Porta-Aviões

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: Porta-Aviões

#2566 Mensagem por FCarvalho » Dom Abr 25, 2021 3:40 pm

Túlio escreveu: Dom Abr 25, 2021 2:10 pm
E eu repito, mesmo sabendo que nunca irão me responder ou quem o fizer terá que deixar de lado a lógica mais básica: para que nos serviria este tipo de meio? Onde iremos projetar poder aeronaval, e para quê?
Vives citando a END, cuja letra "D" significa Defesa: a gente se defende como e contra o que com um NAe ou dois (máximo) de pequeno porte? Se é para atacar então a sigla está errada, deveria ser ENA, não?
Além disso, um navio que "dizem que" custa "apenas" USD 2 B não pode navegar sozinho, aliás este valor é pouco maior do que um só Destróier que o UK usa para proteger seu(s) NAe(s) ou Fragata que a França usa para proteger o que tem, e são vários(as); botar os EUA na equação é pedir pra passar vergonha e fora disso sobra quem? A Rússia vai atravessar meio mundo (sem bases de apoio) pra vir dar tirinho aqui? Ou a China? Caso o façam, a USN fica só olhando?
PUTZ... [091] [091] [091] [091]
Acredito que cá no DB tem gente muito melhor do que eu que poderia explicar isto, mas na ausência de quem o queira fazer, tento eu mesmo. :mrgreen:
para que nos serviria este tipo de meio? Onde iremos projetar poder aeronaval, e para quê?
Resumindo: controle de área marítima e projeção de poder sobre terra. São duas das quatro tarefas do poder naval. Indiferente de qual seja a marinha. Isso é teoria da guerra naval que todo oficial aprende na academia. Pode ser feita com meios diferentes e de acordo com a realidade, e necessidade, de cada força naval. No caso brasileiro, temos o Atlântico Sul, a costa ocidental africana, e agora o mar do caribe e a costa ocidental sul americana (Pacífico) como áreas de interesse geoestratégico e geopolítico no que diz respeito a questões do poder naval brasileiro. Isto inclui questões econômicas inter-estatais enquanto comércio, indústria, transporte e militar. Atuar nestas áreas definidas no PEM 2040 é essencial para a defesa dos nossos interesses, de forma a assegurar que outros atores extra-regionais não venham impor livremente suas agendas em nosso entorno estratégico. E isso não significa peitar ninguém de forma agressiva, mas deixar claro que temos agenda de interesses próprios e meios críveis para defendê-los, inclusive por via militar se necessário. Estar presente de forma concreta nos espaços onde os interesses políticos, econômicos, diplomáticos e militares brasileiros estejam em jogo é uma forma de não permitir livremente que soluções prejudiciais ao Estado brasileiro sejam tomadas. Do ponto de vista da diplomacia naval isto se faz com uma FT nucleada em Nae ou simplemente com um NaPaOc, a depender de cada caso.
Vives citando a END, cuja letra "D" significa Defesa: a gente se defende como e contra o que com um NAe ou dois (máximo) de pequeno porte? Se é para atacar então a sigla está errada, deveria ser ENA, não?
Eu cito a END por motivo óbvio. É o documento norteador do planejamento militar nacional. É ela que define, junto com a PND, o que as forças armadas devem ser e do quê elas sejam capazes. E qual os princípios básicos pelos quais elas devem estar preparadas e se preparar. E Defesa não significa passividade. Nos defender não quer dizer que não venhamos a apor ações ofensivas em qualquer momento. O cerne da Defesa no Brasil é do ponto de vista Político essencialmente defensivo, ou seja, o país não tem pretensões e não vai atacar ninguém por si mesmo, a não ser que seja para se defender. Neste aspecto, um Nae e sua força tarefa podem ser usados para exercer aquelas duas missões que citei acima, de forma que seu uso irá variar na forma e no conteúdo de acordo com o oponente do outro lado e a amplitude do TO e dos meios engajados. É sempre bom lembrar que não se está pensando em Nae tendo a US Navy como inimiga primária. Isso é loucura. No caso hipotético americano como oponente, a única solução possível são os subnuc, que deveríamos ter em quantidade e qualidade suficiente para criar dissuasão crível no Atlântico Sul e nas demais regiões de interesse conforme citas no plano estratégico da marinha. Para outros atores que não uma superpotência, um Nae e sua FT serão sempre um fator dissuasivo muito grande. Mas como bem colocado por ti, eles nunca agem sozinhos. É preciso ter uma esquadra para lhes fazer jus. E neste mister, ter uma esquadra equilibrada sempre foi um objetivo da administração naval. 0 navio que ilustrei, tem 304 metros de comprimento, 78 da boca e 44 mil ton deslocamento carregado, e tem capacidade para levar 45 aeronaves entre asa fixa e rotativas. O GAE pode até ser maior se lançarmos mão do uso de estacionamento no convés de voo para mais aeronaves, Prática mais que conhecida e utilizada por todos os países que possuem Nae. Mas para a realidade do nosso entorno estratégico, aquele número é mais que suficiente para lidar com todos os demais países componentes do nosso entorno, e até com eventuais intrusões de potências médias na região.
botar os EUA na equação é pedir pra passar vergonha e fora disso sobra quem? A Rússia vai atravessar meio mundo (sem bases de apoio) pra vir dar tirinho aqui? Ou a China? Caso o façam, a USN fica só olhando?
Temos que ver as coisas pelo prisma dos interesses brasileiros no mar a nossa frente e não de outrem. Em todo caso, temos de dispor de uma esquadra que seja capaz de ser uma força naval com dissuasão crível, de forma a mostrar que somos capazes de defender de fato nossos interesses no mar e no entorno estratégico definido. Isso se faz com uma esquadra equilibrada em termos de meios navais, aéreos e submarinos. Neste sentido, desde patrulhas a Nae, passando por fragatas e navios multipropósito temos uma grande necessidade de possuir meios diversos no sentido de cobrir de forma eficaz, senão eficiente, todas as 4 missões do poder naval em depender de soluções de continuidade. Ou de oportunidade. Concordo que um Nae sem navios de escolta é algo inútil, tanto quanto navios de escolta sem um Nae ou multipropóito são de valia discutível e limitada.

Sabes bem a minha opinião sobre a necessidade de uma guarda costeira no Brasil. Isto fosse resolvido, a marinha poderia se concentrar em tentar ser o que ela diz de si mesma, que é ser uma marinha de águas azuis. E com muito menos gente para cuidar e muito menos meios para pagar as contas. Mas sabem também que o nosso histórico em defesa corrobora o receio do almirantado no sentido de que uma guarda costeira acabe deixando a MB pior ainda do que já está.

Por fim, temos que levar em conta que um Nae não é apenas um meio de projeção de poder, mas sobretudo de dissuasão. Ele tem "mil e uma utilidades" em tempos de paz e na guerra pode ser um fator decisivo a nosso favor.

Apenas os USA tem hoje capacidade de projetar forças de Nae pelo mundo todo. A China excepcionalmente terá tal capacidade em mais 10/15 anos. Mas a zona de interesse chinês está mais voltada para o pacífico e índico do que o Atlântico Sul. Britânicos e franceses podem até deslocar seus Nae por aqui mas dificilmente o farão em operações de guerra sem o aval, e quiçá a cobertura, da US Navy.

Quanto a nós, termos uma marinha capaz de operar Nae, fragatas/destróires e subnuc em quantidade e qualidade adequadas à nossa realidade e entorno estratégico nada mais é do que fazer o nosso dever de casa diplomático, político e militar como convém a Estados que primam por sua segurança e interesses no mundo, e para além do coronelismo barato e tosco da nossa classe política.

