Terremoto e Tsunami Atingem o Japão

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DELTA22
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Re: Terremoto e Tsunami Atingem o Japão

#691 Mensagem por DELTA22 » Ter Dez 27, 2011 6:09 pm

27/12/2011 08h20
Japão quer estatizar operadora de usina nuclear danificada, diz jornal
Ministro do Comércio deve propor injeção de recursos, segundo o 'Nikkei'.
Planta de Fukushima Daiichi foi abalada por tremor e tsunami em março.


Da Reuters

O ministro do Comércio do Japão, Yukio Edano, vai pedir nesta terça-feira (27) à Tokyo Electric Power Co, a operadora da usina nuclear de Fukushima Daiichi - avariada pelo terremoto e tsunami de março no país -, que aceite um plano de injeção de recursos públicos. Na prática, seria uma estatização, informou o diário de negócios "Nikkei".

A Tepco, principal empresa do setor de serviços públicos do Japão, está sobrecarregada pelos imensos custos com limpeza e pagamento de indenizações depois que o tsunami e terremoto provocaram a pior crise nuclear no mundo em 25 anos, na usina de Fukushima, pondo em questão a independência da empresa.

Fontes ouvidas este mês pela Reuters disseram que o governo pode injetar cerca de US$ 13 bilhões na Tepco até meados do próximo ano, o que na prática seria a estatização da empresa, já que um fundo governamental de resgate compraria novas ações preferenciais a ser emitidas pela Tepco.

Na manhã desta terça-feira, a Tepco pediu a um órgão governamental de resgate 690 bilhões de ienes (8,8 bilhões de dólares) em ajuda para pagamento de indenizações às vítimas do acidente em Fukushima, além dos 890 bilhões de ienes aos quais o governo já havia dado seu aval em novembro.




"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
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akivrx78
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Re: Terremoto e Tsunami Atingem o Japão

#692 Mensagem por akivrx78 » Ter Fev 21, 2012 4:08 pm

Após Fukushima, amadorismo marca limpeza nuclear em vila no Japão
Empresas que construíram usinas agora lucram com a limpeza, apesar de seu conhecimento sobre descontaminação ser um aprendizado diário

The New York Times | 21/02/2012 07:01

À medida que 500 trabalhadores vestidos com roupas protetoras e máscaras se espalhavam para descontaminar a vila de Iitate, no Japão, que fica a 32 km de distância dos reatores de Fukushima Daiichi, a confusão era evidente.

"Será que devemos cavar 5 centímetros ou 10 centímetros de profundidade?", um supervisor perguntou a seus colegas, apontando para um pedaço de terra radioativa que deveria ser retirada do local.

Imagem
Foto: NYT

Trabalhadores limpam escola durante um esforço experimental na vila de Iitate, no Japão

Ele então fez um gesto apontando para o outro lado da praça da aldeia em direção ao centro comunitário. "Esse centro não precisava ter sido demolido? Vamos descontaminá-lo ou não?"

Um diarista que trabalhava limpando janelas em uma escola abandonada perto do local estava chocado com o trabalho da sua equipe de homens vestidos com macacões anti-contaminação. "Somos todos amadores", disse. "Ninguém realmente sabe como limpar a radiação."

Pode até ser que ninguém saiba realmente muito bem como agir nessa situação. Mas isso não impediu o governo japonês de começar a distribuir uma verba inicial de US$ 13 bilhões em contratos destinados a reabilitar mais de 20 mil km² da região mais exposta à precipitação radioativa. O objetivo principal é permitir que 80 mil habitantes ou mais que foram deslocados possam retornar a suas casas perto do local do desastre nuclear de março passado, incluindo os 6,5 mil moradores de Iitate.

Porém não se sabe se os métodos de limpeza serão eficazes ou não.

Mais perturbador para os críticos do programa de descontaminação é o fato de que o governo concedeu os primeiros contratos a três grandes empresas do setor de construção civil - empresas que não têm nenhuma experiência na limpeza de radiação, mas que lucraram enormemente com a industria da energia nuclear do Japão.

Foram essas mesmas três empresas que ajudaram a construir 45 das 54 usinas nucleares do Japão - incluindo os prédios dos reatores e outras construções da usina de Fukushima Daiichi que não conseguiram resistir ao tsunami - de acordo com dados do Centro de Informações Nucleares do Cidadão, um grupo de vigilância.

