Marinha da Argentina

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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JL
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Re: Marinha da Argentina

#481 Mensagem por JL » Sex Nov 24, 2017 12:28 pm





Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
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Ilya Ehrenburg
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Re: Marinha da Argentina

#482 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Sex Nov 24, 2017 2:22 pm

Existem coisas que me irritam, uma delas é um espaço dito especializado, como é o caso do Poder Naval, publicar um clipping sem fazer uma nota explicativa aos leitores. O La Nacíon, ou qualquer outro diário argentino pode surfar na onda da indignação nacional, que substitui a comoção com o naufrágio e fazer carga ideológica contra a Cristina K. O que não se pode fazer e endossar a cretinice alheia. As baterias foram recondicionadas pela Varta. Eu vou repetir o nome em negrito: Varta. Possuíam atestado de confiabilidade e garantia do fabricante. Ponto!
Não sabem nada de acumuladores e que sabe alguma endossa apenas devido ao alinhamento ideológico. Rdículo! Eu quero saber até quando irão atacar sem proporcionar change alguma de defesa, posto que o ataque é indireto, a honra dos engenheiros e técnicos do estaleiro Tandanor. Pois estes ataques ideológicos contra a antiga dignitária argentina impõem por decorrência, que os engenheiros e técnicos do Estaleiro Tandanor teriam aceitado colocar em risco a vida dos submarinistas da Armada ao realizarem o seu trabalho com procedimentos abaixo do padrão homologado e uso de insumos fora das especificações aceitáveis.
Esta covardia é tamanha que não sei nem como classificá-la.




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Re: Marinha da Argentina

#483 Mensagem por joao fernando » Sex Nov 24, 2017 2:26 pm

Sério que os caras querem colocar no mesmo lugar bomba de hidrogenio com explosão do gás hidrogenio???????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????




Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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gogogas
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Re: Marinha da Argentina

#484 Mensagem por gogogas » Sex Nov 24, 2017 2:43 pm

Quando anunciaram a explosão , falavam de 125 km ² , agora saiu uma nota da Armada Argentina que este número se reduz a 27 km ² !
Tudo indica que estão próximo do ARA San Juan.




Gogogas !
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Túlio
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Re: Marinha da Argentina

#485 Mensagem por Túlio » Sex Nov 24, 2017 3:52 pm

Ilya Ehrenburg escreveu:
Existem coisas que me irritam, uma delas é um espaço dito especializado, como é o caso do Poder Naval, publicar um clipping sem fazer uma nota explicativa aos leitores. O La Nacíon, ou qualquer outro diário argentino pode surfar na onda da indignação nacional, que substitui a comoção com o naufrágio e fazer carga ideológica contra a Cristina K. O que não se pode fazer e endossar a cretinice alheia. As baterias foram recondicionadas pela Varta. Eu vou repetir o nome em negrito: Varta. Possuíam atestado de confiabilidade e garantia do fabricante. Ponto!
Não sabem nada de acumuladores e que sabe alguma endossa apenas devido ao alinhamento ideológico. Rdículo! Eu quero saber até quando irão atacar sem proporcionar change alguma de defesa, posto que o ataque é indireto, a honra dos engenheiros e técnicos do estaleiro Tandanor. Pois estes ataques ideológicos contra a antiga dignitária argentina impõem por decorrência, que os engenheiros e técnicos do Estaleiro Tandanor teriam aceitado colocar em risco a vida dos submarinistas da Armada ao realizarem o seu trabalho com procedimentos abaixo do padrão homologado e uso de insumos fora das especificações aceitáveis.
Esta covardia é tamanha que não sei nem como classificá-la.
E existem coisas que me espantam, uma delas é este teu post: não entendi essa nóia toda, mal mencionaram La Loca e sem fazer qualquer juízo político. Apenas atestaram o que já se sabe e por vários outros meios, ou seja, que as baterias do ARA San Juan, em MLU feito na Argentina, foram recondicionadas e não trocadas, conforme recomendação do mesmo fabricante que citaste. Para comparação, o ARA Santa Cruz, MLU no Brasil, teve substituídas todas as 964 baterias por novas que, repito, é o que recomenda o próprio fabricante.

