Artilharia de Costa

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: Artilharia de Costa

#91 Mensagem por FCarvalho » Sex Jan 01, 2021 11:37 pm

delmar escreveu: Sex Jan 01, 2021 9:45 pm Com todo respeito que tenho com a opinião com o camarada esta comparação é de doer. A Romênia tem seu litoral no mar Negro, entre a costa do país e a Turquia, na outra margem, são apenas 400km. Com a base da frota Russa no mar Negro, em Sebastopol na Criméia, são pouco mais de 200km. Ainda tem a Bulgária e a Ucrânia como vizinhos. Já no Brasil a "outra margem" mais próxima fica a três mil quilômetros de distância em mar aberto e os nossos vizinhos não tem uma fração dos problemas que tem uma Ucrânia ou das ambições que tem uma Turquia.
Olá Delmar.

O que nos faz pensar que artilharia de costa é algo fulgral e desnecessário no Brasil? As distâncias? A exiguidade de recursos? O mar aberto a nossa frente? Não ter ninguém por perto capaz de nos oferecer perigo? Quantas vezes nós consideramos que não ter ameaças críveis a vista nos fez menosprezar toda e qualquer política de defesa no Braisl até hoje? Eu já parei de contar faz tempo.

As nossas principais HE ainda estão voltadas essencialmente para o que a END considera como sendo nosso entorno estratégico, que basicamente é o que já conhecemos. Nós, os vizinhos e o outro lado do "lago". O que há neste espaço geográfico que nos ameace desde 1870? Que eu saiba, atualmente só tráfico de drogas, o crime organizado e um Estado assassino, corrupto e... inexistente nas fronteiras. Mas é possível notar aqui e ali falas e alardes do pessoal de farda sobre hipotéticas ameaças vindas de fora dessa região. Algo que sabemos só pode ser concretizado por potências militares, ou um conjunto de nações com poderia militar, político e econõmico capaz de nos pressionar até cedermos. Que respostas nós temos para tal cenário hipotético? Que eu saiba, pelo menos no caso do EB, algo que eles chama de "guerra de resistência", que nada mais é do que um tipo de guerrilha institucional. Mas claro, eles não gostam desse nome.

O que a END prega para as ffaa's não são números, mas capacidades. E neste aspecto, ser capaz em termos militares significa possuir, ainda que minimamente, as condições, os meios e os recursos necessários para opor-se efetiva e eficaz contra eventuais ações contra nós.

Assim, olhando o mar a nossa frente, do ponto de vista da MB, nada temos ou teremos que seja suficiente para dar conta de HE no caso de intervenções extra regional no Atlântico Sul, o que inclui a cita Amazônia Azul e nossas rotas comerciais. Ponto. Se a MB e seus parcos recursos forem ultrapassadas ( o que é basicamente lógico dada a realidade histórica), o que resta para a proteção do litoral e de todas as suas instalações econômicas, políticas e industriais? O EB? Com o que ele impediria a ação de forças adversas no Atlântico Sul contra nós? Neste momento, com nada. Mas temos a FAB e seus Gripen E. Indiferente as quantidades obtidas, o que eles poderiam fazer contra aquelas mesmas forças, uma vez subjugada a marinha e o EB em polvorosa retraindo para o interior tendo em mente sua "guerra de resistência"?

Para ser bem honesto, se os seus, os nossos, referenciais de defesa, e nossas HE, forem sempre baseadas em premissas seculares regionais e não nas probabilidades reais e efetivas do mundo na primeira metade do séc XXI, não precisamos gastar um único centavo em Defesa. O que precisamos é de uma boa Gendarmeria e uma Guarda Costeira igualmente boa e eficaz. A FAB já faz bem o trabalho de aviação de transporte. Nada mais. É isso.

A meu ver, ou paramos de ficar olhando para o lado (vizinhos) achando que isso nos basta, e nos medindo por eles a nossa defesa, e esquecendo de que não estamos sós no mundo, ou vamos repetir mais hora, menos hora o mesmo enredo de 80 anos atrás. Que aliás, quando se trata de Brasil e Defesa, foi e é o enredo de sempre. Desde 1822...