Uma delas, a Corporação Taisei, está administrando o consórcio que enviou os trabalhadores que estão agora vagando em torno de Iitate em suas roupas protetoras. Consórcios liderados pela Taisei e as outras das duas grandes empresas - Obayashi e Kajima – foram contratados pelo governo para os primeiros 12 projetos-pilotos de descontaminação, totalizando cerca de US$ 93 milhões.

"É uma farsa", disse Kiyoshi Sakurai, um crítico da indústria nuclear e ex-pesquisador de uma das precursoras da Agência de Energia Atômica do Japão, que está supervisionando essa fase da descontaminação. "A descontaminação está se tornando uma grande oportunidade de negócio."

Os contratos de limpeza, segundo Sakurai e outros críticos, fazem parte dos laços que dizem existir há muito tempo entre a indústria nuclear e o governo. "A indústria nuclear japonesa é administrada de uma maneira na qual quanto mais você fracassar, mais dinheiro irá receber", disse Sakurai.

A Agência Japonesa de Energia Atômica afirmou que as grandes construtoras não serão necessariamente as únicas a receber a maior parte do trabalho que ainda está por vir, que será administrado pelo Ministério do Meio Ambiente. Funcionários da empresa, no entanto, indicaram que esperam continuar sendo os principais provedores dos serviços para o governo.

"Estamos adquirindo cada vez mais conhecimento à medida que nós trabalhamos", disse Fumiyasu Hirai, porta-voz da Taisei. "É um processo de tentativa e erro, mas estamos bem equipados para o trabalho."

Imagem
Foto: NYT Ampliar

Trabalhador da Taisei, uma das empresas de construção contratada para a limpeza, usa toalha de papel para descontaminar escola

Kajima e Obayashi disseram que não poderiam comentar sobre os projetos que estão em andamento. Um oficial do Ministério do Meio Ambiente, Katsumasa Seimaru, disse que as grandes construtoras estão mais bem equipadas para reunir os recursos humanos necessários, supervisionar projetos de grande escala como a descontaminação de estradas e montanhas, proteger adequadamente e monitorar a exposição a radiação entre os trabalhadores que participam da limpeza.

"Se você já lidou com questões nucleares ou não, não chega a ser tão importante quanto o que você pode fazer para ajudar na limpeza", disse Seimaru.

Outras empresas de construção estão se esforçando para entrar em ação. No final de janeiro, a Corporação Maeda, outra empreiteira, ganhou um contrato de limpeza que foi concedido pelo Ministério do Meio Ambiente.

A Maeda se ofereceu para assumir o cargo por menos da metade dos custos esperados, uma manobra para tentar participar desse mercado que acabou gerando reclamações de outros licitantes, inclusive da Taisei.

No início de fevereiro, uma cidade fora da zona de exclusão, Minamisoma, disse que também iria alocar cerca de US$ 525 milhões para projetos de descontaminação para grupos liderados por empreiteras nacionais.

Quaisquer que sejam as controvérsias, não há dúvida de que o Japão tenta realizar uma tarefa crucial. Esses projetos destinam-se a ir muito além da limpeza parcial que aconteceu após o desastre de 1986 em Chernobyl, na Ucrânia, que deixou um raio de quase 30 km ao redor da usina, mesmo quase um quarto de século depois, em grande parte isolado por perigo de radiação.

Mas não existe um consenso sobre quais os métodos de limpeza podem ser mais eficazes para o Japão. Partículas radioativas são facilmente transportadas pelo vento e pela chuva e poderiam recontaminar vilas e cidades, mesmo após uma equipe de limpeza ter feito seu trabalho, explicam os especialistas.

"Não existem especialistas em descontaminação e não há nenhum motivo pelo qual o Estado deveria pagar uma grande quantia de dinheiro para as grandes empresas de construção", disse Yoichi Tao, professor de física na Universidade de Kogakuin que está ajudando a ensinar aos moradores do vilarejo como realizar testes de descontaminação por conta própria. Ele também vem monitorando a eficácia dos projetos de descontaminação da agência de energia.

Embora as grandes empresas tenham recebido os principais contratos, até agora a limpeza na prática - essencialmente uma tarefa simples, porém tediosa - está sendo realizada por empresas terceirizadas e sub-contratadas, que por sua vez dependem de trabalhadores temporários não treinados para fazer o trabalho mais duro do processo de descontaminação.

