Lançamentos espaciais

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Tigershark
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#31 Mensagem por Tigershark » Qua Dez 12, 2007 11:20 am

11/12/2007 - 06h30 - Atualizado em 11/12/2007 - 13h08

Brasil e Argentina lançam primeira missão espacial conjunta nesta quarta
Foguete brasileiro levará experimentos argentinos ao espaço.
Cooperação é primeira na área entre os dois países.
Marília Juste

Do G1, em São Paulo
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Brasil e Argentina fazem nesta quarta-feira (12) sua primeira missão espacial conjunta, a Angicos, no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, no Rio Grande do Norte. O foguete, de fabricação brasileira, levará os experimentos argentinos, acompanhados de uma experiência da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, ao espaço.



A primeira tentativa de lançamento ocorre às 6h da manhã, se a meteorologia permitir.



O foguete VS-30 foi construído através de uma parceria da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB). Pesando cerca de 1500 kg e com oito metros de comprimento, ele levará os experimentos para o espaço, num vôo suborbital, e depois deve soltá-los no mar.

Além de cuidar do lançamento, os brasileiros também vão responder pela recuperação da carga útil no mar, com navios e pessoal da Marinha. Ao todo, mais de 100 argentinos e brasileiros estão envolvidos nos trabalhos.

Na carga útil vão dois experimentos muito parecidos, um argentino e outro da UFRN: sistemas de navegação de veículos espaciais baseados em GPS. Além disso, os argentinos levam ao espaço outros experimentos de suas universidades.

Originalmente militar, o programa espacial argentino foi passado para o controle civil no governo do presidente Carlos Menem, em 1991, por pressão dos Estados Unidos. Desde então, os argentinos tiveram que começar sua pesquisa na área praticamente do zero. Apesar de terem tecnologia para desenvolver satélites, os argentinos precisam da ajuda de outros países para fazer lançamentos. O projeto da missão Angicos é fruto de uma intensa cooperação interna na Argentina, que reuniu esforços de universidades e agências do governo.

Para o coordenador brasileiro do projeto, o coronel Luiz Fernando de Azevedo, da FAB, os argentinos são os maiores beneficiados nessa primeira missão conjunta, mas o Brasil tem muito a lucrar com essa parceria. “Não apenas vamos embarcar um experimento brasileiro e fazer testes nossos, como vamos lançar mais um foguete. Isso é essencial para manter nossa tecnologia e as equipes treinadas”, explicou ele ao G1.

Para o encarregado do governo argentino, Roberto Yasielski, Brasil e Argentina têm muito proveito a tirar do trabalho conjunto. “É muito bom para os dois, porque estamos unindo esforços e recursos de dois países emergentes.”, disse ele.

Yasielski afirmou estar sendo “mais do que muito bem tratado no Brasil". “Estamos trabalhando como amigos. Os ventos prometem muitos benefícios para o futuro”, disse ele.




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Centurião
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#32 Mensagem por Centurião » Qua Dez 12, 2007 4:36 pm

Barreira do Inferno lança amanhã novo foguete
Tribuna do Norte


O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, na cidade de arnamirim, será palco de mais um lançamento de foguete. Em convênio dos Governos brasileiro e argentino, a Operação Angicos colocará no espaço um foguete VS 30 para realizar estudos de unidade de medidas de gerenciamento de vôos.

No total, o lançamento desse foguete custará cerca de R$ 2,5 milhões. Desses, R$ 1,5 milhão foi investimento do governo brasileiro, com a construção do foguete. Os outros R$ 1 milhão foram gastos pelo governo argentino, que ficou responsável pela carga útil do foguete.
O lançamento do foguete está previsto para ocorrer amanhã. No entanto, o coronel aviador Luiz Fernando de Azevedo, coordenador do projeto, observa que o lançamento só ocorrerá com as condições específicas para isso: velocidade do vento a 10 metros por segundo. Além disso, outra restrição é que o foguete só pode ser lançado no horário entre 6h e 6h40. "Esse horário ocorre porque um dos experimentos da carga útil faz correlação entre o horizonte e a posição do sol", explica coronel Luiz.

Embora o lançamento ocorra apenas amanhã, desde a 1h de hoje começou uma contagem regressiva simulada. Para essa quarta-feira será realizada uma contagem regressiva semelhante. "A contagem começa a 1 hora e vamos até o horário de lançamento", destacou coordenador do projeto.

No projeto do VS 30 estão envolvidas 99 pessoas, além dos militares do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno. O VS 30 pesa 1,5 tonelada, mede 8 metros. A carga útil do foguete pesa 242 quilos. O foguete deverá atingir a altura de 142 quilômetros. Coronel Luiz Fernando explica que o tempo de vôo total do foguete ficará entre 7 e 8 minutos, sendo que 3 minutos será de "micro-gravidade" (quando ele atinge o ápice).

Esse é o sétimo VS 30 produzido no Brasil que irá ao espaço. Fabricado em São José dos Campos, o foguete é o primeiro da Operação Angicos, iniciada em 1998. O equipamento levará como carga útil um experimento de pesquisadores argentinos para analisar o gerenciamento de sistema de vôo, semelhante a um GPS. No foguete também irá um experimento da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. "O experimento será um receptor de GPS, que fornecerá a posição e velocidade do foguete. Caso seja validado, o equipamento poderá ser usado em satélites e em
qualquer outro veículo de alta velocidade", destacou Francisco Motta, professor de Engenharia da Computação e Automação. Ele ressaltou que os foguetes brasileiros usavam tecnologia alemã. Com a validação dessa experiência o país ganha autonomia para esse tipo de equipamento.


