SisFron

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: SisFron

#31 Mensagem por Loki » Sáb Jan 15, 2011 6:43 pm

Sim midnight, um formulário retirado e preenchido na hora de cruzar a fronteira terrestre ou no avião etc. Convenhamos que isso não é nenhum visto a ser retirado em uma embaixada após severas entrevistas e nem de longe é um impeditivo a entrada no país, a menos é claro que o cidadão não tenha uma caneta! :mrgreen: :mrgreen:

my two minutes :lol: :lol:

abraço




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prp
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Re: SisFron

#32 Mensagem por prp » Ter Fev 01, 2011 1:01 am

O PF oferece a caneta dele. :lol: :lol:




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Marino
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Re: SisFron

#33 Mensagem por Marino » Sáb Jun 04, 2011 9:48 am

Forças Armadas: modernização custa R$38 bi
Sistema para proteger fronteiras começa pela Amazônia; número de homens do Exército na região vai aumentar
Orivaldo Perin
BRASÍLIA. Pelos valores até agora públicos, a modernização operacional e tecnológica das Forças Armadas está
custando o equivalente a 38 Maracanãs reformados. Na Marinha, o gasto com cinco submarinos (um deles, de propulsão
nuclear), mais um estaleiro e uma base naval será de R$18,7 bilhões até 2024. Na Aeronáutica, a compra de 36 aviões
de combate (adiada pela presidente Dilma) é calculada em R$10 bilhões. Agora é o Exército que apresenta a conta de
seu upgrade: US$6 bilhões (algo em torno de R$9,6 bilhões) para a implantação, em 10 anos, do Sisfron, um projeto
para resolver (com tecnologia de ponta) um velho problema do país, a vulnerabilidade de seus 16,8 mil quilômetros de
fronteira seca, sobretudo na Região Amazônica - que agora voltou a estar em evidência por conta dos crimes
ambientais.
Na verdade, a conta já passa dos R$38 bilhões, cifra que recentemente incorporou os US$6 bilhões do Sisfron. A
sigla que engordou a conta do salto das Forças Armadas para a modernidade é o Sistema Integrado de Monitoramento
de Fronteiras, cujo conteúdo o Exército vem tornando público aos poucos. Até porque o projeto em si ainda está em
desenvolvimento.
- Podemos dizer que já temos 60% dele prontos - disse ao GLOBO o comandante do Exército, general Enzo
Martins Peri. Em setembro, a Atech Negócios em Tecnologia, empresa brasileira que o desenvolve, apresentará o
projeto final ao Ministro da Defesa, Nelson Jobim. A partir disso, será possível definir os primeiros passos do Sisfron, que
nasceu alinhado e inspirado pela Estratégia Nacional de Defesa (estabelecida em 2008), na qual a proteção da
Amazônia é listada como prioridade. Os principais pontos da entrevista do General Enzo Peri sobre o Sisfron:
SISFRON, O QUE É: O Brasil tem 16,8 mil quilômetros de fronteira seca com 10 países vizinhos. Está entre as
maiores do planeta. É o dobro, por exemplo, das fronteiras dos Estados Unidos com o Canadá e com o México, que
somam 8,8 mil quilômetros. Ao longo da nossa fronteira com os vizinhos da América do Sul, temos 570 municípios,
espalhados por 11 estados. O Sisfron é um sistema de vigilância e monitoramento que vai dotar a força terrestre de
meios para uma efetiva presença em todo o território nacional, particularmente nessa faixa de fronteira. E já nasceu
tendo a Amazônia como prioridade. Dos 16,8 mil quilômetros a proteger, perto de 13 mil estão lá.
ATUAL ESTÁGIO DO SISFRON: Contratada por R$17,2 milhões, a Atech deve apresentar o projeto do Sisfron
em setembro. Trata-se de uma empresa brasileira com extensa experiência na integração de sistemas e redes.
Participou, entre outras realizações, do Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia). A partir do projeto, o Ministério da
Defesa definirá como implantar o Sisfron. O custo estimado é de US$6 bilhões, ressalvando que é prematuro cravarmos
algum número no estágio atual. É muito provável que o Sisfron vá custar mais que isso.
O QUE PROJETO VAI DEFINIR: O projeto da Atech estabelecerá a forma de promover a vigilância e os
equipamentos a serem utilizados. Sabemos que vamos precisar de radares sofisticados de curto e longo alcance, de
equipamentos de visão noturna, de torres de observação e transmissão de sinais, de câmeras óticas e termais, de
imageamento por satélites, de sistemas de treinamento e simulação, de veículos aéreos não tripulados (vants), de
blindados para proteção de fronteiras, de veículos de apoio, de embarcações especiais, enfim, tudo que nos ajude diante
dos desafios que temos pela frente. O Sisfron abrange distâncias continentais e vai lidar com deficiência de
infraestrutura, afastamento dos grandes centros, diversidades regionais e, principalmente, a permeabilidade das nossas
fronteiras, desafios que já enfrentamos hoje.
PROBLEMAS NAS FRONTEIRAS: O mapa dos crimes (veja quadro no infográfico) na nossa região de fronteira
mostra problemas como contrabando, tráfico de drogas, armas e munição, roubo de cargas e veículos, refúgio de
criminosos e crimes ambientais em quase todos os estados que fazem limite com nossos vizinhos. Em menor escala,
temos ainda roubo de gado, tráfico de pessoas, exploração sexual e infantil, evasão de divisas e até turismo sexual, no
Amapá.
Um estudo realizado recentemente mostrou que hoje, no combate a esses problemas todos, o Brasil já gasta uma
cifra parecida com o custo projetado para o Sisfron.
NA AMAZÔNIA: A Amazônia é a nossa prioridade. Depois cuidaremos do Centro-Oeste e em seguida do Sul.
Temos hoje cerca de 27 mil homens na região amazônica (o efetivo do Exército é de 220 mil homens) e podemos
adiantar que, com o Sisfron, esse número deverá chegar a 35 mil. Quando a gente olha a Amazônia, vê, claro, que o
efetivo atual não está concentrado todo nas regiões de fronteira. O importante é que estejam distribuídos pela região, em
condições de serem deslocados. A questão não é concentrá-los em determinados pontos e, sim, ter condições de
deslocá-los de acordo com as necessidades. O Exército é a força terrestre. Em qualquer situação, é sempre a força
terrestre que está presente. Por exemplo: em São Gabriel da Cachoeira e Tabatinga, ambas no estado do Amazonas,
temos hospitais nos quais a população local responde por 90% do nosso atendimento. Ainda sobre a Amazônia:
devemos levar em conta que é basicamente fluvial o deslocamento na região. O que nós temos de estrada por lá? A
Manaus-Boa Vista, mais aquela que sai de Porto Velho, cruza o Acre até Cruzeiro do Sul e se interliga com a saída para
o oceano Pacifico... e a Manaus-Porto Velho, que um dia existiu. Aliás, o Exército está fazendo obras nela.
BRIGADA NO ACRE: Por falar em interligação com o Pacífico, estamos cogitando instalar uma Brigada só para
atender o Acre, que atualmente é coberto pela Brigada que temos em Porto Velho.
AS FRONTEIRAS NA AMAZÔNIA: O trabalho de vigilância das fronteiras da Amazônia será feito pelos PEFs,
Pelotões Especiais de Fronteira. Hoje são 20. Serão 48 com o Sisfron (veja no mapa do infográfico). A localização dos
28 novos PEFs independe um pouco do projeto do Sisfron porque segue a lógica dos atuais portões de acesso à
Amazônia, geralmente por rios, onde ainda não temos pontos de vigilância forte, vamos dizer assim. O que o projeto
deverá fazer é definir os locais exatos onde instalar os novos pelotões. Importante: esses pelotões não ficarão isolados,
graças ao equipamento a ser utilizado pelo Sisfron.
TECNOLOGIA: Qual é o melhor equipamento para cumprir aquilo a que nos propomos? O projeto vai nos indicar
o caminho. A indústria nacional está oferecendo muito apoio ao Sisfron, que, aliás, vai gerar muitos empregos. Já há
grandes empresas trabalhando para o que será o Sisfron. A Embraer, por exemplo, criou uma nova unidade, a Embraer
Defesa. A Odebrecht também já tem uma unidade voltada para defesa. A Andrade Gutierrez está atenta aos satélites. A
Camargo Correa também se movimenta, enfim, há muitas empresas, grandes e pequenas, interessadas no Sisfron. Na
Laad (feira de segurança e defesa realizada em abril, no Rio), fomos procurados por empresas da China, Itália, Espanha,
Israel, todas querendo apresentar suas linhas de produtos tendo em vista o Sisfron. Muito importante nisso tudo será a
transferência de tecnologia. Hoje, a indústria de defesa precisa andar na fronteira tecnológica, liderar todos os avanços
.
BENEFÍCIOS: O Sisfron vai aumentar a presença do Estado na Amazônia, promover a integração regional,
estimular a cooperação militar com os países vizinhos, ajudar na preservação da região amazônica e proteção da
biodiversidade, combater ilícitos ambientais e desmatamentos, proteger populações indígenas e aumentar a sensação
de segurança na área, já que vai atuar contra todos os tipos de crimes comuns em nossas regiões de fronteira.
FINANCIAMENTO: Ao final do projeto, teremos que traçar um cronograma de desembolso. O Ministério da Defesa
cuidará disso, com o envolvimento das áreas estratégicas do governo, que já conhecem o projeto. O Sisfron nasceu no
Governo Lula e conta com operações de crédito externo, Parcerias Público-Privadas, BNDES. O prazo de dez anos para
implantação é factível e, estrategicamente, o melhor. Foi estudado junto com a indústria nacional e leva em conta a
necessidade de absorção tecnológica, a criação e a capacitação de novos quadros.




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Re: SisFron

#34 Mensagem por WalterGaudério » Sáb Jun 04, 2011 6:58 pm

midnight escreveu:
Loki escreveu:Impedir imigrantes ilegais eu acho difícil, amigo Delta, os paraguaios, argentinos, uruguaios, chilenos, colombianos e quetales (by Túlio), não precisam nem de passaporte para aqui adentrar, basta o documento de identificação, seja ele qual for, expedido na última década no país de origem.
Eles não precisam passar sorrateiramente pela fronteira, eles podem vir de ônibus, a pé, de carro, cavalo, etc...

Sem falar que isso só dificulta, mas não impede.

O que funciona é dar chances de desenvolvimento para os vizinhos e diminuir essa distância enconômica.

Tipo EUA x Canadá, porque o modelo EUA x México já está provado que é caro e não funciona.

Minha opinião, claro!

Forte Abraço

Você está certo em partes, porque para entrar no Brasil necessita de autorização na polícia federal, uma espécie de permissão para entrar e sendo que na volta tem de devolvê-lo. Se um paraguaio quiser ir para uma praia no Brasil de carro por exemplo, na aduana é só pegar a autorização para alguns dias e igual os brasileiros ao entrar no Paraguai, Argentina...

Báh! eu entro e saio do paragua a mais de 11 anos e nunca me dirigi a uma autoridade de lá nem para perguntar que horas são... :shock: :lol: :mrgreen: , de qq forma, valeu por este serviço de utilidade pública para com este pobre mochileiro grisalho... :lol:




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: SisFron

#35 Mensagem por midnight » Seg Jun 06, 2011 11:19 pm

WalterGaudério escreveu:
midnight escreveu:
Você está certo em partes, porque para entrar no Brasil necessita de autorização na polícia federal, uma espécie de permissão para entrar e sendo que na volta tem de devolvê-lo. Se um paraguaio quiser ir para uma praia no Brasil de carro por exemplo, na aduana é só pegar a autorização para alguns dias e igual os brasileiros ao entrar no Paraguai, Argentina...