Essa estrutura em camadas, em que as taxas são desviadas e os salários diminuem conforme chega-se ao escalão mais baixo da pirâmide de trabalho, segue o padrão familiar das indústrias nucleares e das construtoras do Japão.

No projeto de Iitate, a maioria dos operários vem de outro lugar. O auto-intitulado amador que estava limpando as janelas da escola, que se identificou apenas como Shibata, disse que trabalhava em uma indústria automobilística e que residia a cerca de 257 km de distância ao leste de Tóquio, na cidade de Chiba. Ele disse que soube que havia "trabalho com uma remuneração decente e não muito perigoso" em Fukushima.

Shibata disse que estava trabalhando em dois turnos de quatro horas por dia e estava alojado em um spa-resort local. Embora ele e outros trabalhadores tenham se recusado a discutir seus salários, os meios de comunicação locais relataram que o pagamento pelo trabalho de descontaminação pode chegar a cerca de US$ 325 por dia. Ele concedeu entrevista enquanto limpava uma janela com um pedaço de papel toalha.

"Uma passada de toalha por vez, ou as partículas radioativas podem se espalhar", disse ele. "Na verdade não conseguimos ver a radiação."

De fato. Um projeto de limpeza semelhante que ocorreu no centro comunitário de Iitate no ano passado sob os auspícios do governo local não foi capaz em reduzir a radiação para níveis seguros.

Os projetos-pilotos liderados pela Taisei e os outras empresas já apresentaram alguns problemas. O governo, por exemplo, não conseguiu antecipar a relutância das comunidades em armazenar toneladas de terra retirada dos campos e das regiões contaminadas.

Alguns críticos, entretanto, argumentaram que empresas e governos locais poderiam realizar a limpeza por muito menos dinheiro e com isso criar mais empregos locais.

Alguns moradores de Iitate acabaram pedindo a ajuda de especialistas das universidades para lidar com o assunto sem ajuda de mais ninguém. Seus experimentos, segundo eles, sugerem que a descontaminação deve começar nas montanhas e nas florestas, que cobrem três quartos da área.

"Mesmo que limpem nossas casas, a radiação vai vir para baixo das montanhas e recontaminar tudo", disse Muneo Kanno, um agricultor de 60 anos de idade. Como muitos outros moradores de Iitate, ele ficou na aldeia por mais de um mês após o desastre, sem saber que as particulas radioativas tinham atingido Iitate.

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Foto: NYT

Trabalhadores em um ponto de coleta durante um esforço experimental de decontaminação em Iitate, Japão

Kanno fugiu do vilarejo em maio, mas volta nos finais de semana para experimentar diferentes métodos de descontaminação. Recentemente, ele levou Tao, o físico visitante da universidade, para uma montanha próxima para testar a eficácia da remoção de folhas mortas do chão para reduzir os níveis de radiação.

Não existe nenhum financiamento público para seu trabalho, que é normalmente mantido através de doações e dos esforços dos próprios moradores. Em uma manhã recente, cerca de uma dezena de voluntários, alguns com quase 70 anos de idade, escalaram uma montanha de neve para varrer folhas mortas e colocá-las dentro de sacos de tecido, vestindo apenas roupas normais e máscaras cirúrgicas.

"Conhecemos a terra aqui muito melhor do que as empresas de construção ", disse Kanno. "Estamos com medo que esse dinheiro esteja simplesmente sendo gasto à toa."

Por Hiroko Tabuchi
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/ny ... 78696.html
US$ 325~500 por dia e dependendo do local somente se trabalha 1 hora por dia para não ultrapassar os limites de radiação, após alcançar o limite de radiação anual o trabalhador tem que ficar mais 4 meses em quarentena em alojamentos aguardando para poder ser liberado.




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Re: Terremoto e Tsunami Atingem o Japão

#693 Mensagem por akivrx78 » Ter Fev 21, 2012 4:28 pm

21/02/2012 - 09h21 | Agência Efe | Tóquio
Japão para outro reator nuclear e conta apenas com 2 operacionais
Governo já pediu que a população da região corte seu consumo de energia em 10%

A Kepco (Kansai Electric Power) concluiu nesta segunda-feira (20/02) a parada da unidade número 3 de sua usina nuclear de Takahama (centro) para submetê-la a uma revisão regular, o que deixa o Japão com apenas dois de seus 54 reatores operacionais, informou a agência de notícias Kyodo.

