Upgrades Factíveis - Leo1A5

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#946 Mensagem por FCarvalho » Sex Jun 02, 2023 7:18 pm

gogogas escreveu: Sex Jun 02, 2023 5:18 pm A não ser que o Lule empurre goela abaixo qualquer produto chinês como foi o caso dos AH-2 , o EB convidou militares chineses para a palestra do Coter !
O que se diz na imprensa é que foram mandados ser convidados, pois o EB não chamou ninguém por si mesmo.

E se não tocarem pianinho com a atual gestão, vão ser entubados com todo gosto na VBC CC e em qualquer outro projeto. Seja de origem chinesa, russa ou do Taiti

O que no final eu não acho nenhum problema. Quem paga o que os militares usam tem mais que direto de determinar o que será comprado,como e onde com o dinheiro do contribuinte. Cabe às ffaa's se adaptar e fazer o melhor que puder com o que recebe. A FAB deu mostras dessa capacidade com os Mi-35 e saiu-se muito bem.

Não é porque um CC é chinês que o mundo vai acabar e vamos involuir. Pelo contrário. Se fizerem o que está no RO e RTLI bom pra nós. Não tem do que reclamar. A não ser as viúvas ideológicas tupiniquins do Vietnã. Com e sem farda

Melhor 450 CC chineses na mão com input BR do que 65 ocidentais com uma mão na frente e a outra atrás.




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#947 Mensagem por gabriel219 » Sex Jun 02, 2023 9:51 pm

Relação entre Militares Brasileiros e Chineses não é atinga. Quase fecharam uma PPP entre a Norinco-Imbel em pleno Gov. Bolsonaro.




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#948 Mensagem por FCarvalho » Sáb Jun 03, 2023 12:50 am

Tem que se saber separar as coisas. Ideologias a parte a China tem uma BIDS e capacidades tecnológicas que nos interessam há muito tempo. E não é porque general A ou B não gosta de "material comunista" que vamos simplesmente virar as costas e fingir que eles não existem só pra poder continuar lambendo as botas, ou coturnos, do US Army e OTAN, como se fossemos parte daquilo.
Se continuar nesse ritmo os chinas vão acabar arrumando vários contratos por aqui de graça e sem fazer esforço.
Bom para o país que vai conseguir receber e operar material novo como já não se vê há décadas.




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#949 Mensagem por gabriel219 » Sáb Jun 03, 2023 4:10 am

Uma coisa que a NORINCO pode nos oferecer é no quesito munições, o resto é downgrade do brabo, vite o VT-4.

Não há como querer comprar um VT-4 achando que ele é um ZTZ-99A, nem a versão A1 chega perto do ZTZ-96B.

A alternativa sensata é essa aqui e ainda venderíamos KC-390, o que a Embraer precisa, sem esquecer de fortaceler alianças no Norte da África e no Sudeste Asiático com as duas principais potências da região - excluindo China no último caso.
gabriel219 escreveu: Qui Mai 18, 2023 9:35 am Bom, como sabemos, muitas vezes gente GRAÚDA do EB vem ler esse fórum e integrantes do MD, então deixarei minha sugestão:

:arrow: Negociação Diplomática: junta o MD, MRE, representantes da Embraer e do EB para oferecer ao Egito e a Coréia do Sul o KC-390. O EB acompanhando as negociações, acompanha o progresso da oferta do K-2M pro Egito, em que haveria a montagem de fábrica lá para de uma quantidade incerta, mas especula-se que sejam cerca de 800+ viaturas. Com isso, ofertando o KC-390 para a Coréia do Sul, o Brasil oferece o apoio diplomático pra fazer a Coréia vender o K2-M pro Egito, usando a força da entrada definitiva nos BRICS para o Egito e também a aquisição por parte deles do KC-390 e até do Guarani. Em troca, alguns K-2M/BR viriam direto das fábricas Egípcias, todos os pretendidos pelo EB, que são 62, talvez todos os 115 sem a modernização do 1A5.

:arrow: Segunda parte: leasing de 172 K1E1 (canhão 105 mm, KM68) da Coréia do Sul, junto com a aquisição de algo em torno de 300-600 K274, especialmente se forem K-274B. Assim, o K1E1 poderia compartilhar parte das munições que já temos, operando 126 na nova formação da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada - de todas as Blindadas, na verdade - mais 36 num RCB criado em Roraima e 10 em Escolas do EB.

