#10077
Mensagem
por FCarvalho » Sex Jan 05, 2024 7:29 pm
A defesa do Estado de Roraima só pode ser feita efetivamente se houver um brigada de infantaria completa no mesmo. Menos que isso é continuar fazendo mais do mesmo. Ou seja, não funciona e ainda vai custar muito caro.
Defendo a tese da uma 1a Bda Inf Sl quaternária sediada na íntegra naquele estado, além de 1 bda cav mec com seus RCB e RCM. E está de bom tamanho. Se foram ambas aquinhoadas com tudo o que está nos manuais, claro.
O EB tende a desdobrar suas FE para as regiões de fronteira na medida em que isto for possível e dentro do orçamento disponibilizado. Como visto, vai demorar 4 anos para implementar um simples núcleo de FE no centro oeste, provavelmente em Campo Grande. Se a nível batalhão ou companhia, penso que nos seja indiferente. O exército está acostumado a chamar de Brigada e Divisão organizações que sequer tem metade das OM que tais GU possuem.
No mais, a questão fulcral que penso tem de ser resolvida antes de mais nada é a própria falta de recursos humanos e materiais - diria interesse\responsabilidade do EB - nas brigadas já instaladas no CMA\CMN , que como já repeti várias vezes, tem apenas 2 das 6 com dotação completa de SU. Isto por si só é um escárnio público e notório em relação à propalada defesa e "importância estratégica" da região amazônica e constitui uma das maiores e mais graves hipocrisias dos militares.
Se não tem nem para arrumar o pouco que se dispõe aqui, não adianta querer reinventar a roda ou quebrar o galho da defesa da região trazendo a cavalaria para cá "apenas quando e se necessário". Como se a região pudesse se dar o luxo de esperar pelas maravilhosas tropas do EB esquentando a bunda na areia da praia.
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski