Georgia X Rússia

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Re: Georgia X Rússia

#1876 Mensagem por FoxHound » Ter Nov 29, 2011 7:45 pm

Supremo Tribunal anula resultados das eleições presidenciais na Ossétia do Sul
O Supremo Tribunal da Ossétia do Sul, região separatista da Geórgia, anulou os resultados das eleições presidenciais de domingo, que deram a vitória à líder da oposição, Alla Djioeva.

Segundo dados anunciados pela Comissão Eleitoral da Ossétia do Sul, Djioeva conseguiu 56,7 por cento dos votos, enquanto que Anatoli Bibilov conseguiu 40 por cento na segunda volta das presidenciais.
Os juízes deram razão ao Partido Unidade, que apoiou o candidato derrotado Anatoli Bibilov, considerando que os partidários de Djioeva “cometeram numerosas violações da lei eleitoral”.
Bibilov era apoiado pelo Kremlin e a sua derrota foi considerada pelos analistas como mais um fiasco das autoridades russas no Cáucaso.
A dirigente da oposição declarou que não aceita a decisão desse tribunal.
O presidente do Supremo Tribunal da Ossétia do Sul declarou também que Djioeva não poderá participar no novo escrutínio.
“Alla Djioeva não poderá participar nas próximas eleições presidenciais. Segundo a ela, ela fica privada desse direito porque o tribunal reconheceu que houve violações por parte dela durante as eleições anteriores”, explicou Atzamas Bitchenov.
Segundo ele, novas eleições terão a 25 de Março.
Valentina Matvienko, dirigente do Conselho da Federação da Rússia, declarou que “a Rússia irá respeitar a escolha da população da Ossétia do Sul”.

A Ossétia do Sul é uma região separatista da Geórgia que proclamou a sua independência em 2008 com o apoio das tropas russas. Esse território vive fundamentalmente a meios financeiros concedidos por Moscovo.
Segundo analistas políticos, a vitória de Djioeva é um sinal de que a maioria da população da Ossétia do Sul está cansada do domínio do clã do actual Presidente, Eduard Kokoiti, e da corrupção reinante no território.
A Ossétia do Sul vive à custa de meios financeiros transferidos por Moscovo, mas grande parte não chega à população, que tem um baixo nível de vida.
http://darussia.blogspot.com/




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Re: Georgia X Rússia

#1877 Mensagem por kurgan » Sáb Dez 10, 2011 1:08 pm

10/12/2011 - 07h30
Geórgia mira Ocidente para fugir da Rússia

FABIANO MAISONNAVE
ENVIADO ESPECIAL A TBILISI (GEÓRGIA)

Derrotada militarmente em 2008 e sem avanço nas negociações com Moscou, a Geórgia aposta no "soft power" para recuperar as regiões de Ossétia do Sul e da Abkházia.

As opções da Geórgia diminuíram desde agosto de 2008, quando os dois ex-integrantes da União Soviética entraram em confronto. A Rússia venceu facilmente e chegou a ocupar algumas cidades fora do território em disputa -20% do país caucasiano-, em que os georgianos estão em minoria étnica.

Beneficiado com ajuda de países ricos do Ocidente, o presidente Mikheil Saakashvili, no poder desde 2004, vem promovendo reformas para modernizar o país. Áreas antigamente críticas, como polícia e energia elétrica, melhoraram.

Na política externa, a prioridade é conseguir o ingresso tanto na UE (União Europeia)quanto na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Embora a adesão ainda seja um sonho improvável no curto prazo, prédios governamentais em Tbilisi ostentam a bandeira do bloco ao lado do pavilhão nacional.

Na avenida principal, um anúncio do governo afirma, em inglês e georgiano, que passar a fazer parte da Otan é a prioridade da política externa do país.

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Georgiano passa diante de outdoor com bandeiras, na avenida Rustaveli, a mais importante da capital

Já a via que leva ao aeroporto foi rebatizada de George W. Bush. No centro da cidade, existe uma estátua de outro ex-presidente americano: Ronald Reagan.

Na esperança de atrair capital estrangeiro, a Geórgia desregulamentou a sua economia e adotou uma política liberal de vistos. "Não exigimos nem de colombianos", comentou um funcionário do governo georgiano, sobre um dos passaportes menos práticos do mundo.

