Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#46 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Jul 25, 2013 11:44 am

Porquê?




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

Portugal está morto e enterrado!!!

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#47 Mensagem por gitanoba » Qui Jul 25, 2013 7:09 pm

prp escreveu:Não sabia que havia M113 no Haiti, eu achava que por ser manutenção de paz e não imposição de paz aquela essa missão não se poderia utilizar veículos sobre lagartas.
Os M-113 foram inicialmente enviados mas dado a vulnerabilidade da blindagem, devido às dificuldades operacionais, e à impossibilidade dos fuzileiros de efetuarem tiro embarcado, estes foram substituídos pelos MOWAG Piranha.




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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#48 Mensagem por gitanoba » Qui Jul 25, 2013 7:46 pm

Link de entrevista com o Gal. Santa Cruz, relativo à missão no Haiti, MINUSTAH, e pontuando o uso dos M-113 pela missão de paz. Em tempo, os M-113 em questão eram da Companhia Jordaniana, integrante da MINUSTAH.

http://www.defesanet.com.br/ph/noticia/ ... antos-Cruz




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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#49 Mensagem por gogogas » Qui Jul 25, 2013 7:55 pm

Na opinião creio que um RCB na região norte do Brasil, creio poderá se tornar uma realidade daqui uns 15 anos e por ai vai ...
O que poderia ser feito era :
Aumentar o número de Cascavéis e Urutus ...
24 Cascavéis modernizados e quem sabe elevar o padrão deles com novos dispositivos para visão noturna ...
24 Urutus modernizados ,com 12 com torre Remax ...
Além de equipar muito bem as unidades militares do EB na região ,,, com bastante MSS 1.2 AC ,Alac ou AT-4 ,morteiros de 61mm e 81mm e quem sabe os de 120mm , Fuzil Imbel IA2 e por ai vai ...
Ou quem sabe colocar alguns M-60 na região ...




Gogogas !
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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#50 Mensagem por gitanoba » Qui Jul 25, 2013 8:18 pm

gogogas escreveu:Na opinião creio que um RCB na região norte do Brasil, creio poderá se tornar uma realidade daqui uns 15 anos e por ai vai ...
O que poderia ser feito era :
Aumentar o número de Cascavéis e Urutus ...
24 Cascavéis modernizados e quem sabe elevar o padrão deles com novos dispositivos para visão noturna ...
24 Urutus modernizados ,com 12 com torre Remax ...
Além de equipar muito bem as unidades militares do EB na região ,,, com bastante MSS 1.2 AC ,Alac ou AT-4 ,morteiros de 61mm e 81mm e quem sabe os de 120mm , Fuzil Imbel IA2 e por ai vai ...
Ou quem sabe colocar alguns M-60 na região ...
Pois é, caro gogogas, a idéia é essa mesmo. Fazer o que se pode, agora, com o que temos às mãos (disponível).

P. expo: para a manutenção dos Cascavéis e Urutus já temos uma estrutura em Boa Vista, que pode ser expandida pr atender mais veículos. Porém estes blindados têm uma pressão sobre o solo que os torna proibitivos na região do lavrado em época de chuva. então teríamos que ter blindados sobre lagartas. Uma opção é ter alguns M-60 transformados em VBTP ou VCI, com a retirada da torre atual. Há opções de VBTP no mercado internacional a US$ 500,000.00 a US$ 1 M o que seria acessível. Por outro fato precisaríamos de CCs tbm, e já que estariam os VBTPsobre lagartas a instalação de manutenção seria expandida pr cuidar destes CCs e VBTPs. Isso é descentralização, e os carros não precisariam ir pr o RS, o que gera emprego, renda e fomenta à industrialização na Região Amazônica...

Por outro lado o fornecimento de armamento anti-carro aos Btl Inf Sl e morteiros médiso / pesados é mais que prudente pr demonstrar a efetiva decisão dissuasória e permitir que operem tbm contra CCs, blindados, e pq não, contra lanchas blindadas, p. expo., tipo a Strsbat CB-90 sueca, q em breve estarão operando nos exércitos da região. É só questão de tempo.

Por último, tentando encerrar as dúvidas sobre a vulnerabilidade do M-113, sugiro assitir o vídeo referente aos dsnos sofridos pelo blindado na Vila Cruzeiro, Complexo do Morro do Alemão, devido a tiros de traficantes de drogas. Se traficantes com armamento leve detonam um M-113, é preciso pensar nas vidas de nossos fuzileiros e fornecer um VBTP adequado e não descartável...



Bons pensamentos à respeito disso tudo...




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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#51 Mensagem por Túlio » Sex Jul 26, 2013 12:39 pm

Tem uma coisa que não entendo: o colega Denilson, que CONHECE a região, sugerindo até "visitas" via Google Earth, diz, explica e reitera que não é particularmente viável a operação de meios blindados na região (SL/SR), por que todo mundo ignora e segue a charla como se ele não tivesse falado nada?

Lembrar ainda que, se nossos carros tiverem de se ater exclusivamente a estradas, qualquer inimigo teria de fazer o mesmo, tornando-lhe igualmente pouco atrativa esta opção. Assim, baseado no texto de quem conhece, diria que ali é Inf Lv/Slv (de preferência com aeromobilidade) e aviação de combate.

É o que penso. 8-]




"Na guerra, o psicológico está para o físico como o número três está para o um."

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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#52 Mensagem por gitanoba » Sex Jul 26, 2013 7:24 pm

Túlio escreveu:Tem uma coisa que não entendo: o colega Denilson, que CONHECE a região, sugerindo até "visitas" via Google Earth, diz, explica e reitera que não é particularmente viável a operação de meios blindados na região (SL/SR), por que todo mundo ignora e segue a charla como se ele não tivesse falado nada?

Lembrar ainda que, se nossos carros tiverem de se ater exclusivamente a estradas, qualquer inimigo teria de fazer o mesmo, tornando-lhe igualmente pouco atrativa esta opção. Assim, baseado no texto de quem conhece, diria que ali é Inf Lv/Slv (de preferência com aeromobilidade) e aviação de combate.

É o que penso. 8-]
Prezados Tulio e Denislon, estive esperando alguma manifestação a respeito do "pensar" a propriedade e viabilidade de emprego de carros de combate na região do lavrado (campinaramas e cerrados de Roraima). Que bom q ocorreu a manifestação de Tulio.

Bem com relação à adequação de socorro de seu veículo, Denilson, por um Urutu do Exército, com certezz os colegas do EB acertaram em não enviar o blindado. Ele iria sim atolar. Porém isso não é indicativo de que tanques (CCs) e viaturas blindadas de transporte, sobre lagartas, não podem operar no lavrado.

O solo da região do lavrado é rotipo latossolo vermelho amarelo. Então,vejamos:

(1o) segundo pesquisas (algumas bem recentes), como a tese de doutorado de Bruno Silva Pires, 2012, Univ Federal de Lavras, a capacidade de carga deste solo, quando saturado de água (em época de chuvas) varia de 100 a 180 kPa (kilopascal), e em época seca atinge de 200 a 280 kPa;
(2o) algumas pressões sobre o solo de blindados e carros de combate do Brasil, obtidos de suas fichas técnicas (1A5, M-60 até M-113) ou da tese de doutorado de Marcelino João Knob, defendida em 2012, na Uni Federal de Santa Maria (EE-9, EE-11):
. Leopard 1A5: p = 0,80 kgf/cm2 = 80 kPa
. M-60: p = 0,68 kgf/cm2 = 68 kPa
. Marder: p = 0,90 kgf/cm2 = 90 kPa
. AMX10-P p = 0,53 kgf/cm2 = 53 kPa
. M-113: p = 0,54 kgf/cm2 = 54 kPa
. Ututu EE-11: p = 402 kPa
. Cascavel EE-9: p = 357 kPa
. Guarani: p = 3,06 kPa kgf/cm2 = 306

onde para o Guarani, por falta de dados técnicos a respeito, efetuei o cálculo usando a formulação padrão, onde p = C/At, para C = 17,5 ton, a carga total (peso) do blindado e At a área total (dos 6 pneus) de contato sobre o solo, considerando (da literatura técnica, ver Knob, 2012) At = 6xA, tal que A=0,27xLxD, para L a banda (ou largura) do pneu e D o seu diâmetro. L = 0,44 m e D = 0,80 m no Guarani.

(3o) como o solo do lavrado tem uma capacidade de carga mínima de 100kPa, está é superior à dos CCs e VBTPs / CVIs acima listados, o que significa que podem ser serem utilizados nos campos abertos de Roraima sem problemas.

Isso viabiliza (positivamente|) a criação de um Reg C Bda na fronteira norte do País...

O Brasil não tem atualmente um VBTP ou VCI sobre lagartas, nem tenho conhecimento que esteja considerando seu projeto ou aquisição.
O link abaixo tem interessantes considerações sobre os VBTP e VCI considerando a transformação de tanques antigos nestes tipos de viaturas, como já (há tempos) faz o exército de Israel, com sucesso:

http://sistemasdearmas.com.br/ter/vbip1.html




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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#53 Mensagem por gitanoba » Sex Jul 26, 2013 7:29 pm

gitanoba escreveu:
Túlio escreveu:Tem uma coisa que não entendo: o colega Denilson, que CONHECE a região, sugerindo até "visitas" via Google Earth, diz, explica e reitera que não é particularmente viável a operação de meios blindados na região (SL/SR), por que todo mundo ignora e segue a charla como se ele não tivesse falado nada?

Lembrar ainda que, se nossos carros tiverem de se ater exclusivamente a estradas, qualquer inimigo teria de fazer o mesmo, tornando-lhe igualmente pouco atrativa esta opção. Assim, baseado no texto de quem conhece, diria que ali é Inf Lv/Slv (de preferência com aeromobilidade) e aviação de combate.

É o que penso. 8-]
Prezados Tulio e Denislon, estive esperando alguma manifestação a respeito do "pensar" a propriedade e viabilidade de emprego de carros de combate na região do lavrado (campinaramas e cerrados de Roraima). Que bom q ocorreu a manifestação de Tulio.

Bem com relação à adequação de socorro de seu veículo, Denilson, por um Urutu do Exército, com certezz os colegas do EB acertaram em não enviar o blindado. Ele iria sim atolar. Porém isso não é indicativo de que tanques (CCs) e viaturas blindadas de transporte, sobre lagartas, não podem operar no lavrado.

O solo da região do lavrado é rotipo latossolo vermelho amarelo. Então,vejamos:

(1o) segundo pesquisas (algumas bem recentes), como a tese de doutorado de Bruno Silva Pires, 2012, Univ Federal de Lavras, a capacidade de carga deste solo, quando saturado de água (em época de chuvas) varia de 100 a 180 kPa (kilopascal), e em época seca atinge de 200 a 280 kPa;
(2o) algumas pressões sobre o solo de blindados e carros de combate do Brasil, obtidos de suas fichas técnicas (1A5, M-60 até M-113) ou da tese de doutorado de Marcelino João Knob, defendida em 2012, na Uni Federal de Santa Maria (EE-9, EE-11):
. Leopard 1A5: p = 0,80 kgf/cm2 = 80 kPa
. M-60: p = 0,68 kgf/cm2 = 68 kPa
. Marder: p = 0,90 kgf/cm2 = 90 kPa
. AMX10-P p = 0,53 kgf/cm2 = 53 kPa
. M-113: p = 0,54 kgf/cm2 = 54 kPa
. Ututu EE-11: p = 402 kPa
. Cascavel EE-9: p = 357 kPa
. Guarani: p = 3,06 kPa kgf/cm2 = 306

onde para o Guarani, por falta de dados técnicos a respeito, efetuei o cálculo usando a formulação padrão, onde p = C/At, para C = 17,5 ton, a carga total (peso) do blindado e At a área total (dos 6 pneus) de contato sobre o solo, considerando (da literatura técnica, ver Knob, 2012) At = 6xA, tal que A=0,27xLxD, para L a banda (ou largura) do pneu e D o seu diâmetro. L = 0,44 m e D = 0,80 m no Guarani.

(3o) como o solo do lavrado tem uma capacidade de carga mínima de 100kPa, está é superior à dos CCs e VBTPs / CVIs acima listados, o que significa que podem ser serem utilizados nos campos abertos de Roraima sem problemas.

Isso viabiliza (positivamente|) a criação de um Reg C Bda na fronteira norte do País...

O Brasil não tem atualmente um VBTP ou VCI sobre lagartas, nem tenho conhecimento que esteja considerando seu projeto ou aquisição.
O link abaixo tem interessantes considerações sobre os VBTP e VCI considerando a transformação de tanques antigos nestes tipos de viaturas, como já (há tempos) faz o exército de Israel, com sucesso:

http://sistemasdearmas.com.br/ter/vbip1.html

Com relação à criação de um Reg C Mec para a 1a Brigada de Infantaria de Selva, e portanto a transformação do 12o Esq C Mec para 18o Reg C Mec, o emprego de veículos blindados sobre rodas teria que considerar, na região de campinaramas e cerrados de roraima e da calha do rio Negro, que haverá limitações ao seu emprego, devendo serem trafegados em regiões de solo seco ou sobre estradas.

Isso porém não inviabiliza seu emprego na região, só condiciona sua operação, a qual, de qqer forma, se dará em operações de segurança e vigilância, e eventualmente em combates de retardamento contra oponentes, que utilizariam estradas para sua movimentação. Daí a proposta de conjugar a criação de um Reg C Bda com a operação do Reg C Mec. O que só os fortalece mutuamente, no âmbito da 1a Bda Inf Sl.




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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#54 Mensagem por sapao » Sáb Jul 27, 2013 9:11 am

Túlio escreveu:Tem uma coisa que não entendo: o colega Denilson, que CONHECE a região, sugerindo até "visitas" via Google Earth, diz, explica e reitera que não é particularmente viável a operação de meios blindados na região (SL/SR), por que todo mundo ignora e segue a charla como se ele não tivesse falado nada?

Lembrar ainda que, se nossos carros tiverem de se ater exclusivamente a estradas, qualquer inimigo teria de fazer o mesmo, tornando-lhe igualmente pouco atrativa esta opção. Assim, baseado no texto de quem conhece, diria que ali é Inf Lv/Slv (de preferência com aeromobilidade) e aviação de combate.

É o que penso. 8-]
Túlio,
o terreno não é problema. Pelo menos não ate cerca de 60 milhas ao sul de Boa Vista onde começa e virar selva.

Na verdade, é bastante parecido com o terreno da área de instrução do EB em Boi Morto- Santa Maria -RS.
Como vimos no estudo do Cel Donetto, um ataque com blindados ali não só é factível como estaríamos sem Defesa nenhuma. E na época da seca os alagados praticamente somem da região, com pequenas exceções nos "buritizais" que podem ser avistados a distancia e contornados.
Em qualquer movimento inicial nosso seria extremamente difícil: no caso da Guiana não teríamos como deslocar muito pois a selva se faz presente logo após a fronteira; no caso venezuelano estaríamos em desvantagem pois a posição deles se situa no alto da Gran Sabana, possuindo o ponto dominante em todas as direções na região inclusive na estrada que liga os dois países.
E não teríamos muito como manobrar pois estaríamos cercados por selva e elevações, tendo pouquíssimas linhas de ação (novamente, como vimos na tese citada).

Mas se por um lado temos essas desvantagens, por outro vemos que BV é isolada do restante do país. A única ligação é a própria BR-174, de mão única e castigada pelas chuvas, que percorre quase 650 dentro da selva (e uns 100 no cerrado) para chegar até Manaus; que também é isolada pelo Rio Negro/Amazonas. Portanto, a vantagem na região é que qualquer movimento por terra seria isolado naturalmente do restante do país não permitindo um progresso que, com muito custo, chegaria a Manaus (sem os blindados com lagarta, ou andando a passo de tartaruga) e seria imobilizado sem que tivéssemos que deslocar 1 infante para a região.




