Fragatas FREMM franco-italianas

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Luís Henrique
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Re: Fragatas FREMM franco-italianas

#661 Mensagem por Luís Henrique » Ter Fev 21, 2012 8:17 pm

mas o Pepê, como todos nós também prefere 10 do que 5.
Assim como o FX deveria ser 120 caças de uma vez, em vez de 36.
Mas, se sair as 5 já será um grande avanço. Depois, CLARO, teremos que continuar torcendo para o segundo lote, assim como continuaremos torcendo para vários outros lotes de todos os programas.

Eu acho que existe também um pensamento por trás destes lotes.
Se avançarmos e desenvolvermos uma fragata de 4.000T e esta se mostrar EQUIVALENTE ao navio estrangeiro, em vez de adquirir um segundo lote podemos encomendar o primeiro de um escolta brazuca.

Vejo o mesmo no FX.
Ou, se não for nacional, mas for um escolta/caça de melhor tecnologia, uma proposta mais tentadora, etc...

Por exemplo, em vez de um segundo lote de FREMM italiana, alguém nos oferece uma fragata ainda melhor, mais barata e com mais tots, envolvendo uma produção binacional, sei lá.
O mesmo para o caça, em vez de um segundo lote de Rafale, os russos nos oferecem Pak pelo mesmo preço e com mais tot....sei lá. Mas temos que ver o lado bom das coisas. :mrgreen:




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: Fragatas FREMM franco-italianas

#662 Mensagem por Lord Nauta » Ter Fev 21, 2012 8:35 pm

Carlos Lima escreveu:
WalterGaudério escreveu: Com o Plano de financiamento apresentado pelos italianos, que está sendo reputado como irrecusável, diria que deveríamos escolher os DOIS tipos.
Tomara meu amigo... tomara!

[]s
CB_Lima


Aproveitando que o plano de financiamento e irrecusável haveria então espaço para a minha tese de ampliação do quantitativo inicial do PROSUPER. Devemos considerar a atual idade dos navios a serem substituídos e a demora em se iniciar a construção dos seus substitutos, que já deveria ter sido iniciada a algum tempo. Deve ser lembrado que os quatro Pará , o Marcilio Dias e o Mariz e Barros não foram repostos. Em minha opinião os NaPaOc são outra face do PAEMB e suas construções seriam tratadas no mesmo capitulo dos NaPa 500. Em relação ao PROSUPER deveriam ser pelo menos 10 navios (4 na versão AAe e 6 MGP) e dois NaApLo. Para ganhar tempo dois ou três navios poderiam ser construídos no exterior, com acompanhamento de engenheiros, técnicos e operários brasileiros.As demais unidades seriam produzidas no Brasil, inclusive nas instalações do AMJR. O AMRJ deveria ser modernizado para tal finalidade. Em alternativa ao AMRJ poderia se pensar na Base Naval de Aratu. Este programa envolveria a industria de construção e de navipeças brasileira, geraria milhares empregos e renda, completamente compatível com a 6ª economia do mundo e com a necessidade de construção de um Poder Naval crível capaz de efetiva capacidade de dissuasão.

Como sonhar e possível e permitido.


Do recolhedor régio de impostos.

:D :D :D


Sds


Lord Nauta




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Re: Fragatas FREMM franco-italianas

#663 Mensagem por Andre Correa » Ter Fev 21, 2012 8:50 pm

Luís Henrique, já tivemos muitas décadas de SE, chegou a hora de afirmarmos as coisas... mas já que vai-se fazer, porque não fazer o certo pela 1ª vez? Ou o Brasil não é esse país tão rico como o GF pinta aí pelo mundo...

[009]




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Re: Fragatas FREMM franco-italianas

#664 Mensagem por knigh7 » Ter Fev 21, 2012 10:59 pm

Luís Henrique escreveu:mas o Pepê, como todos nós também prefere 10 do que 5.
Assim como o FX deveria ser 120 caças de uma vez, em vez de 36.
Mas, se sair as 5 já será um grande avanço. Depois, CLARO, teremos que continuar torcendo para o segundo lote, assim como continuaremos torcendo para vários outros lotes de todos os programas.
Vc tem de torcer para a área econômica aceitar um financiamento sobre outro de fragatas e sem comprometer as outras metas de reequipamento.

