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Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Nov 20, 2017 11:51 am
por Túlio
Para quem ainda não viu, tiro com Astros II em HD 360º:



De resto, nunca entendi sua utilidade em Defesa Costeira: existe há décadas operando apenas foguetes sem qualquer tipo de guiagem, ou seja, qual a precisão que se poderia esperar contra uma ágil belonave ou mesmo um grande e lento Navio de Desembarque? O CEP de Sistemas assim costuma ser grande demais para ter validade real contra alvos móveis e ainda por cima distantes.

Sobre os mísseis guiados que foram mencionados, segundo o CTEx são ambos do tipo fire-and-forget usando dados de INS/GPS para reduzir o CEP, o que não me parece útil contra alvos móveis, apenas contra fixos. Novamente, até onde eu saiba o MANSUP sequer foi cogitado para emprego no Astros.

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Nov 20, 2017 1:02 pm
por FCarvalho
Esquece o Mansup Túlio. Aquilo ali é apenas um desenvolvedor de tecnologias para a MB.
O ponto de partida tem de ser o AV-MT300 que está consoante o que há de melhor por aí na matéria anti-navio, e com muito ainda pela frente para ser adaptado e melhorado.
E melhor, cabe no ASTROS 2020.
A questão é: a artilharia de costa ainda interessa para nós?
Russos, chineses e indianos acham que sim. Outros países de menor expressão também.
Porque será que para nós, com quase 9 mil kms de linha costeira não? :roll:

abs

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Mar 26, 2018 1:30 pm
por arcanjo
26 de Março, 2018 - 09:40 ( Brasília )
ASTROS 2020 - Míssil de precisão entra em fase final
Exército retoma voos de testes do MTC-300, capaz de atingir um alvo a 300 km de distância; primeiras entregas estão previstas para 2023

http://d30p9ca83oqyng.cloudfront.net/defesanet/site/upload/news_image/2018/03/39647_resize_800_600_false_true_null.jpg
Versão atual do míssil de Cruzeiro MCT-300 cujas primeiras entregas estão previstas para 2023 Foto: JF Diorio/Estadão

Roberto Godoy
O Estado de S.Paulo


O primeiro míssil brasileiro de cruzeiro, o MTC-300, com 300 km de alcance e precisão na escala de 50 metros, entra na fase final de desenvolvimento esse ano, com a retomada dos voos de teste. As primeiras entregas para o Exército estão previstas para 2020 – encomenda inicial de 100 unidades, definida em 2016, está sendo negociada e será entregue em lotes sequenciais até 2023. O investimento no programa é estimado em R$ 2,45 bilhões.

O míssil é o vetor mais sofisticado do desenvolvimento do Astros 2020, a sexta geração de um sistema lançador múltiplo de foguetes de artilharia criado há cerca de 35 anos pela empresa AVIBRAS, de São José dos Campos. O Programa Estratégico ASTROS 2020 cobre a compra e a modernização de uma frota de 67 carretas lançadoras e de veículos de apoio, a pesquisa do MTC-300 e também a de um novo foguete guiado, o SS-40G, de 45 km de raio de ação. No pacote entra a instalação do Forte Santa Bárbara, em Formosa (GO), sede do grupo, que já opera 53 viaturas da versão 2020.

“O míssil expande a capacidade de dissuasão do País e confere ao Exército apoio de fogo de longo alcance com elevados índices de precisão e letalidade, porém com mínimos danos colaterais”, analisa um oficial da Força ligado ao empreendimento. É um recurso empregado para missões de destruição de infraestrutura, como uma central geradora de energia ou um complexo industrial. A cabeça de guerra de 200 kg de explosivos é significativa. “Com duas delas é possível comprometer o funcionamento de uma refinaria de petróleo de grande porte”, considera o engenheiro militar.

Destruidor

O míssil AV-TM 300 é utilizado para destruir alvos estratégicos a média distância com grande precisão e danos colaterais reduzidos

Imagem

A configuração do MTC 300 é o resultado de 13 anos de aperfeiçoamento. O desenho é moderno, compacto, e utiliza asas retráteis que se abrem depois do disparo partir do casulo transportado por uma carreta. O motor de aceleração usa combustível sólido e só é ativado no lançamento. Até agora foram realizados 16 voos de ensaio. Há ao menos mais quatro em fase de agendamento antes do começo da produção de pré-série.

Míssil MTC-300

http://d30p9ca83oqyng.cloudfront.net/defesanet/site/upload/media/1522068447_MTC-300.jpg
Versão atual do míssil de Cruzeiro MCT-300 cujas primeiras entregas estão previstas para 2023 Foto: JF Diorio/Estadão

Durante o voo de cruzeiro, subsônico, o míssil tem o comportamento de uma pequena aeronave – a propulsão é feita por uma turbina desenvolvida também pela AVIBRAS. Ela foi construída para durar 40 horas, dez vezes mais que as quatro horas do tempo máximo de uma missão de ataque. A navegação é feita por uma combinação de plataforma inercial e GPS. O míssil faz acompanhamento do terreno com um sensor ótico-eletrônico, corrigindo o curso em conformidade com as coordenadas armazenadas a bordo.

