O Exército que temos e o Exército que precisamos

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos

#46 Mensagem por Valentim » Qui Nov 20, 2008 1:05 pm

SGT GUERRA escreveu: Por isso não. Tem mais de 50 anos que não se vê um assalto aeroterrestre e os para-quedistas estão em todos os exércitos.
Doutrina a gente desenvolve com a esperança de nunca usar.
Boa Guerra, Tudo bem?

A sua questão é muito interessante, pois até onde se sabe a única vez que o assalto paraquedista deu certo, foi na primeira vez que foi usado pelos alemães, depois disso, tiveram até que propor uma convenção de não atirar no PQDT, até ele chegar no chão...

Mas voltando a questão da Guerra na Selva, acredito que não funcionará contra os EUA (País que todo Militar com COS, deseja enfrentar), depois do que aconteceu no Vietnã. Mas se pelo menos funcionar contra o caudilho Hugo Chaves, já está de bom tamanho.




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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos

#47 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Nov 20, 2008 1:17 pm

Valentim escreveu:
SGT GUERRA escreveu: Por isso não. Tem mais de 50 anos que não se vê um assalto aeroterrestre e os para-quedistas estão em todos os exércitos.
Doutrina a gente desenvolve com a esperança de nunca usar.
Boa Guerra, Tudo bem?

A sua questão é muito interessante, pois até onde se sabe a única vez que o assalto paraquedista deu certo, foi na primeira vez que foi usado pelos alemães, depois disso, tiveram até que propor uma convenção de não atirar no PQDT, até ele chegar no chão...
Lamento estar a meter no diálogo entre o senhor e o SGT Guerra, mas como eu já disse ainda não à muito tempo houve operações aero-terrestres por parte dos Norte-Americanos. Quem pode esquecer o assalto feito pelo 2º REP em África?

É claro que estamos a falar de situações onde havia supremacia aérea...e isso nem sempre é possível.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

Portugal está morto e enterrado!!!

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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos

#48 Mensagem por Guerra » Qui Nov 20, 2008 1:23 pm

Valentim escreveu: Boa Guerra, Tudo bem?

A sua questão é muito interessante, pois até onde se sabe a única vez que o assalto paraquedista deu certo, foi na primeira vez que foi usado pelos alemães, depois disso, tiveram até que propor uma convenção de não atirar no PQDT, até ele chegar no chão...
Tudo bem, Valentim. Mas os paraquedistas estão por ai. e todo exército treina assalto paraquedista.
Mas voltando a questão da Guerra na Selva, acredito que não funcionará contra os EUA (País que todo Militar com COS, deseja enfrentar), depois do que aconteceu no Vietnã. Mas se pelo menos funcionar contra o caudilho Hugo Chaves, já está de bom tamanho.
E o que funcionaria contra eles (USA)?
(País que todo Militar com COS, deseja enfrentar)
Nem todos, e os que pensam assim tem que internar. :lol:




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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos

#49 Mensagem por Glauber Prestes » Qui Nov 20, 2008 3:25 pm

SGT GUERRA escreveu:
E o que funcionaria contra eles (USA)?
Pergunta pra Al qaeda e pro taleban.




http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos

#50 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Nov 20, 2008 3:28 pm

Só mesmo por aí, isso e uma boa guerrilha, altamente treinada e bastante motivada (nem precisa de estar muito equipada). Acho que é aí que o CIGS entra.

O Exército Português, usando a mesma mentalidade criou o COI (Curso de Operações Irregulares). Básicamente é um curso onde os Sargentos e Oficiais do Quadro Permanente aprendem a fazer guerrilha num cenário de ocupação efectiva por parte de um exército estrangeiro do território nacional.




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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos

#51 Mensagem por Guerra » Qui Nov 20, 2008 6:32 pm

cabeça de martelo escreveu: Lamento estar a meter no diálogo entre o senhor e o SGT Guerra, mas como eu já disse ainda não à muito tempo houve operações aero-terrestres por parte dos Norte-Americanos.
Aquela operação no Iraque não foi uma junção?

Quem pode esquecer o assalto feito pelo 2º REP em África?
Conta mais sobre essa operação.




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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos

#52 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Nov 21, 2008 8:40 am

Resgate em Kolwezi

Uma das mais espetaculares ações da Legião Estrangeira Francesa na África aconteceu em 1978, no Zaire, em apoio ao governo do presidente, general Mobutu.
No dia 13 de maio de 1978 cerca de 4 000 Tigres, guerrilheiros da Frente Nacional de Libertação do Congo, ocuparam a cidade de Kolwezi, na conturbada Província de Shaba (ex-Katanga), cortando as comunicações com a capital e infligindo grandes perdas ao exército governamental. Seguiu-se uma orgia de violência e matanças que atingiram centenas de europeus habitantes da região. No dia seguinte, o presidente Mobutu pediu a ajuda dos franceses. A resposta veio rapidamente.