A paralisação desta unidade de fissão aumenta a incógnita sobre o modelo energético que o país adotará após o acidente em Fukushima e coloca a curto prazo a possibilidade de que haja problemas de provisão de energia em determinadas regiões.

Por enquanto, a Kepco prevê que a paralisação do reator 3 de Takahama deixe em março sua geração de energia em 8,8%, abaixo da demanda estimada para a região para a qual a Kansai a fornece.

Por isso, o governo central realiza campanhas para pedir à população da região que corte seu consumo em 10% em relação a 2011, enquanto em outras regiões se apostou por suprir a crise com uma maior geração nas centrais térmicas, o que evitou cortes da provisão.

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/n ... nais.shtml
FEBRUARY 20, 2012, 12:21 P.M. ET
Japão tem déficit recorde na balança comercial

Por TAKASHI NAKAMICHI, DE TÓQUIO

O Japão registrou um déficit recorde em sua balança comercial em janeiro, com a desaceleração econômica global e o iene forte prejudicando as exportações, enquanto as importações de combustíveis continuaram a crescer.

Os dados, que mostram déficit de 1,475 trilhão de ienes (US$ 18,5 bilhões), divulgados na segunda-feira pelo Ministério da Fazenda, ressaltam as persistentes dificuldades de uma economia pobre em recursos e dependente das exportações.

A força do iene e a crise da dívida na Europa atingiram a demanda pelos produtos japoneses, em especial na Ásia; ao mesmo tempo, o Japão precisa de mais combustível importado para gerar energia, pois muitas de suas usinas nucleares estão inativas desde o terremoto e tsunami de março.

Alguns economistas agora julgam que o Japão está rumando em 2012 para um segundo ano consecutivo de déficit comercial. Qualquer recuperação econômica no período de janeiro a março, depois da contração anualizada de 2,3% de outubro a dezembro, seria leve na melhor das hipóteses, dizem eles.

"A balança comercial ficará no vermelho este ano", disse Toshihiro Nagahama, economista-chefe do Dai-Ichi-Life Research Institute. "Os aumentos estruturais nas importações estão ganhando impulso, enquanto os exportadores estão ativamente transferindo suas fábricas para o exterior."

Em paralelo, na segunda-feira a Standard & Poor's Corp. reafirmou a classificação da dívida soberana japonesa como AA-menos, e manteve a perspectiva negativa, colocando o primeiro-ministro Yoshihiko Noda sob pressão ainda maior para aumentar impostos e melhorar a grave situação fiscal do país.

"A classificação da dívida soberana do Japão se justifica pela sua ampla posição líquida em ativos no exterior, seu sistema financeiro relativamente forte e sua economia diversificada", disse a S&P em um comunicado. "Além disso, o iene é uma reserva internacional de importância crucial."

No segundo semestre, o déficit comercial poderá diminuir devido a uma esperada recuperação econômica mundial, mas "é preciso cautela, pois o momento e o ritmo da redução do déficit dependem muito do preço dos combustíveis e da oscilação da taxa de câmbio", disse Yoshimasa Maruyama, economista sênior da Itochu Corp.

O déficit correspondeu basicamente às previsões dos economistas consultados pela Dow Jones Newswires e a Nikkei, mas deixou longe o recorde anterior de 967,9 bilhões de ienes de janeiro de 2009, no auge da crise financeira global. O novo número também foi três vezes maior que o registrado no mesmo mês do ano passado. Esses dados, no formato atual, remontam a janeiro de 1979.

As exportações japonesas caíram 9,3% em relação a um ano antes para 4,51 trilhões de ienes, o quarto mês consecutivo de declínio, devido ao recuo na demanda de aço e semicondutores, disse o Ministério.

Mesmo considerando a desaceleração econômica global e o impacto dos feriados do Ano Novo Lunar, o comércio com os países asiáticos foi mais fraco que o esperado, disse Takahide Kiuchi, economista chefe da Nomura Securities.

As exportações para a China caíram 20,1% no ano, a maior queda desde uma contração de 27,6% em agosto de 2009, disse o ministro. O déficit comercial do Japão com a China em janeiro atingiu um recorde de 587,9 bilhões de ienes. As exportações para a Ásia como um todo caíram 13,7%, a queda mais acentuada desde uma contração de 15,0% em outubro de 2009.