Regras. A arma está no limite do Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis, o MTCR, do qual o Brasil é signatário. O acordo restringe o raio de ação máximo a 300 quilômetros e as ogivas a 500 quilos. O MTC-300 está dentro da distância fixada e atua com folga no peso, sustenta o presidente da AVIBRAS, João Brasil de Carvalho Leite.

O míssil ainda não tem o radar necessário para buscar alvos móveis. O recurso permitiria realizar por exemplo, um disparo múltiplo contra uma frota naval, liderada por um porta-aviões, navegando a até 300 quilômetros do litoral – no caso do Brasil, eventualmente ameaçando províncias petrolíferas em alto-mar. Uma bateria do sistema é composta por seis carretas lançadora com suporte de apoio de viaturas remuniciadoras, um blindado de comando, um carro-radar de tiro, um veículo-estação meteorológica, um de manutenção e, quando houver uso do míssil, um de preparo de combate.

O MTC-300 é disparado por rampas duplas – cada carreta levará quatro unidades. O Astros 2020 completo pode utilizar quatro diferentes tipos de foguetes.
  • - SS-30 ( +- 30km) salvas de 32 foguetes
    - SS-40 (+- 40km) salvas 16.foguetres
    - SS-60 (+-70 km), e,.
    - SS-80 (+- 90 km), ambos de três em três foguetes.
O grupo se desloca a 100 km/hora em estrada preparada e precisa de apenas 15 minutos de preparação antes do lançamento. Cumprida a missão, deixa o local deslocando-se para outro ponto da ação, antes que possa ser detectado.

O mercado internacional para o produto é amplo. Uma prospecção feita há dois anos pela AVIBRAS entre países clientes, operadores das versões mais antigas do sistema de foguetes – Arábia Saudita, Malásia, Indonésia e Catar, além de três novos interessados, não identificados – indicou um potencial de negócios entre US$ 2,5 bilhões e US$ 3,5 bilhões a serem definidos até 2025. A empresa, que atravessou uma séria crise até 2015, quando registrou receita bruta de R$ 1,1 bilhão, cresceu 20% em 2017, obtendo receita liquida de R$ 1,7 bilhões.

http://www.defesanet.com.br/bid/noticia ... ase-final/

abs.

arcanjo

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Mar 26, 2018 1:55 pm
por Túlio
Matéria de BOB é sodas, "escala de 50 metros" nunca foi medida de precisão e sim CEP (erro circular provável) que - para uma carga útil de apenas 200 kg - é mais compatível com ogivas nucleares, químicas ou, no melhor dos casos, e ainda assim marginalmente, termobáricas ou com submunições.

Chega a doer os olhos ler certo tipo de baboseira (refiro-me naturalmente ao Bob, não ao cupincha que, de boa fé, postou)...

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Mar 26, 2018 3:49 pm
por Bolovo
Se esses dados estiverem corretos, o míssil da Avibras tem o porte de um Tomahawk.
A diferença é que o último tem uns 1500km de alcance.
Portanto já entenderam que para nós não são somente 300km... :wink:

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Mar 26, 2018 4:49 pm
por Zelhos
O que faz muito sentido, sempre se fala que as capacidades desse míssil podem ser ampliadas em muitas vezes, seja em carga ou alcance. Não faz sentido um tubo desse tamanho e capado desse jeito. Se fosse para ter um míssil de 300km de alcance a Avibras teria feito algo parecido com o Cabure, que poderia ser lançado em maior quantidade.

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Mar 26, 2018 4:50 pm
por Túlio
Bolovo escreveu:Se esses dados estiverem corretos, o míssil da Avibras tem o porte de um Tomahawk.
A diferença é que o último tem uns 1500km de alcance.
Portanto já entenderam que para nós não são somente 300km... :wink:
Não sei se assim é. De fato o BGM é um Msl de dimensões e peso semelhantes mas com cinco vezes o alcance, mais que o dobro em carga útil e um quinto do CEP (justamente por terem "aposentado" - está entre aspas por ser um dado que ponho em dúvida - a ogiva nuclear). Ficam aqui umas questões para quem "entendeu" o que o Bolovo disse que "já entendemos":

:arrow: O que vão botar no lugar do combustível extra que "para nós" vai elevar o alcance cinco vezes, e da ogiva que "para nós" vai pesar mais que o dobro da "de exportação"?

:arrow: Como exatamente se irá impedir que um eventual cliente estrangeiro não retire o que se botou como lastro e devolva ao Msl as características verdadeiras (combustível e warhead) do "nosso"?