Artilharia de costa pode parecer um luxo desnecessário hoje. Mas nós nunca sabemos o amanhã. E amanhã pode ser meio tarde para nos prepararmos. Outra vez.




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Re: Artilharia de Costa

#92 Mensagem por FCarvalho » Dom Jul 18, 2021 10:51 am

Parece que o conceito deste novo míssil da Rafael afirma mais uma vez que a artilharia de costa não é algo ultrapassado e menos ainda dispensável a países com litoral.





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Re: Artilharia de Costa

#93 Mensagem por FCarvalho » Seg Nov 29, 2021 12:44 pm

Um manual relativamente recente do EB (1998) sobre operações de defesa anti desembarque anfíbio.

MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO
Instruções Provisórias
OPERAÇÕES CONTRA DESEMBARQUE ANFÍBIO
2ª Edição
1998

https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... -31-10.pdf




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Re: Artilharia de Costa

#94 Mensagem por FCarvalho » Sex Fev 25, 2022 2:37 pm

A espera de que este imbróglio na Ucrânia cause pelo menos algumas reflexões sobre a questão da defesa de costa. Os desembarques anfíbios e a postura da esquadra russa ao largo do litoral ucraniano estão a demonstrar, mais uma vez, a valia e a necessidade de se dispor de OM dedicadas à defesa da costa.
E temos uma bem grande.




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Re: Artilharia de Costa

#95 Mensagem por J.Ricardo » Qua Mar 02, 2022 5:18 pm

Espero que as lições dessa guerra sejam realmente aprendida por nossos militares.




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: Artilharia de Costa

#96 Mensagem por FCarvalho » Qua Mar 02, 2022 10:59 pm

O centro de doutrina do exército está analisando o conflito sob vários aspectos. O pouco que sei é há uma equipe que incluiria até civis, o que é muito bom, se verdade.
O maior desafio talvez seja transformar esse aprendizado em mudanças concretas.
Não sei se há uma OM homologa na MB e FAB, mas sei que a escola naval faz esse tipo de análise.
Na FAB talvez a Uninfa.
De qualquer forma existe a ECEMAR e a AFA que podem se debruçar sobre estes estudos e análise.
Aman e demais escolas do EB também tem suas seções de doutrina.
Coordenar tudo isso e traduzir em uma única linguagem para todas seria o dever de casa do MD e EMCFA
A ver




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Re: Artilharia de Costa

#97 Mensagem por Strike » Qui Mar 03, 2022 1:06 am

FCarvalho escreveu: Sex Fev 25, 2022 2:37 pm A espera de que este imbróglio na Ucrânia cause pelo menos algumas reflexões sobre a questão da defesa de costa. Os desembarques anfíbios e a postura da esquadra russa ao largo do litoral ucraniano estão a demonstrar, mais uma vez, a valia e a necessidade de se dispor de OM dedicadas à defesa da costa.
E temos uma bem grande.
Exatamente, a "esperança" que fica é esta... Porém infelizmente o histórico diz o contrário !
A primeira conquista das forças russas perante a Ucrânia no conflito em curso, foi justamente o domínio naval e provável livre acesso as costa ucranianas. Inclusive se vislumbra um grande desembarque naval de fuzileiros russos na cercanias da cidade de Odessa nas margens do Mar Negro.

Obs: O mais interessante é que a Ucrânia em tese deveria ter no seu inventario os sistemas de misseis de cruzeiro e naval "Neptune" para defesa de costa, que aparentemente até o momento não foi registrado sua aparição no conflito.


Obs: Quanto a situação do Brasil na área, melhor nem comentar... Não temos nem um sistema de defesa antiaérea, quem dirá um sistema/estratégia de defesa da gigantesca costa brasileira




Brava Gente Brasileira ..!
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Re: Artilharia de Costa

#98 Mensagem por FCarvalho » Qui Mar 03, 2022 11:00 am

Pois é Strike.