Editado pela última vez por sapao em Sáb Jul 27, 2013 9:16 am, em um total de 1 vez.
[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#55 Mensagem por sapao » Sáb Jul 27, 2013 9:14 am

gitanoba escreveu:
gitanoba escreveu: Prezados Tulio e Denislon, estive esperando alguma manifestação a respeito do "pensar" a propriedade e viabilidade de emprego de carros de combate na região do lavrado (campinaramas e cerrados de Roraima). Que bom q ocorreu a manifestação de Tulio.

Bem com relação à adequação de socorro de seu veículo, Denilson, por um Urutu do Exército, com certezz os colegas do EB acertaram em não enviar o blindado. Ele iria sim atolar. Porém isso não é indicativo de que tanques (CCs) e viaturas blindadas de transporte, sobre lagartas, não podem operar no lavrado.

O solo da região do lavrado é rotipo latossolo vermelho amarelo. Então,vejamos:

(1o) segundo pesquisas (algumas bem recentes), como a tese de doutorado de Bruno Silva Pires, 2012, Univ Federal de Lavras, a capacidade de carga deste solo, quando saturado de água (em época de chuvas) varia de 100 a 180 kPa (kilopascal), e em época seca atinge de 200 a 280 kPa;
(2o) algumas pressões sobre o solo de blindados e carros de combate do Brasil, obtidos de suas fichas técnicas (1A5, M-60 até M-113) ou da tese de doutorado de Marcelino João Knob, defendida em 2012, na Uni Federal de Santa Maria (EE-9, EE-11):
. Leopard 1A5: p = 0,80 kgf/cm2 = 80 kPa
. M-60: p = 0,68 kgf/cm2 = 68 kPa
. Marder: p = 0,90 kgf/cm2 = 90 kPa
. AMX10-P p = 0,53 kgf/cm2 = 53 kPa
. M-113: p = 0,54 kgf/cm2 = 54 kPa
. Ututu EE-11: p = 402 kPa
. Cascavel EE-9: p = 357 kPa
. Guarani: p = 3,06 kPa kgf/cm2 = 306

onde para o Guarani, por falta de dados técnicos a respeito, efetuei o cálculo usando a formulação padrão, onde p = C/At, para C = 17,5 ton, a carga total (peso) do blindado e At a área total (dos 6 pneus) de contato sobre o solo, considerando (da literatura técnica, ver Knob, 2012) At = 6xA, tal que A=0,27xLxD, para L a banda (ou largura) do pneu e D o seu diâmetro. L = 0,44 m e D = 0,80 m no Guarani.

(3o) como o solo do lavrado tem uma capacidade de carga mínima de 100kPa, está é superior à dos CCs e VBTPs / CVIs acima listados, o que significa que podem ser serem utilizados nos campos abertos de Roraima sem problemas.

Isso viabiliza (positivamente|) a criação de um Reg C Bda na fronteira norte do País...

O Brasil não tem atualmente um VBTP ou VCI sobre lagartas, nem tenho conhecimento que esteja considerando seu projeto ou aquisição.
O link abaixo tem interessantes considerações sobre os VBTP e VCI considerando a transformação de tanques antigos nestes tipos de viaturas, como já (há tempos) faz o exército de Israel, com sucesso:

http://sistemasdearmas.com.br/ter/vbip1.html

Com relação à criação de um Reg C Mec para a 1a Brigada de Infantaria de Selva, e portanto a transformação do 12o Esq C Mec para 18o Reg C Mec, o emprego de veículos blindados sobre rodas teria que considerar, na região de campinaramas e cerrados de roraima e da calha do rio Negro, que haverá limitações ao seu emprego, devendo serem trafegados em regiões de solo seco ou sobre estradas.

Isso porém não inviabiliza seu emprego na região, só condiciona sua operação, a qual, de qqer forma, se dará em operações de segurança e vigilância, e eventualmente em combates de retardamento contra oponentes, que utilizariam estradas para sua movimentação. Daí a proposta de conjugar a criação de um Reg C Bda com a operação do Reg C Mec. O que só os fortalece mutuamente, no âmbito da 1a Bda Inf Sl.
Ginatoba,
o Rio Negro vem da Colombia passando por São Gabriel da Cachoeira e vai virar Amazonas (para nós) pouco abaixo de Manaus ao se juntar com o Solimões e formar o famoso encontro das aguas.
Roraima é cortado, principalmente, pelo Rio Branco.