A operação

Em 17 de maio, por volta das 10 horas, o 2º Regimento Estrangeiro de Pára-Quedistas da Legião Estrangeira, baseado em Calvi, Córsega, foi designado para se deslocar no prazo de seis horas. Mas as ordens executivas só chegaram à lh30 da madrugada seguinte. Às 8 horas o regimento estava na base aérea de Solenzara, pronto para partir.

O primeiro escalão embarcou naquela tarde em cinco DC-8 de carreira, seguidos pelo restante do contingente que foi junto com as armas e os veículos pesados, em aviões C-141 e C-5 da USAF. Os DC-8 aterrissaram no início da noite no porto de Kinshasa (capital do Zaire) e os legionários souberam que embarcariam para Kolwezi (a 2 000 km de distância) em quatro Hercules C-130 e em dois 'Transall C-160 da Força Aérea do Zaire. Teriam como tarefa resgatar todos os civis que estivessem aprisionados pelos rebeldes em Kolwezi e arredores. Pouco se sabia de concreto sobre o que acontecia em Kolwezi.

Os homens do 2° REP trabalharam toda a noite para se organizar e então foram colocados às pressas no avião. Poucos já tinham saltado de um C-130 e todos teriam de usar pára-quedas norte-americanos T-10, aos quais não estavam acostumados. Um pneu do C-160 estourou quando ele ia decolar e os legionários tiveram que ser distribuídos pelos outros cinco aviões. Oitenta pára-quedistas foram espremidos num avião feito para levar 66 pessoas. Eles não dormiam havia 48 horas. Depois de quatro horas de vôo, o 2° REP fez com sucesso seu primeiro salto operacional desde a derrota de Dien Bien Phu, e saltou diretamente sobre o objetivo e não a 1 km de distância, como fora previsto. Embora não houvesse resposta imediata, a ação foi rápida. A 1ª Companhia ocupou uma escola (Liceu João XXIII), a 2ª apoderou-se de um hospital e de uma oficina e a 3ª tomou o Hotel Impala e uma ponte.

A noite transcorreu com ações esporádicas e, na manhã seguinte, os quatro C-130 e um C-160 chegaram com o restante do regimento. O comandante achou que não se justificava o risco de um salto noturno e mandou os aviões seguirem até perto de Lubumbashi. Ao amanhecer voltaram para o local da operação e lançaram os homens e os equipamentos com êxito total. Enquanto tudo transcorria, os legionários em terra continuavam em sua tarefa de resgatar prisioneiros, impor ordem na cidade e enfrentar (muito duramente) os Tigres na FNLC. Por volta do meio-dia de 20 de maio (dois dias depois da primeira aterrissagem) a situação em Kinshasa estava sob controle suficiente para que a 4ª Companhia avançasse em direção à cidade de Metal Shaba, ao norte. Ali deparou com uma grande força inimiga - que dispunha de infantaria motorizada, apoiada por dois tanques leves de fabricação soviética, mas acabou logo com ela.

Aos primeiros clarões de 21 de maio, a maior parte dos veículos de transporte do regimento chegava de Lubumbashi, logo seguida pelo restante da unidade. Totalmente mobilizadas, as companhias passaram os dois dias seguintes percorrendo os arredores à procura de rebeldes e prisioneiros. Encontraram grupos de europeus aterrorizados pelas violências dos Tigres.

Vitória

No dia 28 de maio, o 2? REP da Legião Estrangeira recebeu ordens para ceder seu espaço a tropas belgas, marroquinas e zairenses que se aproximavam, e se deslocar para Lubumbashi, de onde voltaria à Córsega em aviões C-141 da USAF. Na sua rápida operação, o 2° Regimento foi o responsável direto pelo salvamento de 3 000 europeus e africanos leais ao governo Mobutu. Cerca de trezentos Tigres da FNLC foram mortos e 163 capturados, com grande quantidade de armas e munições. Cinco legionários morreram em combate e 25 ficaram feridos. Levando-se em conta o rápido deslocamento da Córsega para Kinshasa e a precariedade do vôo para Kolwezi, bem como as condições adversas do local dos combates, o desempenho dos legionários foi excepcional. Foi possível dizer que o lema não oficial da Legião - Démerdez vous - correspondeu aos acontecimentos de Kolwezi.

fonte: Resgate em Kolwezi

Uma das mais espetaculares ações da Legião Estrangeira Francesa na África aconteceu em 1978, no Zaire, em apoio ao governo do presidente, general Mobutu.
No dia 13 de maio de 1978 cerca de 4 000 Tigres, guerrilheiros da Frente Nacional de Libertação do Congo, ocuparam a cidade de Kolwezi, na conturbada Província de Shaba (ex-Katanga), cortando as comunicações com a capital e infligindo grandes perdas ao exército governamental. Seguiu-se uma orgia de violência e matanças que atingiram centenas de europeus habitantes da região. No dia seguinte, o presidente Mobutu pediu a ajuda dos franceses. A resposta veio rapidamente.