"Pessoas que hoje moram nessas regiões [Ossétia do Sul e da Abkházia] veem que a Geórgia está a ponto de se tornar membro da UE e da Otan, e elas vão entender o que estão perdendo por não ser parte disso. É isso o que nós as incentivamos a entender", disse à Folha Eka Tkeshelashvili, ministra da Reintegração.

Imagem
"Nossa prioridade na política externa é a integração na Otan", diz propaganda oficial na avenida Rustaveli

A ex-chanceler da Geórgia considera bastante improvável um acordo com o atual governo russo e diz apostar na aproximação com a população das regiões.

Analistas, porém, veem como improvável a entrada da Geórgia na Otan enquanto o conflito com a Rússia, uma potência nuclear, não estiver resolvido. Já o ingresso na UE ficou mais distante com a crise econômica na região.

A passagem do tempo não ajuda a Geórgia. A Abkházia, no litoral do mar Negro, tem tentado promover a independência, apesar de pouquíssimas nações a reconhecerem. Já a Ossétia do Sul, menor e menos populosa, tem um futuro mais incerto, já que seu tamanho a inviabiliza.

Imagem

"Porque não fomos independentes por muito tempo, nós temos uma visão destorcida do mundo e não temos a cultura da estratégia", afirma Alexander Rondeli, da Fundação Georgiana para Estudos Estratégicos e Internacionais.

"Mas, apesar do pouco tempo, aprendemos muito, e agora a Geórgia é mais realista com sua posição no mundo. Mas o aprendizado é muito doloroso. Somos uma nação ansiosa."

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1018 ... ssia.shtml




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Re: Georgia X Rússia

#1878 Mensagem por P44 » Sáb Dez 10, 2011 5:39 pm

Clermont escreveu:MARCO RUBIO VERSUS RAND PAUL.

Patrick J. Buchanan - 8.12.11.

Em agosto de 2008, enquanto os líderes do mundo concentravam-se em Pequim para os Jogos Olímpicos, o presidente georgiano Mikheil Saakashvili, cabeça-quente e errático, jogou sua cartada rumo à grandeza.

Ele iniciou uma atordoante barragem de artilharia sobre Tskhinvali, capital da pequena Ossétia do Sul, uma província que havia libertado-se de Tbilisi, quando Tbilisi havia libertado-se da Rússia. Enquanto ossétios e pacificadores russos caíam debaixo dos canhões georgianos, aterrorizados ossétios fugiam para a Rússia.

A blitzkrieg de Saakashvili parecia ter triunfado.

Até que, os blindados russos, sob ordens de Vladimir Putin, vieram trovejando pelo Túnel Roki para a Ossétia, empurrando o cambaleante exército de Saakashvili. Os georgianos foram rechaçados da Ossétia e expelidos de uma segunda província que havia se libertado de Tbilisi: Abkhazia.

Os russos então passaram a bombardear Tbilisi, capturar Gori, local de nascimento de Josef Stalin e bombardear os aeródromos georgianos que se diziam serem bases avançadas para os israelenses em qualquer ataque preventivo contra o Irã.

A humilhação de Saakashvili foi total e levou um enraivecido e frustrado John McCain a correr para os microfones.

"Hoje, somos todos georgianos," balbuciou McCain.

Bem, não exatamente.

O presidente Bush chamou a resposta de Putin de "desproporcional" e "brutal", mas nada fez. Pequenas nações que dão um tapa em grandes potências não podem ditar quando os sopapos vão parar.

O que fez esta guerra ser de interesse para os americanos, entretanto, foi que Bush, de há muito tempo, buscava trazer a Geórgia para OTAN. Apenas a resistência da Velha Europa impediu isto.

E tivesse a Geórgia sido um membro da OTAN, quando Saakashvili começou sua guerra, os Fuzileiros Navais e as Forças Especiais poderiam ter rumado para o Cáucaso para confrontar soldados russos numa parte do mundo onde não há nenhum interesse vital dos Estados Unidos e nem qualquer interesse estratégico americano, seja lá qual for.

Uma guerra dos Estados Unidos contra a Rússia - por causa da Geórgia, Abkhazia e Ossétia do Sul - teria sido um ato criminoso de insanidade nacional.

Dias depois, veio outra estarrecedora descoberta.