A MB e o MD, no final da década, vão chegar lá para o MPOG e falam:

-Precisamemos de mais escoltas.

MPOG -Ué vcs estão recebendo 5, e ainda estamos arcando com as despesas delas, estamos gastando com a construção do P.A., estamos arcando com a construção do NPM, dos SSKs e do SSN e ainda por cima vcs querem sobrepor o financiamento de escoltas? E nós não vamos entrar em guerra mesmo...mais grana só depois de 2025.

No final dessa década e toda a década de 2020, devido a necessidade de substituição por envelhecimento da frota atual, nós vamos ter comprometimentos financeiros enormes, a não ser que se parta para compras de oportunidade de usados.




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Re: Fragatas FREMM franco-italianas

#665 Mensagem por WalterGaudério » Ter Fev 21, 2012 11:13 pm

Lord Nauta escreveu:
Carlos Lima escreveu: Tomara meu amigo... tomara!

[]s
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Aproveitando que o plano de financiamento e irrecusável haveria então espaço para a minha tese de ampliação do quantitativo inicial do PROSUPER. Devemos considerar a atual idade dos navios a serem substituídos e a demora em se iniciar a construção dos seus substitutos, que já deveria ter sido iniciada a algum tempo. Deve ser lembrado que os quatro Pará , o Marcilio Dias e o Mariz e Barros não foram repostos. Em minha opinião os NaPaOc são outra face do PAEMB e suas construções seriam tratadas no mesmo capitulo dos NaPa 500. Em relação ao PROSUPER deveriam ser pelo menos 10 navios (4 na versão AAe e 6 MGP) e dois NaApLo. Para ganhar tempo dois ou três navios poderiam ser construídos no exterior, com acompanhamento de engenheiros, técnicos e operários brasileiros.As demais unidades seriam produzidas no Brasil, inclusive nas instalações do AMJR. O AMRJ deveria ser modernizado para tal finalidade. Em alternativa ao AMRJ poderia se pensar na Base Naval de Aratu. Este programa envolveria a industria de construção e de navipeças brasileira, geraria milhares empregos e renda, completamente compatível com a 6ª economia do mundo e com a necessidade de construção de um Poder Naval crível capaz de efetiva capacidade de dissuasão.

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Lord Nauta
Estimado Nauta, creio que tenhamos entrado juntos na MB, por volta de 1974 e de lá para cá vi as tentativas de evolução quantitativas sendo bloqueadas pelo gov federal que deveria ser o maior interessado na evolução da coisa toda. Te digo ainda que como profissional de marinha me considerei ultrajado/Humilhado qdo. da desativação precoce dos Oberon/Humaitá o equipamento que mais marcou minha carreira na MB. Temo que meu sobrinho atualmente levando trotes na EN acabe passando por decepções semelhantes por falta de sensibilidade estratégica dos nossos governantes.

SDS




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: Fragatas FREMM franco-italianas

#666 Mensagem por henriquejr » Ter Fev 21, 2012 11:53 pm

Walter, porque você se sentiu ultrajado/Humilhado com a desativação dos Oberon/Humaitá? Os IKL209 não foram substitutos a altura dos referidos subs? Considera que a desativação dos mesmos foi precoce? Por quê?

To fazendo essas perguntas só por questão de curiosidade mesmo já que conheço muito pouco da classe Oberon!




.
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Re: Fragatas FREMM franco-italianas

#667 Mensagem por Pepê Rezende » Qua Fev 22, 2012 4:41 am

Antes de mais nada, Gaiteiro, poderia aprender a usar o programa. Facilita muito na resposta. É simples.
Pepê Rezende escreveu: Com Niteróis remotorizadas e Broadsword modernizadas o primeiro lote é mais que aceitável. Depois virão mais 13...
Gaiteiro escreveu:5 anos de construção, inicio em 2013/2014, conclusão em 2018/2019, as T-22 darão baixa entre 2020 e 2022, ou seja, enquanto as Fragatas de 6000T chegam, as T-22 saem... assim, exclua duma vez a modernização das T-22 da sua conta... porque elas serão "modernizadas" apenas para suprir a carência de meios até a chegada dos escoltas de 6000T (modernização de 40 milhões não existe, não haverá nada além de uma repotencialização bem básica...). Com relação aos demais lotes, o problema é quando virão as 13, e ai é que eu bato na tecla, se não houver continuidade tudo vai a pique... e é isto que eu cobro, um segundo lote tem que ser anunciado até 2016, para ser entregue em 2021, o que fica a mercê da boa vontade do próximo presidente... então não me venha com este papo de mais 13 virão, porque nem eu nem ninguém pode afirmar isso... o que se tem de realidade são 5 unidades...