[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#56 Mensagem por gitanoba » Sáb Jul 27, 2013 10:06 am

sapao escreveu:
gitanoba escreveu:
Com relação à criação de um Reg C Mec para a 1a Brigada de Infantaria de Selva, e portanto a transformação do 12o Esq C Mec para 18o Reg C Mec, o emprego de veículos blindados sobre rodas teria que considerar, na região de campinaramas e cerrados de roraima e da calha do rio Negro, que haverá limitações ao seu emprego, devendo serem trafegados em regiões de solo seco ou sobre estradas.

Isso porém não inviabiliza seu emprego na região, só condiciona sua operação, a qual, de qqer forma, se dará em operações de segurança e vigilância, e eventualmente em combates de retardamento contra oponentes, que utilizariam estradas para sua movimentação. Daí a proposta de conjugar a criação de um Reg C Bda com a operação do Reg C Mec. O que só os fortalece mutuamente, no âmbito da 1a Bda Inf Sl.
Ginatoba,
o Rio Negro vem da Colombia passando por São Gabriel da Cachoeira e vai virar Amazonas (para nós) pouco abaixo de Manaus ao se juntar com o Solimões e formar o famoso encontro das aguas.
Roraima é cortado, principalmente, pelo Rio Branco.

Oi Sapao,rsss...sei bem da geografia q vc se referiu...

A observação está também relacionada com sua postagem (e não a tinha lido ainda). O que estamos debatendo é a questão de mobilidade e viabilidade operacional de possíveis (e prováveis) regimentos de cavalaria, mecanizada, REG C MEc, e blindado, Reg C Bda,a operar na região de Roraima. Até aí me parece que todos convergimos em concordar que há esta possibilidade (é viável, o solo resiste À pressão dos blindados, há espaços abertos pr as operações - ausência de selvas - nas campinaramas, cerrados e lavrado). Ok ?

O ponto é o que vc alertou, se não tomarmos providências de ativar estas unidades, o caminho estará aberto, então para a mobilidade e operação dos vezenuelanos (bolivarianos ?), e quem sabe americanos (em uma possível intevenção a favor dos ianomami... mas na verdade pelas reservas de recursos naturais...).

Na hipótese de acontecer umas destas ações, o caminho para Manaus estará aberto, e não teremos cobertura com visibilidade - devido à floresta - pr opor os Mi-35 / AH-2 Sabre da FAB contra os CCs e VBTPs/VCIs,mesmo pq não teriamos atualmente controle do espaço aéreo.

Precisamos então destes Reg C Bda e Mec. Além disso estes oponentes podem usar o Rio Branco como via fluvial e acessar o Rio Negro, aí encontrando áreas de caminaramas e cerrados nas regiões de transição de floresta ambrófila densa (tropical, Amazônica). Área vulnerável a operação de CCs-VBTPs-VCIs. Dá uma olhada, p.expo. no Google Earth, na margem norte do Rio Negro, entre o Parque Nacional do Jaú (margem sul do R Negro) tendo a montante a terra indígena dos Waimiri-Atroari, indo até São Gabriel da Cachoeira. Tanques e artilharia ou blindados posicionados neste segmento controlariam o Rio Negro e seu fluxo fluvial, impedindo ou dificultando imensamente o transito de navios de patrulha e lanchas, isolando S. Gabriel da Cachoeira por via fluvial e impondo o controle das jazidas de nióbio na região da cabeça do cachorro...

Viu a preocupação estratégica que nós, brasileiros - guerreiros, precisamos construir. Trata-se de traçar possíveis panoramas de ação, ensaiar os movimentos necessários a dissuadir estes acontecimentos, e treinar nossos militares pr estarem preparados pr contingências. É o que os Israelences, alemães, russos, franceses, americanos... fazem constantemente.

