Modernização do FAL (Argentina)

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Fox
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Modernização do FAL (Argentina)

#1 Mensagem por Fox » Ter Mai 18, 2004 5:11 pm

Modernização do FAL

Engenheiros do Ejército Argentino estão estudando a possiilidade de modernização do fuzil FN FAL (Fusil Automático Liviano) de 7,62 x 51mm, como etapa prévia à adoção de um fuzil mais leve e mais moderno, no calibre 5,56mm. O estudo se baseia na aplicação de novas tecnologias que permitirão tornar a arma mais leve, através da adoção de material composto, bem como a instalação de um novo aparelho de pontaria e a adoção de carregadores com 30 tiros. Prevê-se também a possibilidade de, de acordo com as necessitades, ser adotada uma mira eletro-ótica. Os trabalhos seriam executados nas próprias unidades usuárias. Além disso, para utilização por tropas envolvidas em missões de paz, é necessária a aquisição, de forma prioritária, de pelo menos 1.500 fuzis de assalto no calibre 5,56mm. (Juan Carlos Cicalesi/César Del Gaizo)

http://www.segurancaedefesa.com




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#2 Mensagem por Guilherme » Ter Mai 18, 2004 5:16 pm

Os fuzis/carabinas de 5,56 mm da Imbel (MD2, MD3, MD97), são bons produtos?




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#3 Mensagem por Marechal-do-ar » Ter Mai 18, 2004 7:28 pm

O MD97 é, os MD2 e MD3 são grandes prcarias.




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#4 Mensagem por Guilherme » Ter Mai 18, 2004 8:08 pm

Poderias justificar isso, Marechal (os motivos que o levam a dizer isso)?




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#5 Mensagem por Vinicius Pimenta » Ter Mai 18, 2004 8:31 pm

Porque os outros foram uma adaptação do FAL. Basicamente eles usaram um FAL tradicional e encheram o cano de chumbo para estreitar o diâmetro. Ficou pesado e ruim.

Já o MD97 é um projeto baseado no FAL, porém ele foi reprojetado, não improvisado.




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Balena
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#6 Mensagem por Balena » Ter Mai 18, 2004 10:02 pm

Vou postar aqui um trecho de um artigo publicado por Ronaldo Olive, pessoa que na minha opinião é um dos maiores especialistas civis em armamento leve do Brasil.

A grande notícia, sem dúvida, foi que o longo período de desenvolvimento de seus novos fuzis em calibre 5,56 x 45 mm (acima) foi coroado, recentemente, com sua homologação oficial (ReTEx - Relatório Técnico Experimeental) pelo Campo de Provas da Marambaia, RJ, do Exército Brasileiro. O passo seguinte, indispensável para uma eventual adoção pela Força Terrestre, será o processo de avaliação operacional (ReTOp - Relatório Técnico Operacional), em que as armas serão submetidas a longos testes de campo, em mãos da tropa. Parece que quase todo o ferramental já se encontra pronto na FI - Fábrica de Itajubá, o que possibilitará sua entrada em produção seriada em curto espaço de tempo.
Imagem
A versão básica recebeu a designação Fz 5,56 MD97L e, apesar de inegáveis semelhanças externas com o "velho" FAL (Fz 7,62 M964), do qual utiliza vários componentes, constitui-se num projeto bem diferente. Mantendo o mesmo sistema de operação a gás, com êmbolo, o trancamento da culatra no momento do disparo, no entanto, é efetuado por um ferrolho rotativo, em vez do sistema basculante da arma calibre 7,62 x 51 mm. A utilização de um corpo principal usinado em liga leve de alumínio resultou em significativa redução no peso vazio (sem o carregador de 30 tiros) da arma, que é de 3,7 kg. O cano tem 435 mm de comprimento, podendo ser fornecido com passos de 1:7 (para cartucho SS109), 1:10 (polivalente) ou 1:12 polegadas (para M193), de acordo com a opção do operador. Possui, é claro, quebra-chamas e encaixe universal (22 mm de diâmetro) para granadas de bocal.




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#7 Mensagem por Slip Junior » Ter Mai 18, 2004 10:13 pm

Oi pessoal,

Vocês podem achar mais algumas informações sobre o MD97L no tópico "Dúvida: 7.62 x 5.56".

Espero que possa ajudar.

Abraços




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#8 Mensagem por Balena » Ter Mai 18, 2004 10:17 pm

Prezados colegas,


Como pudemos perceber, trata-se de uma arma compacta, ideal para o emprego em cenários urbanos, seja por forças policiais, seja por forças armadas, principalmente quando se tratarem das tropas de assalto. Mas mesmo assim não acredito que a existência do Fz 7,62 M964 FAL e sua versão A1 PARA-FAL estejam condenadas, é tudo uma questão de escolha da arma certa para os locais certos e missões mais adequadas. Não vou aqui querer entrar no mérito da questão da padronização dos cartuchos de fuzis empregados em nossas FFAA. Apenas gostaria de dizer que a idéia de um PARA-FAL 5,56 é algo esperado por muitos e que me agrada em demasia, uma vez que, proporcionará maior capacidade de prover nossas tropas de assalto e forças policiais de um equipamento mais adequado a suas respectivas destinações.

