MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

[Bourne]

[Sterrius]

A capa da veja está padrão. Até meio engraçada no estilo quadrinhos. Até surpreende por estar relativamente neutra.

A Exame, bem... andou bebendo ou fumando algo forte! (ja que falar de intervencionismo essa semana quando ela faz justamente ao contrario ao abrir o mercado com vários planos para a industria é meio complicado).

[Túlio]

É, acho que a Presidente está calando muitas bocas ao trabalhar SÉRIO, coisa a que estamos pouco acostumados...

[Centurião]

Acho baixa a probabilidade do Mexico nos ultrapassar em termos de PIB seja ele geral ou industrial.

O setor industrial do Mexico ainda vive de maquiladoras. Existe um dado muito interessante que mostra isso: se tiver acesso aos numeros do consumo eletrico do setor industrial do Brasil e do Mexico, e possivel notar essa grande diferenca.

Por fim, o Mexico ainda tem serios desafios economicos e financeiros como o comercio exterior baseado em grande parte em vendas ao mercado americano, grande concorrencia por mercado nao-americano para seus produtos industriais de maquiladoras e grande dependencia do governo com a estatal de petroleo (que e ineficiente e um cabide de empregos).

Estamos falando aqui somente de problemas economicos. Ha outros grandes problemas como a contaminacao dos sistemas politico, judiciario e policial com os carteis de drogas.

Acho que temos que olhar muito mais para os exemplos dos paises asiaticos bem-sucedidos como Coreia do Sul, Japao e ate mesmo China. Nesses paises (principalmente na Coreia) houve uma transformacao em uma (ou duas) geracoes. Precisamos de reformas tributarias, trabalhistas sim, mas tambem de reformas na educacao como as que mudaram a vida de muitas pessoas nesses paises.

O Brasil ja e um pais de grande mobilidade social com uma economia dinamica. Uma educacao de qualidade e integral seria o catalisador disso.

[Sterrius]

Eu não subestimaria tanto o Mexico. Sim, dependem dos americanos mas é um país que tb ja teve seus momentos dourados.

Se o Brasil vacilar como a news falou vai ser passado sem dó. Mas mesmo a materia reconhece. Que quem vai determinar se somos ou não passados somos nós mesmos. O brasil tem +potencial. Se não usarmos é culpa nossa, não brilhantismo mexicano.

[Bourne]

O México e os países asiáticos possuem grande dependência do mercado norte-americano. Na última década que estão aprimorando seus produtos e diversificando mercado. Neste contexto aproveita ser vizinho do Grande Satã para fazer a ponte. Estão construindo alternativas dentro de um contexto global.

Enquanto o Brasil tem empresas que produzem para o mercado interno e possuem dificuldades de competir externamente. Nem mesmo na América do Sul conseguem se firmar e perdem para os asiáticos. Quando se compara os números do brasil com demais emergentes e vizinhos da América do Sul começa a parecer piada. Semestre passado conseguiu crescer menos que a Alemanha. E para o ano se desenha um número medíocre.

Pode surpreender muitos. Porém nos anos 1980s os coreanos vinham ao Brasil aprender como construir industria pesada. Estudos como Jorge Katz mostram o modelo de substituição de importações deu certo até idos dos anos 1980s quando estavam agregando valor e tecnologia a seus produtos. Sendo capazes de competir no mercado internacional em determinados setores. A crise seguida da abertura dos anos 1990 acabou matando o processo. Criando uma economia viciada no consumo, na atração de capital externo para financiar o crescimento, dificuldades na criação e introdução no mercado interno e externo de bens de maior tecnologia e valor agregado e dependente dos humores do mercado internacional.

Algo está muito errado no modelo brasileiro. Basear o crescimento em consumo de curto prazo e deixar as empresas se acomodarem na estrutura de mercado oligopolizado não está dando. E deixa cada vez mais dependente por que não gera mudanças na estrutura produtiva. Não adianta discursos e belos planos. Precisa de uma mudança real e ativa.

A instabilidade faz parte do desenvolvimento. Não se muda uma sociedade gradualmente. Olhem a história da Alemanha e Coreia. Foram países extremamente instáveis. O uso de subsídios, direcionamentos, empresas estatais, incetivos de todo o tipo fazem parte do jogo e são utilizados por países desenvolvidos e em desenvolvimento. O importante que as políticas cumpram seus objetivos. Quando se estudas as sociedades orientas se compreende bem mais o sentido de construção de uma nação. Quando digo orientais vai da Alemanha ao Japão. São experiências muito ricas e dão perspectivas bem diferentes das perpectivas liberais ortodoxas e heterodoxas anglo-saxãs.

[Clermont]

A um passo da sucata.

“O que uma pessoa sensata faz no começo, os tolos fazem no fim” (Warren Buffet).

Sandro Vaia - Blog do Noblat - 17.8.2012.

Não deixa de ser um tanto patético que em pleno ano de 2012, quando o século começa a dar seus passinhos de pré-adolescente , ainda se discuta nas mesas de botequim se aquilo que a dona Dilma quer fazer com vários itens da dizimada infra-estrutura brasileira deva ser chamado de privatização ou de concessão.

Imaginem a China discutindo isso. Vê lá se Deng Xiao Ping, que achava glorioso enriquecer e não se importava com a cor do gato, desde que ele caçasse o rato, tendo que dar um jeito de alimentar 1,2 bilhões de pessoas, perderia seu tempo em debate desse tipo de besteira. Provavelmente os chineses ainda estariam fumando ópio.

Mas que nada: o Brasil é um país extremamente adiantado, e embora ainda não passe do 84º lugar no Indice de Desenvolvimento Humano e do 88º no ranking mundial de educação, e ainda tenha que garantir a sobrevivência de uma terça parte de sua população alimentando-a, praticamente, a cupons de subsistência, discute nos jornais, nas cátedras acadêmicas e nos botequins da esquina se a concessão é uma privatização ou se a privatização é uma concessão.

A falta de senso de ridículo é uma das fragilidades que atestam o subdesenvolvimento mental de uma Nação. Ser a sexta economia do mundo às vezes pode não significar nada além do registro de um acúmulo de produção de riquezas agrícolas ou minerais que não tem nenhum parentesco com qualquer espécie de desenvolvimento civilizacional.

Ou seja: plantar e colher toneladas de soja ou escavar toneladas de minério de ferro não significa necessariamente parentesco ou proximidade com a civilização.

A presidente anunciou na quarta feira um ambicioso programa de privatização, que mesmo com todo o esforço que ela fez para apelidar de concessão, vem a dar na mesma: à iniciativa privada serão dadas condições de investir 133 bilhões de reais em estradas e ferrovias para duplicar a sua capacidade em 5 anos.

Somando tudo isso aos investimentos previstos em portos e aeroportos (estes mais urgentes por causa da proximidades da Copa e dos Jogos Olímpicos) o governo não apenas reconhece que grande parte da infraestrutura do País está estraçalhada, como o fato óbvio de que não tem recursos para recuperá-la e nem capacidade gerencial para executar essa recuperação.

E o que é mais gritante e óbvio: não há mais tempo a perder, sob pena de paralisar de vez a capacidade produtiva do País, já contida por uma série de gargalos.

A discussão estúpida pode continuar nas cátedras, nos partidos, nas redes sociais, nos cafofos e nos bilhares do boteco da esquina: privatização ou concessão, esse programa é a última chance de tirar o país do sucateamento.

[Enlil]

...

Se não "age" na visão do mercado é porque é "ideologizado", corrupto e incompetente; se age é porque assumiu sua incompetência. Só os governos paulistas dos homens bons são capazes de governar o "BraZil"...

[Andre Correa]

A um passo da sucata.

“O que uma pessoa sensata faz no começo, os tolos fazem no fim” (Warren Buffet).

Sandro Vaia - Blog do Noblat - 17.8.2012.