Antes que eu esqueça: sobre tanques operando nas florestas. Os franceses achavam impossível que isso acontecesse, na década de 30 (sec XX). Os alemães se prepararam pr isso. Resultado: a invasão e ocupação da França aconteceu pq os tanques alemães atravessaram a floresta das Ardenas, q também é uma região montanhosa. Os franceses não acreditavam ser possível, não se prepararam, defenderam mal a região, e deixaram aberto o caminho pr sua própria dominação...




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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#57 Mensagem por gabriel219 » Sáb Jul 27, 2013 2:10 pm

Mas Amigo Gitanoba, por que perderíamos o controle do espaço aéreo?
Concordo que deveria ser criada um Regimento do Cavalaria Blindada lá, mas não concordo com criação de Regimentos de Carros de combate.
Um simples BVP-2M com alguns mísseis Kornet ou até os 9M123 já fazem o serviço muito bem. Uma troca de motor dele pode também dar a capacidade dos mesmos fazerem translado em rios, o que daria uma capacidade estratégica boa.
Também deveria ser adicionado viaturas de Artilharia Autopropelida. Meu favorito são os FH-77BW Archer, da BAE Systems, além de ser um sistema muito capaz (pode disparar 3 tiros em 15 segundos), é montado em um chassi de caminhão, o que facilitaria a logística, já que émenos complicada do que um uma viatura sobre lagartas.
Talvez com a adotação de alguns Mi-26, que podem transportar o Archer, seja uma bela arma de dissuasão.
Talvez uma bateria de Astros 2020 também seja ótimo para saturação do inimigo e quem sabe contra-ataque com mísseis AV-TM 300.
Eu fiz uma simulação de uma guerra contra a Venezuela - está no tópico Simulações de Guerra: defesa e Ataque, logo na primeira página-, a partir de uma situação criada pelo amigo FCarvalho, que a Venezuela moveria colunas blindadas pela BR-174, através de território Guianês, e, a partir que chega em Boa Vista, a estrada vai se encurtando e é cercada por vegetação mais densa, o que dificultaria o movimento de uma coluna blindada e facilitaria emboscadas ou até defender Boa Vista, a partir de posições defensivas adotadas na BR-174, um pouco a frente da cidade.
Aconteceria o que aconteceu em Termópilas, onde o número não importava, sempre enfrentaria a mesma quantidade de soldados/carros de combate/viaturas blindadas.
Para contornar algumas montanhas no Sul da Venezuela, entrar em território Guianês, chegar a rodovia da Guiana e chegar até a fronteira Brasileira demoraria de 2-3 dias, o suficiente para movimentarmos uma boa quantidade de tropas, Infantaria de Selva, Grupo de Artilharia de Campanha de Selva, Regimento de Cavalaria de Selva e etc, para defendermos o local.
Para reforçar bem a área, em minha opinião, já que enfrentaríamos boa quantidade de carros de combate/VCI, penso que 120 BVP-2M com mísseis Kornet ou 9M123 + equipar os 12 A-29 da base de Boa vista com mísseis Ar-Terra + 12 Mi-28 ou Ka-52 + 36 FH-77BW Archer + 1 Bateria do sistema Astros 2020 + 1 bateria do SDAA Spyder-MR/6 viaturas Pantsir-S1 já estaria bom de mais, poderíamos saturar ou até destruir qualquer inimigo que venha da Guiana.
Um abraço.




sapao
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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#58 Mensagem por sapao » Sáb Jul 27, 2013 8:56 pm

gitanoba escreveu:[
Precisamos então destes Reg C Bda e Mec. Além disso estes oponentes podem usar o Rio Branco como via fluvial e acessar o Rio Negro, aí encontrando áreas de caminaramas e cerrados nas regiões de transição de floresta ambrófila densa (tropical, Amazônica). Área vulnerável a operação de CCs-VBTPs-VCIs. Dá uma olhada, p.expo. no Google Earth, na margem norte do Rio Negro, entre o Parque Nacional do Jaú (margem sul do R ... ri-Atroari, indo até São Gabriel da Cachoeira. Tanques e artilharia ou blindados posicionados neste segmento controlariam o Rio Negro e seu fluxo fluvial, impedindo ou dificultando imensamente o transito de navios de patrulha e lanchas, isolando S. Gabriel da Cachoeira por via fluvial e impondo o controle das jazidas de nióbio na região da cabeça do cachorro...