Báh! eu entro e saio do paragua a mais de 11 anos e nunca me dirigi a uma autoridade de lá nem para perguntar que horas são... :shock: :lol: :mrgreen: , de qq forma, valeu por este serviço de utilidade pública para com este pobre mochileiro grisalho... :lol:
Pois é companheiro, é pura sorte, precisa de permisso aqui no paragua sim, claro que se você entrar só em ciudad del este ou Salto del Guairá não precisa, mas se você tiver de entrar mais para dentro do paragua, aí precisa sim. Nesse caso deve ir ao departamento de migraciones, e fazer o permisso. Um amigo meu foi até Asuncion e voltou sem fazer o permisso, conseguiu ir e voltar, claro que gastou por volta de 400 reais para ir aliviando, ele falou que parecia que uma policia avisava a outra.




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Re: SisFron

#36 Mensagem por WalterGaudério » Seg Jun 06, 2011 11:34 pm

midnight escreveu:
WalterGaudério escreveu:
Báh! eu entro e saio do paragua a mais de 11 anos e nunca me dirigi a uma autoridade de lá nem para perguntar que horas são... :shock: :lol: :mrgreen: , de qq forma, valeu por este serviço de utilidade pública para com este pobre mochileiro grisalho... :lol:
Pois é companheiro, é pura sorte, precisa de permisso aqui no paragua sim, claro que se você entrar só em ciudad del este ou Salto del Guairá não precisa, mas se você tiver de entrar mais para dentro do paragua, aí precisa sim. Nesse caso deve ir ao departamento de migraciones, e fazer o permisso. Um amigo meu foi até Asuncion e voltou sem fazer o permisso, conseguiu ir e voltar, claro que gastou por volta de 400 reais para ir aliviando, ele falou que parecia que uma policia avisava a outra.

Mas Báh! é este mesmo que é o controle de fronteiras paraguaio... :lol: :lol: :lol: [002]




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
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Re: SisFron

#37 Mensagem por SantaCatarinaBR » Dom Jun 12, 2011 1:44 pm

SantaCatarinaBR - Presidente da ATECH fala sobre programas estratégicos das Forças Armadas

Entrevista realizada pelo jornalista Roberto Godoy, do jornal "O Estado de São Paulo" e exibida dia 11/05/2011 pela da TV Estadão, com o engenheiro Takashi Muta, presidente da ATECH, que é uma empresa brasileira atuante nos segmentos aeroespacial e de defesa e também em soluções de integração.

Entre os diversos assuntos abordados pelo jornalista com o engenheiro, como a parceria com a Embraer e a experiência da ATECH, ao final da entrevista o engenheiro Takashi fala um pouco sobre os futuros sistemas brasileiros de vigilância e monitoramento (Sisfron e SisGAAz), que envolverá o seguimento espacial através do uso de satélites.





SCBR - DEFESA NACIONAL Reportagens, vídeos e notícias sobre as Forças Armadas do Brasil e sua Base Industria de Defesa.
-
Canal no Youtube: https://www.youtube.com/c/SCBRDefesaNacional
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Re: SisFron

