Comando de Operações Aeroespaciais - COMAE

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Re: V FAE

#61 Mensagem por FCarvalho » Sex Mar 16, 2018 9:55 pm

Carlos Lima escreveu:28 KC-390 e uns 4 ou 5 767 dao e sobram!
Ainda mais apoiados por 11 C-295.
[]s
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Olá Carlos.

Como comentei antes com o Knigh7, os C-105 são essencialmente aeronaves táticas médias vocacionadas para o apoio ao EB na região norte, e centro-oeste. Com o tempo, serão suplantadas pela asa fixa da Avex e Aviação Naval, que cedo ou tarde chagarão a um patamar de operacionalidade tal - humano e material - onde a dependência que se tem delas hoje não será mais a mesma. Mas esta é uma realidade de longo prazo. Como disse também, as demandas, não são apenas militares, mas sobretudo civis, e estas e aquelas, crescem exponencialmente a cada ano alhures à vontade, e capacidades, da FAB.

Mesmo hoje as 11 aeronaves existentes já não dão conta do está sendo exigido delas. E a adição dos 3 SC-105 não irá modificar este quadro. Há tempos elas estão voando muito mais do que o planejado e sendo exigidas bem mais do que se esperava. E se esse ritmo se mantiver em pouco tempo a vida útil delas com certeza será atingida, junto a uma maior necessidade de manutenção e paradas para 'checks' cada vez mais frequentes e consequentemente custo associados.

Quanto aos KC-390, e a eventuais aeronaves para o KC-X, penso que ainda vamos ter de aguardar até todos estarem entregues e operando para saber com segurança se a quantidade contratada será adequada ou não às necessidades da FAB em 2030.

De minha parte, como apontei no post anterior, existe um lapso entre os C-105/KC-390 no nível tático e os futuros KC-X na área pesada. Este espaço a descoberto pode, e na minha opinião deve, ser ocupado por um cargo militar pesado, que não seria nenhum corpo estranho no ninho na FAB, pelo contrário, seria um elemento aglutinador de capacidades e competências que só acresceriam a aviação de transporte da FAB.

A FAB a meu ver está indo na direção certa ao perceber finalmente que a melhor coisa que ela pode fazer para tornar-se uma força verdadeiramente operacional é concentrando meios, eliminando custos e atividades secundárias e focando na sua principal atividade fim que é defender, controlar e integrar o país. E para isso, contar com recursos - mesmo que em pequeno número mais com alta capacidade/qualidade - cada vez mais capazes é apenas parte da equação que trará o melhor equilíbrio para as suas operações.

Um cargo militar pesado pode substituir vários aviões menores em uma única missão ou em várias. E hoje, como no futuro daqui a 12 anos, contar com esta possibilidade deve ser algo que qualquer força aérea séria que não pensa apenas em ACISO/MMI deve poder contar.

Os custos e a economia no longo prazo, de tal suporte com certeza não seriam desprezíveis.

abs.




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Re: V FAE

#62 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mar 17, 2018 11:11 pm

A operação de cargos militares pesados na FAB: uma capacidade para a guerra e para a paz.

Vários países desenvolvidos que tem compromissos/interesses político-militares ao redor do mundo ou em alianças estratégicas tem procurado se equipar na medida do possível, e das necessidades, com aeronaves cargueiras militares que complementem suas frotas de aviões táticos. Isso se deve por dois motivos básicos: capacidade de projeção de poder a longas distâncias, e capacidade de mobilidade de tropas e equipamentos pesados.

Quanto a projeção de poder, USA, Europa, China e Russia são atualmente os principais atores. Seus interesses político-estratégicos ao redor do mundo referenciam o estabelecimento e planejamento de suas aviações de transporte. Em todo caso, tanto do ponto de vista militar, quanto em relação ao apoio humanitário, aeronaves cargo pesadas são ideias para este tipo de ação, tendo em vista sua capacidade de pessoal, carga e autonomia.