Alguém pode me explicar porque a gente está pagando para os argentinos testarem equipamentos que serão utilizados em um foguete concorrente? Foguete esse, que pode ser utilizado para lançar uma ogiva sobre nossas cabeças. :evil:




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LeandroGCard
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#33 Mensagem por LeandroGCard » Qui Dez 20, 2007 8:19 pm

Centurião escreveu:
Barreira do Inferno lança amanhã novo foguete
Tribuna do Norte


O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, na cidade de arnamirim, será palco de mais um lançamento de foguete. Em convênio dos Governos brasileiro e argentino, a Operação Angicos colocará no espaço um foguete VS 30 para realizar estudos de unidade de medidas de gerenciamento de vôos.

No total, o lançamento desse foguete custará cerca de R$ 2,5 milhões. Desses, R$ 1,5 milhão foi investimento do governo brasileiro, com a construção do foguete. Os outros R$ 1 milhão foram gastos pelo governo argentino, que ficou responsável pela carga útil do foguete.
O lançamento do foguete está previsto para ocorrer amanhã. No entanto, o coronel aviador Luiz Fernando de Azevedo, coordenador do projeto, observa que o lançamento só ocorrerá com as condições específicas para isso: velocidade do vento a 10 metros por segundo. Além disso, outra restrição é que o foguete só pode ser lançado no horário entre 6h e 6h40. "Esse horário ocorre porque um dos experimentos da carga útil faz correlação entre o horizonte e a posição do sol", explica coronel Luiz.

Embora o lançamento ocorra apenas amanhã, desde a 1h de hoje começou uma contagem regressiva simulada. Para essa quarta-feira será realizada uma contagem regressiva semelhante. "A contagem começa a 1 hora e vamos até o horário de lançamento", destacou coordenador do projeto.

No projeto do VS 30 estão envolvidas 99 pessoas, além dos militares do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno. O VS 30 pesa 1,5 tonelada, mede 8 metros. A carga útil do foguete pesa 242 quilos. O foguete deverá atingir a altura de 142 quilômetros. Coronel Luiz Fernando explica que o tempo de vôo total do foguete ficará entre 7 e 8 minutos, sendo que 3 minutos será de "micro-gravidade" (quando ele atinge o ápice).

Esse é o sétimo VS 30 produzido no Brasil que irá ao espaço. Fabricado em São José dos Campos, o foguete é o primeiro da Operação Angicos, iniciada em 1998. O equipamento levará como carga útil um experimento de pesquisadores argentinos para analisar o gerenciamento de sistema de vôo, semelhante a um GPS. No foguete também irá um experimento da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. "O experimento será um receptor de GPS, que fornecerá a posição e velocidade do foguete. Caso seja validado, o equipamento poderá ser usado em satélites e em
qualquer outro veículo de alta velocidade", destacou Francisco Motta, professor de Engenharia da Computação e Automação. Ele ressaltou que os foguetes brasileiros usavam tecnologia alemã. Com a validação dessa experiência o país ganha autonomia para esse tipo de equipamento.


Alguém pode me explicar porque a gente está pagando para os argentinos testarem equipamentos que serão utilizados em um foguete concorrente? Foguete esse, que pode ser utilizado para lançar uma ogiva sobre nossas cabeças. :evil:


Seria ótimo se a Argentina realmente iniciasse um programa de desenvolvimento de mísseis de médio/longo alcance, pois assim teríamos todas as justificativas para retomar o nosso também, e dane-se MTCR.

Mas na verdade o que os Argentinos parecem estar estudando são sistemas para um futuro desenvolvimento de um lançador de satélites, utilizando combustível líquido (nada de mísseis militares minimamente modernos!). Neste campo eles estão ligeiramente à nossa frente, pois um pequeno foguete experimental de combustível líquido já deles voou, e nós ainda estamos estudando os motores em laboratório.

De qualquer forma temos que continuar lançando foguetes de qualquer tipo que seja, sob pena de nossa infra-estrutura e pequena base tecnológica desaparecerem de vez. Assim, qualquer carga útil que justifique um lançamento é muito bem vinda, venha de onde vier.

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Centurião
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#34 Mensagem por Centurião » Sex Dez 21, 2007 2:26 pm

LeandroGCard escreveu:
Centurião escreveu:
Barreira do Inferno lança amanhã novo foguete
Tribuna do Norte


O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, na cidade de arnamirim, será palco de mais um lançamento de foguete. Em convênio dos Governos brasileiro e argentino, a Operação Angicos colocará no espaço um foguete VS 30 para realizar estudos de unidade de medidas de gerenciamento de vôos.

No total, o lançamento desse foguete custará cerca de R$ 2,5 milhões. Desses, R$ 1,5 milhão foi investimento do governo brasileiro, com a construção do foguete. Os outros R$ 1 milhão foram gastos pelo governo argentino, que ficou responsável pela carga útil do foguete.
O lançamento do foguete está previsto para ocorrer amanhã. No entanto, o coronel aviador Luiz Fernando de Azevedo, coordenador do projeto, observa que o lançamento só ocorrerá com as condições específicas para isso: velocidade do vento a 10 metros por segundo. Além disso, outra restrição é que o foguete só pode ser lançado no horário entre 6h e 6h40. "Esse horário ocorre porque um dos experimentos da carga útil faz correlação entre o horizonte e a posição do sol", explica coronel Luiz.