Aliás, a representante da Varta na Argentina, a Ferrostal, está no meio de um processo BEM feio envolvendo corrupção de funcionários públicos e oficiais da ARA.

Menos, tri?




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Re: Marinha da Argentina

#486 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Sex Nov 24, 2017 8:03 pm

Ilya Ehrenburg escreveu:
Existem coisas que me irritam, uma delas é um espaço dito especializado, como é o caso do Poder Naval, publicar um clipping sem fazer uma nota explicativa aos leitores. O La Nacíon, ou qualquer outro diário argentino pode surfar na onda da indignação nacional, que substitui a comoção com o naufrágio e fazer carga ideológica contra a Cristina K. O que não se pode fazer e endossar a cretinice alheia. As baterias foram recondicionadas pela Varta. Eu vou repetir o nome em negrito: Varta. Possuíam atestado de confiabilidade e garantia do fabricante. Ponto!
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Esta covardia é tamanha que não sei nem como classificá-la.
Túlio escreveu: Existem coisas que me espantam, uma delas é este teu post: não entendi essa nóia toda, mal mencionaram La Loca e sem fazer qualquer juízo político. Apenas atestaram o que já se sabe e por vários outros meios, ou seja, que as baterias do ARA San Juan, em MLU feito na Argentina, foram recondicionadas e não trocadas, conforme recomendação do mesmo fabricante que citaste. Para comparação, o ARA Santa Cruz, MLU no Brasil, teve substituídas todas as 964 baterias por novas que, repito, é o que recomenda o próprio fabricante.

Aliás, a representante da Varta na Argentina, a Ferrostal, está no meio de um processo BEM feio envolvendo corrupção de funcionários públicos e oficiais da ARA.

Menos, tri?
Antes de tudo: nada tenho contra o Poder Naval. Visito o site e vez por outra comento lá. Disse apenas que me irritei por não terem colocado uma nota explicativa, mas isto não é tão importante.

É... Estou sabendo do caso da Ferrostaal, que atinge também a Armada Colombiana.

Bom...
Um acumulador onde se trocam as placas, ácido, diodos e conectores é para todos os efeitos uma bateria nova. O serviço foi realizado na Argentina, pela primeira vez fora da Alemanha, mas, supervisionados por engenheiros da EnerSys-Hawker GmBH, empresa que adquiriu a Varta.
Quanto ao meu post eu me deixei contaminar pelo clima portenho. Eu estou vendo diariamente os programas televisivos argentinos e definitivamente isto não faz bem para a saúde de alguém. Existe um apresentador, Feinmann, que declaradamente faz carga contra "La Loca" focando na revitalização do submarino, sem se dar conta que está por expor todos os engenheiros e técnicos do Tandanor. No tocante ao Poder Naval, nada contra postarem um clipping do La Nacion, mas ficou para os comentaristas o trabalho de complementar a postagem, quando na opinião deveria ser assumido pelo site uma posição explicativa sobre a matéria, oriunda de uma mídia não especializada e muito confusa sobre os eventos do ARA San Juan... Mas, deixa quieto, inclusive comentei lá; comentei com informações que eu detinha como qualquer outro.
Creio que estou me deixando envolver pela emocionalidade.

Pois bem...
Para não dizer que todos os apresentadores argentinos são oportunistas ideológicos e malucos, hoje havia um que pregava o fato de que Forças Armadas são necessárias, que o regime militar pelo tempo ido não se reflete mais em nenhum dos oficiais das armas argentinas e que, portanto, está na hora dos argentinos, como sociedade, prestarem mais atenção nas necessidades profissionais dos militares portenhos. Ou seja, ele prega uma reconciliação.

Em tempo: fui o primeiro a dizer aqui (e em qualquer lugar) que o sacrifício dos 44 submarinistas da ARA serviria para reconciliar a sociedade civil argentina com os seus militares. Que sirva de registro, por favor.

;)




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Re: Marinha da Argentina

#487 Mensagem por Túlio » Sex Nov 24, 2017 8:31 pm

Sem problemas, cupincha. Apenas um adendo: isso de "bateria recondicionada = bateria nova" é charla, não te lembras de quando os caras compravam carcaça de bateria por uns trocados, reformavam e vendiam por metade do preço de uma nova? Quem com mais de 40 anos nunca caiu nessa? Eu caí e te digo o que todo mundo sabe: em menos de um ano a bateria já era, mortinha da silva! Tanto que hoje em dia os otários que entravam nessa fria já estão praticamente extintos. Eu, tu, ele, nós, vós, eles, quando a bateria começa a arriar, tratamos todos é de ir à loja e comprar uma nova, necas de "recondicionada, merrrmão, igual e zero e por metade do preço".

Agora vejas, uma bateria moderna é BEM diferente de uma dos anos 80, tanto para carros quanto para submarinos. Dúvidas? És um excelente pesquisador, dês uma espiadinha nas dos Scorpênis que estão fazendo em Itaguaí e vejas se são de chumbo-ácido... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:




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Re: Marinha da Argentina

#488 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Sex Nov 24, 2017 9:38 pm

Túlio escreveu:Sem problemas, cupincha. Apenas um adendo: isso de "bateria recondicionada = bateria nova" é charla, não te lembras de quando os caras compravam carcaça de bateria por uns trocados, reformavam e vendiam por metade do preço de uma nova? Quem com mais de 40 anos nunca caiu nessa? Eu caí e te digo o que todo mundo sabe: em menos de um ano a bateria já era, mortinha da silva! Tanto que hoje em dia os otários que entravam nessa fria já estão praticamente extintos. Eu, tu, ele, nós, vós, eles, quando a bateria começa a arriar, tratamos todos é de ir à loja e comprar uma nova, necas de "recondicionada, merrrmão, igual e zero e por metade do preço".

Agora vejas, uma bateria moderna é BEM diferente de uma dos anos 80, tanto para carros quanto para submarinos. Dúvidas? És um excelente pesquisador, dês uma espiadinha nas dos Scorpênis que estão fazendo em Itaguaí e vejas se são de chumbo-ácido... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:
Tô com preguiça, aposto que são de Lítio/Fosfato de Ferro.
Um detalhe:as baterias foram re-emplacadas, na Argentina, em um trabalho supervisionado pelo fabricante, que recebeu e deu garantias por isto (pelo trabalho).
Tem uma diferença aí...




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Re: Marinha da Argentina

#489 Mensagem por Juniorbombeiro » Sáb Nov 25, 2017 12:14 am

Baterias de submarinos não são iguais a baterias de automóveis, ainda mais se recondicionadas na boca de porco. Para todos os efeitos, eu concordo que baterias de submarinos reemplacadas devem ser virtualmente novas, salvo algum tipo de cagada de montagem que poderia muito bem ocorrer em uma nova também. Se troca os elementos de desgaste e se recondiciona o restante.




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Re: Marinha da Argentina

#490 Mensagem por Túlio » Sáb Nov 25, 2017 1:09 pm

Ilya Ehrenburg escreveu: Tô com preguiça, aposto que são de Lítio/Fosfato de Ferro.
Um detalhe:as baterias foram re-emplacadas, na Argentina, em um trabalho supervisionado pelo fabricante, que recebeu e deu garantias por isto (pelo trabalho).
Tem uma diferença aí...
Juniorbombeiro escreveu:Baterias de submarinos não são iguais a baterias de automóveis, ainda mais se recondicionadas na boca de porco. Para todos os efeitos, eu concordo que baterias de submarinos reemplacadas devem ser virtualmente novas, salvo algum tipo de cagada de montagem que poderia muito bem ocorrer em uma nova também. Se troca os elementos de desgaste e se recondiciona o restante.

