Fórum Defesa Brasil

Perguntei pra uns Suecos fotógrafos de aeronaves militares se eles ouviram falar de algo nesse sentido lá na imprensa especializada Sueca e ninguém está sabendo de nada. Se estiver havendo algum negociação nesse sentido, não é com a Força Aérea da Suécia.

Ninguém vai admitir publicamente. Esse é o tipo de coisa que, se estiver sendo negociado de fato, só vamos saber depois que estiver tudo assinado e passado em cartório, seja qual for a escolha.
Tipo assim, quem gostou, gostou. E quem não gostou que se f...
Simples assim.
Típico de terceiro mundo.

Não lembro agora onde foi que li ou vi, mas teria sido afirmado que o negócio do KC-390 com os suecos nada teve a ver com troca de caças pelo transporte tático da Embraer, mas, o distanciamento norte americano da Europa. Os suecos então resolveram cuidar do que é deles, e fecharam o negócio com a Embraer. Se isto for procedente, e penso que deva ser, é mais um golpe no projeto do Gripen E\F, e nos planos da força aérea para este caça.

Com o Gripen E\F sendo vendido para a Colômbia - entre 16 e 24 unidades - e com boas chances no Peru e no México - 24 e de 6 até 24 unidades, respectivamente - além da venda para a Tailândia - 10 a 12 unidades, para começar - a necessidade de insistir na venda de mais caças para complementação da frota da FAB se tornou algo relativo para os suecos, apesar dos discursos do marketing. Comercial e financeiramente não faz mais qualquer sentido para a empresa impor-se tal exercício, que alias, diga-se de passagem, só tem trazido prejuízos econômicos para a SAAB do ponto de vista da sustentabilidade financeira do pagamento dos projeto em si faz tempo.

Se levarmos em conta que o Gripen E\F talvez seja adquirido pela RCAF, e quiçá até mesmo por Portugal, dentre outros países, isto jogaria a FAB de vez para escanteio no processo comercial do caça, tirando do Brasil a relevância que tinha até então, e conquistada ao ser o primeiro cliente de exportação e "co-autor" do desenvolvimento do Gripen E. Neste momento, eu não duvidaria sequer que o negócio com as Filipinas esteja de todo perdido, já que a intenção do país é se equipar com até 40 novos caças, o que a dita compra dos F-16V norte americanos não sustentaria na íntegra. E o negócio teve apenas a sua comunicação ao congresso desta ainda potencial venda. Ou seja, os suecos vão continuar trabalhando em favor do seu caça no país até o último minuto.

Veremos o que acontece de agora em diante, tendo em vista que não existe qualquer disposição econômica e financeira no orçamento da defesa no curto prazo seja para Gripen novos, seja para caças usados. E como disse outro dia, com 36 unidades, dá para formar os 3 esquadrões que teriam sido indicados como sendo o norte para a defesa aérea. Bom, se botar Gripen E\F no GDA, no 1o GAvCa e no Pampa, já está de bom tamanho. E continua tudo sempre foi. Vida que segue.

Com a FAB adquirindo um outro caça de alta performance, usado, (pelo visto, 24), ela poderá mater os Gripens E em 2 bases, com o outro ocupando uma terceira, como era do planejamento dela há mais de 10 anos atrás (com mais caças Gripens na época). E esses 24 usados chegarão bem antes de terminar esses 36.

Se forem 18 a 24 Gripens C/D, não vou reclamar. Nosso orçamento de investimento vai continuar restrito como sempre foi. Com a anuência da sociedade.

Obs: O MPOG divulgou hoje a PLDO 2026. É previsto R$13 bilhões a menos no Orçamento Discricionário. O discricionário do MD tende a diminuir ou, se muito, ficar ruim como está:

É só tirar da educação. Esses aumentos de orçamento que tem acontecido em diversos governos não têm adiantado mesmo, o Brasileiro continua ficando burro como nunca, o nosso QI médio continua diminuindo e o orçamento do MEC aumentando sem resultados.

Viktor Reznov escreveu: Qua Abr 16, 2025 1:36 am É só tirar da educação. Esses aumentos de orçamento que tem acontecido em diversos governos não têm adiantado mesmo, o Brasileiro continua ficando burro como nunca, o nosso QI médio continua diminuindo e o orçamento do MEC aumentando sem resultados.

A crise (permanente) na educação brasileira nunca foi um sintoma, mas um projeto, desde sempre. Alguém disse isso, e ainda vou me lembrar quem foi o autor.
Recursos nunca foi um problema na educação, mas a gestão deles, que via de regra, continuam concentrados na União, deixando à mingua, e literalmente com o pires na mão, estados e município.
A educação não melhora porque somos incompetentes, mas porque é algo que se melhorar, bom, todo mundo sabe o que acontece, politicamente falando, neste arremedo de país.
É um processo de longo prazo, mas funciona em qualquer lugar, mesmo aqui.

O Brasil só vai pra frente quando tropeça.

A lista só cresce...

Se houvesse um MD com culhão, e verdadeiramente comprometido com os interesses da Defesa Nacional, e não com o emprego das forças militares em favor dos pequenos e medíocres interesses da politicalha local, o sujeito de forma muito discreta, mas firme e assertiva, daria a saber ao país - e ao governo e plantão e ao congresso - que " ou é Gripen E\F ou nada" em relação à modernização da frota de caças da FAB. E em caso de negativa, o país simplesmente fica apenas com o que tem acordado junto aos suecos, ou sem defesa aérea. E viva-se com isso.

