Vai ser a próxima capa.Viktor Reznov escreveu:Vocês ficaram sabendo da denúncia da Veja de que o Despresidente Temer usou a ABIN pra investigar o ministro Fachin?

Moderador: Conselho de Moderação
Vai ser a próxima capa.Viktor Reznov escreveu:Vocês ficaram sabendo da denúncia da Veja de que o Despresidente Temer usou a ABIN pra investigar o ministro Fachin?
Apenas algumas observações, ele é um gestor sim. Um gestor do pior espécie, destes que o país está cheio, que direcionam licitação para parceiros, como no caso da AmBev no carnaval. Que aceitam doação de remédios quase vencido em troca do dobro de valor em isenção e incentivo fiscal. Destes gestores que destroem e se aproveitam do país a séculos.Bolovo escreveu:Olha aí, o Dória Jr, aquele que não é político - e sim gestor - fazendo política da pior qualidade:
Por 2018, Doria e Alckmin defendem aliança com PMDB de Temer
BRUNO BOGHOSSIAN
TALITA FERNANDES
ANGELA BOLDRINI
DE BRASÍLIA
12/06/2017 21h57
O prefeito de São Paulo, João Doria, e o governador do Estado, Geraldo Alckmin, foram as principais vozes do PSDB a defender a permanência do partido na base do governo durante reunião da executiva nesta segunda-feira (12), em Brasília.
Em um discurso que foi visto como um tom de "campanha" por alguns dos participantes, Doria criticou a divisão do partido: "Nosso inimigo é o PT", disse. "Não podemos ter medo de defender, esta posição de coragem sempre foi uma marca do PSDB", disse o prefeito, segundo presentes.
Ele criticou ainda a divisão do partido entre "cabeças pretas" e "cabeças brancas", em relação ao racha entre os mais jovens, maiores defensores do desembarque, e os mais velhos, que vêm pregando a continuidade da aliança com o PMDB de Michel Temer. "Sem cabeças pretas ou brancas. Somos um só que une a experiência e a juventude, os jovens a precisam dos experientes e vice versa. O PSDB só tem uma cabeça", disse o prefeito.
Alckmin afirmou que a legenda deveria permanecer no governo até a conclusão da pauta de reformas de Temer –trabalhista, previdenciária e política. Para o paulista, a manutenção do apoio do PSDB ao governo deveria estar associada à urgência dessa agenda.
O mesmo discurso foi seguido por Doria. "Nosso compromisso é com o Brasil, com a governabilidade. Nós temos quatro ministros cumprindo muito bem suas funções e representando dignamente o PSDB".
Doria e Alckmin dividiram protagonismo no encontro desta terça, num momento em que ambos querem preservar alianças para 2018 e concluir a agenda de reformas.
Folha de S.Paul
A negação de Junho, quatro anos depois
Lalo de Almeida - 17.jun.2013/Folhapress
Protesto contra o aumento do preço da passagem, no Largo da Batata, em São Paulo
13/06/2017 02h00
Não entendemos o buraco em que o Brasil se meteu sem retomar a agenda dos protestos de junho de 2013 e o seu legado. Junho selou um grande pacto da sociedade civil brasileira em torno da defesa dos direitos sociais e do combate à corrupção. Como foi possível então que seus desdobramentos tenham contribuído para levar ao poder talvez o mais corrupto dos nossos partidos políticos adotando um programa de governo que consiste basicamente na subtração de direitos?
Pesquisas apontam que em junho de 2013 algo como 12% da população brasileira saiu às ruas com reivindicações diversas que podem todas ser resumidas em dois grandes eixos: direitos sociais (transporte, educação e saúde) e combate à corrupção (em geral ou especificamente na Copa do Mundo).
Na teoria sociológica se diz que o processo de mobilização social é feito de círculos concêntricos, cada vez maiores à medida que o engajamento diminui. Para exemplificar, isso significa que se uma passeata leva 10 mil pessoas às ruas, ela terá, digamos, 50 mil apoiadores ativos, que em algum momento podem vir a aderir ao protesto; ela contará ainda com 200 mil apoiadores passivos, que podem assinar uma petição ou falar com os amigos, mas que provavelmente não vão sair às ruas e terá, por fim, um ou dois milhões de pessoas que apenas têm uma opinião coincidente com quem se mobilizou.
Em junho de 2013, como 24 milhões de brasileiros tomaram as ruas, o número de apoiadores seguramente foi da ordem de dezenas de milhões de pessoas e a concordância com a demanda dos protestos foi de quase toda a população, como, aliás, atestam todas as pesquisas realizadas naquele momento. Um engajamento dessa magnitude forja um compromisso profundo, um verdadeiro pacto social.
Junho de 2013 é, assim, o pacto que respaldou e confirmou o conteúdo social da Constituição de 1988 ao mesmo tempo em que rejeitou o modus operandi das forças que disputavam a direção do Estado, baseado na subtração de recursos públicos para fins eleitorais ou privados. Junho é um levante da sociedade civil contra o Estado em defesa dos seus direitos que arrancou, por meio da mobilização de rua, a redução do preço das passagens de transporte e um conjunto de medidas legislativas que facilitaram o combate à corrupção.
O que vimos depois de Junho é a recuperação deste perigoso levante popular. Velhas e novas forças políticas retomaram o controle da sociedade civil explorando um dos eixos dos protestos: a esquerda se arvorou a campeã dos direitos sociais e a direita, a paladina do combate à corrupção. Com isso, as forças políticas cindiram ao meio o conteúdo reivindicatório de Junho, enfraquecendo e dobrando a sociedade civil, colocando uma metade contra a outra, numa luta fratricida que só favoreceu a classe política como um todo.
