m sobre o mar, e cerca de 40km mais a frente repetiram a manobra, desta vez com sucesso conseguindo plotar 2 contados, os pilotos então aceleraram os seus caças a cerca de 500 nós, e quando estavam a cerca de 30km dos seus alvos lançaram os dois AM-39.

Os mísseis percorreram a distancia até o alvo em cerca de 104 segundos, vindo um deles a atingir o HMS Sheffield, a meia nau na altura da casa de maquinas, sem explodir, mas o incêndio causado pela queima do propelente resultante foi o suficiente para transformar em um inferno os momentos que se seguiram.

O mar estava calmo naquele momento, com ondas de pequena intensidade, isto permitiu aos pilotos argentinos escolherem uma altitude de impacto bem próxima a linha da água no navio.

.....................................................................................
.......................................................................................
...............(prossegue o texto)


Lauro Melo escreveu:Um amigo que é da marinha, me informou que para avaliarmos uma força naval contra um país, primeiramente é necessário avaliar a força área do país agredido, mesmo antes de avaliar a força naval deste.


Se for possível neutralizar as aeronaves AEW, essa força aérea já estará bastante enfraquecida.

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Re: Capacidade das Fragatas Classe Niterói

#5 Mensagem por Guilherme » Dom Jun 27, 2004 1:08 pm

Lauro Melo escreveu:Mas posso enviar o e-mail a você, sobre algumas explicações sobre as Fragatas classe Niterói. Como são derivadas e etc...


Manda o email pra mim também:

cordeiro arroba inf.ufsc.br




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#6 Mensagem por Vinicius Pimenta » Dom Jun 27, 2004 1:19 pm

Lauro,

Por que ao invés de mandar os e-mails sepradamente você não o coloca aqui no fórum para que todos possam vê-lo? Acho que será muito mais proveitoso.




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Capacidade das Fragatas Classe Niterói

#7 Mensagem por Lauro Melo » Dom Jun 27, 2004 5:02 pm

Vinicius Pimenta escreveu:Lauro,

Por que ao invés de mandar os e-mails sepradamente você não o coloca aqui no fórum para que todos possam vê-lo? Acho que será muito mais proveitoso.


Vinicius,

Ok, amanhã estarei colocando 2 e-mails, sobre as Fragatas Classe Niterói, e um e-mail de 1 ( um ) de um especialista na área da marinha de guerra.




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#8 Mensagem por Lauro Melo » Seg Jun 28, 2004 12:13 pm

A Classe niterói são uma classe própria as MK10 um projeto que foi
específica do estaleiro Vosper para a MB. É um projeto notável. Melhor que
as Type 22 e 23. Pensava-se comprar 20 na época. Bem, ficou em seis.




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Re: Classe niterói

#9 Mensagem por Fox » Seg Jun 28, 2004 12:56 pm

Lauro Melo escreveu:A Classe niterói são uma classe própria as MK10 um projeto que foi
específica do estaleiro Vosper para a MB. É um projeto notável. Melhor que
as Type 22 e 23. Pensava-se comprar 20 na época. Bem, ficou em seis.


Lauro, esse é o e-mail que você ficou de mandar?

Sobre o nome do fabricante e modelo, eu já tinha mencionado em minha ultima mensagem. Sobre a Type 22, como eu disse, são equivalente a Niterói, ou seja, pode ser um pouco pior ao até mesmo melhor. Mas acredito que seja melhor, porque os Ingleses construíram um projeto inteiramente novo, procurando corrigir todos os problemas evidenciados na Type 21.

Agora a Type 23 eu não concordo mesmo! Fazendo uma comparação esdrúxula, seria a mesma coisa que comparar o Gol primeira geração com a terceira geral (uma diferença de projeto de no mínimo 15 anos).

O fato de a Niterói ser derivada da Type 21, não quer dizer que essa não seja uma classe única.

Quero deixar claro que não estou dizendo que a classe Niterói não presta, ou algo parecido, mas não concordo com a opinião que essa classe e melhor que a Type 22 Batch 3 e Type 23.

Até mais..............................................................

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#10 Mensagem por Vinicius Pimenta » Seg Jun 28, 2004 1:41 pm

Lauro, eu recebi o e-mail. Eu sugeri que ele fosse colocado aqui no fórum, não que fosse repassado por e-mail para os membros. Se for possíve, você poderia disponibilizá-los aqui?