O primeiro PAEMB deu o tom do que a marinha precisaria para dispor das capacidades reais que a lei (CF'88) a obriga a cumprir em termos de defesa naval. Podem dizer que ilusório, que é uma quimera ou simplesmente falta do que fazer, mas o país tem que oferecer alguma coisa para a marinha poder fazer seu trabalho. Ficar do jeito que está, independente de se ter ou não um Nae na esquadra é melhor fechar tudo e passar os meios navios de patrulha para as prefeituras e governos estaduais ao longo do litoral e cada um que se vire.




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Re: Porta-Aviões

#2567 Mensagem por Túlio » Seg Abr 26, 2021 11:57 am

FCarvalho escreveu: Dom Abr 25, 2021 3:40 pm
Túlio escreveu: Dom Abr 25, 2021 2:10 pm
E eu repito, mesmo sabendo que nunca irão me responder ou quem o fizer terá que deixar de lado a lógica mais básica: para que nos serviria este tipo de meio? Onde iremos projetar poder aeronaval, e para quê?
Vives citando a END, cuja letra "D" significa Defesa: a gente se defende como e contra o que com um NAe ou dois (máximo) de pequeno porte? Se é para atacar então a sigla está errada, deveria ser ENA, não?
Além disso, um navio que "dizem que" custa "apenas" USD 2 B não pode navegar sozinho, aliás este valor é pouco maior do que um só Destróier que o UK usa para proteger seu(s) NAe(s) ou Fragata que a França usa para proteger o que tem, e são vários(as); botar os EUA na equação é pedir pra passar vergonha e fora disso sobra quem? A Rússia vai atravessar meio mundo (sem bases de apoio) pra vir dar tirinho aqui? Ou a China? Caso o façam, a USN fica só olhando?
PUTZ... [091] [091] [091] [091]
Acredito que cá no DB tem gente muito melhor do que eu que poderia explicar isto, mas na ausência de quem o queira fazer, tento eu mesmo. :mrgreen:
para que nos serviria este tipo de meio? Onde iremos projetar poder aeronaval, e para quê?
Resumindo: controle de área marítima e projeção de poder sobre terra. São duas das quatro tarefas do poder naval. Indiferente de qual seja a marinha. Isso é teoria da guerra naval que todo oficial aprende na academia. Pode ser feita com meios diferentes e de acordo com a realidade, e necessidade, de cada força naval. No caso brasileiro, temos o Atlântico Sul, a costa ocidental africana, e agora o mar do caribe e a costa ocidental sul americana (Pacífico) como áreas de interesse geoestratégico e geopolítico no que diz respeito a questões do poder naval brasileiro. Isto inclui questões econômicas inter-estatais enquanto comércio, indústria, transporte e militar. Atuar nestas áreas definidas no PEM 2040 é essencial para a defesa dos nossos interesses, de forma a assegurar que outros atores extra-regionais não venham impor livremente suas agendas em nosso entorno estratégico. E isso não significa peitar ninguém de forma agressiva, mas deixar claro que temos agenda de interesses próprios e meios críveis para defendê-los, inclusive por via militar se necessário. Estar presente de forma concreta nos espaços onde os interesses políticos, econômicos, diplomáticos e militares brasileiros estejam em jogo é uma forma de não permitir livremente que soluções prejudiciais ao Estado brasileiro sejam tomadas. Do ponto de vista da diplomacia naval isto se faz com uma FT nucleada em Nae ou simplemente com um NaPaOc, a depender de cada caso.
E aí está: eu faço perguntas simples e diretas, baseadas na Realidade, e em troca me vens com um quilométrico BLABLABLA. O fato de cadetes da EN aprenderem EM TEORIA o que é Controle de Área Marítima e Projeção de Poder não significa que sejam capazes de aplicá-las NA PRÁTICA, porque aí a teoria é outra.

E na prática nós não controlamos nem o nosso próprio mar (ZEE), dae tu me vens querer fazer isso na África e no Caribe [091] ???