Embora o lançamento ocorra apenas amanhã, desde a 1h de hoje começou uma contagem regressiva simulada. Para essa quarta-feira será realizada uma contagem regressiva semelhante. "A contagem começa a 1 hora e vamos até o horário de lançamento", destacou coordenador do projeto.

No projeto do VS 30 estão envolvidas 99 pessoas, além dos militares do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno. O VS 30 pesa 1,5 tonelada, mede 8 metros. A carga útil do foguete pesa 242 quilos. O foguete deverá atingir a altura de 142 quilômetros. Coronel Luiz Fernando explica que o tempo de vôo total do foguete ficará entre 7 e 8 minutos, sendo que 3 minutos será de "micro-gravidade" (quando ele atinge o ápice).

Esse é o sétimo VS 30 produzido no Brasil que irá ao espaço. Fabricado em São José dos Campos, o foguete é o primeiro da Operação Angicos, iniciada em 1998. O equipamento levará como carga útil um experimento de pesquisadores argentinos para analisar o gerenciamento de sistema de vôo, semelhante a um GPS. No foguete também irá um experimento da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. "O experimento será um receptor de GPS, que fornecerá a posição e velocidade do foguete. Caso seja validado, o equipamento poderá ser usado em satélites e em
qualquer outro veículo de alta velocidade", destacou Francisco Motta, professor de Engenharia da Computação e Automação. Ele ressaltou que os foguetes brasileiros usavam tecnologia alemã. Com a validação dessa experiência o país ganha autonomia para esse tipo de equipamento.


Alguém pode me explicar porque a gente está pagando para os argentinos testarem equipamentos que serão utilizados em um foguete concorrente? Foguete esse, que pode ser utilizado para lançar uma ogiva sobre nossas cabeças. :evil:


Seria ótimo se a Argentina realmente iniciasse um programa de desenvolvimento de mísseis de médio/longo alcance, pois assim teríamos todas as justificativas para retomar o nosso também, e dane-se MTCR.

Mas na verdade o que os Argentinos parecem estar estudando são sistemas para um futuro desenvolvimento de um lançador de satélites, utilizando combustível líquido (nada de mísseis militares minimamente modernos!). Neste campo eles estão ligeiramente à nossa frente, pois um pequeno foguete experimental de combustível líquido já deles voou, e nós ainda estamos estudando os motores em laboratório.

De qualquer forma temos que continuar lançando foguetes de qualquer tipo que seja, sob pena de nossa infra-estrutura e pequena base tecnológica desaparecerem de vez. Assim, qualquer carga útil que justifique um lançamento é muito bem vinda, venha de onde vier.

Leandro G. Card


Leandro,

Excluindo-se a área de combustível líquido, estamos mais avançados ou menos avançados que eles nos lançadores?

Também estamos desenvolvendo motores de propulsão líquida para foguetes bem maiores que os deles, certo?

Obrigado de antemão pelas respostas.

Abraços




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#35 Mensagem por Gerson Victorio » Qui Jan 03, 2008 1:45 pm

Pessoal,

acho que vale a pena dar uma olhada neste vídeo, resolvi postar aqui na ESPACIAL e na AÉREA pois as imagem são históricas.

LANÇAMENTO DO VLS-1 (V01&V02) CENTRO LANÇAMENTO DE ALCÂNTARA.
http://www.youtube.com/watch?v=7ThEzX83Mj4

Gerson


PS. é uma pena que o programa não tenho dado muito sucesso.




de volta a Campo Grande - MS.
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#36 Mensagem por ademir » Sáb Jan 05, 2008 2:02 pm

Sonhando com estrelas

Com poucos recursos, programa espacial brasileiro quase desaparece

Márcio Sampaio Castro escreve para o “Valor Econômico”:

Em novembro, a China deu mais uma demonstração de que caminha em busca da condição de grande potência. Diante de uma platéia formada principalmente por jornalistas, o primeiro-ministro, Wen Jiabao, apresentou a primeira imagem da superfície lunar feita pelo satélite Chang E I.

Em abril, será a vez dos indianos enviarem para a Lua o seu Chandrayan-1, também com o objetivo de captar imagens e prospectar o seu pólo em busca de indícios de água congelada. Há 20 anos, os programas espaciais chinês e indiano se encontravam praticamente no mesmo estágio de desenvolvimento do programa brasileiro.

O tempo passou e os dois países asiáticos conseguiram ingressar no seleto grupo composto por Rússia, Estados Unidos e países da União Européia, conhecido como Clube da Lua. Mas o Brasil ainda quebra a cabeça para desenvolver o seu veículo lançador de satélites (VLS).

Para o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilberto Câmara, a comparação entre o Brasil e esses países não é possível porque, mais do que interesses econômicos ou científicos, aspirações militares têm servido como mola propulsora para os integrantes do restrito bloco espacial.

Coincidência ou não, o momento de maior impulso para os projetos da chamada Missão Espacial Completa Brasileira (Mecb) deu-se sob a égide do regime militar. Criada na década de 80, a Mecb era uma doutrina com o objetivo de capacitar o país a colocar um satélite em órbita, valendo-se integralmente de recursos técnicos desenvolvidos por cientistas locais.

Datam desse período também os projetos para o desenvolvimento de blindados, aviões de caça, o submarino nuclear e até uma bomba atômica, que para os idealizadores da máquina de guerra verde-e-amarela poderia muito bem ser carregada pelos mesmos foguetes criados para levar artefatos para além da atmosfera terrestre.