O problema é que no Brasil, sabe-se lá porque o exercito simplesmente defenestrou a artilharia de costa sem maiores explicações, embora mantenha este escopo ligada à escola de AAe e de costa. Uma bela de uma contradição.
Talvez o que se tenha hoje, como em vários outros setores, é simplesmente os estudos e análises de doutrina sobre o tema, é só.
Eu particularmente não entendo o que levaria um exercito com mais de 7 mil kms de costa para defender abrir mão de um dos elementos de recurso mais importantes para tanto.
Bem, quem sabe o advento deste conflito nos deixe lições, e que elas se tornem fato concreto no sentido de mudar o pensamento reinante por aqui, que parece sempre caminhar no sentido do "já que só tem tu, então vai tu mesmo".
Espero que o projeto do MCT e/ou Mansup em algum momento no futuro joguem alguma luz sobre as potencialidades do uso do Astros como artilharia de costa.
A ver.




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Re: Artilharia de Costa

#99 Mensagem por RobsonBCruz » Sex Mar 04, 2022 10:45 am

PORTARIA – COTER/C Ex Nº 148, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2022

Aprova a Diretriz para a Experimentação Doutrinária sobre a Força Terrestre na Defesa do Litoral (EB70-D-10.008), 1ª Edição, 2022, e dá outras providências.

.............

5. QUADRO DE ORGANIZAÇÃO PARA A EXPERIMENTAÇÃO

a. Base Doutrinária
Conforme as atividades e as tarefas contidas nos manuais citados na referência.
b. Estrutura Organizacional
Utilizar uma proposta, a ser elaborada pelo Comando Militar do Norte (CMN), em coordenação com o Comando de Operações Terrestres (COTER) e o apoio do Comando de Artilharia do Exército (Cmdo Art Ex) e da Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea (EsACosAAe), das estruturas organizacionais que comporão a experimentação doutrinária.

...............

6. ORIENTAÇÕES GERAIS

a. Considerações Iniciais

1) A Expr Dout será realizada no CMN.
2) O comando de Corpo de Exército será o Grande Comando a ser simulado experimentalmente, nas frações inerentes às demandas relativas ao apoio de fogo e comando e controle em operações conjuntas.

.................

b. Condicionantes para a Experimentação Doutrinária da Defesa do Litoral
1) Os conceitos e as definições contidas nos manuais da referência deverão ser considerados como a base da presente experimentação doutrinária.
2) Um comando de Corpo de Exército deverá ser ativado na experimentação, com base nas estruturas do CMN e do COTER, conforme os planejamentos operacionais existentes.

.................

c. Fundamentos Operacionais para a Experimentação Doutrinária
1) Aperfeiçoamento da doutrina de operações de Defesa do Litoral.
2) Concepção da estrutura de um comando de Corpo de Exército com a finalidade de adequá-lo ao processo de transformação do Exército e às consequentes modificações doutrinárias, desenvolvendo seu funcionamento compatível com o amplo espectro das operações.
3) Realização da experimentação inserida no contexto de uma operação no nível Corpo de Exército.
4) A experimentação doutrinária deverá ser realizada, em uma 1ª fase, no ano de 2022, visando a testar as seguintes estruturas comando e controle em um C Ex:
a) Centro de Operações Táticas de Corpo de Exército (COT/C Ex); e
b) Estruturas de ligação com um comando conjunto.
5) Em uma 2ª fase, a partir de 2023, as avaliações doutrinárias ocorrerão em exercícios específicos do CMN, testando as interações entre as seguintes estruturas de comando e controle, bem como de logística de um Corpo de Exército:
a) Estado-Maior (EM) de C Ex; e
b) Frações de EM de Artilharia de C Ex, Grupamento Logístico, Brigada de Aviação do Exército, Grupamento de Comunicações e Eletrônica (GCE), Batalhão de Inteligência Militar e de outros elementos julgados necessários na experimentação.

................