2 NMP até 2015;
O Livro Branco vira lei neste ano e lei é para ser cumprida. Lá, o PEAMB estará exposto e receberá orçamentação adequada com previsão de quatro anos. Quanto à aritmética, saem três Broadsword e entram cinco escoltas. Duas a mais do que temos atualmente. Ou não?
.
Pepê Rezende escreveu:Os dois navios-doca que temos acabaram de sair de reforma.
Gaiteiro escreveu:Só conheço 1... pode me dizer qual é o segundo navio-doca que acabou de sair da reforma?
Os dois estarão prontos para servir mais dez anos. Os Navios de Múltiplo Emprego serão os próximos da lista.
Lord Nauta escreveu:Lotes adicionais de SH70 para a MB;
Pepê Rezende escreveu:parte dos EC 725 será equipada como antisubmarino e antinavio...
Gaiteiro escreveu:No total deram baixa 16 SH-3... quantos helicópteros estão previstos mesmo? 8 EC e 6 SH? quer dizer que você acha que trocar 16 por 14, para uma força que pensa em ampliar sua capacidade é suficiente? Precisaremos de 10 SH apenas para suprir as 5 novas escoltas, sem contar o A-12, e os NDCC... Um segundo lote é necessário sim, pelo menos até 2020. Agora é obvio, que no primeiro momento, não faz o mínimo sentido comprar helicópteros se nem temos navios...
São helicópteros bem mais capazes do que os que saíram. A redução de meios está presente em todas as marinhas do mundo, com exceção da chinesa e russa.
Lord Nauta escreveu:Recursos para manutenção em alto nível da operacionalidade dos meios existentes;
Pepê Rezende escreveu:Em providência
Gaiteiro escreveu:Veremos quando vai acabar esta novela. Te garanto que até o próximo PPA não vai mudar, continuaremos com este orçamento minguadinho...
Não é tão minguado. Representa, mesmo com o contingenciamento de R$ 2,7 bi, uma ampliação importante nos gastos realizados nos últimos anos.
Lord Nauta escreveu:O que espero e que de fato as decisões sejam tomadas, os programas ampliados e agilizados e que as empresas nacionais sejam beneficiadas gerando importantes empregos e renda.
Pepê Rezende escreveu:Mudou de opinião? Vc é o rei da sucata defendendo compras de "oportunidade" como as do Chile, para encher a MB de equipamentos que já saíram de produção.
Gaiteiro escreveu:As suas FA's durante as duas ultimas décadas foram a rainha da sucata, não o Lord, não eu, nem você... então mais respeito por favor...
Desculpe-me, é apenas uma constatação. Defender Type 22 B3, Bremens e outras joças como compras de oportunidade da Marinha é ou não agir como o rei da sucata? Quantas vezes vc e o Lord propuseram essas "soluções" para o País?
Lord Nauta escreveu:Vamos aguardar e torcer. As vezes penso em jogar a tolha e esquecer deste assunto em minha vida. Mas felizmente ou talvez infelizmente a preocupação com a Defesa da nossa nação sempre se sobrepõe a mim mesmo. Por outro lado e nosso papel de homens de bem defender o trabalho daqueles que um dia poderão dar suas vidas pela nossa liberdade, que são os militares de nossas FFAA's. Sendo assim e impossível jogar a toalha.
Pepê Rezende escreveu:Belo discurso, mas nada tem a ver com a posição do MRE, que nunca se opôs a FFAA fortes.
Gaiteiro escreveu:Meu deus.... agora você pegou pesado em? Vamos torcer para que pelo menos 10% da turminha pense assim...
Vc apenas mostra seu enorme desconhecimento sobre o Itamaraty. Ache UMA declaração de algum chanceler ou diplomata que confirme seu ponto de vista ou aceite que nada conhece sobre a política externa brasileira. Como jornalista e assessor, trabalhei na cobertura de temas diplomáticos e militares de 1976 até hoje. Nunca ouvi ninguém no MRE que não defendesse FFAA fortes. Incluo neste caso o chanceler de FHC, Celso Lafer, e o ex-ministros da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, que muito trabalharam para o sucesso de programas de obtenção de tecnologias sensíveis para o Brasil