Com base no acima, creio que as características citadas normalmente sobre o AV-MT (talvez o Bob tenha, para variar, errado o CEP) provavelmente sejam as corretas; sério que alguém aí acredita que o Brasil vai ter cojones para produzir algo que fará o subcontinente inteiro correr aos berros pro colo do Pai Sam? Se com um ameaçazinha sobre umas commodities neguim já topa até vender a EMBRAER balatim balatim, imaginem só o VENENO que não viria por um Cruise Missile de verdade e que pode ser transportado e lançado aos pares de um simples ASTROS, fácil de esconder e brabo de achar... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Mar 26, 2018 5:08 pm
por gabriel219
Bom, o motor pode levar um míssil até 3000 km e tem muito espaço vazio dentro do MTC-300. É no mínimo estranho.

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Mar 26, 2018 5:25 pm
por Túlio
gabriel219 escreveu:Bom, o motor pode levar um míssil até 3000 km e tem muito espaço vazio dentro do MTC-300. É no mínimo estranho.
Mais estranho ainda é que a turbina tem cerca de um terço a mais de potência do que a do Tomahawk e, no entanto, a velocidade de cruzeiro é até menor. Antes de desistir de tentar entender, eu tinha concluído que a única maneira disso tudo, este monte de dados contraditórios fazer sentido, seria de boa parte do peso do Msl ser composta exclusivamente por...lastro!

Daí, como disse, desisti de entender... :lol: :lol: :lol: :lol:

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Mar 26, 2018 6:55 pm
por FCarvalho
Eu penso cá com os meus botões que o EB, e demais forças, estão pensando lá na frente, em versões futuras com maior alcance e carga. Não vale a pena desenvolver um trambolho desse tamanho para tão pouca capacidade.

Fica fácil de entender que a Avibrás projetou o bicho para desde já, se assim for desejado pelo cliente, dotá-lo de capacidades muito acima das permitidas pelo MCTR. E eu acho isso um passo até natural. Um míssil tático de cruzeiro com apenas 300 kms de alcance não nos serve de grandes coisa em um país do nosso tamanho.

Ademais, bem, disso aí para um Tomahawk BR com versões aérea e naval também, é um pulo. Para não falar em anti-navio.

Dá até para pensar em artilharia de costa com eles. E divagando mais um pouquinho, até mesmo num S-400 tupiniquim.

abs.

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Mar 26, 2018 6:56 pm
por gusmano
Eu acho que naõ tem nada de estranho, estranho seria se dissessem que ele pode alcançar 2k km...

abs

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Mar 26, 2018 7:17 pm
por FCarvalho
Alguém sabe que fim levou o projeto do foguete SS-150? A Avibrás desistiu dele?
Em tempo, o mesmo sistema de guiamento do SS-40G poderia ser aplicado aos demais foguetes do sistema Astros?

abs

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Mar 26, 2018 8:31 pm
por Juniorbombeiro
Túlio escreveu:
gabriel219 escreveu:Bom, o motor pode levar um míssil até 3000 km e tem muito espaço vazio dentro do MTC-300. É no mínimo estranho.
Mais estranho ainda é que a turbina tem cerca de um terço a mais de potência do que a do Tomahawk e, no entanto, a velocidade de cruzeiro é até menor. Antes de desistir de tentar entender, eu tinha concluído que a única maneira disso tudo, este monte de dados contraditórios fazer sentido, seria de boa parte do peso do Msl ser composta exclusivamente por...lastro!

Daí, como disse, desisti de entender... :lol: :lol: :lol: :lol:
Eu tenho um palpite, mas é apenas palpite. Um trambolho desses voa autonomamente, portanto precisa de um sistema de controle de vôo, com retroalimentação de dados, isso é básico em automação.
Para fazer um artefato voar mais rápido, é desejável que se diminua o arrasto, consequentemente se diminui a sustentação. Com menos sustentação, é necessário um sistema de controle de vôo, mais "fino", com mais poder de processamento e velocidade de reação nos atuadores. Tecnologia que talvez não dominamos a pleno sem ajuda externa. Portanto faz se um míssil mais amarrado aerodinâmicamente para dar tempo do sistema de controle reagir, mas o efeito colateral é um arrasto maior, menos velocidade, maior consumo e menor alcance (claro que não 300 km, estão escondendo o jogo é fazendo de conta que se enquadra no tratado).

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Mar 26, 2018 8:35 pm
por Túlio
Como eu disse antes, cupincha véio, desisti de entender... :lol: :lol: :lol: :lol:

Re: AVIBRAS

Enviado: Seg Mar 26, 2018 8:39 pm
por Juniorbombeiro
Túlio escreveu:Como eu disse antes, cupincha véio, desisti de entender... :lol: :lol: :lol: :lol:
O míssil voa flapeado Túlio. :mrgreen: