Pois é,
Quando eu falava que o contexto geral, geopolitico é muito maior, que era preciso ver e pensar a respeito do que se está fazendo dentro desse quadro, muitos queriam discutir alcance de radar. O momento histórico atual aponta para uma ALIANÇA com a França, e dentro desse contexto, o FX-2 é apenas mais um dos itens. Aqui tinha o papo furado de por todos os ovos na mesma cesta.
Em uma das falas do Saito, ele falou bem claro, não posso opinar sobre a escolha final do caça, porque não sei o que o Governo anda tramando.
Consegui localizar as falas do NJ na audiência do Senado. Para quem quiser escutar o link é esse.
http://www.senado.gov.br/radio/comissoes.asp
E nessa fala o NJ é bem claro, o ÚNICO país que nos escutou, nos deu a importância devida foi a França, o resto queria apenas vender armas para nós. Não somos compradores de armas como a Venezuela, e citou o cemitério de aeronaves russas abandonadas no Peru como exemplo. Não nos interessa esse tipo de relação.
Sobre a Suecia foi bem claro, ele só podem nos oferecer o avião, e nem isso eles tem direito.
Portanto, como falava aqui desde 2007, o rumo já foi decidido, a opção é clara. Em breve, todo o novo arcabouço jurídico será enviado ao Congresso, nele estão o novo sistema de compras e o novo desenho do Ministério da Defesa.
O modelo será francês, na França os militares não compram armas, não decidem as compras de armas, não existe COPAC, nem nada parecido, o DGA é um Órgão subordinado ao ministério da defesa com todo o necessário para cuidar desse assunto, desde a simples compra, até o projeto e o desenvolvimento de novas armas.
O exemplo é a política de De Gaulle sobre o desenvolvimento e a independência do aparato bélico. De Gaulle não apenas retirou a França da estrutura subordinada da OTAN, como criou a Força Estratégica Nuclear independente, na terra e no mar.
Do mesmo modo os rumos geopolíticos estão claros, UNASUL de um lado, e de outro está se fechando um amplo acordo entre Brasil, Portugal e as antigas colonias portuguesas na África, sendo principal polo Angola. Creio mesmo que Africa do Sul deverá ser também envolvida, isso vai delimitar uma série de posições em conjunto nos diversos organismos internacionais.
A França fará parte dessa Aliança através da Guiana. O contraponto é claro, do outro lado estão os anglo-saxões.
Do mesmo modo, existe outra posição sendo delineada, estamos ficando mais distantes das pressões internacionais contra o Irã, delimitando uma clara diferença entre nossa posição e as potências atômicas. Isso ficou nítido nas falas no NJ.
E o motivo é claro, podemos passar amanhã, o que o Irã sofre hoje. Não só por conta dos sabores das mudanças internacionais, como deixando claro, que nossa opção sobre armas nucleares no futuro, poderá mudar.
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