Sobre este aspecto, sua utilização é dual, pois suas capacidades podem ser utilizadas tanto em tempos de paz, como na eventualidade de ações bélicas, nas quais suas qualidades sobressaem-se em termos de transporte. Um único cargo pesado pode levar por exemplo um hospital de campanha completo, equipamentos de engenharia, material bélico, de logística, munições, veículos mtz, blindados e outros. A intervenção francesa no Mali é um bom exemplo do quanto a ausência de cargos militares pesados se revelou um drama, posto que de uma hora para outra eles se viram na dependência de C-17 aliados para conseguir chegar, e apoiar, suas tropas no TO. E este exemplo não é o único. Uma resposta para esta questão está sendo dada na forma de 14 A330 MRTT / C-130J-30 e do A400M. Se será suficiente, o tempo irá dizer. Inglaterra e Canadá são operadores do C-17 junto aos USA na Otan.

A capacidade de mover tropas e equipamentos pesados é uma necessidade da maioria das forças aéreas de primeiro mundo. Tanto por questões militares como de cunho humanitário. Dispor de aeronaves que possam levar em grande quantidade pessoal e material onde e quando necessário sem comprometer as demais funções - e missões - da força é uma questão impositiva. Neste sentido, poder levar em uma unica viagem, com ou sem apoio de REVO, os recursos necessários a um TO onde são esperados ou deles se precisa, impô-se hoje como algo plenamente justificável tanto em relação a custos de operação como logísticos. Manter um frota de cargo pesados militares, mesmo que em número não expressivo, significa não raro disponibilizar outras tantas aeronaves táticas, ou pesadas como um MRTT ou KC46, para outras missões igualmente tão ou mais importantes como as por eles executadas. Normalmente um C-130 e o futuro KC-390 estão limitados a cargas em torno de 18 a 26 tons. Seu volume também é um fator limitante quanto ao tipo de material que podem transportar e, obviamente, a distância que podem chegar.

Como comparação, o Xian Y-20 possui uma cabine capaz de levar 66 tons de carga(estimado) e alcance de 4.500 kms nesta configuração, enquanto o nipônico Kawasaki C-2 possui carga máxima de 36 tons e alcance também de 4.500 kms nessa configuração. Os números são relativos e podem ser mudados de acordo com 'ene' variantes, desde o tipo de cliente as configurações que se espera a aeronave seja operada, ate´os local de sua operação.

https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTLARTUoTFn5uvZLCAedSwsbOybyRwANiXYvJwKyGnrsMCZVeTJ https://www.popsci.com/sites/popsci.com/files/styles/1000_1x_/public/y-20_785.jpg?itok=lLj8hV6v

Pode se ver que a depender destas aeronaves, a FAB com certeza estaria munida de mais um recurso precioso para a sua missão de integrar e defender o país.

abs




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Re: V FAE

#63 Mensagem por FCarvalho » Dom Mar 18, 2018 5:33 pm

Falando em números.

Como expus nos textos acima um cargo militar pesado é capaz de transportar as mesmas cargas e outros que uma aeronave tática, com diferença que ele leva mais e vai mais longe.
Neste aspecto, tomando novamente a Bgda Pqdt do exército, apontei que seriam necessários cerca de 18 KC-390 para o transporte de um único batalhão - preparado para salto operacional - e seus elementos de apoio.
Em todo caso, detalhando um pouco, o que se tem em termos de uma FT é o seguinte:

Cmdo FT - 14
1 Pelo Cmdo - 56
1 Btl Inf Pqdt - 896 homens
1 Bia Art M-56 ou Mrt 120 - 56
1 Esc Cav Mec Rec - 56
1 Pel Com - 56
1 Pel Eng -56
1 Pel Logístico - 56
1 Pel PE - 56
1 Sec Médica - 14
1 Sec AAe - 14

Considerando que o KC-390 pode levar 64 paraquedistas ou 80 soldados, observamos a necessidade de no mínimo 14 aviões para lançamento, ou 11 para transporte para levar todo o btl pqdt. Somados aos efetivos de apoio e comando, são mais 434 efetivos, que se lançados também, demandam 6,7 KC-390 ou 5,4 KC-390. Somado todo o efetivo, temos uma FT na por volta de 1.330 homens. Para o seu transporte completo e lançamento no TO seriam necessários 21 KC-390, ou 17 apenas para transporte. Não consideramos aqui ainda a questão do transporte do material destas tropas, mas somente pessoal e equipamento individual. Assim, a conta só cresce, pois existe a necessidade de transporte de munição, suprimentos, veículos e armas coletivas e apetrechos especializados que cada uma daquelas tropas deve dispor no TO. Bem, é possível perceber que mesmo com 28 KC-390 a disposição, na prática, seria necessário demandar quase que a frota inteira apenas para lançar operacionalmente uma única FT paraquedista em qualquer parte do território nacional, entre tropas, armas e suprimento.

Em todo caso, tomando novamente como exemplo o Xian Y-20, esta aeronave é capaz de levar, em tese, os dados não são precisos, bem mais de 200 homens conforme a mídia chinesa tem relatado. Não se sabe ao certo se tal número diz respeito apenas ao transporte ou a capacidade de lançamento de pqdt's em salto operacional. Mas vamos supor aqui, pelas suas características, que ele consiga levar uma Cia Inf Pqdt completa para salto. Isso significa 224 soldados embarcados. Seria em todo caso necessário apenas 4 aeronaves para levar o batalhão até a ZL. Se levarmos em conta a FT completa, 10 aeronaves seriam necessárias. Bem menos que as mais de vinte do KC-390.

Com base no comparativo acima, podemos antever um misto de Y-20 e KC-390 no 1o GTT operando lado a lado. E ao invés das 18 ou mais aeronaves que seriam necessárias, podemos prever uma reorganização, por exemplo, da seguinte forma:

Xian Y-20: 4 a 6 undes
KC-390: 8 undes

Essa organização poderia dar a FAB a capacidade de aquinhoar outros esquadrões de carga como o 1o/9o Gav e o 1o/15o Gav com as aeronaves da Embraer, sem alterar o numero original do pedido.

Aqui estou considerando que o 1o/20 GT seria equipado apenas com cargo militar pesado, na mesma proporção do GTT, ou seja, de 4 a 6 undes também. Ou talvez ate´um pouco mais, tendo em vista suas demandas, e o aporte de uma disponibilidade de no mínimo 75% de rampa.

Nesta distribuição teríamos então a possibilidade de contar com aqueles cargos da Embraer em todos os esquadrões de transporte da FAB, algo que tenho certeza a instituição tem como objetivo de longo prazo.

Mais para a frente, no pós-2030, pode ser ver se haverá a necessidade de mais KC-390, seja para preencher a lacuna dos SC-105 no 2o/10o Gav em versão C-SAR/SAR, o que seria até normal, além da própria aviação naval da MB, que no longo prazo irá demandar também os seus, mesmo que em quantidades não tão expressivas como a FAB.

abs.




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Re: V FAE

#64 Mensagem por Carlos Lima » Seg Mar 19, 2018 3:09 pm

Não sei, não faz sentido termos algo mais pesado considerando a 'influência' e os desejos do Estado brasileiros. Somos um País que vivemos para nós mesmos para ser honesto. Tudo bem que vamos lá ajudar a ONU aqui e ali, mas não temos esse interesse todo no que acontece do outro lado do planeta e para isso chineses investem nas aeronaves que estão investindo. Nós não somos assim e honestamente não existe a menor expectativa de sermos.

Por isso que 28 KC390 (a FAB nunca teve algo parecido), acompanhados de uns 3 ou 4 KC-767 (esses sim necessários) e mais uns 11 C-105 dão e sobram.

[]s
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Re: V FAE

#65 Mensagem por FCarvalho » Ter Mar 20, 2018 1:03 am

Carlos Lima escreveu:Não sei, não faz sentido termos algo mais pesado considerando a 'influência' e os desejos do Estado brasileiros. Somos um País que vivemos para nós mesmos para ser honesto. Tudo bem que vamos lá ajudar a ONU aqui e ali, mas não temos esse interesse todo no que acontece do outro lado do planeta e para isso chineses investem nas aeronaves que estão investindo. Nós não somos assim e honestamente não existe a menor expectativa de sermos.
Por isso que 28 KC390 (a FAB nunca teve algo parecido), acompanhados de uns 3 ou 4 KC-767 (esses sim necessários) e mais uns 11 C-105 dão e sobram.
[]s
CB
Olá Carlos,