#38 Mensagem por Marino » Sex Jun 24, 2011 5:16 pm

Brasil quer acordo para vigiar a 'fronteira dos rios'
O ministro Nelson Jobim (Defesa) está em Bogotá para negociar o acordo com a Colômbia, que deve ser concluído em dois meses
Tânia Monteiro e Rui Nogueira - O Estado de S.Paulo
Os governos brasileiro e colombiano começam a negociar nesta sexta-feira um acordo especial de vigilância de fronteiras. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Leandro Daiello Coimbra, estão em Bogotá e esperam concluir a negociação no prazo de "dois meses".
Pacto. Jobim quer mobilidade para deter o crime organizado
Respeitando os princípios da soberania e da reciprocidade, os governos dos dois países querem adaptar o controle das fronteiras ao fato de que o crime organizado é transnacional e usa os territórios sem nenhuma preocupação com a soberania.
O acordo vai criar uma faixa de terra envolvendo os dois lados da fronteira para livre circulação e cooperação entre militares e agentes federais do Brasil e da Colômbia.
Na prática, os dois países querem "transportar" para a fronteira terrestre o acordo em vigor sobre vigilância aérea. Nesse acerto, as forças aéreas brasileira e colombiana estabeleceram que numa faixa de 150 quilômetros para cada lado elas praticariam uma cooperação especial. No ar, esses 300 quilômetros formam uma "zona de vigilância comum".
Os radares dos aviões brasileiros e colombianos "enxergam" a área comum de 300 quilômetros e, sem precisar invadir o espaço aéreo, se comunicam o tempo todo para que aeronaves suspeitas sejam monitoradas ininterruptamente. Quando um avião suspeito passa da Colômbia para o Brasil, os militares colombianos alertam os brasileiros. E vice versa. A fronteira e a soberania não servem de desculpa para interromper a vigilância, sem que isso signifique intromissão no espaço aéreo vizinho.
"Rios entrantes". No caso do espaço terrestre, o acordo vai ter de contornar uma peculiaridade: ao longo dos 1.644 quilômetros de fronteira, principalmente na região da "cabeça do cachorro", a linha de fronteira não é uma "terra seca", mas uma malha formada por centenas de "rios entrantes". Por isso, o acordo em negociação vai estabelecer uma faixa de rios que os militares brasileiros e colombianos poderão percorrer dentro de um e de outro país.
"Não adianta parar na linha oficial e soberana e ver o crime organizado se refugiar tranquilamente no outro lado", dizem os assessores da Defesa.
O ministro Jobim disse ao Estado que o acordo de cooperação para vigilância de fronteiras dá mobilidade aos militares e agentes federais. "Precisamos cortar o esquema dos criminosos, que vivem fazendo movimentações que funcionam apenas como isca para atrair militares. Sabem da baixa mobilidade e atraem os militares para locais por onde estão passando apenas amostras do verdadeiro contrabando. Quilômetros acima ou abaixo do local usado como isca falsa está passando a carga verdadeira. É preciso ter mobilidade, percorrer os rios com agilidade e surpreender o crime organizado", descreve Jobim.
O governo quer que o acordo com a Colômbia sirva, depois, como modelo de negociação com o Peru e a Venezuela. A coordenação das operações ficará a cargo do Comando Militar da Amazônia.
A região da "cabeça do cachorro" é conhecida como a segunda "tríplice fronteira" problemática, envolvendo Brasil, Colômbia e Venezuela. A primeira "tríplice" fica no Cone Sul e envolve as fronteiras entre Brasil, Argentina e Paraguai.
"Confiança mútua". O Ministério da Defesa vai usar o acordo para liderar o processo de "cooperação regional" por consenso em matéria de segurança, como ficou decidido em meados de maio passado na III Reunião Ordinária do Conselho de Defesa Sul-americano, que foi realizada em Lima, no Peru.
O Conselho, que é um organismo da Unasul (União de Nações Sul-americanas), incentiva os países a adotar "medidas de fomento da confiança mútua em segurança". Além da vigilância de fronteiras, os países querem estabelecer regras comuns de "marcação e rastreio de armas", "medidas de prevenção e impedimento da ação de grupos armados", além da "luta contra o terrorismo".
O Brasil já colabora com os vizinhos no combate ao crime organizado, disponibilizando dados do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam). Há registros de casos concretos envolvendo a Força Aérea Brasileira (FAB) em operações de cooperação com militares da Colômbia e do Peru.
A mais notável dessas operações ocorreu em junho de 2003. Um jato R-99B de sensoriamento remoto, isto é, com alta capacidade de espionagem eletrônica, decolou da base de Anápolis (GO) e apoiou a missão de resgate de 74 reféns tomados por guerrilheiros no Peru. A maioria dos reféns era de funcionários de uma empresa argentina e a operação foi bem sucedida.