Os militares deixaram o poder e a grande maioria desses projetos jamais passou do estágio de protótipo. No entanto, a busca pela Mecb prosseguiu.

Em 1994, a Comissão Brasileira de Atividades Espaciais (Cobae), criada sob a égide do então Estado Maior das Forças Armadas, foi substituída pela Agência Espacial Brasileira (AEB), subordinada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, o que propiciou ao programa espacial uma face mais civil e científica.

Ainda nos anos 90, porém, a dotação orçamentária chegou a despencar para parcos US$ 20 milhões, recuperando-se depois e atingindo em 2006 a casa dos US$ 200 milhões.

Só para efeito de comparação, os Estados Unidos gastam por ano uma média de US$ 16 bilhões com sua agência, enquanto o membro mais pobre do Clube da Lua, a Índia, despende em média US$ 600 milhões. A conseqüência dos minguados recursos foi o quase desaparecimento do programa brasileiro.

"Essa descontinuidade de ações e de recursos têm implicações sobre as pessoas e sobre as instituições. No caso dos recursos humanos, há um treinamento, uma qualificação e uma organização gerencial montada em virtude de um determinado projeto. Quando o dinheiro some, as pessoas se desmotivam e vão embora", observa o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e ex-diretor do Inpe, Marco Antonio Raupp.

Ao analisar a questão estrutural, o matemático é mais ácido. Em sua avaliação o programa espacial brasileiro carece de prioridade.

"Uma série de novos projetos surge, enquanto outros que já estão em andamento não têm recursos. Qualquer agência espacial no mundo tem que ter um corpo técnico que acompanhe pari passu tudo o que ocorre, e não simplesmente se prestar ao papel de distribuir o dinheiro. Depois que um projeto fracassa, não adianta cobrar", afirma Raupp, em uma crítica direta à estrutura da AEB. Procurada pela reportagem, a diretoria da agência não se manifestou, alegando problemas de agenda.

A AEB é o eixo de uma tríade, que tem de um lado o Inpe, vinculado ao Ministério da Ciência e da Tecnologia, e de outro o Centro Técnico Aeroespacial (CTA), administrado por oficiais da Aeronáutica e subordinado ao Ministério da Defesa.

No campo da tecnologia dos satélites desenvolvidos pelo Inpe, até que o país vem conseguindo algum avanço significativo. Atualmente, boa parte do território nacional é monitorada por equipamentos desenhados e fabricados parcial ou integralmente por aqui. Desmatamentos, identificação de jazidas minerais e o acompanhamento das variações climáticas são alguns dos benefícios trazidos pelas máquinas produzidas a partir do instituto.

As jóias da coroa são os Cbers, um pacote de satélites, fruto de um acordo assinado em 1988 com os chineses, desenvolvidos em conjunto entre os dois países. Em setembro, o terceiro dos cinco equipamentos previstos no contrato de cooperação bilateral foi colocado em órbita.

O detalhe é que em 2012, ao final do acordo, todos os lançamentos terão sido feitos a partir de uma base chinesa, sem nenhuma participação de foguetes brasileiros.

"O Inpe faz o design dos satélites e o controle, mas contrata uma indústria nacional para produzi-los. É assim que funciona em qualquer país. Você não pode contratar e realizar. Enquanto essa filosofia não for adotada por todos os envolvidos, a Missão Espacial Completa Brasileira [Mecb] estará muito longe da nossa realidade", afirma o diretor do Inpe, em uma alusão ao desenvolvimento dos veículos lançadores de satélites, a cargo do CTA.

Não bastassem as dificuldades de ordem interna, o programa espacial brasileiro precisa enfrentar outra dura adversidade. O mercado de desenvolvimento e lançamento de artefatos espaciais é um nicho bastante restrito, concorrido e lucrativo. Como resultado, movimenta anualmente milhões de dólares.

Além disso, envolve tecnologias sensíveis, tanto para espionagem, quanto para vetores de armas de destruição em massa. Após o 11 de Setembro, os Estados Unidos, principais fornecedores de equipamentos e softwares empregados em satélites e mísseis, endureceram ainda mais suas normas de exportação, criando leis que ameaçam com prisão os fabricantes que as desobedeçam.

Como a cooperação entre brasileiros e chineses não é vista com muito bons olhos por Washington, a comunidade científica envolvida com o programa tem acusado o golpe.

"As questões estratégicas e de mercado têm pesado muito. Não temos conseguido importar tecnologias-chave. É claro que os concorrentes não querem que mais um país ingresse neste grupo restrito", observa José Leonardo Ferreira, coordenador do Laboratório de Plasma do Instituto de Física da Universidade de Brasília (UnB).

Ferreira explica que as portas fechadas têm obrigado os cientistas envolvidos nesses projetos a quebrar a cabeça em busca de um desenvolvimento autóctone do conhecimento. Programas como o Uniespaço, da AEB, têm injetado alguns milhões de reais nas universidades brasileiras, mas, na avaliação do físico, são valores que estão aquém das necessidades.

"O Uniespaço é uma iniciativa muito boa, tem aumentado o intercâmbio dentro das instituições universitárias e tem potencial para agregar outras que ainda não fazem parte do programa. O problema é que se o investimento não aumentar, corremos o risco de ficar muito para trás em comparação com nações como a Índia e a China, por exemplo. Não estamos mais falando de países que conseguem ou não colocar um satélite em órbita. Estamos falando de países que estão se preparando para a exploração espacial", pondera.