Somando tudo isso aos investimentos previstos em portos e aeroportos (estes mais urgentes por causa da proximidades da Copa e dos Jogos Olímpicos) o governo não apenas reconhece que grande parte da infraestrutura do País está estraçalhada, como o fato óbvio de que não tem recursos para recuperá-la e nem capacidade gerencial para executar essa recuperação.

E o que é mais gritante e óbvio: não há mais tempo a perder, sob pena de paralisar de vez a capacidade produtiva do País, já contida por uma série de gargalos.

A discussão estúpida pode continuar nas cátedras, nos partidos, nas redes sociais, nos cafofos e nos bilhares do boteco da esquina: privatização ou concessão, esse programa é a última chance de tirar o país do sucateamento.[/size]

Muito boa a matéria. Serve para demonstrar que as pessoas estão atentas a real situação, e não há como comemorar para disfarçar ou esconder os defeitos. Somente aqueles com a visão mais deturpada não conseguem, ou não querem, enxergar os erros, e o desespero, as vezes descoordenado, de tentar resolver-se.

À Sra. Presidenta, eu dou-lhe minhas congratulações, pois o seu trabalho não deve ser fácil, ainda mais com a herança "maldita" deixada pelo seu antecessor, onde a sua postura de trabalho entrou em choque com a "folga" que o resto encontrava-se. E realmente ela merece um 2º mandato, para que consiga organizar a infraestrutura do Brasil, mesmo que a custo, penalizatório, das nossas expectativas militares.

É tanta coisa para se arranjar, tanta gente incompetente, que já passou, e que está actualmente, para aturar, em nome da boa amizade entre os partidos, que eu não gostava de estar na pele dela...

Como diz o Lima, está na hora de o Brasil definir o que quer ser quando crescer...

[Boss]

...

Se não "age" na visão do mercado é porque é "ideologizado", corrupto e incompetente; se age é porque assumiu sua incompetência. Só os governos paulistas dos homens bons são capazes de governar o "BraZil"...

Você queria o que de algo que saiu da caverna do Noblat ?


Ali só sai coisa do nível de seção de comentários da Folha, pra baixo. Quando a coisa é uma bosta, transformam em uma merdona galáctica, se é uma coisa boa, transformam em uma bosta. Nunca estará bom.

Lembrando que o parceiro de empresa do Noblat, o Merval, deixava o "ex-homem bom e íntegro" Demóstenes Torres escrever na sua coluna.

[Clermont]

Privatização começa a ser política de Estado (Editorial).

O Globo - 17.08.12.

Entendem-se os cuidados semânticos da presidente Dilma. Afinal, seu partido soube manipular o tema da privatização, na campanha eleitoral de 2006, para tachar o candidato de oposição Geraldo Alckmin de perigoso “privatista”, e assim fragilizá-lo no segundo turno daquelas eleições presidenciais, ganho por Lula.

Por isso, Dilma e equipe fazem contorcionismos para tentar provar que “concessão” não é “privatização”. Mas a discussão é pueril, diante do que é importante: o governo se rendeu ao óbvio, à necessidade de ceder à iniciativa privada parte da infraestrutura de transportes do país.

Embora haja inevitável exploração partidária, o lucro da mudança de rumo é da sociedade, porque privatizar começa a ser uma política de Estado, independentemente de quem esteja no poder. É o que se espera.

Dilma, em certa medida, repete o candidato Lula quando ele, na campanha de 2002, assinou a Carta ao Povo Brasileiro, para garantir que não executaria os delírios prometidos do palanque pelo PT, durante os tempos de oposição. E não executou mesmo. Preservou princípios consagrados em qualquer país de economia de mercado com alguma maturidade institucional: respeito aos contratos, BC com alguma margem de autonomia, metas de inflação, câmbio flutuante.

Como o figurino ideológico petista deriva do dirigismo destilado na primeira metade do século passado, há sempre algum cacoete estatista nas ações de governo desde 2003, embora este modelo tenha tido a falência decretada na década de 80.

A correção de rota, agora, com as concessões, em bases mais racionais, de estradas, ferrovias e, em breve, portos e aeroportos, reparará erros derivados deste dogma.