Mas te dou um exemplo REAL: qual a chance de usar esse NAe balatim balatim (e provavelmente Escoltas do mesmo "nível") para, no nosso verdadeiro entorno estratégico, p ex entrarmos na Zona de Exclusão decretada unilateralmente pelo UK nas Malvinas e volta e meia repetirmos a dose, a ponto de ficar tão caro para os bifes se manterem lá que teriam que negociar com a Argentina? Cara, até a CFK, em lágrimas, abraçaria X FAXIXMX, pois não tem XUXA que lhe proporcione isso. Mas seria factível? Acho que ATÉ TU duvidas disso (vai saber :mrgreen: ). E se não podemos nem poderemos tão cedo (falo do século XXI inteiro) projetar poder sobre o litoral de um País vizinho para ajudá-lo (e em troca passarmos a ter uma predominância geopolítica aqui na região que nunca tivemos), tu me vens com África e Caribe?

PUTZ!!! [101] [101] [101] [101]

O resto nem vale a pena comentar, é lance de POLICARPO QUARESMA, para quem um papel se presta a todo tipo de ilações e estas só precisam fazer sentido em relação ao dito papel, não ao mundo de verdade (mas que naturalmente o botarão no eixos)... :roll: :roll: :roll: :roll:




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Re: Porta-Aviões

#2568 Mensagem por Frederico Vitor » Seg Abr 26, 2021 7:11 pm

Uma versão do Charles de Gaulle (R91) não nuclear estaria passado de bom para a MB. Projeto consolidado, experimentado, moderno, 42.500 ton e o melhor de tudo, é um porta-aviões do tipo Catapult Assisted Take-Off But Arrested Recovery (CATOBAR)!





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Re: Porta-Aviões

#2569 Mensagem por FIGHTERCOM » Seg Abr 26, 2021 7:22 pm

Para mim, qualquer um dos três está de bom tamanho:

https://i.pinimg.com/originals/27/ab/9e/27ab9eda7f00a1bf8a1ed18e9c10f54e.jpg
Juan Carlos I

https://www.seaforces.org/marint/Italian-Navy/Amphibious-Ship/L-9890_DAT/L-9890-ITS-Trieste-002.jpg
Trieste

https://www.navyrecognition.com/images/stories/west_europe/france/carriers_amphib/mistral/mistral_class_bpc_lhd_french_navy_dcns_top.jpg
Mistral


Duas unidades, por favor. Já chegamos até aqui sem um NAe mesmo.

Abraços,

Wesley




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Re: Porta-Aviões

#2570 Mensagem por Túlio » Seg Abr 26, 2021 7:56 pm

Com o mesmo dinheiro desses aí - juntos - eu compro DEZ desses aqui e a partir de então a USN vai ter que pedir benção A MING :twisted: até pra chegar perto do Atlântico Sul... :lol: :lol: :lol: :lol:


Imagem




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Re: Porta-Aviões

#2571 Mensagem por FIGHTERCOM » Seg Abr 26, 2021 9:45 pm

Túlio escreveu: Seg Abr 26, 2021 7:56 pm
Com o mesmo dinheiro desses aí - juntos - eu compro DEZ desses aqui e a partir de então a USN vai ter que pedir benção A MING :twisted: até pra chegar perto do Atlântico Sul... :lol: :lol: :lol: :lol:


Imagem
Os da MB seriam exatamente assim: lisos, sem aviação. Dez belos alvos para a USN. :twisted: :twisted: :twisted:


Abraços,

Wesley




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Re: Porta-Aviões

#2572 Mensagem por Túlio » Seg Abr 26, 2021 9:48 pm

FIGHTERCOM escreveu: Seg Abr 26, 2021 9:45 pm
Túlio escreveu: Seg Abr 26, 2021 7:56 pm
Com o mesmo dinheiro desses aí - juntos - eu compro DEZ desses aqui e a partir de então a USN vai ter que pedir benção A MING :twisted: até pra chegar perto do Atlântico Sul... :lol: :lol: :lol: :lol:


Imagem
Os da MB seriam exatamente assim: lisos, sem aviação. Dez belos alvos para a USN. :twisted: :twisted: :twisted:


Abraços,

Wesley

U BUZZKILL, U!!! [033]




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Re: Porta-Aviões

#2573 Mensagem por JavaLindo66 » Ter Abr 27, 2021 12:43 am

FIGHTERCOM escreveu: Seg Abr 26, 2021 9:45 pm
Os da MB seriam exatamente assim: lisos, sem aviação. Dez belos alvos para a USN. :twisted: :twisted: :twisted:


Abraços,

Wesley
Mas assim que é bom, sobra mais espaço para fazer as festinhas. :mrgreen:




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Re: Porta-Aviões

#2574 Mensagem por Túlio » Ter Abr 27, 2021 10:46 am

JavaLindo66 escreveu: Ter Abr 27, 2021 12:43 am
Mas assim que é bom, sobra mais espaço para fazer as festinhas. :mrgreen:
O Inimigo do Povo @FIGHTERCOM :mrgreen: , pensando que estava zoando A MING :twisted: , na verdade o estava fazendo ao nosso grande Almirante @FCarvalho, pois logo se vê que o bichão é tão GIGANTESCO que caberia com folga a meia dúzia de SkyHawks que a MIRJ tem para defender a Corte Imperial e até os Tracker convertidos em Trader, que algum dia talvez cheguem (mas, dada o padrão "lógico" dos caras, provavelmente seria assinado um novo contrato com os EUA para reconverter Trader em Tracker, talvez até com a terrível capacidade de lançar Exocet do tempo das Malvinas).

Claro, com a demora na conversão original (mais de uma década, e era para simplificar o avião, ou seja, ser apenas um Cargo; para fazer o contrário aposto no dobro de tempo e triplo de $$$) é provável que o barco já estivesse em PMG de seis anos quando o primeiro chegasse; quando chegasse o último o barco já estaria indo para a reserva... [003] [003] [003] [003]




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Re: Porta-Aviões

#2575 Mensagem por FCarvalho » Ter Abr 27, 2021 11:28 am

Túlio escreveu: Seg Abr 26, 2021 11:57 am
E aí está: eu faço perguntas simples e diretas, baseadas na Realidade, e em troca me vens com um quilométrico BLABLABLA. O fato de cadetes da EN aprenderem EM TEORIA o que é Controle de Área Marítima e Projeção de Poder não significa que sejam capazes de aplicá-las NA PRÁTICA, porque aí a teoria é outra.
E na prática nós não controlamos nem o nosso próprio mar (ZEE), dae tu me vens querer fazer isso na África e no Caribe [091] ???
Mas te dou um exemplo REAL: qual a chance de usar esse NAe balatim balatim (e provavelmente Escoltas do mesmo "nível") para, no nosso verdadeiro entorno estratégico, p ex entrarmos na Zona de Exclusão decretada unilateralmente pelo UK nas Malvinas e volta e meia repetirmos a dose, a ponto de ficar tão caro para os bifes se manterem lá que teriam que negociar com a Argentina? Cara, até a CFK, em lágrimas, abraçaria X FAXIXMX, pois não tem XUXA que lhe proporcione isso. Mas seria factível? Acho que ATÉ TU duvidas disso (vai saber :mrgreen: ). E se não podemos nem poderemos tão cedo (falo do século XXI inteiro) projetar poder sobre o litoral de um País vizinho para ajudá-lo (e em troca passarmos a ter uma predominância geopolítica aqui na região que nunca tivemos), tu me vens com África e Caribe?
PUTZ!!! [101] [101] [101] [101]
O resto nem vale a pena comentar, é lance de POLICARPO QUARESMA, para quem um papel se presta a todo tipo de ilações e estas só precisam fazer sentido em relação ao dito papel, não ao mundo de verdade (mas que naturalmente o botarão no eixos)... :roll: :roll: :roll: :roll:
O que tu queres na prática é a mesma coisa que os americanos sempre disseram das marinhas latino americanas: "cês tem que ter umas boa guarda de costa, o resto deixa que quarquer troço nóis resorve..."