Quanto aos desejos e influência do Estado brasileiro, essas sempre foram, e continuarão sendo sempre uma constante na vida operacional da FAB, e demais forças, posto que praticamente históricas e legais. Não se consegue simplesmente separar a história da FAB sem relacioná-la as suas missões de cunho não militar. Feliz ou infelizmente a FAB nasceu sob os auspícios de um Estado assistencialista e de uma sociedade viciada e dependente dele. Até em função do reconhecimento que as ffaa's tem da importância do trabalho social que realizam, hoje basicamente indispensável para a maioria dos brasileiros que vive fora das regiões sul e sudeste, a instituição se auto impôs recentemente a integração nacional como uma de suas missões primárias, junto com o controle e defesa. É nesta perspectiva que tudo o mais na FAB será pensado e planejado.

Quanto a nossa intimidade conosco mesmo, ela é fruto do nosso próprio gigantismo e, claro, da enorme falta de educação e consciência do nosso povo, e porque não dizer, da mediocridade das nossas classes dominantes, sejam elas políticas, sociais/econômicas ou intelectuais. Vivemos em um país de costas para o mar, de olhos fechados para o interior e com a cabeça nas nuvens sem pé no chão... :mrgreen:

Mas isso não diminui e nem desculpa o fato de que o Brasil tem cada vez mais se inserido no cenário internacional, mesmo que aos trancos e barrancos. Deter uma capacidade de transporte adequada as diversas situações que se nos apresentam todos os anos é algo tão previdente quanto providente. E um cargo militar pesado é um plus a mais em relação a isso. Lembra daquele resgate dos brasileiros no Líbano em 2006, a confusão que foi por não termos aviões adequados para cumprir a missão, e o enorme problema que foi retirá-los de lá dependendo do favor e boa vontade de uns e de outros na região?

Bem, se tivéssemos ao menos os 4 KC-767 na época já seria ótimo. Mesmo que eles operassem apenas de aeroportos. Em todo caso, e houve vários naquele momento, um cargo como o Y-20 com 10 mil kms de alcance, segundo dizem algumas fontes, transportando apenas passageiros poderia ajudar a cobrir essa lacuna dos KC's indo estes não poderiam.

Enfim, governos vão e vem, e suas ideologias e visões de mundo e de pais com eles. Mas a força aérea permanece. E é justamente por ser permanente, que ela deve vislumbrar seu presente, passado e principalmente seu futuro, para muito além das conveniências da temporalidade do poder político. Hoje podemos achar que não precisamos, mas amanhã é sempre outro dia. E todo dia é sempre diferente do que passou. E temos de estar o melhor preparados possível, seja para cumprir uma simples missão de levar universitários para o interior, seja para resgatar brasileiros em algum lugar perdido por aí no mundo. E isso nós podemos fazer com um Cessna, um KC-390 ou com um Y-20/B767.

Afinal, como o pessoal costuma dizer por aí, 'missão dada, é missão cumprida'... de qualquer jeito. :wink:

abs.




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Re: V FAE

#66 Mensagem por Carlos Lima » Ter Mar 20, 2018 3:45 am

A probabilidade e possibilidade de compra de KC767 embora remota na atual conjuntura é mais provável e útil do que Y-20.

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Re: V FAE

#67 Mensagem por Túlio » Ter Mar 20, 2018 10:20 am

Carlos Lima escreveu:A probabilidade e possibilidade de compra de KC767 embora remota na atual conjuntura é mais provável e útil do que Y-20.

[]s
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Estás perdendo tempo, cupincha... :roll: :roll: :roll: :roll:




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Re: V FAE

#68 Mensagem por FCarvalho » Ter Mar 20, 2018 1:48 pm

Carlos Lima escreveu:A probabilidade e possibilidade de compra de KC767 embora remota na atual conjuntura é mais provável e útil do que Y-20.
[]s
CB
Eu não estou questionando a compra de um KC767 Carlos, o foco nunca foi este. A questão debatida aqui é a complementaridade da frota da FAB com um cargo pesado militar em relação as atuais e futuras aeronaves.