Amaral, inclusive, lutou o que pôde para concluir o F-X1 em 2002. Na ocasião, o comandante da Aeronáutica tentou, de todas as maneiras, emplacar Kfir C-10s como aparelhos substitutos para a FAB. Claro, a memória de todos é curta para o que não é queixa contra o governo.

Pepê




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Re: Fragatas FREMM franco-italianas

#668 Mensagem por Pepê Rezende » Qua Fev 22, 2012 5:00 am

WalterGaudério escreveu: Com o Plano de financiamento apresentado pelos italianos, que está sendo reputado como irrecusável, diria que deveríamos escolher os DOIS tipos.
Carlos Lima escreveu:Tomara meu amigo... tomara!

[]s
CB_Lima
Lord Nauta escreveu:Aproveitando que o plano de financiamento e irrecusável haveria então espaço para a minha tese de ampliação do quantitativo inicial do PROSUPER. Devemos considerar a atual idade dos navios a serem substituídos e a demora em se iniciar a construção dos seus substitutos, que já deveria ter sido iniciada a algum tempo. Deve ser lembrado que os quatro Pará , o Marcilio Dias e o Mariz e Barros não foram repostos. Em minha opinião os NaPaOc são outra face do PAEMB e suas construções seriam tratadas no mesmo capitulo dos NaPa 500. Em relação ao PROSUPER deveriam ser pelo menos 10 navios (4 na versão AAe e 6 MGP) e dois NaApLo. Para ganhar tempo dois ou três navios poderiam ser construídos no exterior, com acompanhamento de engenheiros, técnicos e operários brasileiros.As demais unidades seriam produzidas no Brasil, inclusive nas instalações do AMJR. O AMRJ deveria ser modernizado para tal finalidade. Em alternativa ao AMRJ poderia se pensar na Base Naval de Aratu. Este programa envolveria a industria de construção e de navipeças brasileira, geraria milhares empregos e renda, completamente compatível com a 6ª economia do mundo e com a necessidade de construção de um Poder Naval crível capaz de efetiva capacidade de dissuasão.

Como sonhar e possível e permitido.


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Bom, agora está bem mais factível conversar e discutir. O total de 30 escoltas previsto inclui substituições futuras das escoltas de 6.000 toneladas que estão em fase de licitação. Vejam que está se pensando no futuro: 18 num primeiro momento e 12 para a fase inicial de substituição de meios a começar em 2030.

Existe um consenso na MB que há pouco a escolher, financeiramente, entre o ASTER 15 e o ASTER 30. É bem provável que todas as nossas fragatas sejam equipadas com o míssil mais potente. Na posição em que estou, não posso e não vou confirmar a informação divulgada pelo Padilha.

Os lotes de escoltas serão encomendados com diferenças de cinco anos, de maneira a cumprir o cronograma de substituição previsto pela MB.

Quanto aos patrulheiros, a compra de mais cinco unidades está no PPA, com o devido orçamento. Gostaria de divulgar o documento, mas não posso.

Aconselho a todos a acompanhar a votação do Livro Branco, que deve ocorrer a partir de julho.

Pepê




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Re: Fragatas FREMM franco-italianas

#669 Mensagem por SUNDAO » Qua Fev 22, 2012 6:39 am

Olá srs.

Há algum tempo atrás vi uma notícia interessante sobre o Estaleiro AS e o malfadado João Candido.

Duas empreiteiras nacionais (90%) são sócias junto da SAMSUNG (10%) no empreendimento.

A Samsung ao que parece é dona da expertise da construção de grandes navios em blocos como no caso.