O conselheiro de política externa de McCain, Randy Scheunemann, tinha recebido 290 mil dólares do regime de Saakashvili, de janeiro de 2007 a março de 2008, para trazer a Geórgia para a OTAN, desta forma, adquirindo uma garantia que não tem preço de os Estados Unidos lutarem ao lado da Geórgia em qualquer confronto com a Rússia.

O que torna esta história relevante, hoje?

Semana passada, o senador Marco Rubio, estrela em ascensão da direita republicana, na lista de todo mundo para vice-presidente, pediu por um voto unânime, sem debate, sobre uma resolução determinando o presidente Obama a aceitar o plano da Geórgia para ingresso na OTAN no próximo encontro da organização em Chicago.

Rubio estava pressionando para que o senado dos Estados Unidos forçasse Obama a puxar a Geórgia para a OTAN, tornando Tbilisi uma aliada que os Estados Unidos, obrigados por tratado, teriam de ir à guerra para defender.

Agora, é impossível acreditar que um senador, sem nem um ano no cargo, tenha sonhado com isto por si mesmo. Algum agente estrangeiro da índole de Scheunemann deve ter tido um papel em rascunhar isto.

E para o benefício de quem, Rubio está fazendo pressão para que seus próprios compatriotas fiquem comprometidos a lutar pela Geórgia que, três anos atrás, começou uma guerra sem ser provocada com a Rússia? Quem armou este esquema para envolver os americanos em futuras guerras no Cáucaso que não são da nossa conta?

A resposta é desconhecida. O que é conhecido é o nome do senador que bloqueou isto - Rand Paul, filho de Ron Paul, que sozinho, deu um passo à frente, e protestou, derrotando o esforço de Rubio em conseguir um voto unânime.

A resolução foi retirada. Mas esta gente vai voltar. Eles são infatigáveis quando se trata de encontrar formas de empenhar o sangue dos soldados dos Estados Unidos em prol de seus regimes clientes e comparsas ideológicos.

De volta em 2008, entretanto, enquanto Bush estava limitando-se a protestar contra os excessos da resposta da Rússia, seu ex-embaixador na ONU estava cheio de ira justiceira e pronto para a ação militar.

No London Telegraph, de 15 de agosto de 2008, John Bolton declarou que a Rússia tinha conduzido uma "invasão", que a Geórgia tinha sido "vítima de agressão", que a América tinha ficado "tocando harpa enquanto a Geórgia queimava," que nós tínhamos bancado o "tigre de papel" quando confrontado pelo Urso russo rosnando.

Quanto a União Européia, ao trazer um cessar-fogo, ela tinha obtido resultados "aproximando-se do momento de Neville Chamberlain no palco de Munique."

Mas, a Geórgia não desfechou o ataque que iniciou a guerra?

"Esta confrontação não se trata de quem violou as regras do jogo na Ossétia do Sul," bufou Bolton. A Rússia planejou este "estupro" porque a valente pequena Geórgia recusou-se a ser "Finlandizada".

Restaurar a credibilidade da América, disse Bolton, agora exige "traçar uma linha clara para a Rússia" no Cáucaso e alhures.

E quem é John Bolton?

Newt Gingrich contou a dois grupos, quarta-feira, que tenciona nomear Bolton secretário de estado.

Com Newt apontando como primeiro diplomata da América, um superfalcão que faz Dick Cheney parecer com Gandhi, e a equipe de política externa de Mitt Romney, rastejando junto com os neocons visando uma guerra com o Irã, um voto pelo Partido Republicano em 2012 parece, mais e mais, com um voto pela guerra.

Igual aos Bourbons de antigamente, o Partido Republicano parece não ter aprendido nada e nem esquecido nada.
PAT BUCHANAN é, como todos sabem, um russófilo fanático, comuna e bêbado. :roll: Após ler isto, o que dizer dos comentários de certos pseudo-conhecedores, extremistas e racistas?




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Re: Georgia X Rússia

#1879 Mensagem por suntsé » Sáb Dez 10, 2011 5:56 pm

Um pior que o outro, na politica Americana.




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Re: Georgia X Rússia

#1880 Mensagem por P44 » Sáb Dez 10, 2011 6:01 pm

Ai se os patriotas americanos te lêem!!!!!




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Re: Georgia X Rússia

#1881 Mensagem por hades767676 » Sáb Dez 10, 2011 7:17 pm

Saakashvili com esse excesso de adoração aos EUA transforma a Geórgia em um país capacho!