Desculpem, cupinchas, mas me parece que VOSMEÇÊS estão misturando os elementos potencialmente (afinal, só se vai saber ao certo se e quando o que sobrou do casco for recuperado) causadores de uma baita tragédia com política partidária: notem que, ao menos aqui no DB, ninguém está fazendo juízo de valor tipo "foi culpa de La Loca" ou "foi culpa da Nilza Garré" ou ainda "foi culpa da 'esquerda'" ou mesmo "foi culpa do Dória da Argentina". Vários Argentinos de fato o estão fazendo, mas não postam aqui.

Pois me dizer que uma bateria chumbo-ácido de um sub é muito diferente da de um carro de rua da mesma época (anos 80) é simplificar até ultrapassar o ponto da mais pura DEMAGOGIA! Esqueçam a politicagem, por favor, se não em respeito aos nossos Colegas, ao menos em respeito aos HERÓIS que sofreram morte tão horrível e que certamente pouco estavam ligando para estes assuntos, queriam é cumprir a missão tipo "roleta-russa" que lhes foi imposta. Pois era tragédia anunciada, alguém ia acabar se ferrando. Mas "Missão não se discute, se cumpre", não é mesmo? Deu no que deu, se não fossem eles, seriam (ou teriam sido) outros...

Mas não lhes peço para acreditarem em mim porque sou eu e fim, longe disso; abaixo um link que esclarece muita mas MUITA coisa:

http://www.elsnorkel.com/2015/05/bateri ... ria-y.html

Está em castelhano, é fato, mas vale a leitura (nem que seja tipo eu, com Translator aberto) até dizer chega, e com máxima atenção! Fala tudo o que vale a pena saber sobre baterias de subs, e dêem uma espiadinha no "pedigree" do Autor antes de dizerem que é mais um "especialista de internet". A mim é interessante demais, com curiosidades como os Chineses, com sua empresa Thunder Sky, serem líderes mundiais na fabricação e desenvolvimento deste tipo de equipamento, e não a Varta (aliás Hawker, aliás Energys). Também mostra a pesquisa de uma bateria Li-ion ainda melhor, de Li-Ti. Repito, vale a leitura (e são várias partes, postei a 2 porque é a que mais diretamente se refere ao tema em tela).

Depois de lerem com calma e refletirem, venham nos dizer de novo que "bateria recauchutada vale por uma nova, merrrrmão, la garantia soy yo"... :roll: :roll: :roll: :roll:

Não é à toa ou apenas para ganhar mais uma grana que o fabricante dá garantia por 5 anos ou um determinado número de recargas (depende do modelo), após o que recomenda expressamente a troca por NOVA, não "reemplacada". Será que foi só para ganhar uns trocos a mais que a MB trocou todas as do ARA Santa Cruz por novas ao invés de "reemplacar" aqui no Brasil mesmo e não ter que importar nada, além de poder oferecer um serviço "balatim balatim" e ainda por cima lucrar mais?

Pensem, cupinchas: aqui não está em debate os méritos e deméritos do que qualquer um conheça/denomine como "esquerda" ou "direita", muito menos os deste ou daquele (des)governo, o tema do momento se refere a dezenas de mortes perfeitamente evitáveis e, secundariamente, o sofrimento de famílias que mandaram seus entes queridos para o que supunham ser missão de rotina, ou seja, estavam totalmente despreparados para o que sucedeu, o que não seria o caso se estivessem rumando para um TO em operações de guerra, pois aí sim, alguma resignação com a possibilidade real de algo dar MUITO errado já existiria. Por favor, respeitem isso.

Por fim, lembremos que esta tragédia certamente está causando reavaliações de todos os tipos em todas as Marinhas que operam SSKs. Não conheço um único caso (nem bem nem mal sucedido) de sub que tenha recebido baterias recauchutadas além do ARA San Juan; se conhecem, postem com fuentes. Porque uma das primeiras coisas que por certo se irá fazer será sepultar de vez esta prática perversa, que prefere gastar vidas a dinheiro.