Gostaria de saber se há alguma diferença entre a versão MD97L em relação à MD97, ou se o L é suprimido usualmente.

Vinícios, quando você disse:
Basicamente eles usaram um FAL tradicional e encheram o cano de chumbo para estreitar o diâmetro. Ficou pesado e ruim.

Você estava brincando não é??? ou não??? sinceramente vc me confundiu.




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#9 Mensagem por Marechal-do-ar » Ter Mai 18, 2004 10:54 pm

O MD2 ele colocaram uma M-16 dentro de um FAL e deu no que deu, as coisas não se encaixaram direito, a carcaça do FAL era pesada e o sistema da M-16 uma merda.




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#10 Mensagem por Balena » Ter Mai 18, 2004 11:22 pm

Acredito que um fuzil que recebeu a homologação oficial do ReTEx (Relatório Técnico Experimeental) após os testes no Campo de Provas da Marambaia, testes estes que são super rigorosos, não pode ser menosprezado em suas capacidades. Me refiro ao Fz 5,56 MD97L PARA-FAL, arma que acredito ser a nova vitrine da Imbel para o mundo dos Fuzis de Assalto. Caso tenha algum militar aqui que tenha conhecimento técnico acerca do Fz 5,56 MD97L, seria interessante que ele nos esclarecesse acerca do desempenho do mesmo e de suas peculiaridades técnicas.

Desde já Obrigado.




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#11 Mensagem por fredom » Qua Mai 19, 2004 12:05 am

vi em uma revista que o cigs tava testando outras armas mas que o fal foi o melhor avaliado. isso pq depois de passar um dia na mata ele foi o unico que conseguiu efetivar os disparos sem travar alem do que a calibre dele nao sofria tanto com a mata, pois com o uso das calibres menores o projetil sofria um desvio ao se chocar com as plantas




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#12 Mensagem por Vinicius Pimenta » Qua Mai 19, 2004 12:26 pm

Fredom, esse teste do CIGS foi com o Pára-FAL (EB), HK-33 (FAB) e M16A2 (FN). O M16 não disparou um tiro sequer. O HK-33 atirou algumas vezes mas engascou. O Pára-FAL disparou todos os tiros, foi recarregado e novamente descarregou. O teste demonstrou toda a robustez do FAL.

Esse artigo está na última edição da revista S&D, pode ser conferido no link:

http://www.segurancaedefesa.com/cigs.html

Balena, não estou brincando. Mas é claro que não foi só isso que aconteceu. O caso é que, grosseiramente, a maior diferença desse fuzil foi esse cano mal feito.




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#13 Mensagem por Balena » Qua Mai 19, 2004 1:12 pm

Prezados colegas,


Acredito que os defeitos foram corrigidos no Fz 5,56 MD97L PARA-FAL. Quem tiver alguma informação contrária seria interessante apresentar, pois eu realmente desconheço acerca dos detalhes técnicos e desempenho do MD97L.

Realmente algumas armas como o AKM e o FAL destacam-se pela robustez, mas eu particularmente acredito que o segundo seja ainda mais confiável. O FAL (M964) comporta-se muito bem diante das adversidades do campo de batalha, não só por conseguir manter-se em funcionamento em meio às condições extremas a que pode ser submetido, mas sim também por ser uma arma bem "sólida". Eu vejo aí muitos fuzis modernos feitos com partes de "plástico" que não suportariam os trancos e impactos a que um FAL pode ser submetido em combate.

Mesmo sem o carregador e a baioneta o M964 ainda é uma excelente arma, pois sua extrutura sólida é bem montada e permite que ele seja eficiente na coronhada (quando em combate não podemos descartar nenhum meio de fortuna para eliminar o inimigo). Soma-se a isso tudo a possibilidade do emprego da granada de bocal, o que é algo sensacional se formos pensar em termos de incremento à letalidade da Infantaria.

Fuzis como o tradicional M964 ainda terão seu lugar nos combates do século XI. Vide exemplo do AKM que é empregado até hoje e é por muitos considerado um Fuzil de Assalto já ultrapassado.


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#14 Mensagem por ZeRo4 » Qui Mai 20, 2004 1:40 am

O FAL também não é isso tudo... Os Israelenses tiveram problemas com ele nas finas areias dos desertos e acabaram desenvolvendo o Galil que a meu ver não passa de um AK-47 Israelense.