Outros 126 Leopard 1A5, sem serem modernizados, continuariam operando nas demais OMs que restassem, assim desativando, por ora, os RCBs das Bda Cav Mec, que se transformariam em uma Bda Blind no futuro. Os demais Leopard 1A5 e 1BE seriam canibalizados para manter tanto o Leo 1A5 quanto o Gepard. Com SX 389 GF e DM-23 - bom, temos a foto de ao menos uma DM-23, então talvez tenham mais APFSDS pro Leo - e o controle de fogo atual dão conta das ameaças com o K1E1.

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Tentaria leasing de K21 ou compra, via EDA, de M2A2 sem a torre, mas acho bem difícil essa parte. O leasing do K1E1 seria acertado para até o final da década, quando poderíamos pensar em lotes maiores de K2-M/BR.

:arrow: Terceira parte: aqui considerando que o EB planeja substituir tudo e podendo formar uma 3ª Bda Blind com os RCBs existentes na Cav Mec, que não vejo sentido em existir quando as mesmas serão dotadas de Centauro II no futuro - terão Mobilidade Estratégica E poder de fogo de um MBT, logo um RCB só atrapalha a organização - o EB negociaria o leasing como tapa buraco, para manter ao menos duas Brigadas Blindadas e um RCB em Roraima, enquanto a Hyundai, via financiamento de Banco Sul Coreano com BNDES como fiador, faria uma fábrica nacional pro K2-BR e começar a fabricar entregar as viaturas por volta de 2027, começando a pagar a partir da entrega do primeiro lote.

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Os protótipos e o LED seriam construídos na possível fábrica no Egito, enviadas pro Brasil e testadas aqui. Isso poderia abrir o leque pros Sul Coreanos tentarem emplacar o K9A2 e o AS21, que provavelmente perderá para o Lynx na Austrália devido ao LOB pesadíssimo da Rheinmetal lá, vide a vitória duvidosa do Boxer contra o AMV.

Com Hero 30, a necessidade de munições HE-MPAT diminuem bastante - aqui excluo munições HEAT e HE-Frag, que não há mais lugar no combate moderno com a munição mencionada antes - o que salva capacidade de munição pela remoção do Ammorack, onde haveria um Operador de Armas, operando uma estação remota que serviria para enfrentar Infantaria e Drones, além de utilizar as Hero 30 para engajar Infantaria e utilizar os drones quadrirrotores para busca de alvos, com o Cmt do Carro tendo acesso a todas essas informações em tempo real.

O atual K2 tem capacidade de 16 munições no Autoloader, mas pode ser expandida para 22 como o Leclerc, já que utiliza o mesmo Autoloader, porém seu projeto PIP prevê um aumento para 30 munições. É algo que pode ser acompanhado pelo Brasil, principalmente por essa quantidade extra de 14 munições favorecer muito o uso de munições como KSTAM II e mísseis de longo alcance, que provam ser extremamente úteis na guerra da Ucrânia. Uma dotação padrão de 12 APFSDS, 8 HE-MPAT, 4 ATGM e 2 KSTAM II daria um poder de fogo enorme para cada carro, o que multiplicaria em torno do pelotão. E, é claro, sete polias para diminuir a pressão sob o solo, já que a viatura passará das 56 toneladas para as 59-60 toneladas.

Como foi expectado, a modernização do Leo 1A5 custará, ao menos, USD 3.76 milhões cada ou totalizando um programa de USD 197 milhões para dar apenas um par de óculos pro Leopard 1A5 e uma pescoceira, esse dinheiro é mais que o suficiente para garantir leasing de K1E1 e um passo inicial para o K2-BR.