E, segundo aquele trecho das Niterói, o autor fala que o projeto das Niterói é melhor do que as da T22/23. Ele não diz que as Niterói são melhores que as T-22/23. No meu ponto de vista, ele quer dizer que a navegabilidade/estabilidade, possibilidades de melhorias, etc, é que são melhores, não que as Niterói e seus equipamentos sejam melhores.

Tanto é que, após o ModFrag, no meu entender, as Niterói estarão melhores equipadas do que as T22/23. Posso estar errado, confesso que não sou dos mais competentes quando se trata de assuntos navais.




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#11 Mensagem por FinkenHeinle » Seg Jun 28, 2004 5:20 pm

Lauro Melo escreveu:Um exercício entre as marinhas de Brasil e Espanha, um A-4 brasileiro, virtualmente acerto uma novíssima fragata espanhola, sendo que esta tinha apoio de um helicóptero de alerta aéreo antecipado.


Na verdade, o que houve foi que um Sea Lynx conseguiu acertar, simuladamente, um Sea Skua na novíssima F-100, fragata espanhola com o sistema AEGIS... E foi isso que aconteceu. O que prova que uma marinha equilibrada, mas dispondo de um NAe, ou um NAeL, com AEW e caças pode destruir até os melhores vasos de guerra, desde que os mesmo não tenham apoio de NAes...




Atte.
André R. Finken Heinle

"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
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Fragatas :

#12 Mensagem por Lauro Melo » Seg Jun 28, 2004 5:34 pm

Vinicius Pimenta escreveu:Lauro, eu recebi o e-mail. Eu sugeri que ele fosse colocado aqui no fórum, não que fosse repassado por e-mail para os membros. Se for possíve, você poderia disponibilizá-los aqui?

E, segundo aquele trecho das Niterói, o autor fala que o projeto das Niterói é melhor do que as da T22/23. Ele não diz que as Niterói são melhores que as T-22/23. No meu ponto de vista, ele quer dizer que a navegabilidade/estabilidade, possibilidades de melhorias, etc, é que são melhores, não que as Niterói e seus equipamentos sejam melhores.

Tanto é que, após o ModFrag, no meu entender, as Niterói estarão melhores equipadas do que as T22/23. Posso estar errado, confesso que não sou dos mais competentes quando se trata de assuntos navais.


Lauro,

A F47 foi desativada por dois motivos. Falta de recursos e um alerta
para os ingleses. Alguns expertos criaram uma mafia para dominar o mercado de spare-parts dos navios ingleses. As compras de ocasião estão custando muito caras quando são operadas.

As MODFRAG avançam a rito de lesma, talvez perdam para o crustáceo.

A entrevist do tribuna é refernte a um artigo do jornal Zero Hora, no
qual colaborei.

Os holandeses tiverma uma linha de montagem do F16, que foram vendidos para a Europa, anos 70 e 80. Tem uma grande quantidade de caças em reserva..

A Classe niterói são uma cladsse própria as MK10 um projeto que foi
específica do estaleiro Vosper para a MB. É um projeto notável. Melhor que as Type 22 e 23. Pensava-se comprar 20 na época. Bem, ficou em seis.

SDS
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#13 Mensagem por Lauro Melo » Seg Jun 28, 2004 5:36 pm

FinkenHeinle escreveu:
Lauro Melo escreveu:Um exercício entre as marinhas de Brasil e Espanha, um A-4 brasileiro, virtualmente acerto uma novíssima fragata espanhola, sendo que esta tinha apoio de um helicóptero de alerta aéreo antecipado.


Na verdade, o que houve foi que um Sea Lynx conseguiu acertar, simuladamente, um Sea Skua na novíssima F-100, fragata espanhola com o sistema AEGIS... E foi isso que aconteceu. O que prova que uma marinha equilibrada, mas dispondo de um NAe, ou um NAeL, com AEW e caças pode destruir até os melhores vasos de guerra, desde que os mesmo não tenham apoio de NAes...


Prezados o ARTIGO QUE DESCREVI FOI LIDO NA REVISTA TECNOLOGIA E DEFESA Nº 98 em suas páginas finais.

OKKKKKKK




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Re: Classe niterói

#14 Mensagem por Lauro Melo » Seg Jun 28, 2004 5:38 pm

Fox escreveu:
Lauro Melo escreveu:A Classe niterói são uma classe própria as MK10 um projeto que foi
específica do estaleiro Vosper para a MB. É um projeto notável. Melhor que
as Type 22 e 23. Pensava-se comprar 20 na época. Bem, ficou em seis.