7. ELEMENTOS ESSENCIAIS DE INTERESSE DA DOUTRINA

a. Quais seriam as implicações para o comando e controle por ser estabelecido um comando conjunto para esse tipo de operação?
b. Há a necessidade do estabelecimento de um comando conjunto específico para essa operação?
c. Qual seria a participação do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SISGAAz) na Defesa do Litoral?
d. Quais seriam as implicações para a estrutura de um Comando Logístico do Teatro de Operações (CLTO), em especial, para estabelecer o fluxo logístico, principalmente, classes III e V (munição e armamento)? Sugere-se o estabelecimento do CLTO de maneira simulada, mesmo que seja apenas pelo seu Estado-Maior.
e. Como ocorreria o emprego do grupo/da bateria de mísseis e foguetes e de míssil antinavio baseado em terra, defendendo a foz do Amazonas contra ameaças navais?
f. Como ocorreria o emprego integrado da defesa antiaérea, guerra eletrônica e mísseis e foguetes, simulando uma negação de área?
g. Como ocorreria o emprego da aviação de patrulha marítima?
h. Como ocorreria o emprego do subsistema controle e alerta integrado entre as forças componentes? Sugere-se o uso de radares de detecção além do horizonte.
i. Como ocorreria o emprego de submarinos convencionais e do submarino de propulsão nuclear?




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Re: Artilharia de Costa

#100 Mensagem por FCarvalho » Sex Mar 04, 2022 11:22 am

É, o que uma "boa" guerra de verdade não faz.
Ainda bem que estamos, pelo menos, pensando no assunto.
Muito bom.
Agora, exercício a nível corpo de exercito. Isso é novidade para mim. Faz décadas que não vejo o EB falar nesse nível de operação/organização.
O que será que mudou?




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Re: Artilharia de Costa

#101 Mensagem por RobsonBCruz » Sex Mar 04, 2022 11:38 am

FCarvalho escreveu: Sex Mar 04, 2022 11:22 am É, o que uma "boa" guerra de verdade não faz.
Ainda bem que estamos, pelo menos, pensando no assunto.
Muito bom.
Agora, exercício a nível corpo de exercito. Isso é novidade para mim. Faz décadas que não vejo o EB falar nesse nível de operação/organização.
O que será que mudou?
viewtopic.php?p=5540160&hilit=Corpo#p5540160

PORTARIA N º 085-EME, DE 27 DE MARÇO DE 2019

Aprova a utilização do escalão Corpo de Exército (C Ex) para fins doutrinários.

O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO, no uso das atribuições que lhe conferem os inciso III do art. 3º do Regimento Interno e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções de Confiança do Comando do Exército (EB10-RI-09.001), aprovado pela Portaria do Comandante do Exército nº 127, de 21 de fevereiro de 2017, o inciso II e V do art. 4º do Regulamento do Estado-Maior do Exército (EB10-R-01.007), aprovado pela Portaria do Comandante do Exército nº 1.053, de 11 de julho de 2018, e de acordo com o que propõe o Comando de Operações Terrestres, resolve:

Art. 1º Fica aprovada a utilização do escalão Corpo de Exército (C EX) na estrutura de emprego da Força Terrestre para fins de prosseguimento dos estudos doutrinários que visam a orientar sua criação.

Art. 2º Fica determinado que o COTER, em coordenação com DECEx, emita uma Nota Doutrinária (ND) regulando o emprego do C Ex.

Art. 3º Fica determinado que o Comando de Operações Terrestres (COTER), e Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx) e demais órgãos adotem as providências decorrentes em suas respctivas áreas de competência.

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
[/quote]




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Re: Artilharia de Costa

#102 Mensagem por FCarvalho » Sex Mar 04, 2022 11:47 am

Muito obrigado pela info Robson. Interessante esta mudança de postura, ainda que para fins de estudos doutrinários.