VALEWS ae e não me levem a mal, mas o assunto é sério, sem espaço para leviandades tipo enfiar politicagem no meio, tri? :wink: 8-]




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Re: Marinha da Argentina

#491 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Sáb Nov 25, 2017 2:54 pm

https://debategeopolitico.wordpress.com ... muladores/

https://debategeopolitico.files.wordpress.com/2017/11/vermilhon00.jpg?w=648

ARA San Juan: desnecessária polêmica com os acumuladores

A mídia argentina parece ter mais interesse em ajustes de contas políticos do que perscrutar as verdadeiras causas do acidente com o ARA San Juan.

Por: César A. Ferreira


O mistério quanto ao destino do ARA San Juan permanece, todavia, para alguns analistas políticos argentinos e órgãos de mídia, o que vale é buscar um ajuste de contas com os adversários políticos, que estavam no poder durante a longa revitalização de meia-vida do ARA San Juan. Isto se dá focado em um simples fato: de os jornalistas dos principais meios de comunicação argentinos terem descoberto que os acumuladores do submarino sinistrado não eram novos, mas “recondicionados”.

Não foi uma descoberta difícil, convenhamos, afinal, na página do Estaleiro Tandanor, que trata com orgulho do trabalho efetuado no S-42 ARA San Juan está declarado com todas as letras:

“Baterías

Tambiém se realizó un replacado integral de cada una de las 960 baterías que hacem funcionar al submarino y se repararon las válvulas y demás mecanismos del submarino para alcanzar su condición original”

Este detalhe da revitalização do submarino associado ao conteúdo da última mensagem do Capitán de Fragata Pedro Martín Fernández que relatava avarias no painel de baterias dianteiro, somado ao agora afamado sinal “hidroacústico, anômalo e não nuclear”, resultou nos culpados: os antigos ocupantes do poder, incluídos os ministros da defesa durante os últimos períodos, Garré e Rossi, sem falar da antiga dignitária. O fato disto lançar uma sombra no Estaleiro Tandanor, nos engenheiros e técnicos que trabalharam na revitalização do S-42 ARA San Juan, ao que parece não vem ao caso.

A mídia não especializada foca que a escolha por recondicionar os acumuladores deu-se em função dos custos, apontando para isso os valores correspondentes de cinco milhões de euros pelo conjunto de 960 baterias novas. Esquece tal mídia que a empresa que “recondicionou” as baterias Varta 14UR12F, o fez sob supervisão da Hawker GmBH, nome da empresa que havia absorvido a fabricante original, Varta GmBH. Não só isso, como o fato de que o processo de revitalização das referidas baterias envolveu não só a troca de placas, como dos diodos, válvulas e conectores, cujo serviço contou com garantia dado pelo fabricante, de seis anos. Eram baterias novas, pode-se afirmar, pois, de antigo somente a carcaça. Ademais, a fabricação de baterias de Chumbo/Ácido não é algo longe do horizonte industrial latino-americano, para se ter uma ideia a empresa brasileira Saturnia fornecia para os submarinos da Marinha do Brasil baterias feitas no país (Brasil), concebidas com tecnologia alemã durante as décadas de 80 e 90. Ademais, o submarino foi testado e admitido pela Armada da República Argentina em 2014. Estamos em 2017.

Explosão

Acredita-se que a hipótese mais forte para uma explosão, tal como registrado pelos hidrofones do CTBTO – Comprehensive Nuclear-Test-Ban Treaty Organization (ing.) , sejam advindos de uma concentração de gás hidrogênio, proveniente das baterias e que atingiu a concentração fatal de 5%, ou mais, momento em que se torna explosivo no caso de haver uma fagulha, tal como um arco-voltaico nascido de um curto-circuito no painel de baterias. É uma hipótese que tem a força do indício fornecido pelo órgão internacional, todavia para que isto viesse acontecer deveria haver uma cadeia de avarias, a começar pelos instrumentos de monitoramento de gases.

https://debategeopolitico.files.wordpress.com/2017/11/maapa-explo.jpg?w=648


É difícil, mas não impossível. Em 2010, quando fundeado em Visakhapatnam, o submarino designativo S-63 INS Sindhurakshak apresentou incêndio em suas baterias, ocasionando casualidades: um morto e dois feridos. A concentração não detectada de hidrogênio foi a responsável, estando acima de 3%.

Aceitando-se que o S-42 ARA San Juan foi vitimado por esta cadeia de acontecimentos que por ventura tenha resultado em uma catastrófica explosão, fica uma dúvida: teria tal explosão advinda da concentração de hidrogênio, provocada por uma fagulha elétrica, capaz de romper o casco de pressão?
Outra pergunta se faz: seria incapacitante de toda a tripulação caso tal explosão tenha sido contida pelo casco? Ou ainda… Dado o fato de que a característica do projeto TR-1700 é a de possuir dois grandes compartimentos estanques, dianteiro e posterior, que a tripulação abrigada possa ter sobrevivido ao evento anômalo, intenso e catastrófico?

Evidentemente não tenho as repostas, mas as analogias com o Kursk se fazem sentir.

https://debategeopolitico.files.wordpress.com/2017/11/kursk-0002.jpg?w=648

Kursk
Tal como a hipótese favorita para o sinistro do ARA San Juan, o Kursk foi vitimado por uma catástrofe, neste caso a culpa recai em um torpedo de 650mm, modelo 65-76, denominado pelas tripulações como “Gordo” e também chamado de “Baleia”. O seu instável combustível propulsor a base de peróxido de hidrogênio é apontado como responsável pelo desastre.

Fato por muitos conhecido é o abrigo dos sobreviventes no último compartimento do submarino, o compartimento nº 9. Muitos acreditam que estes sobreviventes morreram devido à mortal concentração de dióxido de carbono, por sua vez motivada pela extrema demora no resgate. Não foi bem assim. Os sobreviventes faleceram em grupo, entre as 19 e as 20 horas do dia 12 de agosto de 2000. Ou seja, não muito depois do naufrágio por uma infelicidade da tripulação sobrevivente, que na escuridão e em um compartimento alagado, viu-se forçada a trocar as partes de um aparelho sequestrador de dióxido de carbono, mas cujas partes reagentes inflavam-se na presença de óleo e de água. Houve um incêndio resultante desta reação que consumiu todo o ar respirável. Aqueles que estavam próximos ao procedimento de troca morreram queimados, desfigurados, e os demais caíram inconscientes devido ao envenenamento por monóxido de carbono.

As semelhanças possíveis, creio, param por aqui, visto que no tocante ao S-42 ARA San Juan têm-se apenas especulações, algo bem diferente do Kursk, cujo naufrágio é bem conhecido e narrado pelo motivo simples de ter sido resgatado do fundo do mar em uma operação complexa e custosa, muito custosa, pois sangrou os cofres da Federação Russa em mais de 135 milhões de dólares norte-americanos.

Neste presente momento o ARA San Juan sequer foi localizado, mas como submarino diesel-elétrico compartilha a semelhança com o infortúnio do submarino francês Eurýdice, que também tem em uma explosão a causa do seu naufrágio.

https://debategeopolitico.files.wordpress.com/2017/11/eurc3bddice.jpg?w=648

Outra hipótese para a tragédia do S-42 ARA San Juan repousa na admissão de água pelo seu snorkel, bem como pela presença de água nas baterias, que resultariam em contaminação do ambiente por gás de cloro. Este foi o fim do submarino chinês “361”, cuja admissão de água salgada nos painéis de baterias resultou em contaminação e morte por asfixia dos 70 submarinistas do referido submarino. Esta hipótese não casa com a explosão “anômala”, mas este redator pensa que tal registro deva servir como indício e não como norte a ser seguido cegamente.

Por fim fica a percepção de que as armadas sul-americanas precisam, urgentemente, de meios para resgate e socorro submarino mais eficiente do que os existentes. O navio “Cabo de Hornos” da Armada do Chile é novo, mas não é dedicado à função, o “Vanguardia” da Armada do Uruguai não consegue manter-se operacional, além de apresentar limitações evidentes e o NSS K-11 “Felindo Perry”, apesar de suficientemente equipado para resgate até a profundidade de 300 metros, arrastou-se pela costa brasileira até chegar ao “Mar Argentino”. Ter uma frota de submarinos sem meios consistentes de resgate parece ser mais um atropelo da lógica, dentre tantos deste continente.