O Planalto, enfim, se rendeu ao fato de que os investimentos públicos não conseguem assumir o papel que deveriam ter na infraestrutura, por deficiências gerenciais e até mesmo constrangimento fiscal, diante da realidade de um Estado convertido em provedor de pessoas, via “bolsas” e contas previdenciárias.

Sem considerar a já elevada folha de pagamento de servidores, sob risco de ser ainda mais inflada, caso o Palácio ceda a grevistas já bastante bem remunerados.

Destaque-se, no pacote anunciado anteontem, o esvaziamento da estatal Valec, convertida pelo fisiologismo de petistas em moeda de troca para obter apoio político. A empresa foi “doada”, ainda no primeiro governo Lula, ao antigo PL, rebatizado depois de PR, partido que montou, na empresa e no próprio Ministério dos Transportes, um balcão de negociatas.

O escândalo explodiu no início do governo Dilma. No caso da Valec, o ex-presidente da estatal José Francisco das Neves, o disputado Juquinha, chegou a ser preso pela PF, com mulher e filho, por ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro — certamente desviado de obras ferroviárias (Norte-Sul).

O programa continuará a ser esmiuçado. Cabe, a partir de agora, acompanhá-lo, para que a burocracia não atravanque a sua tramitação, por incompetência e/ou sabotagem ideológica.

[Andre Correa]

Já já alguém desqualifica a matéria, afinal, nada disso é verdade na Paraisolândia

[Enlil]

"Desqualifica" quem tem a "visão deturpada" de VIVER dia-a-dia a REALIDADE BRASILEIRA, não atráves do que lê na internet ou escuta de opiniões tendenciosas politicamente. A realidade que é formadora de opinião do governo "catastrófico" que tem mais de 70% de aprovação popular. A realidade que faz a sociedade brasileira se lembrar muita bem o que foram os anos 90; a realidade que causa o pânico nos candiadatos da posição durante as eleições com a idéia de defender em público o "magistral" legado de seu "príncipe"; a realidade que faz um candidato da oposição ter como chavão de campanha o "Brasil pode mais" ...

O governo tem seus problemas de inércia e corrupção mas a oposição consegue ser MUITO PIOR. É elitista, não respeita a dignidade nacional, é lesa-pátria. É por isso que irão perder de novo em 2014. A sociedade brasileira aos poucos está tendo maturidade para escolher o que quer, e NÃO QUER, para seu futuro.

[Clermont]

O padrão suicida das greves.

RUTH DE AQUINO - Época - 17.08.12.

“A Polícia Federal está com concurso na rua, salário inicial de R$ 7.700 para agentes e escrivães, funções de nível superior. Você acha que esses salários são exorbitantes em relação às atividades que esses profissionais desempenham?”

Recebi esse e-mail de um leitor da coluna, incomodado com minha crítica suave às greves dos servidores públicos federais. Greves que considerei irresponsáveis por infernizar a vida de inocentes que ganham bem menos. Como o piso dos jornalistas – profissão que também exige diploma universitário e pode incluir riscos de vida – varia entre pouco mais de R$ 1.000 e pouco mais de R$ 2.000, respondi que os servidores parados estão descolados da realidade do país.

Será difícil para grevistas com estabilidade e salários em torno de R$ 10.000 ganhar apoio, ainda mais pelo desrespeito à população. Por que os 300 mil funcionários parados não vão para Brasília e fazem um protesto gigante na Praça dos Três Poderes? Talvez porque o ar esteja seco demais na Capital. Dá preguiça. Exige planejamento.

O motivo principal é que protestos democráticos não causam o prejuízo emocional e financeiro de bloqueios em estradas, aeroportos, portos, hospitais e universidades.

O leitor desta coluna tem a resposta para o impasse – ele convida todos a fazer parte da casta dos servidores: “Os salários do funcionalismo são um pouco mais altos para reter no serviço público funcionários compromissados, que desempenham atividades essenciais ao funcionamento do país, como se pode inferir dos transtornos que temos observado nos últimos dias. Se tais salários são invejáveis, os cidadãos que os invejam podem também participar dos concursos, basta vontade de estudar por meses, até anos”. Podemos deduzir que só os servidores estudam com afinco – e que nosso trabalho não é essencial.