Mesmo levando-se em consideração problemas de gestão e escassez de recursos, a verdadeira pedra no sapato para a concretização da Missão Espacial Completa Brasileira é, sem dúvida, o desenvolvimento de foguetes que consigam colocar em órbita equipamentos mecânicos.

O revés sofrido em 2003, com a tragédia do VLS-1, na base de Alcântara, quando 21 técnicos morreram instantaneamente em uma explosão, motivou uma reavaliação total da concepção do veículo lançador de satélites. Os técnicos do CTA descobriram da pior maneira que não iriam a lugar algum seguindo aquele rumo.

Como a origem do projeto era de motivação militar, desde o início apostava-se no emprego de combustíveis sólidos, uma matriz bastante prática e útil em tempos de guerra, mas complicada para levar artefatos ao espaço. Ao convidar especialistas russos para avaliar as causas do acidente, receberam o conselho de adotar combustíveis líquidos para impulsionar os foguetes.

Essa aproximação com a Rússia data de 1997, quando o então ministro dos Negócios Estrangeiros, Ievgueni Primakov, visitou o Brasil e deu início a uma série de tentativas por parte dos russos de venderem equipamentos de diversos tipos por aqui.

De uns tempos para cá, a circulação de técnicos da Rússia pelas instalações do CTA, em São José dos Campos, é um fato relativamente conhecido por aqueles que acompanham o programa espacial brasileiro, o que pouca gente sabe é o que exatamente eles fazem ali e o quanto de tecnologia estariam dispostos a transferir para que finalmente se alcance por aqui o sonho de pertencer ao clube espacial.

Enquanto a Missão Espacial Completa Brasileira não decola, o Brasil flerta com os russos, assina contratos com ucranianos, convênios com alemães e argentinos e rema desesperadamente para alcançar seus colegas do Bric, que começam a ver cada vez mais o programa espacial através de suas lunetas.
(Valor Econômico, 4/1)


Fonte: Jornal da Ciencia

:? :(




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#37 Mensagem por LeandroGCard » Ter Jan 15, 2008 6:53 pm

Centurião escreveu:
LeandroGCard escreveu:
Centurião escreveu:
Barreira do Inferno lança amanhã novo foguete
Tribuna do Norte


O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, na cidade de arnamirim, será palco de mais um lançamento de foguete. Em convênio dos Governos brasileiro e argentino, a Operação Angicos colocará no espaço um foguete VS 30 para realizar estudos de unidade de medidas de gerenciamento de vôos.

No total, o lançamento desse foguete custará cerca de R$ 2,5 milhões. Desses, R$ 1,5 milhão foi investimento do governo brasileiro, com a construção do foguete. Os outros R$ 1 milhão foram gastos pelo governo argentino, que ficou responsável pela carga útil do foguete.
O lançamento do foguete está previsto para ocorrer amanhã. No entanto, o coronel aviador Luiz Fernando de Azevedo, coordenador do projeto, observa que o lançamento só ocorrerá com as condições específicas para isso: velocidade do vento a 10 metros por segundo. Além disso, outra restrição é que o foguete só pode ser lançado no horário entre 6h e 6h40. "Esse horário ocorre porque um dos experimentos da carga útil faz correlação entre o horizonte e a posição do sol", explica coronel Luiz.

Embora o lançamento ocorra apenas amanhã, desde a 1h de hoje começou uma contagem regressiva simulada. Para essa quarta-feira será realizada uma contagem regressiva semelhante. "A contagem começa a 1 hora e vamos até o horário de lançamento", destacou coordenador do projeto.

No projeto do VS 30 estão envolvidas 99 pessoas, além dos militares do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno. O VS 30 pesa 1,5 tonelada, mede 8 metros. A carga útil do foguete pesa 242 quilos. O foguete deverá atingir a altura de 142 quilômetros. Coronel Luiz Fernando explica que o tempo de vôo total do foguete ficará entre 7 e 8 minutos, sendo que 3 minutos será de "micro-gravidade" (quando ele atinge o ápice).

Esse é o sétimo VS 30 produzido no Brasil que irá ao espaço. Fabricado em São José dos Campos, o foguete é o primeiro da Operação Angicos, iniciada em 1998. O equipamento levará como carga útil um experimento de pesquisadores argentinos para analisar o gerenciamento de sistema de vôo, semelhante a um GPS. No foguete também irá um experimento da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. "O experimento será um receptor de GPS, que fornecerá a posição e velocidade do foguete. Caso seja validado, o equipamento poderá ser usado em satélites e em
qualquer outro veículo de alta velocidade", destacou Francisco Motta, professor de Engenharia da Computação e Automação. Ele ressaltou que os foguetes brasileiros usavam tecnologia alemã. Com a validação dessa experiência o país ganha autonomia para esse tipo de equipamento.


Alguém pode me explicar porque a gente está pagando para os argentinos testarem equipamentos que serão utilizados em um foguete concorrente? Foguete esse, que pode ser utilizado para lançar uma ogiva sobre nossas cabeças. :evil:


Seria ótimo se a Argentina realmente iniciasse um programa de desenvolvimento de mísseis de médio/longo alcance, pois assim teríamos todas as justificativas para retomar o nosso também, e dane-se MTCR.