Por que K1E1 e não K1A1, com canhão 120 mm? Motivo simples: disponibilidade. Os Sul Coreanos possuem mais de mil K1 com canhão KM68, enquanto existem pouco mais de 400 K1A1, muitos sendo modernizados pro padrão K1A2. Logo é muito improvável que aceitariam ceder via leasing por 10 anos ou mais, porém o K1E1 já é uma figura mais óbvia. Além disso, aproveitaríamos o estoque de munição que já temos e compra de outras munições, que estão em andamento, no calibre 105 mm. Tentaria pegar as versões que receberam a blindagem SAP, o que protegeria o arco frontal contra a 3BM-42 utilizada pelos T-72B1 Venezuelanos. Claro que, só seriam adversários de dia, pois os T-72B1 Venezuelanos possui ainda o sistema de mira 1K13-49, que só permite uma visão noturna de segunda geração com lanternas ativas - não é câmera térmica, é NVG -, alcance de 800-400 metros, inferior até do Leo 1A5, porém mesmo se o EB tiver estoques de DM23, o Leo ainda é incapaz de penetrar um T-72B1 com essa munição, especialmente por essa versão ter Kontakt-1 - que afeta APFSDS numa margem pequena, mas ainda afeta - e possui mais 20 mm de blindagem, com o aprendizado dos Russos com as munições M111 apreendidas, que por sinal a DM-23 é a munição Israelense produzida na Alemanha Ocidental, da época.

É dito que a K274 tem capacidade de perfurar 400-500 mm a 2 km, o que seria suficiente contra a maior ameaça que teríamos, que é o T-72B1 Venezuelano. Ambas as viaturas são capazes de transpor pontes classe 60 e operando em rodovias classe 4, como o EB deseja.

Outra coisa seria a reorganização das Brigadas Blindadas, antes 2x RCCs e 2x BIBs para 3x RCBs e 1x RRB ou Regimento de Reconhecimento Blindado, uma estrutura nova, inspirada um pouco na OM de reconhecimento das novas ABCTs pós-2016 e também nos Esq Cav Mec, contanto com 1x Esq CC (2x VBC CC para Cmd do Esq e 4x VBC CC por Plt, que seriam quatro, como padrão) e 3x Esq Rec Blind, com estrutura similar a atual Esq Cav Mec, mas com algumas mudanças, que seriam: 1x Plt Rec Blind (4x VBCC, que seriam viaturas semelhantes ao BMPT-72, usando o chassis do K2), 2x GCs Fz Blind (2x VBCI + 9 Fz Blind), 1x Plt Rec Mtz (6x VBMT 4x4, com radares de solo, jammers contra drones e drones de maior alcance, além de levarem Manpads e as viaturas terem capacidade de abater drones com armamento Soft e Hard) e 1 Plt Ap Fg (4x Vtr E, sendo duas Mrt 120 mm e duas Lç Loitering classe Hero 120, com capacidade de transportar 4 combatentes, para operarem 2x CLU de mísseis Spike LR2).

Os RCBs manteriam a formação padrão já existente hoje, com cada Brigada Blindada operando 126 VBC CC. Sendo três delas e um RCB em Roraima, são 414, sem considerar as escolas e as VBEs e VBCC derivadas do mesmo chassis, o que justifica financeiramente uma fábrica no Brasil.

Aqui temos argumentos possíveis diplomáticos (uso do BRICS e venda do KC-390, por tanto, trade-off com o país), financeiros (financiamento por banco estrangeiro com BNDES como fiador) e políticos internos (geração de milhares de empregos, diretos e indiretos, além do aumento de exportações para o Sudestes Asiático e também para a África Sobre-Saahriana).

Não é nem por gosto pessoal, gosto pessoal mesmo eu tenho pro EB conseguir alguma sorte em comprar viaturas de segunda-mão, como M1A1SA ou M60 SLAP/SABRA e adquirir o projeto Objekt 640, desenvolvê-lo com torreta remota e fabricar uma viatura nacional, aquela viatura misturada com o conceito do Armata seria o suprassumo no que veríamos nascer no quesito carros de combate, especialmente o conceito da Kaktus, que era muito superior a Malachit, que em si é uma Relitk - ERA fenomenal, aliás - com 10 cm a mais. Tudo no Black Eagle era mais revolucionário que no Armata, que já tinha um similar anos antes mesmo do T95, que era o M1 TTB. Esse sim é meu gosto pessoal, sonho molhado de verão. A Kaktus sozinha era capaz de dar uma proteção extra de 1070-1160 mm RHAe* contra KE, o que é um absurdo e não entendo o porque dos Russos não terem ido a frente, preferido a Relitk, talvez pela 4S23 (código Russo pra Relitk) ser mais barata.