De um lado, a esquerda da sociedade civil, ludibriada pelos partidos, foi levada a acreditar que os que se indignavam com a corrupção não passavam de cínicos que, no fundo, só queriam reverter as conquistas sociais dos anos Lula. Do outro lado, novas e velhas lideranças políticas faziam os indignados com a corrupção acreditarem que a esquerda era toda ela composta de petistas sem caráter que defendiam a corrupção. E enquanto, na base, a sociedade se polarizava numa guerra despropositada entre os puros e os justos, no topo, a pragmática classe política respirava aliviada com a sobrevida que tinha conquistado pelo enfraquecimento dos de baixo.
É esse enfraquecimento gerado pelo conflito na sociedade civil que explica como que, a despeito do grande consenso em torno dos serviços públicos e do combate à corrupção, o desdobramento dos protestos permitiu que emergisse o seu oposto: a ascensão de nosso pior partido político com a missão de limitar os serviços públicos e encontrar algum tipo de salvaguarda contra as investigações da Lava Jato.
Divididos, não temos força para impor a agenda da sociedade como fizemos em 2013. E enquanto brigamos, a classe política aproveita nossa fraqueza para transformar o legado de junho de 2013 no seu avesso.
Fonte.
Joesley presta depoimento sobre suposto repasse de US$ 80 milhões para Lula e Dilma
O empresário e delator Joesley Batista, principal acionista do grupo J&F, dono da JBS, está no Brasil desde domingo (11) e prestou depoimento na Procuradoria da República do Distrito Federal no âmbito da operação Bullish. A oitiva foi realizada no inquérito que investiga as afirmações prestadas no acordo de colaboração de Joesley sobre supostos repasses de mais de R$ 80 milhões para os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT (Partidos dos Trabalhadores).
Deflagrada no dia 12 de maio, cinco dias antes do vazamento da delação dos executivos da J&F, a Bullish investiga possíveis irregularidades no repasse de R$ 8,1 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas do Grupo J&F. A investigação em que Joesley foi ouvido foi instaurada pelo procurador Ivan Marx porque o desmembramento promovido pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), baseou-se na conexão dos fatos narrados pelos delatores com as irregularidades no banco público.
Na delação, Joesley Batista narrou que, em 2009, foi criada uma conta para receber os repasses relacionados a Lula e, no ano seguinte, outra foi aberta para envio de valores relacionados a Dilma. O empresário revelou que, em dezembro naquele ano, o BNDES adquiriu debêntures da JBS, convertidas em ações, no valor de US$ 2 bilhões, "para apoio do plano de expansão".
"O depoente escriturou em favor de Guido Mantega, por conta desse negócio, crédito de US$ 50 milhões e abriu conta no exterior, em nome de offshore que controlava, na qual depositou o valor", diz a delação de Joesley. Segundo o empresário, em reunião com Mantega, no final de 2010, o petista pediu a ele "que abrisse uma nova conta, que se destinaria a Dilma". Nesse momento, disse o delator, foi perguntado a Mantega se Lula e Dilma sabiam do esquema. "Guido confirmou que sim", disse ele.
Em outro caso, Joesley declarou que foi feito um financiamento de R$ 2 bilhões, em maio de 2011, para a construção da planta de celulose da Eldorado. O delator disse que Mantega "interveio junto a Luciano Coutinho (então presidente do BNDES) para que o negócio saísse".
O empresário declarou que depositou, "a pedido de Mantega", por conta desse negócio, crédito de US$ 30 milhões em nova conta no exterior. "O depoente, nesse momento, já sabia que esse valor se destinava a Dilma; que os saldos das contas vinculadas a Lula e Dilma eram formados pelos ajustes sucessivos de propina do esquema BNDES e do esquema-gêmeo, que funcionava no âmbito dos fundos Petros e Funcef; que esses saldos somavam, em 2014, cerca de US$ 150 milhões."
Em outra ocasião, em novembro de 2014, Joesley disse que "depois de receber solicitações insistentes para o pagamento de R$ 30 milhões para Fernando Pimentel, governador eleito de Minas Gerais, veiculadas por Edinho Silva (tesoureiro da campanha de Dilma em 2014), e de receber de Guido Mantega a informação de que 'isso é com ela', solicitou audiência com Dilma".
"Dilma recebeu o depoente no Palácio do Planalto; que o depoente relatou, então, que o governador eleito de MG, Fernando Pimentel, estava solicitando, por intermédio de Edinho Silva, R$ 30 milhões, mas que, atendida essa solicitação, o saldo das duas contas se esgotaria; que Dilma confirmou a necessidade e pediu que o depoente procurasse Pimentel", narrou aos investigadores.
Em nota, a J&F confirmou que Joesley está no Brasil e que sua viagem nos últimos dias teve como objetivo "proteger a integridade de sua família, que sofreu reiteradas ameaças desde que ele se dispôs a colaborar com o Ministério Público."
De acordo com o comunicado da empresa, Joesley "estava na China - e não passeando na Quinta Avenida, em Nova York, ao contrário do que chegou a ser noticiado e caluniosamente dito até pelo presidente da República."
À época da abertura da investigação, o ex-presidente Lula afirmou que não comentaria o caso antes de ter acesso ao conteúdo da delação. A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou que "jamais tratou ou solicitou de qualquer empresário, nem de terceiros doações, pagamentos ou financiamentos ilegais para as campanhas eleitorais, tanto em 2010 quanto em 2014, fosse para si ou quaisquer outros candidatos."
Fonte.