Lauro, esse é o e-mail que você ficou de mandar?

Sobre o nome do fabricante e modelo, eu já tinha mencionado em minha ultima mensagem. Sobre a Type 22, como eu disse, são equivalente a Niterói, ou seja, pode ser um pouco pior ao até mesmo melhor. Mas acredito que seja melhor, porque os Ingleses construíram um projeto inteiramente novo, procurando corrigir todos os problemas evidenciados na Type 21.

Agora a Type 23 eu não concordo mesmo! Fazendo uma comparação esdrúxula, seria a mesma coisa que comparar o Gol primeira geração com a terceira geral (uma diferença de projeto de no mínimo 15 anos).

O fato de a Niterói ser derivada da Type 21, não quer dizer que essa não seja uma classe única.

Quero deixar claro que não estou dizendo que a classe Niterói não presta, ou algo parecido, mas não concordo com a opinião que essa classe e melhor que a Type 22 Batch 3 e Type 23.

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Ao
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BR - Petrobras - GOF/GACRE
Rio de Janeiro - RJ

Prezado Sr. Lauro Melo De Paula.

Recebi o seu e-mail e vou tentar te explicar por partes as tuas duvidas. Começo pela mais fácil, que é explicar o que vem a ser Reserva Naval. O exemplo que eu te dou é o dos Estados Unidos da América no final da Segunda Guerra Mundial. Naquele momento eles tinham todos os seus estaleiros voltados para o esforço de guerra, construindo embarcações de uso militar, que com o fim do conflito não tinham mais utilidade. Havia também uma força naval muito superior a realidade do pós-guerra. Os marinheiros começavam a ser dispensados e os navios tinham de receber algum destino. Muitos foram repassados para as marinhas amigas, outros simplesmente foram atracados em grandes áreas portuárias para, caso houvesse uma necessidade, serem postos novamente na ativa. Estes navios, novos ou com pouco uso, faziam parte da Reserva Naval dos EUA. No caso brasileiro isto não é algo comum de ocorrer, pois a nossa força naval é bem menor, e não possui um excesso de navios. Porem, devido a grande restrição nas verbas orçamentarias, tornou-se impossível manter todos os navios operando. A solução adotada, foi retirar do serviço ativo alguns dos navios para com a verba economizada poder manter os demais em condições de operação. Estes navios, por não estarem na ativa, passam a ter uma manutenção menor, mantendo-os em razoável estado de conservação. E caso seja necessária, podem voltar a atividade desde que recebam alguns preparativos intensivos. Em questão de alguns meses eles podem voltar a navegar nos padrões mínimos exigidos pela Marinha do Brasil. É claro, que estar na reserva por falta de verbas representa não receber uma manutenção ideal, logo sofrer uma deterioração maior do que se estivesse em atividade. Para um navio, ficar parado ou navegar constantemente podem ser prejudiciais. Pois parado ele sofre mais a ação da corrosão nos seus dutos internos, e navegando muito ele não sofre as devidas manutenções que poderia receber se tivesse uma atividade balanceada. A atividade gera um desgaste, que tem de ser constantemente reparada, controlada, para não se tornar um problema.
Com relação aos outros navios que sofreram baixa na Marinha do Brasil, o ano de 2002 foi muito significativo, pois nele mais de 10 navios deram baixa. Neles nos temos o Minas Gerais, Barrão de Tefé, corveta Bahiana, entre outros. Mas neste ano também ocorreu a baixa de outros dois contratorpedeiros da classe Para, semelhantes ao Pernambuco, e que era composta originalmente por quatro navios.
As fragatas da classe Niterói, por terem sido construídas no Brasil tem muitos equipamentos nacionalizados, cuja reposição é fácil e relativamente barata. Os demais navios dependem de peças vindas do exterior, o que resulta num custo maior e leva um tempo mais longo até o recebimento das peças. Aliado a isto, se comparar-mos as fragatas da classe Niterói com os contratorpedeiros, veremos que a tripulação destes é bem maior do que o das fragatas. Isto repercute novamente no custo de operação. Por fim o próprio sistema de propulsão é diferente e mais oneroso na sua operação. Assim sendo, na hora de se ter de retirar algum destes navios da atividade estes requisitos acabam pesando na decisão. Veja que um navio foi mantido, para poder servir de navio escola na formação de tripulantes. Pois com isto, no momento de serem reincorporados basta remanejar os tripulantes, mesclando pessoal com e sem experiência nesta classe de navio, para poder viabilizar a sua operacionalidade em curto espaço de tempo. Prever se isto ocorrera ou não é algo difícil. Creio que não. Pois estes navios são antigos e recupera-los gera um custo que a Marinha não possui condições de investir no momento. A tendência é de que eles venham a ser substituídos por outros navios no futuro. Sejam eles de segunda mão ou construídos no pais, o que seria ideal. Espero que com a explicação acima tu possa ter melhor compreendido, não só o que vem a ser Reserva Naval, mas o que é que esta ocorrendo.