A operação

Em 17 de maio, por volta das 10 horas, o 2? Regimento Estrangeiro de Pára-Quedistas da Legião Estrangeira (2? REP), baseado em Calvi, Córsega, foi designado para se deslocar no prazo de seis horas. Mas as ordens executivas só chegaram à lh30 da madrugada seguinte. Às 8 horas o regimento estava na base aérea de Solenzara, pronto para partir.

O primeiro escalão embarcou naquela tarde em cinco DC-8 de carreira, seguidos pelo restante do contingente que foi junto com as armas e os veículos pesados, em aviões C-141 e C-5 da USAF. Os DC-8 aterrissaram no início da noite no porto de Kinshasa (capital do Zaire) e os legionários souberam que embarcariam para Kolwezi (a 2 000 km de distância) em quatro Hercules C-130 e em dois 'Transall C-160 da Força Aérea do Zaire. Teriam como tarefa resgatar todos os civis que estivessem aprisionados pelos rebeldes em Kolwezi e arredores. Pouco se sabia de concreto sobre o que acontecia em Kolwezi.

Os homens do 2° REP trabalharam toda a noite para se organizar e então foram colocados às pressas no avião. Poucos já tinham saltado de um C-130 e todos teriam de usar pára-quedas norte-americanos T-10, aos quais não estavam acostumados. Um pneu do C-160 estourou quando ele ia decolar e os legionários tiveram que ser distribuídos pelos outros cinco aviões. Oitenta pára-quedistas foram espremidos num avião feito para levar 66 pessoas. Eles não dormiam havia 48 horas. Depois de quatro horas de vôo, o 2° REP fez com sucesso seu primeiro salto operacional desde a derrota de Dien Bien Phu, e saltou diretamente sobre o objetivo e não a 1 km de distância, como fora previsto. Embora não houvesse resposta imediata, a ação foi rápida. A 1ª Companhia ocupou uma escola (Liceu João XXIII), a 2ª apoderou-se de um hospital e de uma oficina e a 3ª tomou o Hotel Impala e uma ponte.

A noite transcorreu com ações esporádicas e, na manhã seguinte, os quatro C-130 e um C-160 chegaram com o restante do regimento. O comandante achou que não se justificava o risco de um salto noturno e mandou os aviões seguirem até perto de Lubumbashi. Ao amanhecer voltaram para o local da operação e lançaram os homens e os equipamentos com êxito total. Enquanto tudo transcorria, os legionários em terra continuavam em sua tarefa de resgatar prisioneiros, impor ordem na cidade e enfrentar (muito duramente) os Tigres na FNLC. Por volta do meio-dia de 20 de maio (dois dias depois da primeira aterrissagem) a situação em Kinshasa estava sob controle suficiente para que a 4ª Companhia avançasse em direção à cidade de Metal Shaba, ao norte. Ali deparou com uma grande força inimiga - que dispunha de infantaria motorizada, apoiada por dois tanques leves de fabricação soviética, mas acabou logo com ela.

Aos primeiros clarões de 21 de maio, a maior parte dos veículos de transporte do regimento chegava de Lubumbashi, logo seguida pelo restante da unidade. Totalmente mobilizadas, as companhias passaram os dois dias seguintes percorrendo os arredores à procura de rebeldes e prisioneiros. Encontraram grupos de europeus aterrorizados pelas violências dos Tigres.





Vitória

No dia 28 de maio, o 2? REP da Legião Estrangeira recebeu ordens para ceder seu espaço a tropas belgas, marroquinas e zairenses que se aproximavam, e se deslocar para Lubumbashi, de onde voltaria à Córsega em aviões C-141 da USAF. Na sua rápida operação, o 2° Regimento foi o responsável direto pelo salvamento de 3 000 europeus e africanos leais ao governo Mobutu. Cerca de trezentos Tigres da FNLC foram mortos e 163 capturados, com grande quantidade de armas e munições. Cinco legionários morreram em combate e 25 ficaram feridos. Levando-se em conta o rápido deslocamento da Córsega para Kinshasa e a precariedade do vôo para Kolwezi, bem como as condições adversas do local dos combates, o desempenho dos legionários foi excepcional. Foi possível dizer que o lema não oficial da Legião - Démerdez vous - correspondeu aos acontecimentos de Kolwezi.