Mas as exportações para os Estados Unidos subiram 0,6% no ano, o terceiro aumento mensal consecutivo, devido a maiores vendas de carros e de maquinário para construção, segundo os dados.

Enquanto isso, as importações de gás natural líquido, petróleo bruto e carvão contribuíram para elevar o total de importações em 9,8%, para 5,985 trilhões de ienes, segundo os dados. Foi o 25o mês seguido de aumento nas importações.

(Contribuíram Mitsuru Obe e Alex Martin.)
http://online.wsj.com/article/SB1000142 ... 55488.html




Editado pela última vez por akivrx78 em Sáb Out 06, 2012 2:18 am, em um total de 1 vez.
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Re: Terremoto e Tsunami Atingem o Japão

#694 Mensagem por akivrx78 » Sex Out 05, 2012 11:48 pm


A operadora da usina divulgou recentemente 6 horas de gravações de vídeos dos primeiros dias do acidente, eles não liberaram tudo e alguns estão censurados.
As gravações são apenas 6 horas de um total de 150 horas iniciais, entre o dia 12 ao dia 16, eles prometeram divulgar o restante no próximo mês, mas já adiantaram que igualmente não sera completo e sim editados.
Estes vídeos deveriam ser liberados e traduzidos para as pessoas entenderem o que ocorreu realmente e como os políticos, empresários e pesquisadores do assunto fizeram de tudo para resolver/minimizar o problema.

Vou traduzir alguns momentos do video acima.

O centro de controle de emergência da usina reclama, com o centro de operações da operadora que não consegue comunicação com o governo já se passava quase 12 horas apos o tsunami.

Dia 13 o centro de controle de emergência da usina reclama que continua sem comunicação com o governo.

Dia 13 o centro de controle de emergência da usina reporta que os operários na usina se aproximam do limite imposto por lei de 100mSv e pedem que mandem mais pessoas para substitui-los.

O centro de controle de emergência da usina, pede ajuda do governo para resolver um problema ele diz que por causa da explosão da estrutura de contenção do reator 1 a piscina esta sem água e o combustível usado esta exposto, a radiação esta alta no local e eles dizem não saber o que fazer, pois não tem mais água disponível no local.

Dia 13 o centro de controle de emergência da usina, pede para o governo que o exercito japonês exploda parte do prédio de contenção para abrir um buraco na parede virada para o lado do mar, a reposta é que nós analisamos isto mas existe vários equipamentos importantes embaixo e seria perigoso, ele rebate dizendo que isto pouco importa já que de qualquer forma o edifício vai explodir. (pelo que parece eles fizeram isto porque o reator 2 tem um buraco aberto na estrutura)

Dia 13 o reator 2 corre o risco de explodir e derreter por completo o combustível, o centro de controle de emergência da usina diz que pretende evacuar todos os operários, uma linha de resfriamento pode ser ativada mas o local é muito perigoso ele pede a permissão para utilizar velhos para fazer a missão suicida.

Dia 14 o centro de controle de emergência da usina, reporta que não tem mais água no reator e o combustível esta exposto.

Dia 14 o centro de controle de emergência da usina, reporta urgente que explodiu o prédio do reator 3.

Dia 14 o centro de controle de emergência da usina, reclama dizendo que vocês ai ficam dando opiniões mas nós aqui não temos pessoas suficientes e nem equipamentos e ninguém vem ajudar, parem de falar e coloquem a mão na obra!

O centro de emergência do governo da ordens o para centro de controle de emergência da usina, procurar qualquer linha de resfriamento e injete água custe ao que custar.

O centro de controle de emergência da usina, reporta que vai abrir as válvulas de escape de pressão dos reatores para poder injetar água, novamente o centro de controle de emergência da usina, diz que vai sair aquilo de dentro do reator e pergunta novamente se pode prosseguir com isto.

Dia 15 o centro de emergência da operadora diz que não tem escolha faça logo isto antes que piore, ele diz que depois se da um jeito de assumir as responsabilidades por isto, abram logo as válvulas de escape pode ser qualquer uma delas abram logo.

O centro de controle de emergência da usina, reporta que esta abrindo as válvulas de escape dos reatores, (se sabe que existe dois sistemas destas válvulas de escape uma molhada e a seca, a molhada passa pela água e assim diminui os resíduos radiativos a serem liberados, a seca solta o conteúdo direto, eles tentaram abrir a molhada mas não deu certo assim foi a válvula seca aberta)

Fim do video.