O segundo ponto que vou te explicar diz respeito a comparação entre Marinha, Exercito e Aeronáutica, qual esta melhor equipada ou preparada na atualidade. O Exercito é muito grande frente aos recursos de que dispõe. Logo não pode manter uma força totalmente equipada nos padrões ideais. É uma política geral das forças armadas brasileira a de se manter algumas unidades sempre melhor equipadas, para poder manter o nível elevado. No caso do Exercito, estas unidades são conhecidas como Unidades de Pronto Emprego. Por exemplo: pára-quedistas, montanha, selva, a nova unidade anti-terror, e todas as unidades que podem servir representando o pais junto a ONU.
A força aérea, é uma força menor, com pilotos muito bem preparados, mas com equipamento muito aquém do ideal. O melhor equipamento da FAB são os aviões de patrulha ou vigilância aérea. Não pelo fato de serem novos, mas pelos equipamentos neles embarcados. Os AMX são relativamente novos, mas também não possuem radar capaz de suportar as necessidades atuais do campo de batalha.
A Marinha também é uma força relativamente pequena, com equipamentos relativamente atualizados, mas com um custo de manutenção e operação muito elevados. Os seus navios são de aço, e atuam no mar salgado, que é extremamente corrosivo. O custo, tanto de operação como de manutenção, também foi elevado com a aquisição das aeronaves de asa fixa, bem como do navio aeródromo São Paulo. A grande vantagem que a Marinha possui, sobre as demais forças, se baseia no fato dela possuir a muito mais tempo a cultura da importância tecnológica incorporada nos seus equipamentos. Os navios operam com radar e mísseis a muito mais tempo. Sem isto os navios não possuiriam o porque de sair ao mar, pois seriam alvos fáceis. A sobrevivência de um navio esta relacionada a tecnologia embarcada. E esta relação não é idêntica com a FAB e com o Exercito. Porem, a crise econômica acaba por igualar muito as forças, no seu pior sentido, o que é lastimável.
O terceiro item de que tu me pergunta diz respeito a uma possível classificação entre as marinhas dos países latino americanos. Isto é algo muito mais difícil de se fazer, pois os critérios são muito amplos. Se formos ver os meios disponíveis, temos de levar em consideração o estado de manutenção dos mesmos e os recursos disponíveis para operação. Ter algo não quer dizer muito, se este algo não possui condições de operar plenamente. A nível de marinhas latino-americanas a arma ais letal na atualidade são os seus submarinos, te-los em bom estado de operação e operando é muito significativo. O Brasil é o único pais que possui um navio aeródromo, o que é um diferencial, mas só serve para operações afastadas da costa. Pois caso contrario a analise teria de levar em conta o poder das forças aéreas nacionais. Os navios de superfície, possuem a sua importância no momento em que eles possibilitam que a força naval possa ser, embora pequena, completa em todas as suas funções e variáveis: defesa anti aérea, defesa anti-submarina, transporte de tropas, suprimentos poder de ataque aéreo e poder de ataque submarino. Porem tu tens de pensar, que a classificação de uma força naval deva se dar no nível em que ela esta apta a operar com outras forças navais de outros países. Esta capacidade de integração entre as forcas de outros países ou com as do seu próprio pais é que realmente interessam no cenário atual.
Creio que com estas explicações possa ter te auxiliado. Caso ainda haja alguma duvida pode perguntar. Não te prometo uma resposta rápida, pois estou estudando e tenho alguns compromissos que me tomam tempo. Mas no que for possível eu sempre respondo.
Atenciosamente.

Carlos
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Vinicius Pimenta
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#15 Mensagem por Vinicius Pimenta » Seg Jun 28, 2004 7:06 pm

Finken, a notícia sobre os A-4 também é verdadeira. Eles também acertaram a frota espanhola.




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