Provavelmente, a maioria dos leitores achará mesmo “exorbitantes” os salários iniciais da Polícia Federal. E mais exorbitante ainda o aumento exigido: eles querem R$ 12.000. De piso. Esse bando de baderneiros de uniforme e boné vem distribuindo bombons e pizzas nos aeroportos para famílias, assalariados, crianças e idosos. Reféns enfileirados por horas, impotentes diante de uma operação-padrão de chantagem.

– Vocês deveriam distribuir nariz de palhaço, não bombons! –, disse um passageiro aos policiais federais no aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília.

Há 643.404 civis trabalhando para o Poder Executivo, ou seja, para Dilma. O piso dos auditores da Receita Federal, entre 2003 e 2010, deu um salto mortal (para nós, não para eles): foi de R$ 5.000 para R$ 13.600, um aumento 55% acima da inflação. É exorbitante. Mas eles não estão satisfeitos.

Lula alimentou, em seus mandatos, a megalomania das centrais sindicais, que estão se achando. Dilma demorou a reagir, o sentimento de onipotência se alastrou entre os servidores, mas agora a presidente precisa do apoio do país e da Justiça para não ceder aos grevistas.

Se as exigências fossem aceitas, o impacto nas contas públicas seria de R$ 92 bilhões. Não dá. Não existe. Ponto. Lula demorou a apoiar Dilma, mas elogiou a atitude da presidente na quarta-feira: “O dinheiro é curto”.

Os grevistas acusam “a mídia desinformada” de jogar a população contra os servidores parados há meses. Os grevistas produzem as manchetes e se ressentem delas.

Há, sim, categorias com salários defasados. Elas erram e perdem a força ao se unir a coleguinhas bem remunerados e ensaiar um rolo compressor. Os reajustes pedidos variam de 20% a 70%. Que país pode hoje conceder esses níveis de aumento?

Cito outro e-mail que recebi, de Virginia Paranhos Jardim, servidora do Ministério Público Federal de Goiás: “Não se pode juntar toda a categoria de servidor federal num só bolo. Tanto o Ministério Público Federal como o Judiciário Federal estão sem qualquer reajuste há mais de seis anos. Enquanto isso, assistimos à inflação corroendo nosso poder aquisitivo todos os dias”. Virginia me pediu que não divulgasse seu salário. Entendo sua revolta. Mas quem está colocando tudo em “um só bolo” são os 300 mil grevistas de mais de 30 categorias. Eles apostam na orquestração do caos.

Eles não têm o direito de parar o país, parar você, me parar, parar os carros e caminhões, parar o estudo de nossos filhos, parar a assistência médica a nossos parentes, parar a importação de remédios. Isso não se chama greve, mas abuso de poder. O governo deveria regulamentar as fronteiras da greve no serviço público, de uma vez por todas.

Os sindicatos oportunistas estão incomodados com o “autoritarismo de Dilma”. Dilma responde que está mais preocupada com quem não tem direito a estabilidade e nem consegue emprego. Estou com Dilma. Os grevistas incomodados que se mudem... para a Zona do Euro!

[Andre Correa]

"Desqualifica" quem tem a "visão deturpada" de VIVER dia-a-dia a REALIDADE BRASILEIRA,

Um país com a extensão territorial que o Brasil tem, de dimensões quase que continentais, e com quase 200 milhões de habitantes, não permite a ninguém, digo, a um único cidadão, ter a visão da REALIDADE BRASILEIRA, pois o Norte não tem a mesma realidade que o Sudeste, assim como o Nordeste não tem a mesma realidade que o Sul, e assim vai. Um único cidadão não pode corresponder, pelo seu entendimento individual, a REALIDADE BRASILEIRA comum dos quase 200 milhões de cidadãos

não atráves do que lê na internet ou escuta de opiniões tendenciosas politicamente.