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Um canhão 140 mm, com Bustle Autoloader exclusivamente pra APFSDS e GLGM, com outro em formato carrossel para munições HE-MAP e do tipo KSTAM II, com blow pannels semelhante ao do Ammorack do chassis do Abrams, com um CITV com metralhadora .338NM e uma outra torre remota com canhão 30 mm pra ser usada contra drones, ter drones Hero 30 e do tipo DJI com câmera têrmica e carga pra 40 minutos é o meu sonho de verão, quatro tripulantes em um casulo no chassis, com blindagem NERA e ERA Kaktus desenvolvida seria um monstro e APS dividido em lançadores móveis para mísseis e drones kamizake, o outro com sensores independentes exclusivo para APFSDS como AMAP-ADS, talvez precursor de uma nova geração. Mas sei o quão irrealista é esse meu sonho.

Na minha opinião, se o EB pensasse assim e levasse a ideia até o MD, da forma mais política possível, especialmente quanto a geração de empregos e aumento das exportações (mais dinheiro vindo pra imposto), considerando o mesmo financiamento feito pelo Gripen - os Sul Coreanos fizeram parecido com Poloneses e ofereceram para Noruegueses financiamento pós-recebimento, mas não tenho como confirmar isso - é bem possível que fosse um plano interessante.

Bastava aumentar o ROB para 60 tons e ambos os ROBs que o EB tem sobre VBC CC seriam atendidos com K1E1 e K2-BR.

EDIT: Segundo consta neste manual, o Exército adquiriu DM 23A1 e DM 33 quando adquiriu o Leopard 1A1 ou 1BE, então ao menos tínhamos DM 23A1 e DM 33. DM 33 tem capacidade parcial de perfurar um T-72B1, mas a uma distância que seria o suficiente para o T-72 engajá-lo, diferente do K1E1:

https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... ip1782.pdf

Um conjunto de Centauro II com - se Deus quiser e o EUA REJEITAR a demanda do EB por munições ultrapassadas - M338 e M339, K1E1 com K274(N) e Leo 1A5 com SX 389 GF, DM 23A1 e DM 33 até estaríamos bem pra região pra esperar a chegada dos novos meios.




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#950 Mensagem por FCarvalho » Seg Jun 05, 2023 1:44 am

Os índices de nacionalização no RTLI da VBC CC são literalmente inalcançáveis para a BIDS, por mais que um eventual vencedor se disponha a fazê-lo.
Se VT-4, K-1, K-2, ou Leopard 2, pouco importa. O exército simplesmente colocou demandas ali que praticamente tornam qualquer CC oferecido na prática um novo produto.
Me parece que se se mantiver da forma como está, é pouco provável que os modelos apontados até agora tenham condições de manter sequer metade dos sistemas que ofertados se não houver como manter a logística nacional.
E como não temos aqui tantas empresas assim capazes de dar tal suporte, as opções serão na verdade aquelas que menos oferecerem barreiras para a introdução de outros fornecedores dos sistemas básicos do seu produto.
Não conheço muitos fabricantes de CC dispostos a tanto. A não ser fosse o caso de desenvolvimento de um novo bldo, o que não é o objetivo deste programa.
A ver




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#951 Mensagem por J.Ricardo » Seg Jun 05, 2023 11:43 am

O que pode acabar acontecendo é nenhuma empresa apresentar uma proposta viável e a concorrência ir por água abaixo.
Então o EB vai ter que acordar, redefinir a concorrência e lá se vai mais tempo.




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#952 Mensagem por gabriel219 » Seg Jun 05, 2023 12:43 pm

J.Ricardo escreveu: Seg Jun 05, 2023 11:43 am O que pode acabar acontecendo é nenhuma empresa apresentar uma proposta viável e a concorrência ir por água abaixo.
Então o EB vai ter que acordar, redefinir a concorrência e lá se vai mais tempo.
Ricardo, posso estar errado, mas o que eu sei é que ninguém apresentou proposta de acordo com o ROB, somente alternativas que fogem do ROB e nem elas são oficiais. A única possibilidade de atender ao ROB é uma viatura desenvolvida do zero e ninguém a fará por menos de 300 unidades, quem dirá 63.

Mas fazer GT é bom demais, dá viagem às custas do trabalhador para vários cantos do mundo. São quase 4 anos do GT Nova Couraça e foristas aqui conseguimos desenvolver um trabalho melhor em pouco mais de 1 mês, enquanto integrantes do GT tomava uma mijada do representante da BAE Systems por causa do ROB. Ai expediu o prazo, não produziram porra nenhuma e adivinha? Recriaram o GT Dezembro do ano passado, pra fazer mais viagens por ai.