O KC-X virá qualquer hora dessa, isso é líquido e certo. Nunca duvidei ou pus isso em questão. Eu mesmo gostaria de ver o A330 MRTT por aqui no lugar de 767 recapado, mas infelizmente como estamos no Brasil... :roll:

O Xian Y-20 entrou apenas de exemplo para ilustrar como uma aeronave deste porte poderia ajudar a complementar a frota, não estou defendendo a sua aquisição. E como mostrei acima, não seria/não é necessário uma frota imensa deste tipo de aeronave, o que torna a sua aquisição e operação na FAB algo factível de planejamento futuro. Não existem óbices orçamentários para isso se a presença de um avião como este se mostrar adequada as necessidades de agora e futuras. Mas isso é a FAB quem vai ter que dizer. Eu estou apenas debatendo as possibilidades que existem para nós.

No mais, lembres de uma coisa. Em 2030, os 12 C-105 estarão com mais de 20 anos de uso. E os 3 SC-105 terão entre 12 e 10 anos. Não serão exatamente aeronaves novas. Se todos chegarem lá obviamente.

Da mesma forma, os primeiros KC-390 por essa época estarão começando a fazer os seus check D, isso claro, dependendo da intensidade do seu uso. Pode ser antes, pode ser depois. Enfim, projetar uma frota de 30 KC-390, 15 SC/C-105 em 2030 como se todos eles estivessem ou estarão a disposição da FAB na íntegra é um otimismo exagerado. Essa é uma realidade não condizente com o nosso histórico militar aeronáutico.

Enfim, um cargo militar pesado como ao menos para mim faz sentido na FAB. Não concorre e não empata com os demais vetores. Não é necessária uma grande quantidade e sua presença só traria benefícios para a força aérea e para o país. Mas isso sou apenas eu pensando alto de novo.

abs.




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Re: V FAE

#69 Mensagem por FCarvalho » Ter Mar 20, 2018 1:50 pm

Túlio escreveu:
Carlos Lima escreveu:A probabilidade e possibilidade de compra de KC767 embora remota na atual conjuntura é mais provável e útil do que Y-20.
[]s
CB
Estás perdendo tempo, cupincha... :roll: :roll: :roll: :roll:
Ainda somos um fórum de debates, não? :|

Ou já mudaram o CNPJ do FDB e não me avisaram? [001]

abs.




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Re: V FAE

#70 Mensagem por Túlio » Ter Mar 20, 2018 2:11 pm

PUTZ!!! :? :? :? :?




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Re: V FAE

#71 Mensagem por FCarvalho » Ter Mar 20, 2018 2:18 pm

Tá, qual é o problema pergunto eu? :roll:

abs.




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Re: V FAE

#72 Mensagem por Túlio » Ter Mar 20, 2018 2:40 pm

FCarvalho escreveu:Tá, qual é o problema pergunto eu? :roll:

abs.
PROBLEMA???? :shock: :shock: :shock: :shock:

Te digo como Moderador: contigo nem sombra disso. És exemplar no cumprimento das normas Regulamentares, e NÃO estou sendo irônico nem usando duplo sentido, pois não mereces este tipo de tratamento. O resto te falo por MP, tão logo meu PC volte do MLU, porque digitar com o mouse ninguém merece... :lol: :lol: :lol: :lol:




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Re: V FAE

#73 Mensagem por FCarvalho » Ter Mar 20, 2018 8:37 pm

Adsumus.

abs.




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Re: V FAE

#74 Mensagem por Bolovo » Ter Mar 20, 2018 9:43 pm

Pior que eu concordo com o Carvalho.
Entendo que os KC-390 e os 767 dão conta do recado atualmente.
Mas não ter um planejamento para um avião estratégico nos próximos anos me parece uma insanidade.
Somos o único país continental sem esse tipo de vetor.
E não pensem que não precisamos disso, precisamos sim.




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Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: V FAE

#75 Mensagem por FCarvalho » Qua Mar 21, 2018 12:41 am

Viram. Até o Bolovo concordou comigo.

E nem foi tão ruim assim concordar comigo. :mrgreen:

abs.




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