Bem, a MB por si mesma gostaria, em todos os seus planos, e teorias, realizar ambas as tarefas de policia naval e de guerra de acordo com a teoria posta na nossa lei maior e que lhe obriga a realizá-las em qualquer condição e tempo. Afinal, ordem não se discute.

Mas sabemos eu e tu que a classe política nacional veem nas ffaa's desde sempre nada mais que um simples anteparo entre ela e o populacho, que de tempos em tempos torna-se arredio. Ou seja, tornar a marinha expert em serviço de guarda costeira, e só, é o sonho de consumo de muita gente em Brasília. Mas nem tudo é como a gente sonha.

Fato é que no mais alto nível político estratégico do país é necessário desenvolver doutrinas e valores sobre os quais debruçar nossa defesa e apontar caminhos. E se não for para termos isso, bom, sempre podemos pedir penico para os americanos vim fazer aqui fazer por nós o que não somos competentes/capazes em termos de poder naval. SGM II a volta.

Ter ou não ter uma marinha de guerra ou uma guarda costeira é uma decisão antes de tudo Política. Sim, política com P maiúsculo. O resto é consequência.

Mas eu nunca ouvi falar em Política assim no Brasil.




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Re: Porta-Aviões

#2576 Mensagem por Túlio » Ter Abr 27, 2021 12:41 pm

FCarvalho escreveu: Ter Abr 27, 2021 11:28 am
O que tu queres na prática é a mesma coisa que os americanos sempre disseram das marinhas latino americanas: "cês tem que ter umas boa guarda de costa, o resto deixa que quarquer troço nóis resorve..."
Aqui temos algo que - PARA MING :twisted: - vale a pena debater: o que se pode e o que se quer, à luz do que se precisa. Bueno, que eu saiba se começa uma casa PELOS ALICERCES; só depois se levanta as paredes e por fim se vai ao forro (ou laje) e telhado, acabamentos, etc. Querer fazer tudo ao mesmo tempo (me parece o grande problema entre a MB e a MIRJ) ou pior, botar o acabamento ou mesmo o telhado à frente do resto nunca acaba bem.

E por ALICERCE te peço para entender que, enquanto não se domina o próprio mar, é brabo de acreditar que se poderá exercer algum domínio fora dele. Assim, vejo claramente que antes de tudo deve vir Patrulha, Patrulha e mais Patrulha, azar se um aristocrático Capitão de Fragata se sentir humilhadinhx tendo que fazer serviço de puliça. E com o "mero detalhe" de que, conforme o projeto, o Patrulha (que não vai assustar ninguém, por mais que seja adquirido em quantidade - o que, pelos números, inclusive justifica o desenvolvimento e produção endógenos) ainda pode ser FTR (Fit To Receive), ou seja, já é lançado ao mar em condições de, mais tarde - e se e quando necessário - receber sensores, equipamentos e armas que o elevem de classe.

E isso poderia ser feito com base nos acertos da Classe Niterói, nos seus erros para mais (U-27 Brasil) e para menos (V-30 Inhaúma e as três outras) e a solução (parcial) para esta última, a V-34 Barroso. Acrescente-se a isso algo que todo mundo conhece hoje em dia, a redução da assinatura EM/IR em navios, e já temos um belo começo, com a mesma quantidade de NaPaOcs 100% BR que Fragatas Leves 90% Alemãs pela mesma soma ou até menos. A cereja do bolo seria desenvolver em casa aquilo que o navio seria FTR (pelo menos a maior parte, como sensores, EW & quetales) e, se for em boa quantidade, repuestos para o que não vale a pena fazer aqui (ex Oto 76 no tubo, mecanismo de absorção de recuo, munições, etc) e mesmo inovações (para nós) na propulsão, saindo do véio binômio motor a turbina e/ou a pistão para gerador a pistão > motor elétrico (WEG manda lembrança). No fim se teria um lote de Patrulhas grandões que, à medida que a produção e desenvolvimento prosseguissem (Batches), completariam todas as nossas necessidades de controle da ZEE/AMAZUL e já se teria tecnologia e insumos para pensar em coisa de "gente grande".