Todos os vídeos estão disponíveis no site abaixo.
http://photo.tepco.co.jp/date/2012/2012 ... 5-01j.html




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Re: Terremoto e Tsunami Atingem o Japão

#695 Mensagem por akivrx78 » Sex Set 12, 2014 9:00 pm

Fukushima registra mais de 100 casos de câncer de tireoide confirmados ou suspeitos em menores de 18 anos

AFP - Agence France-Presse

Publicação: 25/08/2014 22:44

http://www.diariodepernambuco.com.br/ap ... anos.shtml


Atualizado: 12/09/2014 01:59 | Por EFE Brasil, EFE Multimedia
Jornal 'Asahi' se desculpa por dizer que trabalhadores de Fukushima fugiram

Tóquio, 12 set (EFE).- 'Asahi', o segundo jornal mais lido do Japão, se desculpou nesta sexta-feira na capa por um artigo que afirmava erroneamente que funcionários da usina de Fukushima desobedeceram ordens e fugiram na crise de 2011, o que causou a demissão de um de seus principais editores.

A retificação do artigo, publicado em 20 de maio, foi um duro golpe para a credibilidade do rotativo, que tem uma tiragem de 10 milhões de exemplares diários, e recebeu duras críticas da opinião pública japonesa e inclusive do primeiro-ministro, Shinzo Abe.

'Lamentamos profundamente ter publicado este conteúdo errado. Pedimos sinceramente desculpas ao público, principalmente aos nossos leitores e a todos aqueles que trabalharam em Fukushima Daiichi', afirmou a nota publicada na primeira página.

A história sobre as inexatidões publicadas pelo jornal, de tendência liberal e antinuclear, ocupou também as manchetes dos outros principais jornais do Japão: 'Yomiuri', 'Nikkei' e 'Mainichi'.

O editorial do Asahi foi precedido por uma entrevista coletiva realizada na véspera, onde o presidente do jornal, Tadakazu Kimura, se desculpou entre solenes reverências e anunciou a demissão do editor executivo Nobuyuki Sugiura e duras punições para os repórteres envolvidos, ao tempo que não descartou renunciar no futuro.

No artigo de maio, Asahi afirmou que 90% dos trabalhadores da usina de Fukushima, atingida pelo terremoto e tsunami de março de 2011, desobedeceram o então diretor da central, Masao Yoshida, e fugiram para outras instalações.

A matéria afirmava ter tido acesso a transcrição do interrogatório de Yoshida.

O governo publicou nesta quinta-feira esses documentos, em que Yoshida diz que os funcionários abandonaram as instalações, mas que a decisão deles nunca foi contrária as suas ordens e que, além disso, pareceu 'a mais correta'.

Tanto Kimura como o editorial do 'Asahi' atribuíram o erro a 'interpretações incorretas' e a falta de checagens da declaração de Yoshida.

O escândalo ganhou mais dimensão já que estourou pouco depois de Asahi admitir grandes erros em reportagens publicadas nas décadas de 80 e 90 sobre o recrutamento forçado de mulheres coreanas para serem usadas como escravas sexuais do exército japonês durante a Segunda Guerra Mundial. EFE

http://noticias.br.msn.com/economia/sto ... =265167216

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Masao Yoshida, o diretor chefe da Usina de Fukushima morreu no ano passado de câncer intestinal.




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Re: Terremoto e Tsunami Atingem o Japão

#696 Mensagem por akivrx78 » Sex Set 12, 2014 9:45 pm

Algumas fotos mais recentes de Fukushima.

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Destaque para a quantidade de reservatórios de agua contaminada.

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Ultimas estimativas de como deve estar dentro dos reatores.

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Esta estrutura foi construida para poder remover o combustível usado do reator 4 na piscina.


Video da remoção de combustível na piscina 4 a dos reatores 1,2,3 ainda não se sabe quando será possível retirar.

Como e uma operação muito delicada provavelmente eles vão ter de construir instalações semelhantes a da piscina 4 nos reatores 1 e 3, o do reator 2 por incrível que pareça mesmo não estando muito danificado por dentro nas instalações superiores, parece que a coisa e muito mais difícil de resolver pois a área esta altamente contaminada.

Se pretende desenvolver robôs para descontaminar a área por dentro, para depois pessoas entrarem e reparar os equipamentos para poder iniciar a remoçam do combustível usado na piscina.