Ao meu modo de ver acho besteira o exército trocar o Calibre 7.62x51 pelo 5,56x45! na Minha opinião o EB deveria produzir versões mais modernas e com alguns melhoramentos da dupla FAL/PARA-FAL. Ou, para mim melhor opção, comprar fuzis Russos AK-103 que é uma versão do AK-47/AKM mais modernizada ainda... e Comprar AK-102, versão compacta do AK-74 "modernizado" (AK-101) para tropas aerotransportadas e unidades especiais

Balena escreveu:Prezados colegas,


Acredito que os defeitos foram corrigidos no Fz 5,56 MD97L PARA-FAL. Quem tiver alguma informação contrária seria interessante apresentar, pois eu realmente desconheço acerca dos detalhes técnicos e desempenho do MD97L.

Realmente algumas armas como o AKM e o FAL destacam-se pela robustez, mas eu particularmente acredito que o segundo seja ainda mais confiável. O FAL (M964) comporta-se muito bem diante das adversidades do campo de batalha, não só por conseguir manter-se em funcionamento em meio às condições extremas a que pode ser submetido, mas sim também por ser uma arma bem "sólida". Eu vejo aí muitos fuzis modernos feitos com partes de "plástico" que não suportariam os trancos e impactos a que um FAL pode ser submetido em combate.

Mesmo sem o carregador e a baioneta o M964 ainda é uma excelente arma, pois sua extrutura sólida é bem montada e permite que ele seja eficiente na coronhada (quando em combate não podemos descartar nenhum meio de fortuna para eliminar o inimigo). Soma-se a isso tudo a possibilidade do emprego da granada de bocal, o que é algo sensacional se formos pensar em termos de incremento à letalidade da Infantaria.

Fuzis como o tradicional M964 (MOSQUEFAL) ainda terão seu lugar nos combates do século XI. Vide exemplo do AKM que é empregado até hoje e é por muitos considerado um Fuzil de Assalto já ultrapassado.


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#15 Mensagem por Balena » Qui Mai 20, 2004 11:46 am

O FAL também não é isso tudo... Os Israelenses tiveram problemas com ele nas finas areias dos desertos e acabaram desenvolvendo o Galil que a meu ver não passa de um AK-47 Israelense.


Realmente não sei como seria o comportamento do FAL em uma tempestade de areia, também não sei nada acerca de nações com características desérticas que empregam o FAL e sobre o desempenho do mesmo nesses ambientes. Acredito que se a arma for reprojetada e aumentada a sua "vedação", ela ficaria mais segura; pois isso impediria a penetração de partículas de areia na culatra, no cano e até mesmo no cilíndro recuperador de gazes. Dessa forma a arma não iria apresentar problemas na execução do tiro intermitente ou contínuo, sendo que o trancamento e o destrancamento da mesma se processariam normalmente.
Mas cá entre nós, não estamos no deserto??? Será que temos tempestade de areia aqui no Brasil???

Ou, para mim melhor opção, comprar fuzis Russos AK-103 que é uma versão do AK-47/AKM mais modernizada ainda... e Comprar AK-102, versão compacta do AK-74 "modernizado" (AK-101) para tropas aerotransportadas e unidades especiais


Na minha opinião o Brasil deve ser autosuficiente na produção de armas leves, não faz sentido ficar comprando fuzis de assalto russos.

Ao meu modo de ver acho besteira o exército trocar o Calibre 7.62x51 pelo 5,56x45!


Acredito que as tropas de assalto se beneficiariam do emprego do 5,56 OTAN, digo: FAR (Força de Ação Rápida), FFE (Força de Fuzileiros da Esquadra) e EAS/PARA-SAR; por razões já amplamente discutidas aqui. Agora em relação às demais unidades do EB particularmente, acredito que 7,62x51 OTAN ainda tem seu lugar de destaque.
O 7,62 OTAN é um projetil tão estável na trajetória, que é empregado no por tropas de montanha e de selva...

Outro aspecto interessante diz respeito à superioridade do 7,62 NATO (ou 7,62x51) em relação ao cartucho padrão do Pacto de Varsóvia 7,62x39; a carga de pólvora mais elevada no primeiro conferem maior energia cinética ao projetil repercutindo em um ferimento mais grave. Basta comparar o diâmetro da cavitação temporária causada por um projetil 7,62 OTAN com a de um 7,62 (do Pacto de Varsóvia); pois o diâmetro da cavitação temporária é o principal determinante de letalidade de um ferimento por projetil de alta velocidade.

na Minha opinião o EB deveria produzir versões mais modernas e com alguns melhoramentos da dupla FAL/PARA-FAL.


Concordo, acho bobeira ficar importando armamento leve da Russia que pode perfeitamente ser fabricado aqui, gerando emprego e capitais no território nacional.




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