fonte: Resgate em Kolwezi

Uma das mais espetaculares ações da Legião Estrangeira Francesa na África aconteceu em 1978, no Zaire, em apoio ao governo do presidente, general Mobutu.
No dia 13 de maio de 1978 cerca de 4 000 Tigres, guerrilheiros da Frente Nacional de Libertação do Congo, ocuparam a cidade de Kolwezi, na conturbada Província de Shaba (ex-Katanga), cortando as comunicações com a capital e infligindo grandes perdas ao exército governamental. Seguiu-se uma orgia de violência e matanças que atingiram centenas de europeus habitantes da região. No dia seguinte, o presidente Mobutu pediu a ajuda dos franceses. A resposta veio rapidamente.

A operação

Em 17 de maio, por volta das 10 horas, o 2? Regimento Estrangeiro de Pára-Quedistas da Legião Estrangeira (2? REP), baseado em Calvi, Córsega, foi designado para se deslocar no prazo de seis horas. Mas as ordens executivas só chegaram à lh30 da madrugada seguinte. Às 8 horas o regimento estava na base aérea de Solenzara, pronto para partir.

O primeiro escalão embarcou naquela tarde em cinco DC-8 de carreira, seguidos pelo restante do contingente que foi junto com as armas e os veículos pesados, em aviões C-141 e C-5 da USAF. Os DC-8 aterrissaram no início da noite no porto de Kinshasa (capital do Zaire) e os legionários souberam que embarcariam para Kolwezi (a 2 000 km de distância) em quatro Hercules C-130 e em dois 'Transall C-160 da Força Aérea do Zaire. Teriam como tarefa resgatar todos os civis que estivessem aprisionados pelos rebeldes em Kolwezi e arredores. Pouco se sabia de concreto sobre o que acontecia em Kolwezi.

Os homens do 2° REP trabalharam toda a noite para se organizar e então foram colocados às pressas no avião. Poucos já tinham saltado de um C-130 e todos teriam de usar pára-quedas norte-americanos T-10, aos quais não estavam acostumados. Um pneu do C-160 estourou quando ele ia decolar e os legionários tiveram que ser distribuídos pelos outros cinco aviões. Oitenta pára-quedistas foram espremidos num avião feito para levar 66 pessoas. Eles não dormiam havia 48 horas. Depois de quatro horas de vôo, o 2° REP fez com sucesso seu primeiro salto operacional desde a derrota de Dien Bien Phu, e saltou diretamente sobre o objetivo e não a 1 km de distância, como fora previsto. Embora não houvesse resposta imediata, a ação foi rápida. A 1ª Companhia ocupou uma escola (Liceu João XXIII), a 2ª apoderou-se de um hospital e de uma oficina e a 3ª tomou o Hotel Impala e uma ponte.

A noite transcorreu com ações esporádicas e, na manhã seguinte, os quatro C-130 e um C-160 chegaram com o restante do regimento. O comandante achou que não se justificava o risco de um salto noturno e mandou os aviões seguirem até perto de Lubumbashi. Ao amanhecer voltaram para o local da operação e lançaram os homens e os equipamentos com êxito total. Enquanto tudo transcorria, os legionários em terra continuavam em sua tarefa de resgatar prisioneiros, impor ordem na cidade e enfrentar (muito duramente) os Tigres na FNLC. Por volta do meio-dia de 20 de maio (dois dias depois da primeira aterrissagem) a situação em Kinshasa estava sob controle suficiente para que a 4ª Companhia avançasse em direção à cidade de Metal Shaba, ao norte. Ali deparou com uma grande força inimiga - que dispunha de infantaria motorizada, apoiada por dois tanques leves de fabricação soviética, mas acabou logo com ela.

Aos primeiros clarões de 21 de maio, a maior parte dos veículos de transporte do regimento chegava de Lubumbashi, logo seguida pelo restante da unidade. Totalmente mobilizadas, as companhias passaram os dois dias seguintes percorrendo os arredores à procura de rebeldes e prisioneiros. Encontraram grupos de europeus aterrorizados pelas violências dos Tigres.





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Uma das mais espetaculares ações da Legião Estrangeira Francesa na África aconteceu em 1978, no Zaire, em apoio ao governo do presidente, general Mobutu.
No dia 13 de maio de 1978 cerca de 4 000 Tigres, guerrilheiros da Frente Nacional de Libertação do Congo, ocuparam a cidade de Kolwezi, na conturbada Província de Shaba (ex-Katanga), cortando as comunicações com a capital e infligindo grandes perdas ao exército governamental. Seguiu-se uma orgia de violência e matanças que atingiram centenas de europeus habitantes da região. No dia seguinte, o presidente Mobutu pediu a ajuda dos franceses. A resposta veio rapidamente.