Na piscina do reator 3 constantemente cai algumas coisas coisas dentro da piscina...






O combustível retirado da piscina é colocado dentro deste recipiente chamado de cânister e é resfriado com nitrogênio liquido.

O núcleo dos reatores 1,2,3 ainda não se sabe como e quando será possível remover o combustível derretido.




Por dentro do prédio do reator 1.



Por dentro do cofre do reator 1.



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Informações do dia 27/07/2014 de como esta a situação.

Reator 1
Temperatura da agua no núcleo 28 graus
Nível de agua no núcleo instável vazando agua para o cofre por baixo. (verificado por robôs)
Dentro do cofre o combustível derretido pode ter atingido o concreto.
Cofre com vazamento de agua na câmara de resfriamento (verificado por robôs)
Temperatura da agua na piscina 30 graus
Limpeza interna sendo feita por robôs.
Proteção externa vai ser parcialmente retirada futuramente para se iniciar a limpeza por guindastes
Radiação local de 23~11100 mSv/h
392 bastões de combustível usado na piscina

Reator 2
Temperatura da agua no núcleo 36 graus
Nível de agua no núcleo vazando agua para o cofre por baixo. (verificado por robôs)
Dentro do cofre o combustível derretido pode ter atingido o concreto.
Cofre com vazamento de agua na câmara de resfriamento o cofre não segura agua internamente
Temperatura da agua na piscina 28 graus
Limpeza interna se pretende fazer por robôs, mas a radiação e alta no local
Radiação local de 5~72900 mSv/h
615 bastões de combustível usado na piscina


Reator 3
Temperatura da agua no núcleo 32 graus
Nível de agua no núcleo instável vazando agua para o cofre por baixo. (verificado por robôs)
Dentro do cofre o combustível derretido pode ter atingido o concreto
Cofre com vazamento de vapor pela tampa.
Cofre com vazamento de agua na câmara de resfriamento
Temperatura da agua na piscina 28 graus
Limpeza interna sendo feita por robôs.
Limpeza externa sendo feita por guindastes
Radiação local de 10~4780 mSv/h
566 bastões de combustível usado na piscina


Reator 4

Temperatura da agua na piscina 27 graus
Radiação local de 0.1~0.6 mSv/h
345 bastões de combustível usado na piscina ate o final do ano de 2014 todos devem ser removidos.




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Re: Terremoto e Tsunami Atingem o Japão

#697 Mensagem por akivrx78 » Sáb Set 14, 2019 6:56 am

O plano japonês de jogar ao mar água radioativa de Fukushima
Data 13.09.2019
Coreias rechaçam intenção de Tóquio de despejar no Pacífico água contaminada pelo desastre em 2011. Para Pyongyang, "ato criminoso" pode gerar calamidade nuclear. Ambientalistas também expressam preocupação.

Japan Erdbeben Tsunami (picture-alliance/AP Photo/Kyodo News)

Imagem
Vista área da usina nuclear avariada em Fukushima

Nesta semana, o ministro do Meio Ambiente do Japão, Yoshiaki Harada, declarou que despejar no Oceano Pacífico mais de 1 milhão de toneladas de água contaminada pelo desastre nuclear de Fukushima seria a "única opção" da Tokyo Electric Power Co. (Tepco), operadora da usina.

Falando em Tóquio na terça-feira (10/09), Harada declarou: "A única opção será drená-la para o mar e diluí-la. Todo o governo discutirá isso, mas eu gostaria de oferecer minha simples opinião."

A água contaminada com elementos radioativos tem sido armazenada na usina de Fukushima desde que o complexo foi destruído por um terremoto de magnitude 9 seguido de uma série de tsunamis, em março de 2011. As ondas gigantes inundaram o equipamento de refrigeração de três dos seis reatores do local, fazendo com que eles derretessem.

Água tem sido bombeada para os reatores para controlar suas temperaturas, resultando em mais de 1 milhão de toneladas de líquido radioativo. Águas subterrâneas também estão se infiltrando nos níveis abaixo do solo da usina, aumentando a quantidade de água contaminada, que precisa ser armazenada em vastos tanques de aço na terra em torno da estrutura.

O governo japonês afirma que armazenar a água em tanques não é uma solução viável para o problema a longo prazo e que a tecnologia para erradicar completamente todos os sinais de radioatividade da água ainda está para ser desenvolvida.