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Re: SisFron

#39 Mensagem por Marino » Sex Jun 24, 2011 5:16 pm

Acordo informal foi usado na caça às FARC em 1999
Roberto Godoy - O Estado de S.Paulo
Brasil e Colômbia mantém desde 1999 um acordo informal de Defesa para o uso do espaço aéreo, dos rios comuns e dos territórios fronteiriços por militares empenhados na caça a guerrilheiros das FARC ou, nos termos mais recentes, "no combate aos ilícitos". O primeiro acerto foi feito diretamente pelos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Andres Pastrana, por telefone, quando, durante a Operação Querari, um exercício de combate, foi necessário enviar dois caças bombardeiro AMX, da FAB, no encalço de uma coluna da guerrilha que se preparava para trocar drogas por armas em uma pista clandestina de Mitu, próximo do território brasileiro. A nova organização do tratado vai permitir a expansão do perímetro das patrulhas armadas.




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Re: SisFron

#40 Mensagem por midnight » Sáb Jun 25, 2011 12:12 am

Dessa Operação Querari, tem uma reportagem da Veja sobre esse tema que achei boa http://veja.abril.com.br/101199/p_190.html.




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Re: SisFron

#41 Mensagem por gil eanes » Dom Jun 26, 2011 12:35 am

Nunca acreditei e continuo não acreditando nesses PEF. 40 homens isolados de tudo e de todos, sem capacidade de fogo e sem comunicação com o escalão superior. Do incidente do Traíra até hoje pouca coisa mudou!!!! (4 dias após o ataque é que as autoridades ficaram sabendo).




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Re: SisFron

#42 Mensagem por Franz Luiz » Sex Jul 01, 2011 2:08 pm

Parece que os russos saíram na frente neste SisFron

Do Correio via Plano Brasil:

Alta tecnologia russa chega a Mato Grosso para controle de fronteira

O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, embarca nesta quinta-feira (30.06) para a Rússia com gestores mato-grossenses para realizar a maior aquisição nacional da última década em equipamentos de alta tecnologia para o combate a crimes na região da fronteira do Brasil com a Bolívia. Dez sistemas móveis de radar permitirão o rastreamento de 180 quilômetros e a identificação de até 300 alvos simultâneos nas áreas delimitadas.

As negociações com a empresa russa Globaltech são conduzidas pelo Governo do Estado em parceria com a Agecopa. O presidente da autarquia, Eder Moraes, pontua que para atender as exigências de segurança da Fifa para a Copa do Mundo de2014, a autarquia investirá R$14 milhões na compra do Conjunto Móvel Autônomo de Monitoramento (Coman), que dispõe de radares com sistemas termais, que identificam o alvo pela temperatura corporal, e de mapeamento. O aparelho oferece também visor noturno.

“Duas viaturas equipadas com o Coman serão entregues na Rússia e as outras oito serão montadas em Mato Grosso, o que permitirá ao Brasil ter acesso a informações sigilosas de uma tecnologia que hoje só é conhecida por quatro países, Rússia, Israel, Estados Unidos e Alemanha”, pontua o governador Silval Barbosa.

Conforme a determinação do contrato, a empresa está se instalando em Cuiabá (MT), na avenida Fernando Corrêa, e realizará a transferência de tecnologia para profissionais do Estado e prestará serviço de manutenção ao longo de quatro anos. Os engenheiros russos já estão a caminho de Mato Grosso e trabalharão em parceria com os policiais do Grupo Especial de Fronteira (Gefron).