Mas na verdade o que os Argentinos parecem estar estudando são sistemas para um futuro desenvolvimento de um lançador de satélites, utilizando combustível líquido (nada de mísseis militares minimamente modernos!). Neste campo eles estão ligeiramente à nossa frente, pois um pequeno foguete experimental de combustível líquido já deles voou, e nós ainda estamos estudando os motores em laboratório.

De qualquer forma temos que continuar lançando foguetes de qualquer tipo que seja, sob pena de nossa infra-estrutura e pequena base tecnológica desaparecerem de vez. Assim, qualquer carga útil que justifique um lançamento é muito bem vinda, venha de onde vier.

Leandro G. Card


Leandro,

Excluindo-se a área de combustível líquido, estamos mais avançados ou menos avançados que eles nos lançadores?

Também estamos desenvolvendo motores de propulsão líquida para foguetes bem maiores que os deles, certo?

Obrigado de antemão pelas respostas.

Abraços


Olá centurião, desculpe a demora em responder, mas eu estava de férias (muito merecidas) e sequer acessei a internet nos últimos 20 dias. Mas agora lá vai.

Na verdade em praticamente todos os aspectos o Brasil está bem à frente da argentina em termos de desenvolvimento de lançadores, pois tínhamos um programa ativo na área com o VLS (que no momento está meio parado por questões legais com a torre de lançamento), e eles não tinham nada sendo desenvolvido de forma contínua.

Mesmo assim conseguiram, em um esforço independente pelo que sei (sem apoio de nenhuma outra potência aeroespacial), lançar um pequeno foguete movido à combustível líquido hipergólico (que queima sozinho, não precisa de sistema de ignição), do tipo que já era lançado nos EUA e Europa nas décadas de 40 (Alemanha, EUA, Rússia) e 50 (França, Inglaterra). No Brasil ainda estamos testando motores deste tipo em laboratório, mas nenhum foguete já foi construído com eles.

Mas por outro lado nossa infra-estrutura é hoje muito maior, com laboratórios bem equipados e muito pessoal (tudo bem, não muito mas um número razoável) dedicado somente a esta área. O que falta em nosso país é a decisão política (sempre ela) de se levar a coisa adiante. Para os Argentinos o simples fato de fazer alguma coisa antes do Brasil já é motivo bastante para gastar dinheiro e por a mão na massa com o pouco que eles têm (e eles estão certos nisso, não é uma crítica). Já aqui ninguém percebe a importância do país mostrar competência em áreas técnicas avançadas, e por isto nada acontece com o passar dos anos.

É por estas e outras que o mundo não nos percebe como um país importante mesmo que os números do nosso PIB sejam relativamente grandes. Somos produtores de minério de ferro, farelo de soja e carne de segunda, indústria avançaca é lá com a Rússia, China, Índia, etc... . Dentro dos BRIC somos o primo burro que vive na roça. E você não tem idéia de como esta imagem é prejudicial aos nossos negócios pelo mundo afora...

Desculpe o desabafo, mas como brasileiro e engenheiro as vezes é difícil manter a calma e a objetividade.

Abraços,


Leandro G. Card




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#38 Mensagem por Valdemort » Qui Jan 17, 2008 8:31 am

Vc tem toda razão Leandro , a mais recente prova e nomeação de Edson Lobão para ministro das Minas e Energia (cria do Sarney) expecialmente neste momento delicado do setor energetico.
Enquanto existir no Brasil o arranjo politico nunca sobrara verba para desenvolvimento tecnológico e o dinheiro continuará se perdendo no mar de lama que é congresso nacional , ou melhor alguns politicos que infelizmente governam a casa .




"O comunismo é a filosofia do fracasso, o credo da ignorância e o evangelho da inveja. Sua virtude inerente é a distribuição equitativa da miséria".
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#39 Mensagem por soultrain » Qui Jan 17, 2008 9:56 am

Dentro dos BRIC somos o primo burro que vive na roça. E você não tem idéia de como esta imagem é prejudicial aos nossos negócios pelo mundo afora


É verdade Leandro, infelizmente existe este "preconceito" e a maioria das pessoas não conhece o Brasil pelas boas coisas que se fazem ai.

Felizmente há muitas excepções ;)

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#40 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jan 17, 2008 12:57 pm

soultrain escreveu:
Dentro dos BRIC somos o primo burro que vive na roça. E você não tem idéia de como esta imagem é prejudicial aos nossos negócios pelo mundo afora


É verdade Leandro, infelizmente existe este "preconceito" e a maioria das pessoas não conhece o Brasil pelas boas coisas que se fazem ai.

Felizmente há muitas excepções ;)

[[]]'s


Pois é.

Viajo à negócios para fora do Brasil com certa frequência (1 vez por ano em média), além de ter contatos quase diários por e-mail e telefone com empresas da área tecnológica de diversos países, e sei bem a imagem que o Brasil tem na cabeça da maioria dos estrangeiros.

Um programa espacial razoavelmente bem sucedido (nenhum é perfeito mesmo), a produção local e emprego de algum tipo de material bélico mais sofisticado (mísseis por exemplo), a construção de submarinos ou navios de guerra de forma continuada (sem esta mendigaria de ter que comprar tecnologia de tudo toda vez!) fariam muito mais pela nossa imagem perante o mundo que todas as viagens do FHC e do Lula juntas, e mais até que uma cadeira permanente no conselho de segurança da ONU. E se botar na ponta do lápis sairiam até mais barato! E isto facilitaria bastante a vida de nossos empresários quando fossem vender fora produtos de maior valor agregado de qualquer tipo.


