Fórum Defesa Brasil

marcelo l. escreveu:

lelobh escreveu: Acho que essa informação não está correta.

O SmartFilter para inglês caiu? Pelo que me lembro, eles bloqueavam o conteúdo vindo de Inglês, no caso da página do glorioso Aitolá não. Para acessar se utilizava de subterfúgios, claro quem não é do governo, como o caso.

Existe, também, uma discussão sobre a autoria da página do aitolá aqui na Mehsnews
http://www.mehrnews.com/fa/newsdetail.a ... ID=1770405
deve ter em inglês mas eu não encontrei.

Bom, não faço ideia, não sabia sobre limitação de conteúdo. Tenho uma colega iraniana e sei que ela e seus parentes/amigos usam o facebook, é tudo que sei!

Existe censura do facebook sim no iran, mas ela é muito furada, tem partes do pais que conseguem acessar e um open proxy tb acessa naturalmente.

Diferente da china o iran não tem uma censura da internet 100% eficiente! (bem, nem a china tem).

Mais críticas ao sistema de escolher candidatos do Irã, e é do Ahmadinejad.

https://now.mmedia.me/lb/en/internation ... mic_values_

Iranian President Mahmoud Ahmadinejad has again spoken out against the use of pressure to impose Islamic values on people, especially university candidates, media reported on Monday.

"You cannot impose things by issuing decrees and directives – a choice imposed by force has no value whatsoever," Ahmadinejad said in a speech on Sunday.

"In some universities, female students are forced to wear the chador [covering the whole body, leaving only the face exposed], but the way they are forced to wear it... it is better not worn since it becomes worthless," he said.

He also criticized criteria on the selection of university candidates, citing the case of a student denied university admittance in the 1980s because he had shaved. Being unshaven in Iran is a sign that you are a good Muslim.

Ahmadinejad also mentioned another case of a girl refused a university place because she had "talked to a boy in the street and had her headscarf back an inch," thereby showing her hair.

He said that after he intervened in both cases they were granted places.

Ahmadinejad also denounced some of the questions posed to candidates during interviews for government jobs.

"We have asked people if they drank alcohol or have illicit sexual relations. This is an insult and goes against religion," he said.

Ahmadinejad, whose second and final presidential term ends in 2013, has repeatedly drawn the ire of ultra-conservative religious figures in the Islamic republic by advocating a more liberal view of Islam, criticizing in particular the use of force to compel women to cover their hair.

Não posso dizer que não estou surpreso com esse comportamento +liberal dele!

O que mostraria que o ultra conservadorismo estaria vindo de cima!

Sterrius escreveu:Não posso dizer que não estou surpreso com esse comportamento +liberal dele!

O que mostraria que o ultra conservadorismo estaria vindo de cima!

Eu desconfio que muito do chamado "radicalismo" e "fanatismo" do Irã tem origem nas máquinas de propaganda israelense e dos estados do Golfo sunitas, dirigidas, em especial, ao público dos Estados Unidos. Ambos tem muito a ganhar pintando o Irã como uma nação de diabos fanáticos com quem não pode se dialogar, somente, bombardear.

O que não quer dizer que existam coisas condenáveis nesta figura do Ahmadinejad, como por exemplo, sua ridícula associação com o revisionismo do Holocausto nazista.

A briga para implementar a segunda fase do plano econômico de cortes de subsídios continua, Seyyed Sharif Hosseini (member do Majlis) avisou que se houver qualquer movimento por parte do Governo, o parlamento iraniano vai impedi-lo.

A boa notícia é que depois de demitir e ter que ouvir as criticas da Marzieh Vahid Dastjerdi, o Governo finalmente ordenou a liberação das importações essenciais de medicamentos e suprimentos médicos. Segundo, a própria Dastjerdi afirmou que o medicamento estava parado na Alfândega desde novembro está sendo liberado.

Ahmadinejad além de negar ontem qualquer nova substituição no governo, na agencia oficial (http://www.farsnews.com/newstext.php?nn=13911012000639) seguindo os discursos dos últimos dias informou que o povo iraniano obtém apenas uma pequena parcela da renda do petróleo do país e que apenas beneficia de um punhado, controlam a maioria da economia da República Islâmica, ligou a esse monopólio a corrupção.

A disputa entre Parlamente e Presidência deve continuar até as eleições do Irã em 14 de junho de 2013.

muito do futuro internacional do ira sera decidido nessas eleições!

Nao aposto em nenhuma mudança até la!

Eu desconfio que muito do chamado "radicalismo" e "fanatismo" do Irã tem origem nas máquinas de propaganda israelense e dos estados do Golfo sunitas, dirigidas, em especial, ao público dos Estados Unidos. Ambos tem muito a ganhar pintando o Irã como uma nação de diabos fanáticos com quem não pode se dialogar, somente, bombardear.

Não deve haver qualquer dúvida sobre a realidade do fanatismo religioso xiita na republica islâmica. Isso é facil de ver, de entender, de presenciar.

As televisões europeias, de países que não são anglo-saxonicos já testemunharam as situações e mesmo a televisão portuguesa e pessoas convidadas a ir de Portugal para conferências na capital iraniana testemunharam a facilidade com que os iranianos distorcem a informação, censuram a imprensa e impõem regras religiosas.

As mulheres, que eram espancadas na rua, para retirar os lenços islâmicos no tempo do Xá Rheza-Palhevi que queria ocidentalizar o país à força, foram igualmente espancadas nas ruas quando o Imã Khomeini chegou ao poder depois de 1979.
As mulheres não podem andar na rua sem cumprir a indumentária exigida pelos lideres religiosos, mesmo as estrangeiras.

Isto não impede que continue no país a mais silenciosa das revoluções, que é a revolução demográfica. Dentro de alguns anos, os persas serão minoria no atual Irão.
Seria importante perceber onde estão os apoiantes dos fanáticos religiosos.
Os persas são a população urbana e mais ocidentalizada, depois há uma quantidade de minorias étnicas, de entre as quais se destacam os Azeris. Estima-se que existam no Irão, 25 a 30 milhões de Azeris étnicos, enquanto que o Azerbeijão tem apenas 8 milhões.

A situação é tao complicada, que o governo iraniano nem sequer publica dados oficiais sobre a verdadeira dimensão da população Azeri. Há quem afirme que mesmo hoje, eles já superaram os persas.

Este é o mais esquecido, e provavelmente o maior dos problemas da república islâmica.

Essa técnica da revolução demográfica estaria sendo utilizada em outros países? Na frança, por exemplo? Seria o Poder da maioria, no voto? Mesmo que seja para voltar com tradições já abandonadas?

Essa técnica da revolução demográfica estaria sendo utilizada em outros países? Na frança, por exemplo? Seria o Poder da maioria, no voto? Mesmo que seja para voltar com tradições já abandonadas?

Hoje o site opositor tolerado Rahesabz narra a dificuldade da indústria automobilistica do país com forte queda de vendas.
http://www.rahesabz.net/story/64328/?ut ... rah_e_sabz

- 3 milhões devem entrar na linha de pobreza.
- O sistema bancário continua deteriorando.

augustoviana75 escreveu:Essa técnica da revolução demográfica estaria sendo utilizada em outros países? Na frança, por exemplo? Seria o Poder da maioria, no voto? Mesmo que seja para voltar com tradições já abandonadas?

Técnica ?

Isto não tem nada de técnica nem de engenharia. O problema é cultural e está relacionado com o facto de os Azeris terem familias muito mais numerosas que os persas. Como os persas sempre foram a elite, as elites são sempre mais modernas e mais ocidentalizadas. Ao contrário, são os povos periféricos que são mais conservadores, mantendo familias muito numerosas e provocando a bomba demográfica, que vai transformar o Irão, de terra dos Persas em terra dos Azeris.

pt escreveu:

augustoviana75 escreveu:Essa técnica da revolução demográfica estaria sendo utilizada em outros países? Na frança, por exemplo? Seria o Poder da maioria, no voto? Mesmo que seja para voltar com tradições já abandonadas?

Técnica ?

Isto não tem nada de técnica nem de engenharia. O problema é cultural e está relacionado com o facto de os Azeris terem familias muito mais numerosas que os persas. Como os persas sempre foram a elite, as elites são sempre mais modernas e mais ocidentalizadas. Ao contrário, são os povos periféricos que são mais conservadores, mantendo familias muito numerosas e provocando a bomba demográfica, que vai transformar o Irão, de terra dos Persas em terra dos Azeris.

Pt,

Quando eu citei de "técnica", é porque, por mais que seja cultural, há sempre alguns líderes locais, muitas vezes religiosos, que sugerem que a cultura se perpetue, ou seja, continue com as famílias numerosas, independente das condições sociais das famílias. Para citar um exemplo, lembro de um padre que sempre instigava as famílias a serem numerosas, aqui mesmo em Brasília, no Brasil. Lembro também de estudos que indicavam que se as taxas de crescimento populacionais continuarem assim, com os europeus crescendo em taxas estáveis e asiáticos e africanos crescendo em taxas mais agressivas, em décadas, haverá uma distorção na distribuição demográfica e percentuais de cada população em relação ao total de humanos. Gerando assim fluxos migratórios, pressões por demanda de matérias-primas, entre outros.

Aí que vem a minha dúvida. Seria algo orquestrado pelos líderes religiosos essa constância da bomba demográfica, para que haja maioria (se já não houver) e assim, através do voto ou da força da maioria, instaurar sistemas e governos baseados nos seus interesses, tal qual podemos ver o que aconteceu no Egito, onde a maioria votou, seguindo os preceitos democráticos e ainda assim foi aceita uma constituição com características mais arcaicas, usando a Sharia como base?

A sensação que dá é que eles aprenderam a jogar o jogo. rs.

Abraços.

pt escreveu:As televisões europeias, de países que não são anglo-saxonicos já testemunharam as situações e mesmo a televisão portuguesa e pessoas convidadas a ir de Portugal para conferências na capital iraniana testemunharam a facilidade com que os iranianos distorcem a informação, censuram a imprensa e impõem regras religiosas.

As mulheres, que eram espancadas na rua, para retirar os lenços islâmicos no tempo do Xá Rheza-Palhevi que queria ocidentalizar o país à força, foram igualmente espancadas nas ruas quando o Imã Khomeini chegou ao poder depois de 1979.
As mulheres não podem andar na rua sem cumprir a indumentária exigida pelos lideres religiosos, mesmo as estrangeiras.

Coisas tão graves que não incomodam nenhum governo ocidental quando acontecem nas monarquias petrolíferas sunitas do golfo, onde as restrições religiosas são muito mais severas que no Irã.

Mas são sempre citados como motivo para demonizar a sociedade e o governo iranianos. Muito justo.


Leandro G. Card

LeandroGCard escreveu:

pt escreveu:As televisões europeias, de países que não são anglo-saxonicos já testemunharam as situações e mesmo a televisão portuguesa e pessoas convidadas a ir de Portugal para conferências na capital iraniana testemunharam a facilidade com que os iranianos distorcem a informação, censuram a imprensa e impõem regras religiosas.

As mulheres, que eram espancadas na rua, para retirar os lenços islâmicos no tempo do Xá Rheza-Palhevi que queria ocidentalizar o país à força, foram igualmente espancadas nas ruas quando o Imã Khomeini chegou ao poder depois de 1979.
As mulheres não podem andar na rua sem cumprir a indumentária exigida pelos lideres religiosos, mesmo as estrangeiras.

Coisas tão graves que não incomodam nenhum governo ocidental quando acontecem nas monarquias petrolíferas sunitas do golfo, onde as restrições religiosas são muito mais severas que no Irã.

Mas são sempre citados como motivo para demonizar a sociedade e o governo iranianos. Muito justo.


Leandro G. Card

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