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#953 Mensagem por FCarvalho » Seg Jun 05, 2023 2:24 pm

J.Ricardo escreveu: Seg Jun 05, 2023 11:43 am O que pode acabar acontecendo é nenhuma empresa apresentar uma proposta viável e a concorrência ir por água abaixo.
Então o EB vai ter que acordar, redefinir a concorrência e lá se vai mais tempo.
Pelo que li no ROB e RTLI é praticamente impossível qualquer empresa apresentar algo dentro do que está descrito nestes documentos. Totalmente fora da realidade. O EB quis dar uma de esperto para ver se colava e arrumar alguém que desenvolvesse um novo CC só para ele. Ninguém se interessou.
Presumo que a realidade da guerra na Ucrânia tenha pesado em algumas decisões antes de se emitir o RFI\RFP, ou mesmo um novo ROB\RTLI adaptado à realidade da BIDS e dos CC que existem no mercado. Ninguém lá fora vai tirar da cartola um produto só para satisfazer o EB.
Acho que temos uma excelente oportunidade para trazer ao Brasil diversos interessados com seus produtos e testar in loco o que eles realmente são capazes de fazer nas diversas geografias das 5 regiões do país. Depois é só escolher o que se adapta melhor. Inclusive seria um meio prático e efetivo de testar todas essas teorias sobre peso do CC, pontes, rodovias, ferrovias, e por aí vai.
Mas nem isso o EB quis fazer,




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#954 Mensagem por FCarvalho » Seg Jun 05, 2023 3:01 pm

Tirando a questão do peso, o KF-51 na minha opinião é o projeto de CC que mais chega perto do que o EB queria obter com o ROB\RTLI atual para a VBC CC. Mas apesar de ser um bldo novo, o KF-51 carrega consigo os mesmos limites que os demais concorrentes, visto que a Rheinmetall não abriria necessariamente mão de tudo o que pôs nele apenas para dar conta de satisfazer os requisitos do exército, o que na prática tornaria ele outra coisa bem diferente do que é hoje.

Por outro lado, as perspectivas que este bldo alemão traria para a BIDS tal como foi projetado seriam enormes em termos de transferência de tecnologia, operacionalidade, doutrina e indústria. Lastimo apenas que o EB mesmo escolhendo o Centauro 2, última palavra em bldos SR, e adotado apenas pela Itália, não esteja inclinado a fazer o mesmo tipo de escolha em relação ao seu novo CC, mesmo contrariando a lógica do bom, nem tão bonito assim e essencialmente barato como vimos na VBC CAV.

Mas honestamente torço para estar muito enganado. Ficaria muito feliz em ser desmentido com todas as letras neste caso.




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#955 Mensagem por arcanjo » Qua Jun 07, 2023 12:39 pm

Diretoria de Fabricação nacionaliza componentes do Leopard

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZcTWg7Ip4h8qoW1UQj_rFk93JVsj6p8hOETq_lecoAISVb-sbYsXrcbumsk0Dp5b6PT8W-ZiFsALSi2WVMgTHnK3X--qHBOE1C_Iqp9DmZOLzOrhPK8J3ALaL9g6FWX8npAQIZ64PBd2m-VR8tdX-_Ftm8zxLz9n4kCWCSrMhEq6l8mpQUS6RYjz90w/s800/Leopard_1A5_nacionalizacao_Componentes-1.jpg

Por Paulo Roberto Bastos Jr.

Entre os dias 30 de maio de 2023 e 02 de junho de 2023, a Diretoria de Fabricação (DF), em parceria com o 4º Batalhão Logístico (4º BLog) e o 1º Regimento de Carros de Combate (1º RCC), ambos da 6ª Brigada de Infantaria Blindada (6º Bda Inf Bld), realizou testes de validação dos protótipos nacionais de componentes dos sistemas de freio (discos e pastilhas) e de direção (almofadas das lagartas) da viatura blindada de combate carro de combate (VBC CC) Leopard 1A5 BR, de origem alemã.

Os componentes testados foram desenvolvidos pela empresa Fras-le S.A., com tecnologia nacional, e as atividades de validação ocorreram nas pistas do Centro Tecnológico Randon (CTR), em Caxias do Sul (RS).