Tal tecnologia é usada inclusive na construção do futuro PA inglês.

Acrescenta-se ainda que se num futuro um PA for construído aqui deverá utilizar as facilidades do Dique-seco do AS, único capaz de construí-lo.

As empreiteiras contudo agora se dizem "desanimadas" diante do fracasso na construção e estão tentando vender para mesma Samsung co-autora do desastre a participação no AS.

Tudo bem, mas pensem o seguinte: as empreiteiras fizeram as obras Civis (sua especialidade) e transformaram um terreno em um grande estaleiro que não valeria nada se não houvesse as encomendas de 20 e tantos navios e não sei tantas sondas para Petrobrás.

Um estaleiro vale pouco sem encomendas. No RJ estaleiros que já dominaram a mesma expertise foram a bancarrota no passado por falta de encomendas.

O estaleiro AS contudo tem agora uma carteira excelente e muitos anos de serviço. Isto vale muito!

Dinheiro Fácil. Negócio da China só que com os Coreanos! (preste atenção nesta malandragem pois pode ocorrer de novo com os aeroportos e com o dinheiro do BNDES).

E quem perde com isso ?

Somos nós é claro!

- Perdemos com os prejuízo da Petrobrás;

- Perdemos em dólares das remessas de lucro para o exterior; e

- perdemos no não revestimento dos lucros aqui no BRASIL.

Sem falar que faremos ToT no caso do PA para um empresa estrangeira.

A notícia, mal explorada pela imprensa, talvez fosse um "balão de ensaio" para testar o GF. O resultado veremos no futuro.


O ponto que eu quero chegar é parecido e diz respeito as compras da MB.

Se a MB fosse uma grande multinacional e fosse investir alguns bilhões de euros num estaleiro (que vale pouco=poucas encomendas) a primeira coisa que deveria ser feita seria comprar uma participação minoritária neste estaleiro.

Por razões óbvias a MB não poderia faze-lo mas o fundo soberano e outros capitais que entrariam neste pool o fariam com alguma tranquilidade.

A situação fica mais interessante quando há ToTs envolvidas ( imaginem engenheiros do AMRJ e da Engepron trabalhando diretamente no estaleiro em questão construindo não como "convidados" mas como representantes dos sócios).

Além disto há também o lucros das compras e problema do pagamento futuro de royalties.

Além do mais, nada como estar por dentro da empresa para garantir a melhor proposta e as melhores condições para a ToT.

Lembrando que a Itália está também na fila do "perrengue", um pouco atrás da Grécia.

Seria Irrepreencivel!

Uma relação ganha-ganha que o FMI aprovaria, o governo italiano ficaria feliz com a empresa capitalista e financiaria com prazer o contrato.

Tudo no reino a suposição.

Provavelmente existem um milhão de impecilhos que se vencidos seriam uma solução bem interessante.

Em teoria até a "musa" neoliberal Meg Thatcher aprovaria !

SUNDAO




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Re: Fragatas FREMM franco-italianas

#670 Mensagem por Loki » Qua Fev 22, 2012 8:35 am

Só um complemento, o João Candido e o estaleiro estão nessa situação por uma série de decisões gerenciais do AS completamente equivocadas.

Construir um navio deste porte com o estaleiro ainda em obras pesadas, sem o conjunto de ferramentas completo, sem seus sistemas completos e comissionados, sem mão de obra especializada treinada e testada, tanto para construir como para fiscalizar, sofrendo uma forte ingerência política e com um prazo ridículo, só podia dar nisso que deu.

Não é assim que se constrói uma planta para produção, nem aqui, nem na Coréia. Se houve alguma malandragem foi de brasileiros mesmo.