Mas vai falar isto aqui no Brasil para ver o que acontece. Já vi um monte de gente defendendo as viagens, jogos do pan, copa do mundo, tudo para incrementar a imagem do país no exterior e tudo coisa que no máximo firma a imagem que já temos, de país grande mas sem capacidade técnica. E até agora não encontrei ninguém, nem mesmo aqui no fórum, que soubesse defender a implantação de programas de tecnologia de alta visibilidade (espacial, militar, etc...) como ferramenta para a melhoria da imagem do Brasil no exterior.

E este talvez seja o mais importante benefício deste tipo de programa (principalmente para um país pacífico como o nosso), passar para o mercado mundial a idéia de que apesar de existirem problemas (e onde não existem?) o país é competente tecnologicamente, podem comprar nosso produtos que sabemos fazer coisa que presta.

Mas o pessoal aqui diz: Ah, não vamos gastar dinheiro com isso não, vamos fazer a copa do mundo com esta grana e comprar um projeto pronto ou mesmo o produto acabado de foguete ou submarino! E depois um empresário brasileiro manda um e-mail para Uganda ou para a Colômbia oferecendo um equipamento ou produto industrial qualquer e o cara de lá acha que é trote e compra um produto similar e até pior e mais caro de países que já demonstraram tradição na área tecnológica/industrial de forma pública e notória.

Vivo isto no dia à dia, e é duro, sabe...


Te mando um grande abraço por ouvir meu desabafo, só alguém de fora mesmo...


Leandro G. Card




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#41 Mensagem por P44 » Seg Jan 21, 2008 12:29 pm

PSLV Successfully Launches Israeli Satellite


(Source: Indian Space Research Organisation; issued Jan. 21, 2008)



Antrix Corporation is happy to announce that its second full-fledged commercial launch has been successfully completed today. After the final countdown, PSLV-C10 lifted off from the First Launch Pad (FLP) at SDSC SHAR at 09:15 Hrs with the ignition of the first stage.

Incidentally this is the 25th Satellite Launch Mission from SDSC, SHAR. The launch of TECSAR was executed under a commercial contract between Israel Aerospace Industries (IAI) and ANTRIX Corporation.

It may be recalled that the first major commercial launch of PSLV (PSLV-C8) took place on April 23, 2007, when it successfully launched an Italian astronomical satellite, AGILE.

The 300 kg TECSAR satellite was placed into its intended orbit with a perigee (nearest point to earth) of 450 km and apogee (farthest point to earth) of 580 km with an orbital inclination of 41 deg with respect to the equator. TECSAR was placed in orbit 1185 sec after lift-off.

PSLV has emerged as the workhorse launch vehicle of ISRO with eleven consecutively successful flights so far. Since its first successful launch in 1994, PSLV has launched eight Indian remote sensing satellites, an amateur radio satellite, HAMSAT, a recoverable space capsule, SRE-1, and two primary satellites and six small satellites for foreign customers. Besides, it has launched India’s exclusive meteorological satellite, Kalpana-1, into Geosynchronous Transfer Orbit (GTO). PSLV is also slated to launch India’s first spacecraft to moon, Chandrayaan-1, in 2008.

TECSAR is a Synthetic Aperture Radar (SAR) Technology satellite. The design, development and fabrication activities of the satellite were led by MBT Space, a division of the Israeli Aerospace industries with the participation of other high tech industries such as ELTA, Tadiran Spectralink, Rafael. The satellite is equipped with a SAR payload with the capability to see through the clouds and carry out day and night all weather imaging. (ends)



IAI's Advanced Synthetic Aperture Radar (SAR) Satellite Successfully Launched on Indian PSLV Launcher


(Source: Israel Aerospace Industries; issued Jan. 21, 2008)



BEN-GURION International Airport, Israel --- Management of Israel Aerospace Industries Ltd. (IAI) announced that an advanced imaging satellite produced by IAI, employing synthetic aperture radar (SAR) technology, was successfully launched into orbit today (January 21, 2008, 05:45 Israel time) on an Indian Polar Satellite Launch Vehicle (PSLV).

The satellite, under the brand name TECSAR, was launched at the SHAR test field in southeast India in collaboration with a team of Indian and Israeli experts. The launch was carried out in accordance with a cooperation agreement between the Government of India and IAI relating to space activities.

The TECSAR's signal was received at the IAI ground station 80 minutes after launch (07:10 Israel time), immediately upon its reaching the station communication range. By all indications so far, the satellite is functioning properly.

The satellite is now orbiting the Earth, and IAI's engineers and scientists have commenced the prescribed series of in-orbit tests to verify its performance. Due to the complexity of the TECSAR, as compared to satellites previously produced by IAI, the in-orbit tests are scheduled to continue for several weeks, and the first images are scheduled for receipt 14 days after launch.

The TECSAR is the first satellite of its kind developed in Israel, and ranks among the world's most advanced space systems. It carries a SAR payload, designed to provide images during day, night and all weather conditions, including under cloud cover. The satellite is controlled and monitored by an IAI-based ground station.

This satellite was designed, built and integrated by IAI's scientists and engineers, with the MBT Space division acting as prime contractor and Elta Systems Ltd., an IAI subsidiary, provided the SAR payload. The project included contributions from other IAI divisions, as well as from leading Israeli hi-tech companies such as Rafael, Tadiran-Spectralink and Rokar.