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoRauM0ynrg0YARNz4r61lwSy6T4HM42s3P22TfnkitUKPEIY6-0TB1C4J4KRa_qMBMRIxClj5VBIpO5H3Vrk26_wkGiiEUsS9NOWzmVm85PT2FAJHFVlmhU9qxAaJoRe08Q48cFdgMAN8C6fxKQDOrUHagi96XUU_xPx9jf4JrgBFDAETE4t3lUfQkw/s800/Leopard_1A5_nacionalizacao_Componentes-2.jpg

Como uma de suas missões, a DF é responsável pela condução de processos de nacionalização, visando a substituição de componentes críticos ou de difícil obtenção, contribuindo para o aumento dos índices de nacionalização e de disponibilidade das viaturas blindadas empregadas pela Força Terrestres.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAQ8BCKxiqxqczu8prOdbSueU2aEMvshfpaaXTvBJvfRvkGljxx2OTSw8vC6TkLtyw2RdaEdPqu8_UY3F012tHUt3fRRwzQqSFkGBqVPSbpJ5kL0LAZWP6gAOI0kATnz7KNpv8s8Zh2CBE0mF4iCypvhVwXtaK6uSrhu2I0T04iWvBLhUryriSQOUVkQ/s800/Leopard_1A5_nacionalizacao_Componentes-3.jpg
Tal processo é de fundamental importância para garantir a soberania do país, ao proporcionar o desenvolvimento e o fortalecimento da indústria brasileira, em consonância com o atendimento das demandas do Exército Brasileiro na área de defesa.

Com informações da Diretoria de Fabricação
FONTE: Tecnologia & Defesa


https://www.defesabrasilnoticias.com/20 ... aliza.html

abs.

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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#956 Mensagem por FCarvalho » Qui Jun 08, 2023 12:35 pm

Por incrível que pareça, a indústria nacional apesar do seu gigantismo na área automotiva não consegue prover a maioria dos insumos mecânicos básicos para um CC. E talvez não por falta de capacidade, isso nós até temos, mas sobretudo pela ausência de demanda e suporto de longo prazo de parte do MD e ffaa's capaz de sustentar esse tipo de empreitada.
É o exemplo do Guarani, que mesmo depois de 10 anos de introdução no exército ainda tem grande parte de suas peças importadas, porque aqui ninguém está interessado em levar calote do EB ou ser deixado na mão no meio do caminho por falta de verbas para o orçamento da defesa.
E com certeza essas peças não vão custar barato. A demanda é pequena, e os custos de fabricação devem ser bem altos, já que serão feitos praticamente de maneira quase artesanal para atender os CC do exército.
É um jogo arriscado, mas necessário.




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#957 Mensagem por FCarvalho » Ter Jun 13, 2023 12:42 pm

A iniciativa de tentar desenvolver no país partes e peças dos Leo 1A5 já deveria ter sido levada a cabo uns dez anos atrás. Mas na falta dela, o próprio EB admitiu que mais da metade da frota está incapaz ou parcialmente incapaz de operar.

Não sei se a modernização dos EE-9 poderá solucionar na íntegra ou em parte essa questão no que tange a área elétrica e eletrônica dos CC alemães, mas o que foi apresentado na LAAD deste ano pela empresa vencedora é bem ilustrativo das capacidades que temos instaladas para prover soluções.

Só que fazer isso em apenas 52 veículos torna qualquer empreitada nacional cara demais para o parco orçamento do exército.

Cada vez mais a manutenção desses CC se torna inviável por todos os aspectos que se possa analisar. Mas o custo de sua substituição no curto prazo é maior ainda para um governo que já demonstrou não ter nenhuma simpatia pelos projetos estratégicos da defesa. A não ser os que possa tirar algum proveito para si. E neste caso, bem, um novo CC para o EB de certo não está na agenda até 2026.




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#958 Mensagem por Túlio » Ter Jun 13, 2023 1:09 pm

FCarvalho escreveu: Qui Jun 08, 2023 12:35 pm Por incrível que pareça, a indústria nacional apesar do seu gigantismo na área automotiva não consegue prover a maioria dos insumos mecânicos básicos para um CC. E talvez não por falta de capacidade, isso nós até temos, mas sobretudo pela ausência de demanda e suporto de longo prazo de parte do MD e ffaa's capaz de sustentar esse tipo de empreitada.
Na verdade vejo como maior problema o hermetismo das FFAA, nunca olhando para muito além do muro do quartel e desestimulando ativamente a criatividade. Ilustro com uma cena que vi em 2014, num evento fechado do COMDEFESA/FIERGS: estava então o Gen SCHNEIDER (P&D) insistindo em que a Academia (faculdades de Santa Maria, RS) se juntasse aos institutos de pesquisa do EB para desenvolver uns produtos da área de software; um garoto que até então estava quieto ergueu o braço e o general lhe deu a palavra; ele então disse seu nome, que trabalhava na PUCRS (Porto Alegre) e que seu grupo de pesquisa já desenvolvia estes mesmos produtos para empresas dos EUA e Europa; o general ficou com a cara que era um pimentão.