Nota do Editor: viceja nas redes sociais argentinas a teoria conspiratória de que o ARA San Juan fora torpedeado. Argumentam para isso com a explosão e com a presença dos “buzos tacticos”, que segundo os conspiradores empreenderam uma missão em “las islas Malvinas”, acrescentam que a coordenada da explosão não coincide com a coordenada estimada do submarino de acordo com a velocidade informada de 5 nós…
Desmontando a teoria conspiratória devemos dizer que a posição estimada deve ser calculada com a velocidade acrecida pela corrente ascendente das Malvinas, que dá a embarcação mais dois nós. Nada impede que o capitão tenha seguido a sua derrota acima dos 5 nós informados. No tocante aos interesses britânicos resta saber que ganho teriam em torpedear um submarino argentino, justamente quando o dignitário atual não faz menção em lutar pela soberania das ilhas… Não tem sentido. A pergunta, portanto, que se deve fazer quando se lê, ou se ouve uma barbaridade destas é saber quem ganharia com um ato desta natureza. Ao se perceber que ninguém nada ganharia tem-se a resposta: uma teoria de loucos, para doidos.




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Re: Marinha da Argentina

#492 Mensagem por Brasileiro » Sáb Nov 25, 2017 9:29 pm

Eu ainda acho muito esquisita essa hipótese de falha mortal no banco de baterias. É muito difícil uma bateria, ainda que recondicionada, exploda. Trabalhei com projetos e vendas com baterias de chumbo semelhantes a estas dos submarinos, e geralmente o que ocorre é uma perda de desempenho, que é rapidamente percebida e a bateria pode ser tirada ou substituída. E, segundo, em um sistema CRÍTICO, como é um submarino, a alimentação é redundante, desliga-se um banco defeituoso e aciona-se outros, no mínimo o suficiente para pedir socorro. E, por fim, para arcos elétricos e curto-circuitos, entram em ação os dispositivos de proteção (desde fusíveis a disjuntores especiais para corrente contínua, chaves automáticas e extintores de arco), que isolam o circuito defeituoso. Submarinos devem ter também, diversos dispositivos e técnicas para lidar com fogo a bordo.

Com uma explosão dessa mangitude, eu apostaria numa detonação intempestiva de um torpedo ou mina.




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Re: Marinha da Argentina

#493 Mensagem por Túlio » Sáb Nov 25, 2017 10:03 pm

Brasileiro escreveu:Eu ainda acho muito esquisita essa hipótese de falha mortal no banco de baterias. É muito difícil uma bateria, ainda que recondicionada, exploda. Trabalhei com projetos e vendas com baterias de chumbo semelhantes a estas dos submarinos, e geralmente o que ocorre é uma perda de desempenho, que é rapidamente percebida e a bateria pode ser tirada ou substituída. E, segundo, em um sistema CRÍTICO, como é um submarino, a alimentação é redundante, desliga-se um banco defeituoso e aciona-se outros, no mínimo o suficiente para pedir socorro. E, por fim, para arcos elétricos e curto-circuitos, entram em ação os dispositivos de proteção (desde fusíveis a disjuntores especiais para corrente contínua, chaves automáticas e extintores de arco), que isolam o circuito defeituoso. Submarinos devem ter também, diversos dispositivos e técnicas para lidar com fogo a bordo.

Com uma explosão dessa mangitude, eu apostaria numa detonação intempestiva de um torpedo ou mina.
Notes, cupincha, tenho me limitado a referir repetidamente a baixa (muito baixa) vida útil de bateria recauchutada, em comparação à que é recomendada pelo fabricante, ou seja, a nova. Aparentemente sequer havia algum torpedo "vivo" a bordo (mas vai saber...). O que parece concreto é que os conjuntos de proa simplesmente pararam de funcionar, tentando o Cmt seguir em frente (submerso) apenas com os de popa. Explosão é, ao menos por enquanto, pura especulação, ou seja, pode ser, pode não ser.