The TECSAR joins an impressive list of satellites developed, produced and launched by IAI. As of today, 11 satellites from the Ofeq, EROS and Amos brands have been launched, including seven satellites currently in orbit. These successes contributed to IAI's recent award of a material contract to develop the Amos 4 communications satellite.

Itzhak Nissan, IAI's President & CEO said: "IAI's management is very proud of this achievement, which serves as additional proof of IAI's great technological and administrative capabilities, and of IAI's leadership in the Israeli space industry and other areas of advanced technology."


Israel Aerospace Industries, Ltd. (IAI) is Israel's largest industrial exporter and a globally recognized leader for the defense and commercial markets. IAI provides unique and cost-effective technological solutions for a broad spectrum of needs in space, air, land, sea and homeland defense.

IAI's sales in the third quarter of 2007 sales increased by 14 percent to $777 million compared to $681 million in the third quarter of 2006. Accumulated sales for the first nine months of 2007 increased 20 percent to $2.4 billion compared to $2 billion in 2006.

-ends-




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#42 Mensagem por LeandroGCard » Sex Jan 25, 2008 11:44 am

Brasil e China lançam satélite de alta definição
Fruto da parceria entre os dois países tem a função de obter fotografias de alta resolução da Terra

PEQUIM - Nesta sexta-feira, 25, foi colocado em funcionamento o primeiro satélite de alta definição desenvolvido em parceria por Brasil e China, com a função de obter fotografias da Terra, informou a agência estatal Xinhua.

"O início das operações do satélite romperá o monopólio estrangeiro da fotografia em alta definição", comentou Sun Laiyan, chefe da Administração Nacional Espacial da China (CNSA).

O satélite, chamado CBERS-2B, será utilizado para diversas finalidades como a busca por matérias-primas, o planejamento urbano, e o acompanhamento e prevenção de desastres naturais.

O CBERS-2B foi lançado no dia 19 de setembro a uma órbita a 778 quilômetros da Terra para substituir ao CBERS-2, em atividade desde 2003.


Sun assegurou que Brasil e China continuarão criando e desenvolvendo conjuntamente uma segunda geração de satélites, com o objetivo de lançar o CBERS-3 em 2010.


Obs: o satélite já estava no espaço, e foi liberado para operação normal agora.




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Re: Lançamentos espaciais

#43 Mensagem por manuel.liste » Seg Mar 10, 2008 9:05 am

Lanzado el vehículo de transporte automático "Julio Verne" de la Agencia Espacial Europea con destino a la ISS. Se trata del mayor artefacto espacial construido hasta ahora en Europa:

http://www.aviaciondigitalglobal.com/no ... DesignId=4




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Re: Lançamentos espaciais

#44 Mensagem por Bolovo » Dom Out 12, 2008 5:19 pm

Eita foguete bonito.


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The Soyuz TMA-13 spacecraft is transported by railcar to its launch pad at the Baikonur Cosmodrome in Baikonur, Kazakhstan.

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A Russian soldier stands guard by the SOYUZ TMA-13 rocket as it is transported to the launch pad of the Russian leased Baikonur cosmodrome, in Kazakhstan, on October 10, 2008.

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The Soyuz TMA-13 spacecraft arrives at the launch pad at the Baikonur Cosmodrome in Kazakhstan, October 10, 2008 for launch on October 12, 2008 to carry Expedition 18 Commander Michael Fincke, Flight Engineer Yury V. Lonchakov and American Spaceflight Participant Richard Garriott to the International Space Station. The three crew members will dock their Soyuz to the International Space Station on October 14. Fincke and Lonchakov will spend six months on the station, while Garriott will return to Earth October 24, 2008 with two of the Expedition 17 crewmembers currently on the International Space Station. REUTERS/Victor Zelentsov/NASA/Handout

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The Soyuz TMA-13 blast off from Baikonur cosmodrome in Kazakhstan carrying members of the 18th mission, US space tourist Richard Garriott, Russian commander Yuriy Lonchakov, and NASA astronaut Michael Fincke, to the International Space Station ,12 October 2008

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U.S. astronaut Owen Garriott, left, accompanies his son U.S. space tourist Richard Garriott, crew member of the 18th mission to the International Space Station (ISS), to the Soyuz-FG rocket prior to the launch at the Russian leased Baikonur Cosmodrome, Kazakhstan, Sunday, Oct. 12, 2008. (AP Photo / Dmitry Lovetsky)

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Russian Soyuz TMA-13 rocket takes off carrying Russian cosmonaut Yuri Lonchakov, US astronaut Michael Fincke and his compatriot, space tourist Richard Garriott at the Baikonur cosmodrome, in Kazakhstan, on October 12, 2008.

Imagem

The Soyuz TMA-13 spacecraft arrives at the launch pad at the Baikonur Cosmodrome in Kazakhstan, Friday, Oct. 10, 2008, for the Oct. 12 launch that will carry Expedition 18 Commander Michael Fincke, Flight Engineer Yury V. Lonchakov and American spaceflight participant Richard Garriott to the International Space Station. The three will dock their Soyuz to the International Space Station on Oct. 14. Fincke and Lonchakov will spend six months on the station, while Garriott will return to Earth Oct. 24, 2008, with two of the Expedition 17 crew currently on the station.




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Carlos Mathias

Re: Lançamentos espaciais

#45 Mensagem por Carlos Mathias » Dom Out 12, 2008 8:18 pm

Será que com essa ajuda russa (que dizem estar chegando) a gente um dia lança algo parecido?




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