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Re: Artilharia de Costa

#103 Mensagem por RobsonBCruz » Sex Mar 04, 2022 11:56 am

FCarvalho escreveu: Sex Mar 04, 2022 11:47 am Muito obrigado pela info Robson. Interessante esta mudança de postura, ainda que para fins de estudos doutrinários.
Presumo que a intenção é que, em caso de necessidade, cada C Mil A possa desdobrar um C Ex.




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Re: Artilharia de Costa

#104 Mensagem por FCarvalho » Sex Mar 04, 2022 1:12 pm

RobsonBCruz escreveu: Sex Mar 04, 2022 11:56 am
FCarvalho escreveu: Sex Mar 04, 2022 11:47 am Muito obrigado pela info Robson. Interessante esta mudança de postura, ainda que para fins de estudos doutrinários.
Presumo que a intenção é que, em caso de necessidade, cada C Mil A possa desdobrar um C Ex.
No papel isso equivale a 3 divisões de infantaria e demais armas, quadros e serviços de apoio pertinentes.
Bom, seriam em torno de 9 brigadas. Não vejo essa possibilidade sem a necessária convocação de reservistas.
No que tange o CMA e CMN, aquele possui hoje 4 brigadas ativas, enquanto este apenas duas. Colocar 9 brigadas em um único cmdo de área é um desafio um tanto que grande mesmo considerando que as reservas do EB também são igualmente grandes.
Mas a questão aqui é que não se trata apenas de números, mas principalmente da qualidade destas tropas, e a logística que seria necessária para suportar algo deste tamanho funcionando na íntegra em tempos de guerra em 24/7.
Uma brigada inf selva com 3 btl e demais OM dispõe em torno de 4 a 5 mil homens. Para integrar aquele corpo de exército seria necessário convocar de 36 a 45 mil soldados a fim de compor tal GU. Nem sei se há tanta gente assim na reserva de 1o categoria no CMA ou CMN que dê para chamar todo mundo sem precisar apelar para a reserva de outros comandos de área.
Mas que não deixa de ser muito interessante essa perspectiva, com certeza é.




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Re: Artilharia de Costa

#105 Mensagem por RobsonBCruz » Sex Mar 04, 2022 2:57 pm

FCarvalho escreveu: Sex Mar 04, 2022 1:12 pm
RobsonBCruz escreveu: Sex Mar 04, 2022 11:56 am
Presumo que a intenção é que, em caso de necessidade, cada C Mil A possa desdobrar um C Ex.
No papel isso equivale a 3 divisões de infantaria e demais armas, quadros e serviços de apoio pertinentes.
Bom, seriam em torno de 9 brigadas. Não vejo essa possibilidade sem a necessária convocação de reservistas.
No que tange o CMA e CMN, aquele possui hoje 4 brigadas ativas, enquanto este apenas duas. Colocar 9 brigadas em um único cmdo de área é um desafio um tanto que grande mesmo considerando que as reservas do EB também são igualmente grandes.
Mas a questão aqui é que não se trata apenas de números, mas principalmente da qualidade destas tropas, e a logística que seria necessária para suportar algo deste tamanho funcionando na íntegra em tempos de guerra em 24/7.
Uma brigada inf selva com 3 btl e demais OM dispõe em torno de 4 a 5 mil homens. Para integrar aquele corpo de exército seria necessário convocar de 36 a 45 mil soldados a fim de compor tal GU. Nem sei se há tanta gente assim na reserva de 1o categoria no CMA ou CMN que dê para chamar todo mundo sem precisar apelar para a reserva de outros comandos de área.
Mas que não deixa de ser muito interessante essa perspectiva, com certeza é.
Os 8 C Mil A já são um exagero, mas obviamente, não se fala em ativar 8 C Ex concomitantemente. Apenas, aquele (ou aqueles) que forem necessários em determinado TO, conforme a situação.

Também não podemos tratar os C Ex e as DE como sendo na estrutura rígida do século XX. Assim como uma DE hoje é um comando operacional para enquadrar 2 ou mais brigadas, conforme a situação, um C Ex é um comando operacional para enquadra 2 ou mais DE, conforme a situação.




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