Uma nova equipe foi encarregada de elaborar soluções alternativas, que até agora incluíram enterrar a água no subsolo em vastas fossas revestidas de concreto, injetando-as em estratos geológicos muito abaixo da superfície.

No entanto, a opção preferida e menos dispendiosa seria liberar gradualmente a água no oceano.

Coreias preocupadas com "calamidade nuclear"

A Coreia do Sul reagiu com consternação à proposta, convocando o embaixador japonês em Seul em agosto para expressar suas preocupações.

Na semana passada, o governo sul-coreano enviou uma carta oficial à Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), solicitando assistência em seus esforços para garantir que a água radioativa não fosse liberada da usina de Fukushima. Seul também disse que pretende abordar a questão na conferência geral da Aiea em Viena ainda neste mês.

A hostilidade de Seul em relação ao plano japonês é compartilhada pela Coreia do Norte, onde a mídia estatal descreveu a proposta de Tóquio como um "ato criminoso" que poderia causar uma "calamidade nuclear" na região.

"Nunca toleraremos a contaminação do nosso mar azul por lixo nuclear", afirmou um editorial do jornal Rodong Sinmun em 4 de setembro. "O Japão deve escutar a grave advertência da comunidade internacional, parar de tomar medidas imprudentes e abandonar seu plano de descartar água contaminada."

Muitos sul-coreanos podem até discordar de várias políticas do atual governo, mas analistas dizem que os cidadãos apoiam firmemente o presidente Moon Jae-in nessa questão. "Estamos admirados de como o Japão poderia fazer algo tão perigoso", disse à DW Ahn Yinhay, professora de relações internacionais da Universidade da Coreia, em Seul.

"As pessoas estão realmente preocupadas, e vi estimativas que mostram que as correntes levarão a água descartada de Fukushima para a Península Coreana em cerca de um ano. Isso significa que a radiação entrará em nossas pescas domésticas de peixes e frutos do mar", explicou a professora.

Segundo ela, a maioria dos coreanos acredita pouco nas promessas do governo japonês de que todos os alimentos das regiões afetadas pelo desastre nuclear foram exaustivamente testados e considerados seguros para consumo humano.
Água contaminada está armazenada em tanques em Fukushima

Água contaminada está armazenada em tanques

Resíduos tóxicos ainda presentes na água

Grupos ambientalistas também estão irritados com as propostas de Tóquio, afirmando que estas ignoram o fato de que são necessários esforços para remover radionuclídeos perigosos da água.

A Tepco havia alegado anteriormente que processos avançados de limpeza na água reduziram agentes contaminantes causadores de câncer – como estrôncio, iodo e rutênio – a níveis de "não detecção". Portanto, seria seguro liberá-la no oceano.

No entanto, documentos governamentais vazados mostraram mais tarde que tais alegações seriam imprecisas e que a água ainda continha radioatividade em concentrações bem acima dos níveis permitidos por lei.

Um estudo do jornal regional Kahoko Shinpo confirmou que os níveis de iodo 129 e rutênio 106 excederam os níveis aceitáveis em 45 das 84 amostras relativas a 2017.

O iodo 129 tem uma meia-vida de 15,7 milhões de anos e pode causar câncer de tireoide. O rutênio 106 é produzido por fissão nuclear e pode ser tóxico em altas doses, além de ser cancerígeno quando ingerido.

Posteriormente, a Tepco admitiu que os níveis de estrôncio 90 estavam 90 vezes acima da quantidade permitida por lei em 65 mil toneladas de água que já haviam sido tratadas no local.

O Greenpeace condenou os comentários do ministro japonês em favor da liberação da água no Pacífico. A declaração é "totalmente imprecisa – tanto científica quanto politicamente", disse à DW Shaun Burnie, especialista nuclear sênior da organização ambientalista na Alemanha.

"Tóquio recebeu opções técnicas, inclusive de empresas nucleares dos Estados Unidos, para remover o trítio radioativo da água contaminada. Até agora, por razões financeiras e políticas, optou por ignorá-las", acrescentou.

"O governo japonês deve se comprometer com a única opção ambientalmente aceitável para gerenciar essa crise da água, que é o armazenamento e processamento a longo prazo para remover a radioatividade", afirmou Burnie.

https://www.dw.com/pt-br/o-plano-japon% ... a-50406122




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