Abraço

Loki




Editado pela última vez por Loki em Qua Fev 22, 2012 1:34 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Fragatas FREMM franco-italianas

#671 Mensagem por Túlio » Qua Fev 22, 2012 9:05 am

Pepê Rezende escreveu:

O Livro Branco vira lei neste ano e lei é para ser cumprida. Lá, o PEAMB estará exposto e receberá orçamentação adequada com previsão de quatro anos. Quanto à aritmética, saem três Broadsword e entram cinco escoltas. Duas a mais do que temos atualmente. Ou não?
Vira LEI mas com quais EMENDAS? Isso é tradição aqui. Assim como não cumprir lei: e os royalties da MB? Eram - são? - Lei também, não? Mas lei é para ser cumprida só que quanto mais alto está o índio, mais ele descumpre: volto aos royalties... :roll:
.
Quanto à aritmética, não temos garantia concreta alguma de cinco escoltas, não temos garantia de que serão APENAS as Broadsword a saírem - as Niterói, com modernização ou não, são cascos mais antigos ainda e com montes de dias no mar, ir remendando sucata não é muito diferente de comprar sucata e igualmente custoso em manutenção - e não temos garantia alguma de timing. A rigor, e na melhor das hipóteses (a tua), uma frota que já foi de 18 escoltas passará a 16, sendo apenas CINCO modernas. E antes mesmo de estarem as cinco operacionais começarão sair as SEIS Niterói, qual a garantia de que virão outras seis, novinhas? E logo a seguir quatro corvetas. Brabo de acreditar...

Ah, que eu saiba é PAEMB (Plano de Articulação e Equipamento da Marinha do Brasil) e não PEAMB. :wink: 8-]

Pepê Rezende escreveu:
São helicópteros bem mais capazes do que os que saíram. A redução de meios está presente em todas as marinhas do mundo, com exceção da chinesa e russa.
Queres dizer todas as Marinhas DO PRIMEIRO MUNDO, não? As razões todos sabemos e não é questão de racionalização por excesso de meios, é falta de dinheiro mesmo. A crise lá anda braba e em toda parte o primeiro a apanhar é o militar. Nosso caso justamente está mais para o da China e Rússia: ganhar/recuperar terreno. Mais escoltas e outros navios demandarão mais helis, não importa quão maravilhosos sejam os 725: os Franceses ainda não desenvolveram uma aeronave capaz de estar em mais de um lugar ao mesmo tempo...

Pepê Rezende escreveu:Não é tão minguado. Representa, mesmo com o contingenciamento de R$ 2,7 bi, uma ampliação importante nos gastos realizados nos últimos anos.
Não ser TÃO minguado não significa não ser MINGUADO. PROSUPER parado, até para os NaPaOcs tá brabo, imagines FRAGATAS, cada uma custando sozinha mais que TODOS os patrulhas planejados juntos...

Pepê Rezende escreveu:Mudou de opinião? Vc é o rei da sucata defendendo compras de "oportunidade" como as do Chile, para encher a MB de equipamentos que já saíram de produção.
Grosseria. Não precisas de expedientes assim para demonstrar um ponto.
Pepê Rezende escreveu:Desculpe-me, é apenas uma constatação. Defender Type 22 B3, Bremens e outras joças como compras de oportunidade da Marinha é ou não agir como o rei da sucata? Quantas vezes vc e o Lord propuseram essas "soluções" para o País?
Cada um fala do que vê: e navio novo NINGUÉM esta vendo... :wink: 8-]

Pepê Rezende escreveu:Belo discurso, mas nada tem a ver com a posição do MRE, que nunca se opôs a FFAA fortes.
Pepê Rezende escreveu:Vc apenas mostra seu enorme desconhecimento sobre o Itamaraty. Ache UMA declaração de algum chanceler ou diplomata que confirme seu ponto de vista ou aceite que nada conhece sobre a política externa brasileira. Como jornalista e assessor, trabalhei na cobertura de temas diplomáticos e militares de 1976 até hoje. Nunca ouvi ninguém no MRE que não defendesse FFAA fortes. Incluo neste caso o chanceler de FHC, Celso Lafer, e o ex-ministros da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, que muito trabalharam para o sucesso de programas de obtenção de tecnologias sensíveis para o Brasil

Amaral, inclusive, lutou o que pôde para concluir o F-X1 em 2002. Na ocasião, o comandante da Aeronáutica tentou, de todas as maneiras, emplacar Kfir C-10s como aparelhos substitutos para a FAB. Claro, a memória de todos é curta para o que não é queixa contra o governo.