Qualquer opinião hoje em dia, que cause conflito de ideais ou visões, é desqualificada pela corrente contrária, como prática banal. Isto não serve de parâmetro para definir que são são os bons e que não os são, quem tem a razão, ou quem está errado. Isto depende dos resultados das acções individuais de cada um, que não podem ser tomadas como geral do colectivo.

A realidade que é formadora de opinião do governo "catastrófico" que tem mais de 70% de aprovação popular.

Aprovação popular não significa que o Governo está a fazer o melhor. Eu trabalho com publicidade a 20 anos, e sei muito bem vender uma imagem a qualquer público alvo.

A realidade que faz a sociedade brasileira se lembrar muita bem o que foram os anos 90; a realidade que causa o pânico nos candiadatos da posição durante as eleições com a idéia de defender em público o "magistral" legado de seu "príncipe"; a realidade que faz um candidato da oposição ter como chavão de campanha o "Brasil pode mais" ...

Quanto ao que passou, deve servir de exemplo para aprender com os erros, e inclusive, deve-se lembras das circunstâncias, e não somente dos actos.

O governo tem seus problemas de inércia e corrupção mas a oposição consegue ser MUITO PIOR.

Discutir que não está no comando do país é desviar a atenção de quem o controla.

É elitista, não respeita a dignidade nacional, é lesa-pátria. É por isso que irão perder de novo em 2014. A sociedade brasileira aos poucos está tendo maturidade para escolher o que quer, e NÃO QUER, para seu futuro.

Com esta visão queres dizer que, mesmo sabendo que o actual governo sofre com problemas graves de gestão, através da inércia e corrupção, não pode ser criticado, porque a oposição é pior? Se olhares bem, mas bem o que eu escrevi, eu não citei bandeiras partidárias, pois isso não interessa-me na matéria, pois o que ela está a discutir são os governantes eleitos e empossados.

Tal como eu disse, discutir política no Brasil está a virar discussão entre clubes de futebol, religião, etc. Ninguém gosta de ouvir, ou ler, críticas àquele determinado partido ou sector que o mesmo apoia, justamente porque condena aos outros. Isto não é desculpa. Não posso culpar as pessoas que dificultam a minha vida, quando sou eu o responsável pelos meus actos. Essa mania, que está a virar prática corriqueira, de desclassificar quaisquer fontes, estando errada ou não, é comum a repúblicas de banana, e não é compatível com um país como o Brasil.

O Brasil não precisa de um Faraó como a Coreia do Norte (by talha) teve, e tem agora no seu neto, para determinar a sua salvação e o seu novo caminho. O Brasil precisa de uma reformulação total, pois o sistema, que já demonstrou ser TOTALMENTE falho, vem de épocas antigas, onde não havia tanto acesso as notícias, como a população tem hoje, e mandos e desmandos eram encobertos e trancados a sete chaves. Essa corrupção não vem de hoje, está enraizada nas cabeças brancas do governo, que infelizmente, passaram para alguns mais novos. É um absurdo, em 2012, ainda vermos notícias como carteiradas de promotores, juízes, políticos, na base do coronelismo, ou seja, o famoso: sabe com quem está falando? Todos são iguais, perante a sociedade e a Deus, mas no Brasil ainda existe essa forte divisão, entre aqueles que, por estarem empossados em cargos públicos, de confiança, e de poder, e acreditam fazer parte de uma população diferente, um diferente nível de Brasileiros, a quem, a sociedade deve fazer a sua vénia, e não questionar seus actos.

Mas o povo passou tantos anos a amargurar, que agora, que tem um salário mais descente, acesso a coisas que não tinha anteriormente, que logicamente vai adorar o actual governo. Mas faça uma pesquisa, entre esses 70% que aprovam, e veja o quanto sabem sobre os seus governantes, ou sobre assuntos governamentais que estão a disposição do conhecimento de todos?

Lembrem-se: É possível amar um país sem precisar amar os seus governantes.

Abraço à todos.