Antes que eu esqueça: sobre tanques operando nas florestas. Os franceses achavam impossível que isso acontecesse, na década de 30 (sec XX). Os alemães se prepararam pr isso. Resultado: a invasão e ocupação da França aconteceu pq os tanques alemães atravessaram a floresta das Ardenas, q também é uma região montanhosa. Os franceses não acreditavam ser possível, não se prepararam, defenderam mal a região, e deixaram aberto o caminho pr sua própria dominação...
Não sei, ali eu já acho inviável a operação de blindados.
Ali sim o solo é arenoso, irregular e a mata densa.
Como seriam deslocados os blindados para lá?
Como eles seriam supridos?
Dali eles se movimentariam para onde?

Partindo do principio que a Cavalaria tem como características a velocidade e a mobilidade, ali eles seriam inúties pois não teriam como se locomover no terreno. Naquela região da Amazônia é a calha do rio e o espaço aéreo que vão determinar o ritmo do combate, não o terreno.
Até porque qual seria o objetivo estratégico ali para ser alcançado via terrestre?
Já pela via fluvial é factível impor um bloqueio logístico, e pela via aérea idem. Sem suprimento vindo de barco ou avião, que está ali morre de fome.
Entendo a comparação com as Ardenas, mas ali é uma floresta e não uma selva; bem diferente da região que estamos falando.




[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
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gabriel219
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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#59 Mensagem por gabriel219 » Dom Jul 28, 2013 2:18 pm

Também tem a RR-404, que pode ser uma via de entrada para países que ataquem o Brasil.
Sapão, concordo com o que disse, creio que 5 NaPa Notriza VII, armados com um canhão Mk.4 de 40 mm ou quem dera um MK.110 de 57 mm seria incrível na região. Também acho que alguns CB 90, armados com morteiros 120 mm e se possível o AMOS daria uma capacidade excelente para o EB na região.
Como a Rios e etc, sou a favor de blindados anfíbios, para fazer translado dos rios, sobre lagartas e fortemente armados.
A melhor opção que encontrei foi o BVP-2M, modernização do BVP-2.
Gostaria de 12 AH-2 Sabre para o EB, que operassem em Boa Vista, junto com 3 Mi-26T2, para fazer transporte de tropas, suprimentos e blindados, já que pode transportar 20 toneladas e quem sabe mais alguns CH-47.




sapao
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Re: Sobre o futuro Reg de Cavalaria Blindado em Roraima

#60 Mensagem por sapao » Dom Jul 28, 2013 9:38 pm

Vão vir de onde pela RR-404?
O problema de blindados é exatamente COMO leva-los até o campo de batalha? Estando lá, como opera-los?
Se for para o cerrado de Roraima eu até entendo, fora isso pode esquecer. Quem já andou de carro em Manaus sabe como o terreno é irregular, e dentro da selva é a mesma coisa.

Impossível um blindado se locomover por entre árvores e elevações, caçando no mato um inimigo que ela não vai conseguir ver a 10,15 metros na vegetação.

Se fosse para colocar mais aeronaves na região, Boa Vista seria minha ultima opção EXATAMENTE por ser a mais frágil para um avanço por terra. E eu não colocaria helicópteros de grande porte, que significam também grandes áreas para sua operação!
Já imaginou abrir uma clareira para um MI-26 pousar na floresta?
Levar combustível para ele, que consome 2 TONELADAS por hora (folder do fabricante)!?

Se houvesse um combate de infantaria na selva daquela região, basta olharmos para o nosso vizinho Colômbia e aprendermos com eles: pequenas tropas de ação rápida apoiadas por helicópteros médios de transporte e ataque, com grande utilização de ISR e aeronaves. Não vemos os colombianos entrando com blindados, nem helicópteros de grande porte e nenhum outro equipamento pesado.




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