LeandroGCard escreveu:Uma opinião particular minha sobre este ponto:
Nenhum avião precisa ser tão stealth quanto o F-22, este foi um conceito que os americanos criaram quando concluíram erradamente que outras formas de detecção que não o radar de alta resolução não tinham futuro (e ninguém deve se assustar por eles terem cometido um erro, lembram dos F-4 sem canhões no Vietnã, porque os mísseis teriam tornado os canhões obsoletos?).
Com o avanço dos sistemas de detecção IIR um avião de combate aéreo só precisa ser stealth até o ponto em que o alcance de detecção por radares inimigos caia dentro do alcance de detecção de seu próprio IRST. Depois disso não faz a menor diferença se o inimigo ainda não apareceu para o radar, ele estará nas telas de qualquer jeito e poderá ser atacado sem problemas. Como o alcance de detecção do IRST hoje para aviões do tamanho de um F-22 ou de um PAK-FA está bem acima dos 50 Km (e ainda mais se o alvo estiver voando alto e em super-cruzeiro, deixando uma enorme trilha de ar quente atrás de si), me parece perfeitamente lógico sacrificar a redução de RCS em troca de melhor desempenho, desde que o RCS se mantenha abaixo do necessário para reduzir o alcance de detecção a menos do que estes 50 Km.
E isso sem falar em radares de frequência mais baixa embarcados ou no solo, aeronaves AEW ligados a um sistema NCW e outras técnicas que reduzem as vantagens das aeronaves altamente stealth. Na minha opinião oa americanos não pararam a produção do F-22 e já daixaram claro que não vão mais usá-lo após 2030 porque não identificam inimigos que mereçam uma arma assim, mas porque perceberam que uma arma assim não representa muito para os inimigos

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Leandro G. Card
Os sistemas IR, HOJE, parecem ser a direção que caminha a guerra eletronica, mas ainda vai levar um tempo para que as suas deficiencias com relação ao ruido ambiente possam ser solucionadas.
Quando você diz que um IRST detecta uma F-22 a 50km ou mais, mesmo assim estamos falando de um alcance semelhante aos misseis BVR, com uma diferença: se o F-22 estiver abaixo, ou pior ainda, bem abaixo, a utilização de um sistema IR fica extremamente comprometida devido ao retorno do solo e piorando ainda mais se for sobre o agua.
Na minha opinião, a ampla utilização do IR vai somar um elemento a mais no ambiente, mas não vai se tornar a peça dominante.
Quando falamos de sistemas capazes de detectar uma aeronave stealth (como um AEW), eles já sabiam disso desde a sua homologação.
Veja bem, a ideia não é ter um avião "invisivel" (maldita tradução), mas sim furtivo, e existe uma grande diferença.
Se você perguntar para um piloto de F-22 se ele espera chegar sem ser detectado, vai ouvir ele dizer que ele espera "aumentar" a sua chance de sobrevivencia na arena, devido a sua baixa (e não inexistente) assinatura RADAR e IR.
Por isso, quando parte de um pacote, sempre cabe a eles os High-Value Target (HVT) que são basicamente (não nesta ordem): os AEW, os KC, a escolta ou os bombardeios, pois imagina-se que ele é quem tem a maior chance de conseguir alcancer um tiro valido nesses alvos.
E porque não produzir então somente o F-22?
Bom, acho que todo mundo já jogou algum simulador do tipo CIVILIZATION ou do genero, correto? Porque entçao a gente não produz sempre a melhor unidade, e um monte delas?
Porque NINGUEM consegue bancar isso, ainda mais depois de uma crise como a que estamos e que ainda não acabou.
Ou alguem acha que nos USA por eles levarem defesa a serio eles são irreponsaveis?
Teve muito piloto de F-15 e F-16 que ficou impressionado com a avionica do F-5M (vulgo "mitinga"), porque o cara ainda estava na era da tela preto e branco e reloginho! E estamos falando da USAF, em 2008! Porque? Porque se a aronave leva um monte de armamento sem degradar a performance, se seu RADAR consegue detectar o inmigo, porque haveria a necessidade de mudar tudo para MFD?
Agora, em 2012, que vai começar a ser feita uma modernização de mais de 300 F-16.
E vamos voltar ao ponto: esperava-se que quando o F-22 entrasse em operação, haveria um similar russo para contrapo-lo, coisa que não aconteceu ainda.
Sinceramente, existe alguma aeroanve operacional hoje no mundo que não possa ser suplantada pela dupla F-15/F-16, se não pela qualidade, que seja pela quantidade que os USA possuem?
Não.
Isso quer dizer que dizer que eles devem ficar só com eles então?
Tambem não.
O que fazer então?
Tomou-se, no meu entender, a solução de meio-termo: adota-se uma quantidade menor de F-22, que vai passar a ser o HI da USAF (vide as unidades que o operam) e coloca-se o F-15/F-16 como LOW, até que se tenha a necessidade de mudar o panorama.
E isso só vai poder ser respondido quando tivermos o PAK-FA/J-20 operacionais e estimarmos a quantidade que foi produzida.