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Re: Georgia X Rússia

#1882 Mensagem por kurgan » Sáb Dez 10, 2011 7:34 pm

hades767676 escreveu:Saakashvili com esse excesso de adoração aos EUA transforma a Geórgia em um país capacho!
sai de uma colhera, para outra...




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Re: Georgia X Rússia

#1883 Mensagem por P44 » Dom Dez 11, 2011 3:36 pm

hades767676 escreveu:Saakashvili com esse excesso de adoração aos EUA transforma a Geórgia em um país capacho!

O comedor de gravatas foi enviado dos EUA (onde vivia) para a Geórgia apenas com esse propósito.




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Re: Georgia X Rússia

#1884 Mensagem por FoxHound » Sex Jan 13, 2012 8:46 pm

Pode ter certeza que os Russos vão retaliar com a mesma moeda e os EUA vão fazer a mesma coisa denovo em algum lugar na área de influência russa que os Russos irão reclamar e não fazer nada para impedir a entrega das armas, provavelmente os Russo venderam armas para o Irã e de grosso calibre já que está vendendo armas no quintal deles, esse ano de 2012 vai ser divertidissimo na arena internacional e essas vendas de armas vão virar moeda em plena ano eleitoral nos respectivos países com pesadas acusações entre eles para render voto já que o tal inimigo externo em pleno ano eleitoral ajuda bastante o candidato que está atualmente no poder independente de qual país seja esse é a triste realidade.
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Georgia pode voltar a receber armamento americano.
Com a aprovação pelo congresso norte-americano de uma lei em que se determina que sejam reativados os laços militares com a república da Geórgia, passa a ser permitido o fornecimento de armamento defensivo àquele país do Cáucaso, que foi invadido pela Rússia em Agosto de 2008 e que tem parte do seu território ocupado por forças russas[1].

Segundo as diretivas aprovadas, apela-se aos países aliados da NATO para que procedam da mesma forma, para permitir um largo aprofundamento das relações entre o país do Cáucaso e os países da Aliança Atlântica.
Os fornecimentos de armas para a Geórgia foram suspensos após a invasão russa, ainda que os armamentos americanos fornecidos aquele país fossem pouco significativos tanto em valor quanto em número absolutos.

Após o conflito com a Rússia e com forças irregulares tchetchenas favoráveis à Rússia, a Geórgia conseguiu adquirir equipamentos militares da Turquia (viaturas 6x6 Edjer). Também a artilharia recebeu algumas unidades relativamente obsoletas de peças de artilharia de 155mm de construção russa (D-20), vendidas pela Bulgária.
A Geórgia tem feito vários pedidos de armamento a Washington durante os últimos anos. O país pediu essencialmente equipamento anti-tanque e equipamento de defesa aérea. Nos dois casos, trata-se de sistemas que possam permitir aos georgianos resistir a um eventual ataque russo.
Sabe-se hoje, que a desorganização do exército georgiano e a sua doutrina tipicamente soviética de atuação, levaram ao colapso das linhas de defesa.

Deficiências a vários níveis

A Geórgia possuía forças blindadas e números consideráveis de tanques T-72 e artilharia auto-propulsada e uma doutrina que favorecia o número.
Como a Geórgia não poderia nunca competir em termos de números, o destino do conflito estava selado.
Presentemente os militares georgianos têm sido aconselhados a adotar posicionamentos diferentes, privilegiando o desenvolvimento de forças ligeiras móveis, com grande capacidade de auto-defesa. Essas unidades devem estar equipadas com sistemas que permitam reduzir a capacidade russa em termos de armamento blindado, tanto em tanques quanto em viaturas blindadas de transporte de pessoal. Sistemas portáteis como o «Javelin», que podem atacar os tanques na vertical, são especialmente adequados para as necessidades do país.

Já o pedido de equipamento anti-aéreo é resultado da inevitável superioridade aérea russa, que não pode ser combatida com aeronaves. A resposta só poderá ser eficaz se se basear em sistemas defensivos anti-aéreos ligeiros.
Embora várias aeronaves russas tivessem sido abatidas durante o conflito e embora os georgianos tenham afirmado que abateram helicópteros, sabe-se hoje que os georgianos não conseguiram abater uma única aeronave russa.
Os abates de aeronaves russas, que na altura foram atribuídos a mísseis russos modernizados em Israel e a sofisticados sistemas ocidentais, nunca foram resultado de ações georgianas, mas sim a «fogo amigo» das próprias defesas russas.
Os próprios militares russos acabaram por confirmar que todas as aeronaves perdidas foram de facto abatidas pela defesa anti-aérea das próprias tropas russas.

A Geórgia também precisa de novos sistemas de comunicação e essencialmente treino de militares em táticas adequadas para países da NATO.
A guerra de 2008, embora os georgianos tentem nega-lo, demonstrou um gigantesco número de falhas na estrutura do exército georgiano. Desde a formação básica dos oficiais, à não realização de exercícios militares conjuntos, até à total falta de coordenação e comunicação[2] entre as várias unidades militares georgianas, que se informavam da posição do inimigo pelas informações dadas pelos refugiados.

Irritação russa

As autoridades russas têm sido especialmente críticas de qualquer fornecimento de armas americanas à Geórgia e têm mesmo ameaçado cortar o abastecimento das forças americanas no norte do Afeganistão, que são abastecidas através da Rússia.
No entanto, a tendência para a retirada de forças americanas do Afeganistão (que se seguirá à retirada do Iraque) tende a reduzir o peso das ameaças do Kremlin, que enfrenta graves problemas internos em ano eleitoral.

Independentemente de novos sistemas de armas serem fornecidos à Geórgia, não é provável que o país tenha a sua entrada na Aliança Atlântica facilitada. Os problemas com a Rússia e a ocupação pelos russos das regiões georgianas da Ossetia e da Abkhazia deverão ser fatores a considerar pelos países da NATO numa re-análise do pedido de adesão.

[1] – A Rússia patrocinou mesmo a declaração de independência de duas regiões georgianas, tendo reconhecido oficialmente a independência das mesmas. No entanto praticamente nenhum outro país do mundo reconhece a independência e dentro dos próprios territórios existe algum mal-estar perante a presença de forças russas no território, vistas por muitos como um exército de ocupação estrangeiro.
[2] – Só depois do inicio do conflito é que os georgianos entenderam que o sistema de comunicações que tinham adquirido não funcionava em regiões montanhosas. O sistema de comunicações falhou antes de se completarem 24 horas de utilização.
http://www.areamilitar.net/noticias/not ... NrNot=1156




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Re: Georgia X Rússia

#1885 Mensagem por P44 » Sáb Jan 14, 2012 9:47 am

Foxhound,

já viste bem a fonte desse "artigo"???? :roll: :roll:




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Re: Georgia X Rússia

#1886 Mensagem por FoxHound » Sáb Jan 14, 2012 11:11 am

Mas a notícia é veridica olha isso, se algue tiver a paciência em traduzir o texto para quem não sabe inglês agradeço e volto a repetir o que falei na noticia que o postei do site do PT não vai ser nada bom isso na região que envolve o Caúcaso e o Oriente Médio ou melhor dizendo a Eurásia os EUA sabem que os Russos vão retalhar e os EUA idem, qué um exemplo é o carregamento de 60 toneladas de armas de vários tipos que os Russos estão transferindo para a Síria já que esse país não sofre embargos de armas na ONU pois a China e a Russia vetaram lembrando que essas armas russas estão chegando depois que os EUA anunciaram a volta de vender armas a Georgia pois os Americanos já voltaram a fazer (olha só a data deste artigo) antes de os Russos entregarem as armas a Sìria é só uma retaliação russa aos EUA e estão utilizando agora a Síria que está a beira da Guerra Civil para que é aliada russa, e não duvide que os EUA façam o mesmo com China vendendo mais armas a Taiwan e os Chineses vão retaliar vendendo armas para o Irã, Coreia do Norte e outros que são desfavoraveis a washington o resultado disso é toma lá da cá para ninguem perder a cara para o público interno nos respectivos países, quem disse que a Guerra Fria acabou são só novos atores na arena, lembre-se tem ano de eleições na Russia, EUA e mudança de liderança na China o fator de inimigo externo é importantissiomo para angariar votos e despitar os problemas interno dos respectivos países esse ano de 2012 vai ser de muita inquietação na geopolitica mundial.
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Will the US resume weapons sales to Georgia?
The US congress recently passed a bill that would mandate a resumption of arms sales to the South Caucasus state.
Last Modified: 19 Dec 2011 13:54
Washington, DC - The US Congress has mandated that the US begin to sell weapons again to Georgia, re-establishing full military ties for the first time since the 2008 war between Russia and Georgia. This will likely throw a wrench into the delicate "reset" between Washington and Moscow.