O que quero dizer é que DUVIDO que alguém de farda tenha buscado junto à indústria os insumos necessários JÁ EM LINHA DE PRODUÇÃO (logo, não estariam na dependência das parcas e esporádicas encomendas das FFAA), é muito longe da chamada "zona de conforto". Não confundir, há iniciativas esparsas e individuais mas nunca vi nada INSTITUCIONAL, embora lembre que os antigos URUTU e CASCAVEL foram projetados para usarem componentes automotivos que podiam ser comprados em qualquer loja.

IMHO a evolução da qualidade dos meios não trouxe junto uma de mentalidade logística; pelo contrário, nisto houve uma INVOLUÇÃO: tens ideia da sofisticação dos caminhões feitos no Brasil hoje? Mas vai ver se alguém se deu ao trabalho de ver se não tem nada nas lojas que poderia ser usado não só para consertar mas até para melhorar as VTR atuais...




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#959 Mensagem por FCarvalho » Qui Jun 15, 2023 4:00 am

Olá @Túlio

Eu posso dizer que não sou íntimo da indústria automotiva nacional, mas o pouco que sei da mesma é que em termos de engenharia nós não deixamos a dever a quase ninguém lá fora, e mesmo exportamos produtos e soluções para as matrizes das empresa que produzem no país. Isto dito, onde foi que estavam com a cabeça quando projetaram o Guarani sem olhar para esta capacidade e fazer o mesmo com ele que a Engesa fez com todos os seus bldos de rodas, exceção feita ao EE-1 Osório, como bem disseste?

Quase nada no Guarani é nacional, e infelizmente, até onde lembro dos debates sobre isso, o EB não conseguiu atrair muita gente para o projeto menos por falta de capacidade ou competência do que pelo medo de se meterem em um projeto que praticamente vive à mingua em matéria financeira até hoje. O exemplo do aço nacional com que poderia ser construído está aí.

De certo que muitos militares, principalmente os mais antigos, parecem viver em um mundo a parte, onde nada que não esteja no manual é permitido, ou seja, temos uma cultura avessa á inovação em quase todos os setores da força. Talvez menos nas instituições que lidam com PDI e as academias, onde se pode ser um pouco - mas só um pouco mesmo - mais permissivo em termos de contestação do status quo.

Enfim, isto é também um sintoma de um exército pouco afeto a mudanças, encarcerado em seus manuais e doutrinas antiquados, a viver com o pires na mão - ou seja, melhor sempre ir no certo do que arriscar no duvidoso - sem recursos para ir além do mínimo básico necessário, e mais importante, um exército que não sabe e não se preocupa de fato com uma o que é uma guerra real, apesar dos discursos oficiais.

Tanto que a introdução dos Leo 1A5 quando se teve aqui a chance de ir direto para os Leo 2, como tanto reclama o Gabriel, é demonstrativo das (muitas) inseguranças de uma instituição extremamente avessa a qualquer coisa que quebre o status quo. Não digo que os Leo 1A5 não trouxeram avanços, mas para quem teve a oportunidade de sair dos anos 1950 direto para os anos 2000, e não o fez por medo de dar um passo maior que a perna, é sintomático de um exército mais ocupado com burocracias e rebotalhos normativos do que com operacionalidade. E isso mata qualquer iniciativa na área privada no sentido de ajudar a prospectar soluções para os problemas que se tem.

Com a palavra o MD, que deveria, digo deveria, ser o órgão gestor das mudanças necessárias para sairmos deste círculo vicioso em que estamos há décadas entre indústria, academia e ffaa's.




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Re: Upgrades Factíveis - Leo1A5

#960 Mensagem por Strike91 » Sex Jun 16, 2023 6:13 am

Os turcos e seus produtos cada vez mais interessantes...









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