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O primeiro escalão embarcou naquela tarde em cinco DC-8 de carreira, seguidos pelo restante do contingente que foi junto com as armas e os veículos pesados, em aviões C-141 e C-5 da USAF. Os DC-8 aterrissaram no início da noite no porto de Kinshasa (capital do Zaire) e os legionários souberam que embarcariam para Kolwezi (a 2 000 km de distância) em quatro Hercules C-130 e em dois 'Transall C-160 da Força Aérea do Zaire. Teriam como tarefa resgatar todos os civis que estivessem aprisionados pelos rebeldes em Kolwezi e arredores. Pouco se sabia de concreto sobre o que acontecia em Kolwezi.

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Aos primeiros clarões de 21 de maio, a maior parte dos veículos de transporte do regimento chegava de Lubumbashi, logo seguida pelo restante da unidade. Totalmente mobilizadas, as companhias passaram os dois dias seguintes percorrendo os arredores à procura de rebeldes e prisioneiros. Encontraram grupos de europeus aterrorizados pelas violências dos Tigres.





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No dia 28 de maio, o 2? REP da Legião Estrangeira recebeu ordens para ceder seu espaço a tropas belgas, marroquinas e zairenses que se aproximavam, e se deslocar para Lubumbashi, de onde voltaria à Córsega em aviões C-141 da USAF. Na sua rápida operação, o 2° Regimento foi o responsável direto pelo salvamento de 3 000 europeus e africanos leais ao governo Mobutu. Cerca de trezentos Tigres da FNLC foram mortos e 163 capturados, com grande quantidade de armas e munições. Cinco legionários morreram em combate e 25 ficaram feridos. Levando-se em conta o rápido deslocamento da Córsega para Kinshasa e a precariedade do vôo para Kolwezi, bem como as condições adversas do local dos combates, o desempenho dos legionários foi excepcional. Foi possível dizer que o lema não oficial da Legião - Démerdez vous - correspondeu aos acontecimentos de Kolwezi.

Resgate em Kolwezi

Uma das mais espetaculares ações da Legião Estrangeira Francesa na África aconteceu em 1978, no Zaire, em apoio ao governo do presidente, general Mobutu.
No dia 13 de maio de 1978 cerca de 4 000 Tigres, guerrilheiros da Frente Nacional de Libertação do Congo, ocuparam a cidade de Kolwezi, na conturbada Província de Shaba (ex-Katanga), cortando as comunicações com a capital e infligindo grandes perdas ao exército governamental. Seguiu-se uma orgia de violência e matanças que atingiram centenas de europeus habitantes da região. No dia seguinte, o presidente Mobutu pediu a ajuda dos franceses. A resposta veio rapidamente.

A operação

Em 17 de maio, por volta das 10 horas, o 2? Regimento Estrangeiro de Pára-Quedistas da Legião Estrangeira (2? REP), baseado em Calvi, Córsega, foi designado para se deslocar no prazo de seis horas. Mas as ordens executivas só chegaram à lh30 da madrugada seguinte. Às 8 horas o regimento estava na base aérea de Solenzara, pronto para partir.

O primeiro escalão embarcou naquela tarde em cinco DC-8 de carreira, seguidos pelo restante do contingente que foi junto com as armas e os veículos pesados, em aviões C-141 e C-5 da USAF. Os DC-8 aterrissaram no início da noite no porto de Kinshasa (capital do Zaire) e os legionários souberam que embarcariam para Kolwezi (a 2 000 km de distância) em quatro Hercules C-130 e em dois 'Transall C-160 da Força Aérea do Zaire. Teriam como tarefa resgatar todos os civis que estivessem aprisionados pelos rebeldes em Kolwezi e arredores. Pouco se sabia de concreto sobre o que acontecia em Kolwezi.

Os homens do 2° REP trabalharam toda a noite para se organizar e então foram colocados às pressas no avião. Poucos já tinham saltado de um C-130 e todos teriam de usar pára-quedas norte-americanos T-10, aos quais não estavam acostumados. Um pneu do C-160 estourou quando ele ia decolar e os legionários tiveram que ser distribuídos pelos outros cinco aviões. Oitenta pára-quedistas foram espremidos num avião feito para levar 66 pessoas. Eles não dormiam havia 48 horas. Depois de quatro horas de vôo, o 2° REP fez com sucesso seu primeiro salto operacional desde a derrota de Dien Bien Phu, e saltou diretamente sobre o objetivo e não a 1 km de distância, como fora previsto. Embora não houvesse resposta imediata, a ação foi rápida. A 1ª Companhia ocupou uma escola (Liceu João XXIII), a 2ª apoderou-se de um hospital e de uma oficina e a 3ª tomou o Hotel Impala e uma ponte.

A noite transcorreu com ações esporádicas e, na manhã seguinte, os quatro C-130 e um C-160 chegaram com o restante do regimento. O comandante achou que não se justificava o risco de um salto noturno e mandou os aviões seguirem até perto de Lubumbashi. Ao amanhecer voltaram para o local da operação e lançaram os homens e os equipamentos com êxito total. Enquanto tudo transcorria, os legionários em terra continuavam em sua tarefa de resgatar prisioneiros, impor ordem na cidade e enfrentar (muito duramente) os Tigres na FNLC. Por volta do meio-dia de 20 de maio (dois dias depois da primeira aterrissagem) a situação em Kinshasa estava sob controle suficiente para que a 4ª Companhia avançasse em direção à cidade de Metal Shaba, ao norte. Ali deparou com uma grande força inimiga - que dispunha de infantaria motorizada, apoiada por dois tanques leves de fabricação soviética, mas acabou logo com ela.

Aos primeiros clarões de 21 de maio, a maior parte dos veículos de transporte do regimento chegava de Lubumbashi, logo seguida pelo restante da unidade. Totalmente mobilizadas, as companhias passaram os dois dias seguintes percorrendo os arredores à procura de rebeldes e prisioneiros. Encontraram grupos de europeus aterrorizados pelas violências dos Tigres.





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No dia 28 de maio, o 2? REP da Legião Estrangeira recebeu ordens para ceder seu espaço a tropas belgas, marroquinas e zairenses que se aproximavam, e se deslocar para Lubumbashi, de onde voltaria à Córsega em aviões C-141 da USAF. Na sua rápida operação, o 2° Regimento foi o responsável direto pelo salvamento de 3 000 europeus e africanos leais ao governo Mobutu. Cerca de trezentos Tigres da FNLC foram mortos e 163 capturados, com grande quantidade de armas e munições. Cinco legionários morreram em combate e 25 ficaram feridos. Levando-se em conta o rápido deslocamento da Córsega para Kinshasa e a precariedade do vôo para Kolwezi, bem como as condições adversas do local dos combates, o desempenho dos legionários foi excepcional. Foi possível dizer que o lema não oficial da Legião - Démerdez vous - correspondeu aos acontecimentos de Kolwezi.

Resgate em Kolwezi

Uma das mais espetaculares ações da Legião Estrangeira Francesa na África aconteceu em 1978, no Zaire, em apoio ao governo do presidente, general Mobutu.
No dia 13 de maio de 1978 cerca de 4 000 Tigres, guerrilheiros da Frente Nacional de Libertação do Congo, ocuparam a cidade de Kolwezi, na conturbada Província de Shaba (ex-Katanga), cortando as comunicações com a capital e infligindo grandes perdas ao exército governamental. Seguiu-se uma orgia de violência e matanças que atingiram centenas de europeus habitantes da região. No dia seguinte, o presidente Mobutu pediu a ajuda dos franceses. A resposta veio rapidamente.

A operação

Em 17 de maio, por volta das 10 horas, o 2? Regimento Estrangeiro de Pára-Quedistas da Legião Estrangeira (2? REP), baseado em Calvi, Córsega, foi designado para se deslocar no prazo de seis horas. Mas as ordens executivas só chegaram à lh30 da madrugada seguinte. Às 8 horas o regimento estava na base aérea de Solenzara, pronto para partir.

O primeiro escalão embarcou naquela tarde em cinco DC-8 de carreira, seguidos pelo restante do contingente que foi junto com as armas e os veículos pesados, em aviões C-141 e C-5 da USAF. Os DC-8 aterrissaram no início da noite no porto de Kinshasa (capital do Zaire) e os legionários souberam que embarcariam para Kolwezi (a 2 000 km de distância) em quatro Hercules C-130 e em dois 'Transall C-160 da Força Aérea do Zaire. Teriam como tarefa resgatar todos os civis que estivessem aprisionados pelos rebeldes em Kolwezi e arredores. Pouco se sabia de concreto sobre o que acontecia em Kolwezi.

Os homens do 2° REP trabalharam toda a noite para se organizar e então foram colocados às pressas no avião. Poucos já tinham saltado de um C-130 e todos teriam de usar pára-quedas norte-americanos T-10, aos quais não estavam acostumados. Um pneu do C-160 estourou quando ele ia decolar e os legionários tiveram que ser distribuídos pelos outros cinco aviões. Oitenta pára-quedistas foram espremidos num avião feito para levar 66 pessoas. Eles não dormiam havia 48 horas. Depois de quatro horas de vôo, o 2° REP fez com sucesso seu primeiro salto operacional desde a derrota de Dien Bien Phu, e saltou diretamente sobre o objetivo e não a 1 km de distância, como fora previsto. Embora não houvesse resposta imediata, a ação foi rápida. A 1ª Companhia ocupou uma escola (Liceu João XXIII), a 2ª apoderou-se de um hospital e de uma oficina e a 3ª tomou o Hotel Impala e uma ponte.

A noite transcorreu com ações esporádicas e, na manhã seguinte, os quatro C-130 e um C-160 chegaram com o restante do regimento. O comandante achou que não se justificava o risco de um salto noturno e mandou os aviões seguirem até perto de Lubumbashi. Ao amanhecer voltaram para o local da operação e lançaram os homens e os equipamentos com êxito total. Enquanto tudo transcorria, os legionários em terra continuavam em sua tarefa de resgatar prisioneiros, impor ordem na cidade e enfrentar (muito duramente) os Tigres na FNLC. Por volta do meio-dia de 20 de maio (dois dias depois da primeira aterrissagem) a situação em Kinshasa estava sob controle suficiente para que a 4ª Companhia avançasse em direção à cidade de Metal Shaba, ao norte. Ali deparou com uma grande força inimiga - que dispunha de infantaria motorizada, apoiada por dois tanques leves de fabricação soviética, mas acabou logo com ela.

Aos primeiros clarões de 21 de maio, a maior parte dos veículos de transporte do regimento chegava de Lubumbashi, logo seguida pelo restante da unidade. Totalmente mobilizadas, as companhias passaram os dois dias seguintes percorrendo os arredores à procura de rebeldes e prisioneiros. Encontraram grupos de europeus aterrorizados pelas violências dos Tigres.





Vitória

No dia 28 de maio, o 2? REP da Legião Estrangeira recebeu ordens para ceder seu espaço a tropas belgas, marroquinas e zairenses que se aproximavam, e se deslocar para Lubumbashi, de onde voltaria à Córsega em aviões C-141 da USAF. Na sua rápida operação, o 2° Regimento foi o responsável direto pelo salvamento de 3 000 europeus e africanos leais ao governo Mobutu. Cerca de trezentos Tigres da FNLC foram mortos e 163 capturados, com grande quantidade de armas e munições. Cinco legionários morreram em combate e 25 ficaram feridos. Levando-se em conta o rápido deslocamento da Córsega para Kinshasa e a precariedade do vôo para Kolwezi, bem como as condições adversas do local dos combates, o desempenho dos legionários foi excepcional. Foi possível dizer que o lema não oficial da Legião - Démerdez vous - correspondeu aos acontecimentos de Kolwezi.

Tirei este texto de um site brasileiros Tropas de elite (?)




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos

#53 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Nov 21, 2008 8:48 am

No Iraque já é mais complicado. Lembro-me de ver na TV Páras da 82nd Airborne Division no Norte do Iraque, que tinham saltado e ocupado várias antigas bases aéreas da Força Aérea Iraquina. Para além disso eles também saltaram no Afeganistão e antes disso no Panamá e podiamos continuar.




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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos

#54 Mensagem por ciclope » Qua Abr 01, 2009 5:38 pm

Senhores lendo uma noticia do site da globo.com, na qual se anunciava o corte de 50% do numero de recrutas do serviço militar obrigatório alem da tristeza aliviada em parte pela manutenção das aquisições de material de defesa, me ocorreu um pensamento.
O que vale mais apena na atualidade em matéria de defesa: Ter um exército flutuante de 200.000 homens mal pagos, treinados e equipados? Ou um exército de 100.000, numero fixo em serviço, de forma voluntária por um período de 5 anos bem pagos,treinados e equipados, dotados de grande poder de fogo e capacidade de deslocamento?
Esse pensamento me veio a mente por três motivos:
1º-Na atualidade não há mais a necessidade de um exército numeroso para se guerrear. Pelo menos a guerra de desgaste que seria o caso aqui na America do sul.
2º-Com um número fixo de tropas, mesmo que pequeno em números porem de grande poder de fogo, não ficaríamos a mercê da vontade dos políticos de ocasião.
3º- Com um exército desse porte, que em minha opinião e o número mínimo com o qual poderíamos operar de forma permanente, no momento não teríamos nenhum rival regional a altura.
O que os senhores acham dessa idéia?




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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos

#55 Mensagem por Vinicius Pimenta » Qua Abr 01, 2009 9:01 pm

Será mesmo que essa questão do tamanho versus capacidade já foi superada? Já é senso comum que um Exército de 100 mil homens é melhor do que um de 200 mil?

Olha, não tenho dúvidas que em um conflito aos moldes da última guerra no Iraque, uma força menor altamente preparada e equipada é suficiente para derrotar o inimigo convencionalmente. Mas e depois? Como manter? Como fazer um rodízio de tropas? Os EUA sozinhos têm cerca de 150 mil soldados no Iraque. A coalização tem ao todo cerca de 300 mil soldados, dizem. Só em empresas de segurança há quase 50 mil homens por lá. Isso sem falar nas forças de segurança iraquianas. E mesmo assim acho que é dispensável dizer como foram as coisas por lá. Detalhe, o Iraque tem pouco mais de 438 mil km² de área. O Brasil tem mais de 8,5 milhões km²...

Alguém pode afirmar que não é mais preciso Exércitos numerosos em guerras? Sim, porque se for pra destruir o inimigo, de repente nem precisa de Exército, só de Força Aérea e Marinha bombardeando. Mas se é preciso entrar, conquistar terreno, manter ocupação, você vai precisar de um Exército razoavelmente grande.




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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos

#56 Mensagem por Piffer » Qua Abr 01, 2009 9:24 pm

Detalhe, o Iraque tem pouco mais de 438 mil km² de área.
Só para comparar, o Iraque é bem menor que Minas Gerais. E com um relevo bem menos complicado.

Já diziam os bons e velhos russos: a quantidade é uma qualidade difícil de superar.
Com um número fixo de tropas, mesmo que pequeno em números porem de grande poder de fogo, não ficaríamos a mercê da vontade dos políticos de ocasião.
Tudo sempre é (e tem que ser assim) vontade política. Uma tal de democracia funciona assim.

As forças armadas não fazem seu orçamento. O orçamento vem do congresso. Você acha que se o EB tivesse 100 unidades operacionais, ao invés de 300, o congresso manteria o mesmo orçamento?

Abraços,




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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos

#57 Mensagem por delmar » Qua Abr 01, 2009 10:45 pm

Piffer escreveu:
Detalhe, o Iraque tem pouco mais de 438 mil km² de área.
Só para comparar, o Iraque é bem menor que Minas Gerais. E com um relevo bem menos complicado.

Já diziam os bons e velhos russos: a quantidade é uma qualidade difícil de superar.
Com um número fixo de tropas, mesmo que pequeno em números porem de grande poder de fogo, não ficaríamos a mercê da vontade dos políticos de ocasião.
Tudo sempre é (e tem que ser assim) vontade política. Uma tal de democracia funciona assim.

As forças armadas não fazem seu orçamento. O orçamento vem do congresso. Você acha que se o EB tivesse 100 unidades operacionais, ao invés de 300, o congresso manteria o mesmo orçamento?

Abraços,

Um país com a população do Brasil deve ter um exército proporcional ao seu tamanho, principalmente ter uma grande reserva. Concordo com os russos - A quantidade é uma qualidade difícil de superar.

saudações




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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos

#58 Mensagem por ciclope » Qua Abr 01, 2009 11:15 pm

Piffer, não manteriam o mesmo orçamento não, com certeza, porem com um determinado numero de soldados sob um regime de contrato de 5 anos, acredito que pelo menos não haveria uma redução do porte que teve essa de agora!
É vinicios, você falou certo, uma força de ocupação deve ser muito numerosa. Porem em se tratando de America do sul provavelmente não iremos em caso de agressão não adotaremos a tática da ocupação de território.
Usaremos a tática da guerra do desgaste, senão destruição da força atacante!
Mesmo assim deque adiantou um exercito numeroso como o iraquiano durante a guerra e o de coalizão após a guerra?
De nada, só acalmaram a situação por causa dos acordos com os chiitas que são a maioria por lá; do contrário já era.
É no caso de o Brasil ser invadido o que e muito difísil devido ao nosso tamanho, basta recrutar voluntários. Gente prá pegar em armas e que não falta!




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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos

#59 Mensagem por Piffer » Qua Abr 01, 2009 11:28 pm

Os melhores soldados ficam por até oito anos, com seu "contrato" sendo renovado ano a ano. Se não corresponder ao que se espera dele, vai embora. Acho uma solução melhor do que contratar por cinco anos sem conhecer a figura.

Abraços,




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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos

#60 Mensagem por Vinicius Pimenta » Qui Abr 02, 2009 1:03 am

Ciclope, você não pode garantir que o Brasil não se envolveria em um conflito que exigisse ocupação. Você não pode querer dimensionar suas forças baseado em "eu acho" ou "provavelmente". As Forças Armadas são dimensionadas por capacidades, que são determinadas através das Hipóteses de Emprego. Guerra não é jogo que você vai lá, destroi tudo, vence, desliga o video-game e pronto. O exemplo do Iraque é bem claro. A Coalizão tem centenas de milhares de soldados num território menor que Minas Gerais e a situação por lá dispensa maiores comentários. Forças Armadas não se improvisam. Leva tempo para você formar material humano.




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