Parece irreal? Creio que sim, mas nem sombra do que seria comprar um NAe com quase tudo importado - incluindo o Grupo Aéreo - e protegê-lo com umas "escoltas" furrecas. Dês uma olhadinha nos sonares (casco e TAS/VDS) das Escoltas que o UK e França desenvolvem para escoltar suas TFs - com ou sem NAe - e depois me digas que é a mesma coisa... :lol: :lol: :lol: :lol:




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Re: Porta-Aviões

#2577 Mensagem por FCarvalho » Qua Abr 28, 2021 11:03 am

Túlio escreveu: Ter Abr 27, 2021 12:41 pm
FCarvalho escreveu: Ter Abr 27, 2021 11:28 am O que tu queres na prática é a mesma coisa que os americanos sempre disseram das marinhas latino americanas: "cês tem que ter umas boa guarda de costa, o resto deixa que quarquer troço nóis resorve..."
Aqui temos algo que - PARA MING :twisted: - vale a pena debater: o que se pode e o que se quer, à luz do que se precisa. Bueno, que eu saiba se começa uma casa PELOS ALICERCES; só depois se levanta as paredes e por fim se vai ao forro (ou laje) e telhado, acabamentos, etc. Querer fazer tudo ao mesmo tempo (me parece o grande problema entre a MB e a MIRJ) ou pior, botar o acabamento ou mesmo o telhado à frente do resto nunca acaba bem.
E por ALICERCE te peço para entender que, enquanto não se domina o próprio mar, é brabo de acreditar que se poderá exercer algum domínio fora dele. Assim, vejo claramente que antes de tudo deve vir Patrulha, Patrulha e mais Patrulha, azar se um aristocrático Capitão de Fragata se sentir humilhadinhx tendo que fazer serviço de puliça. E com o "mero detalhe" de que, conforme o projeto, o Patrulha (que não vai assustar ninguém, por mais que seja adquirido em quantidade - o que, pelos números, inclusive justifica o desenvolvimento e produção endógenos) ainda pode ser FTR (Fit To Receive), ou seja, já é lançado ao mar em condições de, mais tarde - e se e quando necessário - receber sensores, equipamentos e armas que o elevem de classe.
E isso poderia ser feito com base nos acertos da Classe Niterói, nos seus erros para mais (U-27 Brasil) e para menos (V-30 Inhaúma e as três outras) e a solução (parcial) para esta última, a V-34 Barroso. Acrescente-se a isso algo que todo mundo conhece hoje em dia, a redução da assinatura EM/IR em navios, e já temos um belo começo, com a mesma quantidade de NaPaOcs 100% BR que Fragatas Leves 90% Alemãs pela mesma soma ou até menos. A cereja do bolo seria desenvolver em casa aquilo que o navio seria FTR (pelo menos a maior parte, como sensores, EW & quetales) e, se for em boa quantidade, repuestos para o que não vale a pena fazer aqui (ex Oto 76 no tubo, mecanismo de absorção de recuo, munições, etc) e mesmo inovações (para nós) na propulsão, saindo do véio binômio motor a turbina e/ou a pistão para gerador a pistão > motor elétrico (WEG manda lembrança). No fim se teria um lote de Patrulhas grandões que, à medida que a produção e desenvolvimento prosseguissem (Batches), completariam todas as nossas necessidades de controle da ZEE/AMAZUL e já se teria tecnologia e insumos para pensar em coisa de "gente grande".
Parece irreal? Creio que sim, mas nem sombra do que seria comprar um NAe com quase tudo importado - incluindo o Grupo Aéreo - e protegê-lo com umas "escoltas" furrecas. Dês uma olhadinha nos sonares (casco e TAS/VDS) das Escoltas que o UK e França desenvolvem para escoltar suas TFs - com ou sem NAe - e depois me digas que é a mesma coisa... :lol: :lol: :lol: :lol:
Meu caro amigo gaudério, eu nem de longe poderia discordar mais da lógica do seu reciocínio, dada que ela também me apraz.
Eu pessoalmente não só concordo com ela, como apoio este modelo de desenvolvimento. O que escrevi até o momento é apenas uma tentativa de ilustrar o pensamento estratégico da MB e não o meu particular.
Como disse várias vezes em outros tópicos, me parece muito mais lúcido e coerente desenvolver a priori navios de patrulha oceânica com o máximo de insumos nacionais, inclusive aqueles que a MB desenvolve em seus centros de tecnologia, mas que nunca tem a produção iniciada pela simples falta de processo construtivo regular e de longo prazo, do que colocar menos da metade deles em navios maiores e que no final, pouco ou nada nos acrescenta em P&D ou operacionalmente se levarmos em conta os 5,2 milhões km2 da nossa ZEE.
Na minha ignóbil opinião, fosse para fazer algo minimamente decente em termos de patrulha, deveríamos lançar mão de 18 unidades, incialmente, e não apenas 12 como descrito antes. São 6 DN ao longo da costa. Com apenas 3 navios por cada, atingiríamos os 18 NaPaOc que aludi. Ainda é pouco pois mal forma um simples esquadrão. Se levarmos na ao pé da letra o que é um esquadrão de navios, aquele número poderia facilmente dobrar. Mas o que são 36 navios de patrulha para o tamanho da nossas necessidades no mar a nossa frente? Pouco, me parece, mas já seria muito mais do que jamais tivemos algum dia.
Já mostrei no tópico da Guarda Costeira que os alemães possuem um modelo dedicado de patrulha oceânica da própria A100, e que é um navio com 98 metros e de pouco mais de 1800 ton carregado, mantendo as demais ótimas características de modularidade do projeto. Quantos destes poderíamos adquirir com maiores índices de insumos nacionais, como mostrado por ti, com os valores do contrato das Tamandaré? Se levarmos em conta que estes navios podem evoluir paulatinamente dentro de um processo regular de aquisições, seria, me parece, sensato, começar pelos NaPaOc, passar pelas corvetas, até chegar um dia nas fragatas, sejam elas baseadas na A100 ou A200 no longuíssimo prazo.
Mas eu já disse e repito: ter ou não ter uma guarda costeira ou marinha de guerra é essencialmente um projeto de Estado e uma decisão Política, com P maiúsculo. Não temos nada disso aqui no Brasil.
Quem foi que decidiu que deveríamos ter primeiro uma marinha de águas azuis no país?
Com certeza em Brasília é que não foi.




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Re: Porta-Aviões

#2578 Mensagem por Túlio » Qua Abr 28, 2021 4:59 pm

Respondi no (u)tópico :mrgreen: sobre a Guarda Costeira, tri? Aqui seria OT. [009]




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Re: Porta-Aviões

#2579 Mensagem por FCarvalho » Qua Abr 28, 2021 6:55 pm

Se a gente casar estes dois aqui será que dá samba? :mrgreen: :twisted:

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Re: Porta-Aviões

#2580 Mensagem por Túlio » Qua Abr 28, 2021 7:01 pm

FCarvalho escreveu: Qua Abr 28, 2021 6:55 pm Se a gente casar estes dois aqui será que dá samba? :mrgreen: :twisted:

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Claro que sim, é como casarmos o USMC (primO rico) com o CFN (primA pobre), só que:

:arrow: QUEM será que vai levar no etc? [003] [003] [003] [003]




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