“Em quatro anos os engenheiros da Rússia são obrigados a deixar o país e então nós, mato-grossenses, passaremos a construir os mesmos radares e a exportar para toda a América do Sul. É algo inédito no Brasil e muito importante para a redução da entrada de droga no país e para a melhoria da segurança nos centros urbanos”, pontua o presidente da Agecopa.

O diretor de Orçamento e Finanças da Agecopa, Jefferson de Castro, estima que a produção do Conam em Cuiabá incremente em cerca de R$300 milhões a arrecadação anual do Estado. “Outro grande impacto será a criação de empregos em carreiras valorizadas, com a absorção da demanda de formandos em engenharia da Universidade Federal de Mato Grosso, por exemplo”, avalia.

A empresa Globaltech aportou em Cuiabá há um ano e marcou o início da construção do Parque Tecnológico do Estado voltado à segurança pública. Representantes do grupo e também de outras empresas russas se reunirão com a comitiva mato-grossense e discutirão possibilidades de investimento em Mato Grosso. As reuniões acontecerão nas cidades de Rostov e em Moscou até o dia 9 de julho, data em que o governador e o presidente da Agecopa seguem para a China.

REVOLUÇÃO NA SEGURANÇA

Para o comandante do Gefron, coronel Antônio Ibanez, a negociação com a Rússia representará uma revolução no sistema de proteção da fronteira do Brasil com a Bolívia. Mato Grosso é hoje o principal corredor de transporte da pasta-base de cocaína produzida no país vizinho, o terceiro maior produtor do entorpecente no mundo, perdendo apenas para o Peru e para a Colômbia.

“Esse problema grave é histórico, 80% da droga boliviana entra no Brasil por Mato Grosso. Fora centenas de carros roubados, que passam diariamente para as cidades bolivianas por “cabriteiras”, que são picadas na mata feitas por criminosos”, explica Ibanez.

Entre 2003 e 2010, o grupo de policiamento apreendeu duas toneladas de pasta-base na região de fronteira. “Cada quilo de pasta-base, rende três quilos de cocaína. Com o subproduto desse refino ainda se faz o crack e o oxi. Para cada quilo de cocaína, os traficantes produzem cerca de 450 “cabecinhas” da droga”, aponta Ibanez.

Para operar o Coman e intensificar as ações com tecnologia na divisão do país, treze policiais do Gefron e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) participam do treinamento na Rússia até o dia 10 de julho. A atuação do Gefron tornou o grupo modelo para o Governo Federal na elaboração de políticas de proteção de fronteira, contudo a extensão de 983 quilômetros de fronteira, sendo750 quilômetros terrestres e o restante formado por áreas alagadas, dificulta o controle da passagem de “mulas” e traficantes.

“Prendemos muitos ‘mulas’, mas o grande volume de droga é arremessado por aviões que voam abaixo do que os radares de tráfego aéreo podem captar”. O Coman permitirá o monitoramento e identificação de aeronaves em voos baixos, de até 15º.

Com a nova ferramenta, o comandante do Gefron já faz planos para operações diárias na região dos municípios de Mirassol, Quatro Marcos, Glória D´Oeste, Araputanga e também na área de Cáceres. “Dos 28 municípios na faixa de fronteira, 17 concentram 60% da população. São cerca de 475 mil habitantes e é uma área que tem intenso fluxo de pessoas e altos índices de criminalidade pelo tráfico”.

“Com o Coman vamos aumentar as prisões, as apreensões e a recuperação de veículos roubados. O Estado de Mato Grosso vai dispor de uma tecnologia que nem mesmo o Exército Brasileiro possui”, conclui Ibanez. Também integram a comitiva da Missão à Rússia, a primeira-dama e secretária de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social, Roseli Barbosa, o secretário-chefe da Casa Militar, Antônio Moraes e o diretor de Orçamento e Planejamento da Agecopa, Jefferson de Castro.

