"Big Brother" na China. E não é programa de TV

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jambockrs
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"Big Brother" na China. E não é programa de TV

#1 Mensagem por jambockrs » Seg Ago 13, 2007 11:52 pm

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Plano high-tech monitora pessoas na China
segunda-feira, 13 de agosto de 2007 - 21:09 - G1
Pelo menos 20 mil câmeras de segurança policiais estão sendo instaladas em ruas do sudeste da China, tendo como guias em breve softwares sofisticados capazes de reconhecer automaticamente os rostos de suspeitos policiais e detectar atividade não usual. Junto com as câmeras, na cidade de Shenzhen, com 12,4 milhões de habitantes, cartões residenciais equipados com poderosos chips serão impostos para a maior parte dos cidadãos.
Nos chips, serão incluídos não apenas o nome da pessoa e seu endereço -– como era utilizado até hoje nos cartões de identificação –- mas também seu histórico de trabalho e de educação, religião, etnia, histórico policial e situação do seguro médico. Até mesmo o histórico reprodutivo será incluído, para reforçar a controversa política chinesa de apenas um filho por casal.
O sistema anterior, que funcionou bem mantendo poucas informações por muito tempo, entrou em crise com a crescente mudança das pessoas da cidade para o campo.

Especialistas em segurança descrevem os planos da China como o maior esforço mundial para mesclar tecnologias de última geração com o trabalho da polícia para rastrear as atividades da população e combater o crime. Mas eles também afirmam que essa tecnologia pode ser utilizada para violar direitos humanos.
O governo chinês ordenou que todas as cidades grandes apliquem a tecnologia ao trabalho policial e imponham os cartões a 150 milhões de pessoas que se mudaram para as cidades mas não adquiriram residência permanente. Os cartões são necessários para garantir benefícios sociais, forçando sua aquisição e facilitando o controle.

Ambas as decisões são tomadas oficialmente como para combater o crime e desenvolver melhores controles sobre a crescente população móvel, incluindo as cerca de 10 milhões de camponeses que se mudam para as cidades todos os anos. Mas as medidas também podem ajudar o Partido Comunista a reter o poder ao manter fortes controles sobre essa população cada vez mais próspera, enquanto os protestos se tornam cada vez mais comuns.

Aplicação mundial
Shenzhen, perto de Hong Kong, é a primeira cidade chinesa a introduzir os novos cartões residenciais. Ela também está liderando a China no uso em larga escala das câmeras de segurança -– que se tornaram muito utilizadas, devido ao medo do terrorismo, também no oeste. Algo que ocorre na Inglaterra, onde a polícia já instalou câmeras em postes de luz e estações de metrô e está desenvolvendo softwares de reconhecimento de faces.
Em Nova York, a polícia anunciou mês passado que iria instalar mais de 100 câmeras de segurança para monitorar a baixa Manhattam até o fim do ano. Shenzhen já tem mais de 180 mil câmeras de televisão em circuitos fechados dentro e fora dos ambientes, controladas por empresas e agências governamentais, e a polícia terá o direito de ligá-las ao mesmo sistema de suas 20 mil câmeras.

Alguns ativistas dos direitos humanos afirmam que ambas os esquemas violam o direito à privacidade, mas que o chinês é mais ameaçador, devido aos planos divulgados. "Não acho que eles sejam remotamente comparáveis, mesmo com a Inglaterra sendo bastante controversa", afirmou Dinah PoKempner, do conselho dos direitos humanos em Nova York.
A China tem menos limites para a força da polícia, restrições para o uso de informações sigilosas e proteção legal para os suspeitos do crime, acrescentou. Além disso, há o adicionamento de informações pessoais necessárias apenas para o controle nos cartões de identificação.
Um abraço e até mais...




Um abraço e até mais...
Cláudio Severino da Silva
claudioseverinodasilva41@gmail.com
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