Pepê
Eu também sofro desse ENORME desconhecimento. A conclusão a que posso chegar, à luz do que postaste, é que o Itamaraty, como as crianças de antigamente, é para ser VISTO mas não OUVIDO... 8-]

Abração!!! :D :D :D :D


PS.: sobre o post do amigo Loki, nem vou falar sobre um navio que leva o nome de um AMOTINADO. Por mim que afunde. Em meu ramo de atuação, seria como batizar uma penitenciária como Penitenciária Modulada Fernandinho Beira-Mar, ou seja, uma bofetada na classe... :evil:




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Re: Fragatas FREMM franco-italianas

#672 Mensagem por LeandroGCard » Qua Fev 22, 2012 11:03 am

Pepê Rezende escreveu:Existe um consenso na MB que há pouco a escolher, financeiramente, entre o ASTER 15 e o ASTER 30. É bem provável que todas as nossas fragatas sejam equipadas com o míssil mais potente. Na posição em que estou, não posso e não vou confirmar a informação divulgada pelo Padilha.
Informação muito interessante.

Não consigo achar nenhuma fonte confiável sobre os valores envolvidos, mas em termos puramente técnicos é evidente que o Aster-15 custa para produzir algo muito próximo do Aster-30. É claro que os preços de venda e os custos não tem necessariamente que manter a mesma relação, mas a menos que haja uma manipulação bastante grande é normal que a aquisição do Aster-15 simplesmente não valha à pena, e neste caso nada mais natural do que todas as novas escoltas utilizarem apenas o modelo maior em seus lançadores.

Mas, aí surge outra questão. O Aster-30 é um míssil dispendioso já na categoria do longo alcance ou seja, apto a enfrentar aeronaves e talvez mísseis balísticos rápidos. Neste caso, não ficaria fazendo falta um míssil menor, mais barato e mais versátil para enfrentar armamento inteligente complementando os canhões, como acontece em praticamente todas as marinhas do planeta com excessão de algumas européias?


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Re: Fragatas FREMM franco-italianas

#673 Mensagem por GustavoB » Qua Fev 22, 2012 11:07 am

Só quis destacar que o que discutimos hoje será o mesmo que discutiremos em 2025, um substituto pro AM-X, pras Niterói e Inhaúma, pro Leopard 1A5, pro M-113... pro A-12, Pros A-4, tuuuuudo o que discutimos hoje...

Ou não...




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Re: Fragatas FREMM franco-italianas

#674 Mensagem por henriquejr » Qua Fev 22, 2012 11:09 am

LeandroGCard escreveu:
Pepê Rezende escreveu:Existe um consenso na MB que há pouco a escolher, financeiramente, entre o ASTER 15 e o ASTER 30. É bem provável que todas as nossas fragatas sejam equipadas com o míssil mais potente. Na posição em que estou, não posso e não vou confirmar a informação divulgada pelo Padilha.
Informação muito interessante.

Não consigo achar nenhuma fonte confiável sobre os valores envolvidos, mas em termos puramente técnicos é evidente que o Aster-15 custa para produzir algo muito próximo do Aster-30. É claro que os preços de venda e os custos não tem necessariamente que manter a mesma relação, mas a menos que haja uma manipulação bastante grande é normal que a aquisição do Aster-15 simplesmente não valha à pena, e neste caso nada mais natural do que todas as novas escoltas utilizarem apenas o modelo maior em seus lançadores.

Mas, aí surge outra questão. O Aster-30 é um míssil dispendioso já na categoria do longo alcance ou seja, apto a enfrentar aeronaves e talvez mísseis balísticos rápidos. Neste caso, não ficaria fazendo falta um míssil menor, mais barato e mais versátil para enfrentar armamento inteligente complementando os canhões, como acontece em praticamente todas as marinhas do planeta com excessão de algumas européias?


Leandro G. Card
Mas aí o ASTER-15 não seria um míssil caro para esta função? Creio que a MB recorra a um segundo tipo de míssil para a função de defesa de ponto, como o Sea RAM, o Unkhonto, ou até mesmo uma versão nacional, baseada no A-Darte!




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Re: Fragatas FREMM franco-italianas

#675 Mensagem por Andre Correa » Qua Fev 22, 2012 11:14 am

Túlio, 100000x

Li a página, antes de chegar ao seu post, já a pensar em responder praticamente o mesmo.

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