Fonte: Jcorreio
http://planobrasil.com/2011/07/01/alta- ... fronteira/




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Re: SisFron

#43 Mensagem por gil eanes » Sáb Jul 02, 2011 4:28 am

Franz Luiz escreveu:Parece que os russos saíram na frente neste SisFron

Do Correio via Plano Brasil:

Alta tecnologia russa chega a Mato Grosso para controle de fronteira

...... Os engenheiros russos já estão a caminho de Mato Grosso e trabalharão em parceria com os policiais do Grupo Especial de Fronteira (Gefron).

“Em quatro anos os engenheiros da Rússia são obrigados a deixar o país e então nós, mato-grossenses, passaremos a construir os mesmos radares e a exportar para toda a América do Sul. É algo inédito no Brasil e muito importante para a redução da entrada de droga no país e para a melhoria da segurança nos centros urbanos”, pontua o presidente da Agecopa.

.......

Fonte: Jcorreio
http://planobrasil.com/2011/07/01/alta- ... fronteira/
É isso aí bugrada!!! Vamos dar mutcho petche com matchiche pra esses Russos. E depois um lambadão e um rasqueado pra quebrar de vez.....




gil eanes

Re: SisFron

#44 Mensagem por gil eanes » Dom Jul 03, 2011 12:55 pm

Depois da Casa Arrombada.

Isso já é sabido (e uma vergonha) há mais de 15 anos. A famosa trilha do Posto Esdras (Campo de treinamento da 18ªBdaInfFron/17ºBFron).

===

Resenha do Exército
Exército vigia área militar que virou passagem do contrabando em MS
Fri, 01 Jul 2011 11:56:04 -0300

Militares estão construindo alambrado para cercar área militar em Corumbá. Enquanto cerca não fica pronta, segurança é feita por soldados.
Crédito:

Exército vigia área militar que virou passagem do contrabando em MS
Venceu nesta quinta-feira (30) o prazo que o Exército estipulou para cercar, em Corumbá, a 444 quilômetros de Mato Grosso do Sul, uma área militar que acabou virando passagem do contrabando, do tráfico de drogas e de armas, na fronteira com a Bolívia. As trilhas clandestinas, antes usadas pelos criminosos, agora, estão sob vigilância constante.
Foram instalados 170 postes em uma extensão de 300 metros. Agora, os militares fazem a construção do alicerce. A previsão era de que a obra fosse concluída nesta quinta-feira, mas os trabalhos devem continuar durante pelo menos mais uma semana. Um alambrado será colocado no local.
O Exército também vai instalar placas indicando que a área é militar e que a passagem de pedestres é proibida.
“Os avisos visam a questão educativa. E fazer com que o cidadão respeite essa determinação. Conforme a situação e conforme o caso, nós teremos a possibilidade de encaminhar para a Receita Federal e para a Polícia Federal”, explica o comandante do 17º Batalhão de Fronteira, tenente-coronel Marcelo Dutra.
Enquanto o alambrado não fica pronto, as trilhas abertas clandestinamente, dentro da área militar, estão sendo monitoradas pelo Exército. Galhos foram colocados no local para impedir a passagem de pessoas. Além disso, a base de instrução militar, instalada na área e que estava sem operação, foi reativada.
Para garantir a presença do Exército durante 24 horas por dia na região, 15 militares foram deslocados para a área de fronteira. Além de cumprir expediente, eles residem no local com as famílias. Esses homens são responsáveis por uma área de quinhentos hectares.
A utilização das trilhas clandestinas por contrabandistas foi denunciada pela TV Morena em dezembro do ano passado. No fim de maio, o problema também foi mostrado em uma reportagem da série fronteiras do Jornal Nacional. O repórter César Tralli atravessou a fronteira do Brasil coma Bolívia carregando três quilos de açúcar por uma das passagens, sem passar pela fiscalização.




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Re: SisFron

#45 Mensagem por prp » Ter Jul 05, 2011 12:33 am

Não sei porque o EB fica reclamando de Raposa Serra do Sol, não tá dando conta nem de sua área de instrução. :roll:




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