E quem não gostar, se é que existe fora da caserna ou de seus círculos próximos, quem se interesse de fato pelo assunto por aqui, que se vire para implicar quem de direito tem a obrigação de zelar pela defesa deste arremedo de país.

Se vai dar certo ou não, só saberíamos no caso de um haver um MD que se desse o respeito. Mas isso nunca tivemos por aqui, e todos sabem muito bem o porquê.

O Múcio já esgoelou até em palestra na FIESP sobre a necessidade da recomposição da nossa aviação de caça e dos obuseiros. Já repetiu umas trocentas vezes, até mesmo quando não perguntavam para ele. Não resolveu nada.

É de muito mais interesse dos parlamentares irrigar suas bases eleitorais com investimento e o Executivo gastar com a área social.

Pelo visto o alongamento das entregas dos Gripen E/F vai ocorrer, nós vamos precisar de um caça usado como complemento, pois obviamente 36 é insuficiente, e aqueles almirantes que ficam babando que tratem de tomar Gardenal.

Lembrando que já está avisado que o biênio 26/27 vai ser ainda pior em termos de orçamento.


Um abraço e t+

O inverno nas FFAA vai ser longo, e provavelmente pior do que está.

Vou mapear as caixas-d'água da MB e começar a jogar Gardenal nelas. Pra ver se salva essa Força.

knigh7 escreveu: Qui Abr 17, 2025 9:26 pm O Múcio já esgoelou até em palestra na FIESP sobre a necessidade da recomposição da nossa aviação de caça e dos obuseiros. Já repetiu umas trocentas vezes, até mesmo quando não perguntavam para ele. Não resolveu nada.
É de muito mais interesse dos parlamentares irrigar suas bases eleitorais com investimento e o Executivo gastar com a área social.
Pelo visto o alongamento das entregas dos Gripen E/F vai ocorrer, nós vamos precisar de um caça usado como complemento, pois obviamente 36 é insuficiente, e aqueles almirantes que ficam babando que tratem de tomar Gardenal.

O MD não tem que falar com FIESP e nem com ninguém, tem que falar com o chefe dele antes de tudo, que é quem decide de fato. O resto é propaganda. Se o cmte em chefe disser que não interessa, que não pode, que não quer, então f... e a única saída real é simplesmente oficializar o que eu disse acima, e ponto final. Se vai haver choradeira ou não depois dentro e fora do governo, é problema dele.

O que não pode é ficar nessa lenga-lenga de aditar contrato, segundo lote, caça tampão, Lift e o que for, como se a defesa aérea fosse um assunto desprezível e que pode ser resolvido com qualquer tapa buraco ou meio termo, como os políticos adoram fazer com tudo que não lhes interessa. Essa mendicância, essa postura medíocre de eterno pedinte é o que ferra a defesa desde sempre. Enquanto for assim, não vamos sair da cova que cavamos para nós mesmos.

Com apenas 2 caças, no máximo, para entregar em 2025, a FAB vai levar mais uns 10 anos pelo menos até receber o restante dos Gripen E\F. E quando o último chegar, o primeiro já vai precisar de modernização. Mas como ninguém se incomoda de verdade com isso, na real, que se f... também, o país, o zé povinho, a FAB, governo. É o que merece.

E tenho dito.

Temos apenas 8 caças entregues até agora. 7 no GDA e 1 na Embraer. Em 2025, podemos chegar a 9 ou 10 unidades, dependendo de quantos forem entregues de fato.

Se este ritmo for mantido, as demais 27\26 unidades devem ser integradas ao GDA somente em 2038 ou 2039. Como o primeiro caça operacional foi entregue à Anápolis em 2021, isto significa que a FAB vai levar 17\18 anos para receber míseras três dúzias de caças. Ou seja, o programa FX-2 entre lançamento e finalização irá durar nada menos que 3 décadas.

Se eu fosse cmte da FAB teria vergonha de tentar barganhar com os suecos um cronograma como esse. Pedia o chapéu e ia embora pra casa. Definitivamente eu não iria querer algo assim no meu currículo. Não mesmo.

E ainda incorre-se o perigo de ver o programa cortado em 25% do valor, algo que com certeza já deve ter sido posto na mesa pela fazenda nacional, e de alguma forma, foi deixada de lado, por hora, tendo em vista que isto poderia gerar a mais grave crise entre o Planalto e a FAB. E em véspera de ano eleitoral isso é tudo o que o governo não deseja na sua agenda.

knigh7 escreveu: Qui Abr 17, 2025 9:26 pm Pelo visto o alongamento das entregas dos Gripen E/F vai ocorrer, nós vamos precisar de um caça usado como complemento, pois obviamente 36 é insuficiente, e aqueles almirantes que ficam babando que tratem de tomar Gardenal.

Precisamos é de vergonha na cara, e não de caça usado.
36 resolve o problema da FAB com 3 esquadrões em Anápolis, RJ e SM\Canoas. E fim de papo.
Como a FAB tanto queria\quer.
Se vai conseguir fazer isso só em 2040, é problema do país, e de seus (des)governos, e não dela.