Deep inside the massive military authorisation bill passed on December 15, Section 1242 calls on the Secretaries of Defence and State to develop a plan within 90 days "for the normalisation of United States defence cooperation with the Republic of Georgia, including the sale of defensive arms". It encourages NATO member and candidate countries "to restore and enhance their sales of defensive articles and services to the Republic of Georgia as part of a broader NATO effort to deepen its defense relationship and cooperation with the Republic of Georgia".

Over the last decade, Georgia has become one of the US' most loyal allies. With the rise to power of President Mikheil Saakashvili in 2004, the US saw an opportunity to carve a foothold in the South Caucasus, traditionally Russia's sphere of influence, using Georgia's friendly, reform-oriented and, it seemed at the time, democratic government.
US-Georgia ties have long had a strong military component. US troops have trained thousands of their Georgian counterparts, and Georgia has returned the favour by being probably the largest per capita troop contributor to the US and NATO wars in Iraq and Afghanistan. At the time of its war with Russia, Georgia had 2,000 troops in the Middle East, roughly a quarter of its entire military. It currently has more than 900 troops in Afghanistan, and ten of its soldiers have been killed in action there.

Weapons sales, though, have never been a significant part of its relationship with the US. Georgia, as an ex-Soviet republic, still relies heavily on Russian military technology, though it is now more likely to get its equipment from sympathetic fellow former satellites like Poland, Ukraine or Bulgaria. And given its poverty, Georgia can't afford much US equipment, anyway.

But after the 2008 war with Russia, US equipment sales ceased. The Georgian government and its American supporters argue that the State Department has quietly implemented a de facto "embargo" against the sale of weapons to Georgia, though those claims have never been substantiated. (Another provision of the new law calls on the Department of Defence to catalogue all the requests Tbilisi has made for arms sales over the past two years, and the action taken on those requests and the reason taken for those actions, in an apparent attempt to bring this alleged embargo into the open.)

Yet, while the US has continued other forms of military co-operation with Georgia such as training, the fact that Washington would no longer consider weapons sales has rankled Georgia. "[L]eaving Georgia defenceless doesn't help the situation," Saakashvili has said. "Georgia cannot attack Russia, while a defenceless Georgia is a big temptation for Russia to change our government through military means... As part of ongoing security cooperation, we hope that the US will help us with defence-weapons capabilities."

Saakashvili has also claimed that only the US could sell Georgia the weapons it needs to protect itself: "What Georgia really needs is something that it cannot get from anywhere else and that's anti-air and anti-tank [weapons] and that's completely obvious... That's where should be the next stage of the co-operation". Accordingly, Georgia's substantial lobbying apparatus in Washington has made restoring weapons sales its top priority, an effort which appears to have finally borne fruit with this new law.

'Reset' a success - so far

The question of arms sales has also, however, become a touchstone for the US's relationship with Russia. The Obama administration has tried to improve relations with Russia, via the so-called "reset", and for the most part it's been a success. Russia has agreed, most notably, to allow US military cargo to pass through its territory en route to Afghanistan, on what the Pentagon calls the Northern Distribution Network. But Russian officials have made it clear that selling arms to Georgia is a red line.

If the US starts those sales again, "that will spoil our relations", said Yevgeny Buzhinsky, a retired general who until last year headed the Russian Ministry of Defence's International Co-operation Directorate. "Georgia is a very special case, and if I were a US policymaker I would keep a very low profile for the time being with Georgia... If they want to antagonise Russia, stop talking about transit; it will again be the 'Cold Peace'."

This is an especially sensitive time for US-Russian ties. Prime Minister Vladimir Putin accused the US (without evidence) of fomenting protests against apparently fraudulent parliamentary elections earlier this month. Russia has also lately turned up the temperature on the dispute over a US missile defence plan for Europe, and Dmitry Rogozin, Russia's ambassador to NATO, reportedly threatened to cut off the Northern Distribution Network if the US went ahead with its plans.
And the question of NATO membership for Georgia, written off after the 2008 war, seems to be back on the table. At a NATO foreign ministers meeting this month, members for the first time called Georgia an "aspirant" country. It's not clear if that is anything more than a rhetorical shift, but it prompted an angry response from Russia's Foreign Minister Sergey Lavrov. NATO, he said, “may unwittingly push Georgia's current regime toward a repetition of its August 2008 adventure". That war began just after a NATO summit in which the alliance promised membership to Georgia. "Given the mentality of Mikheil Saakashvili, I have no doubt that this played an important role in his taking the mad and reckless decision," Lavrov said.

To many in Washington that sounds like bullying, and interfering with Georgia's sovereign right to make alliances with whomever it chooses. But Russians have longer memories than Americans, and recall that in the 1990s, when Russia was struggling through a painful transition from communism and a sharp drop in its geopolitical heft, the US took advantage. It encouraged the NATO membership of Russia's former satellites without ever considering Russia itself for membership, which looked to Moscow like the Cold War hadn't ended, but had just shifted the front line to Russia's disadvantage. The US also backed oil and gas pipelines from the Caspian Sea through Georgia to Europe whose sole purpose was to bypass already existing Russian pipelines.

This worked as long as Russia was weak and unable to resist. But now, with a decade of resource wealth and a consolidated power structure, Russia is able to fight back. And it knows better than to believe rhetoric from Washington about Georgia's democracy, understanding that to the US, Georgia's real utility is its willingness to be used as a tool against Russia.

Russia still has an interest in keeping good relations with the US, and threats to trash the reset should be taken with a grain of salt. Cutting off the military transit to Afghanistan, for example, could hurt Russia as much as it does the US: The Kremlin worries that an unfettered Taliban could spread northward towards its borders, and that US failure in Afghanistan could mean a return to the 1980s, when Russians were the ones dying to stanch Islamist extremism in Central Asia. It's still not clear if Moscow will be willing to carry out these threats. But with this new legislation, we may be about to find out.

Joshua Kucera is a freelance journalist based in Washington, DC. He is a regular contributor to EurasiaNet, US News and World Report and Slate.
http://www.aljazeera.com/indepth/opinio ... 84156.html




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Re: Georgia X Rússia

#1887 Mensagem por FoxHound » Qua Jan 25, 2012 1:23 pm

Geórgia: Fim das Ilusões.
Passaram sete anos desde a “revolução rosa” na Geórgia que em 2003 levou à demissão do então-presidente Eduard Chevardnadze e à chegada de Mikhail Saakachvili ao poder. Nestes anos o país fez um caminho difícil – das esperanças à desilusão completa no regime de Saakachvili.

Nino Burdjanadze, a ex-auxiliar de Saakachvili, presidente do parlamento e atual líder da revolução georgiana fez o resumo da revolução rosa de modo seguinte. Numa entrevista ao jornal russo “Vremya novostei” disse que não foram cumpridas as promessas dadas ao povo, ainda hoje o país vive sem democracia, sem liberdade da mídia e da justiça, a corrupção floresce. De três milhões de pessoas que vivem na Geórgia 1,8 sofrem da pobreza. Então como é que se pode dizer sobre reformas ou êxitos?

Junto com a desilusão aumenta a superestima da revolução rosa. Se antes isso era o protesto social, hoje é um golpe de estado. O líder do Partido Trabalhista em oposição Chalva Natelachvili acha que a revolução rosa foi planejada e financiada pelas instituições políticas norteamericanas, que resultou na chegada de Saakachvili ao poder.

A comissão judicial que vamos criar investigará todas as circumstâncias do golpe de estado na sequência do qual os ventureiros chegaram ao poder e destruiram a Geórgia. Acontecerá uma nova revolução “colorida” com outro nome sendo que os apoiantes em Washington não dormem.

O que trouxe a política externa de aventura que resultou no conflito armado contra a Ossétia do Sul? A derrota da Geórgia e o reconhecimento da independência da Ossétia do Sul e da Abecásia. O regime de Saakachvili só teve o impacto negativo, diz o vice-diretor do Instituto dos países da CEI Vladimir Jarikhin.

Diria que Saakachvili causou um dano enorme ao país, ao seu desenvolvimento e aos cidadãos.
http://portuguese.ruvr.ru/2010/11/24/35526562.html




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Re: Georgia X Rússia

#1888 Mensagem por FoxHound » Qua Jan 25, 2012 1:23 pm

Ocidente desiludido com Geórgia.
A organização de proteção dos direitos humanos internacional Human Right Watch publicou um relatório, criticando a Geórgia pela observação insuficiente dos direitos humanos. O relatório refere a dispersão de um ato de protesto da oposição no ano passado, limitações da liberdade de expressão nos meios de comunicação social e a expulsão de refugiados.

Peritos ocidentais são preocupados sobretudo com a limitação da liberdade de reuniões de cidadãos. Um exemplo gritante é a dispersão de uma manifestação oposicionista em maio de 2011. Na altura, o ato de protesto de cidadãos descontentes com a política das autoridades da Geórgia foi esmagado duramente pela polícia antimotim com a utilização de cassetetes, jatos de água e gás lacrimogéneo. Em resultado, algumas pessoas foram mortas. A Human Right Watch destaca que as represálias físicas em relação a manifestantes e jornalistas georgianos e estrangeiros devem ser investigadas pormenorizadamente. Contudo, Tbilissi não investigou objetivamente aqueles acontecimentos, apesar de numerosos testemunhos da violação da lei por parte das estruturas da ordem.

É agradável que o semelhante relatório apareceu finalmente, mas as suas conclusões têm um caráter parcial, não apontando a falta global de liberdades democráticas na Geórgia. Tal opinião foi expressa à Voz da Rússia pelo perito Feliks Stanevski:

– O problema não consiste em que a Geórgia se critica a nível de organizações pela violação de direitos humanos. O principal é que estas críticas são restringidas: se elege um pormenor, criando a impressão de que tudo é bom, havendo apenas alguns defeitos. Mas é evidente que na Geórgia floresce um regime autoritário que não tem nada a ver com a democracia, o que, infelizmente, não se reconhece nem por estas organizações, nem pelo Departamento de Estado dos EUA, que determina em muito as orientações de críticas de uns ou outros países. Quanto à violação dos direitos humanos na Geórgia, o problema ligado a minorias étnicas, tal como à oposição é evidente. Na Geórgia continua a perseguição da Igreja arménia, mas não abertamente e sim às escondidas. Os templos arménios estão a ser reconstruídos, tornando-se controlados pelas autoridades religiosas georgianas. Os oposicionistas georgianos são obrigados a fazer grandes concessões para existirem como oposição. São perseguidos mas também não abertamente, com a ajuda de manhas. Tal carateriza a elite georgiana. Por exemplo, oposicionistas e os seus familiares não podem encontrar emprego ou são privados dele. Até a oposição pró-ocidental declara o regime georgiano como autoritário e qualifica o atual chefe da Geórgia de ditador.
http://portuguese.ruvr.ru/2012/01/24/64512005.html




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Re: Georgia X Rússia

#1889 Mensagem por P44 » Qui Jan 26, 2012 12:28 pm

FoxHound escreveu: O líder do Partido Trabalhista em oposição Chalva Natelachvili acha que a revolução rosa foi planejada e financiada pelas instituições políticas norteamericanas, que resultou na chegada de Saakachvili ao poder.
a sério????? :roll:
tal como a "revolução laranja" o foi na Ucrânia.




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Re: Georgia X Rússia

#1890 Mensagem por FoxHound » Ter Jan 31, 2012 11:45 am

Obama e Saakachvili contaram sobre a sua reunião na Casa branca.
Os EUA vão continuar a apoiar o desejo da Geórgia de se tornar membro da OTAN, no final das contas. Disto comunicou a repórteres nesta segunda-feira o presidente Barack Obama, falando sobre a sua reunião na Casa Branca com o líder georgiano, Mikhail Saakachvili. Obama tocou tais temas como a perspectiva de cooperação comercial e económica entre os EUA e a Geórgia, bem como a promoção de processos políticos internos na Geórgia na direção da democracia e da economia do mercado livre.

Saakachvili agradeceu a Obama pelo seu convite e pelo fato dos EUA terem desempenhado o papel decisivo na garantia da segurança e do desenvolvimento sustentável do seu país. Saakachvili também mencionou que os EUA teriam ajudado a reforçar o potencial de auto-defesa da Geórgia, embora o proprietário da reunião não tenha falado disso.
http://portuguese.ruvr.ru/2012/01/31/64988988.html




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