De concreto é que a Justiça de lá já mandou resguardar TODA a documentação referente ao MLU do ARA San Juan. Vai saber qual filme de terror que vai aparecer daí. E notes, por fim, que nem estou falando de politiqueiros, estou falando de PILANTRAGENS dentro da própria ARA!




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Re: Marinha da Argentina

#494 Mensagem por Juniorbombeiro » Sáb Nov 25, 2017 10:21 pm

Até onde eu imagino, as baterias dos nossos Scorpenes serão de chumbo ácido, fabricadas na Alemanha pela Exide, as primeiras e no Paraná pela Rondopar as subsequentes, por transferência de tecnologia, o que convenhamos não é nenhuma tecnologia de outro mundo, deve ter algum componente químico/ metálico para melhorar a eficiência, mas nada muito exotérico, só que também longe de uma bateria automotiva, essas baterias são bem mais robustas, possuem circuito de refrigeração e são construídas de forma a poderem ser desmontadas e retrofitadas.
Imagem
Já as automotivas são praticamente descartáveis, o recondicionamento que é feito nelas é um procedimento meia boca de troca de eletrólito e limpeza química das placas já desgastadas com bicarbonato de sódio ou as vezes até gasolina, não tem como comparar com um reemplacamento, nunca vai ficar a mesma coisa, uma bateria reenplacada é uma bateria nova pq o que desgasta são as placas e o eletrólito.




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Re: Marinha da Argentina

#495 Mensagem por Brasileiro » Sáb Nov 25, 2017 10:24 pm

Túlio escreveu:
Brasileiro escreveu:Eu ainda acho muito esquisita essa hipótese de falha mortal no banco de baterias. É muito difícil uma bateria, ainda que recondicionada, exploda. Trabalhei com projetos e vendas com baterias de chumbo semelhantes a estas dos submarinos, e geralmente o que ocorre é uma perda de desempenho, que é rapidamente percebida e a bateria pode ser tirada ou substituída. E, segundo, em um sistema CRÍTICO, como é um submarino, a alimentação é redundante, desliga-se um banco defeituoso e aciona-se outros, no mínimo o suficiente para pedir socorro. E, por fim, para arcos elétricos e curto-circuitos, entram em ação os dispositivos de proteção (desde fusíveis a disjuntores especiais para corrente contínua, chaves automáticas e extintores de arco), que isolam o circuito defeituoso. Submarinos devem ter também, diversos dispositivos e técnicas para lidar com fogo a bordo.

Com uma explosão dessa mangitude, eu apostaria numa detonação intempestiva de um torpedo ou mina.
Notes, cupincha, tenho me limitado a referir repetidamente a baixa (muito baixa) vida útil de bateria recauchutada, em comparação à que é recomendada pelo fabricante, ou seja, a nova. Aparentemente sequer havia algum torpedo "vivo" a bordo (mas vai saber...). O que parece concreto é que os conjuntos de proa simplesmente pararam de funcionar, tentando o Cmt seguir em frente (submerso) apenas com os de popa. Explosão é, ao menos por enquanto, pura especulação, ou seja, pode ser, pode não ser.

De concreto é que a Justiça de lá já mandou resguardar TODA a documentação referente ao MLU do ARA San Juan. Vai saber qual filme de terror que vai aparecer daí. E notes, por fim, que nem estou falando de politiqueiros, estou falando de PILANTRAGENS dentro da própria ARA!
Exatamente, Túlio. E veja que supus também que estava tudo ok com o submarino: falha num banco de baterias, o reserva estava ok. Arco elétrico ou curto circuito, as proteções estavam ok. Incêndio, medidas anti-incêndio estavam ok. Princípio de naufrágio, esvaziamento de emergência dos lastros estava ok.. Mas pode ser que não. Pode ser que estavam navegando no fio da navalha... Vai saber...




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