EUA x Irã

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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romeo
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Re: EUA x Irã

#1741 Mensagem por romeo » Qua Ago 22, 2012 2:46 pm

Se houvesse no Brasil a mesma seriedade que os iranianos ( e israelenses ) dedicam a defesa, com nosso potencial estaríamos muito mais desenvolvidos que eles.

O que os motiva são percepções de ameaças iminentes.

O sentimento de ameaças que temos é difuso e decorre mais da percepção da nossa vulnerabilidade do que de ações reais por parte de inimigos.

Ao contrário dos paises acima citados, o Brasil não tem inimigos declarados.

Perde-se assim o sentido de urgência...

Equipamentos militares para que ?... Vamos construir estádios.

Manobras militares... Deixa disso... Temos que treinar é um bom time para a Copa do Mundo.

E assim vamos levando...

Mas amigos; de uma coisa tenho absoluta certeza... Se o Brasil for REALMENTE ameaçado... Se nos surgir um inimigo real, os avanços dos persas e israelenses serão coisa pouca diante do que podemos fazer.

Nossa benção ( não ter inimigos ) tem sido motivo da nossa maldição ( omissão na Defesa ).

Mas antes assim... Agora com licença... Tenho que me retirar para ir ao ensaio do Salgeiro... O carnaval já está chegando e ainda não aprendí o samba direito.

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Re: EUA x Irã

#1742 Mensagem por FOXTROT » Qua Ago 22, 2012 3:02 pm

Os sionistas querem ditar as normas da ONU. :evil: :evil: :evil: :evil: Parabéns ao Ban, ganha respeito com essa decisão.
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Contra EUA e Israel, ONU confirma Ban em cúpula no Irã
22 de agosto de 2012 • 14h10 • atualizado às 14h39

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, participará na próxima cúpula de países não-alinhados programada para 30 e 31 de agosto em Teerã, apesar do descontentamento expressado por Washington, anunciou seu porta-voz nesta quarta-feira.

"Ele transmitirá a clara preocupação e expectativas da comunidade internacional" sobre o programa nuclear do Irã, o terrorismo, os direitos humanos, e a guerra na Síria, afirmou o porta-voz da ONU Martin Nesirky.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse a Ban que ele cometeria um grande erro caso participasse na cúpula no Irã. A embaixadora americana ante as Nações Unidas, Susan Rice, também advertiu Ban contra sua participação.




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Re: EUA x Irã

#1743 Mensagem por FoxHound » Qua Ago 22, 2012 8:19 pm

Irã manda intensificar resistência ao Ocidente.
O líder supremo do Irã, o ayatollah Ali Khamenei, ordenou ao serviço secreto do Corpo da Guarda Revolucionária – a brigada de Al-Quds – para "intensificar os ataques contra o Ocidente e seus aliados" em resposta a suas tentativas de derrubar o presidente sírio Bashar al-Assad, escreve o jornal britânico The Daily Telegraph.

O jornal informa, citando a inteligência ocidental que, por ordem pessoal de Khamenei, foi preparado um documento no qual foi acordado que a combinação de sanções da ONU adotadas em conexão com o programa nuclear iraniano e o apoio ocidental à oposição síria ameaçam os interesses nacionais da República Islâmica do Irã. Também, como uma ameaça direta, foi considerada a desintegração da aliança entre Teerã, Damasco e o movimento libanês Hezbollah.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_08_22/85877353/




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Re: EUA x Irã

#1744 Mensagem por FoxHound » Qua Ago 22, 2012 8:39 pm

Produção de armas nacionais no Irã aumentou 21% no último ano .
O ministro da Defesa do Irã, o brigadeiro-general Ahmad Vahidi, revelou que o número de produtos militares nacionais fabricados pelo Ministério da Defesa do Irã tem testemunhado um aumento de 21% neste ano.

Vahidi dirigiu ontem a cerimônia por ocasião ao Dia Nacional da Indústria de Defesa e disse que os produtos de defesa no Irã são únicos em termos de quantidade e variedade, independente de todas pressões e restrições impostas contra o Irã no mercado global de armas.

“Nós, na indústria de defesa do Irã temos 1.436 diferentes produtos com um mercado quase limitado e isso significa que temos sido capazes de comercializar através da nacionalização”, disse Vahidi.

Vahidi anunciou que o Ministério da Defesa produziu 192 produtos de defesa no último ano, e acrescentou: “Nós, do ministério de Defesa teve um crescimento de 21% na produção, 178% em tecnologia e inovações, o aumento de 286% em projetos acadêmicos e um impulso de 138% no número de projetos industriais que foram cumpridos”.
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... o-ira.html




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Re: EUA x Irã

#1745 Mensagem por FoxHound » Qui Ago 23, 2012 10:48 am

Porta-aviões John Stennis zarpará para Golfo Pérsico.
Os EUA enviarão o porta-aviões John Stennis, acompanhado de navios de proteção e de um submarino atômico, para a zona do Golfo Pérsico antes do prazo anteriormente marcado. A pedido do comandante da Força Aérea estadunidense no Oriente Médio, este grupo de navios zarpará para essa região quatro meses antes do prazo marcado.
Presentemente, no aquatório do Golfo Pérsico encontram-se os porta-aviões Eisenhower e Enterprise, o prazo de cuja permanência ali está terminando.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_08_23/jo ... o-persico/




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Re: EUA x Irã

#1746 Mensagem por marcelo l. » Sex Ago 24, 2012 11:28 am

Sobre a decisão do ataque ao Irã, diferente do começo do ano agora os atores que vão tomar decisão estão aparacendo entre eles Ehud Barak,

http://www.foreignpolicy.com/articles/2 ... he_decider




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Re: EUA x Irã

#1747 Mensagem por Sávio Ricardo » Sex Ago 24, 2012 2:35 pm

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Re: EUA x Irã

#1748 Mensagem por marcelo l. » Sex Ago 24, 2012 8:25 pm

Evguêni Satanóvski. “Conflito militar contra o Irã dará à Rússia novas oportunidades, geradas sobretudo pela inevitável alta do petróleo”, adianta.

http://gazetarussa.com.br/articles/2012 ... 15305.html

Os nomes certos e pessoal que realmente tem contato começa a falar que a guerra deve ocorrer, agora é tic-tac para ver se desarmam a guerra ou explode um novo conflito.




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Re: EUA x Irã

#1749 Mensagem por FOXTROT » Sáb Ago 25, 2012 1:17 pm

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Irã inicia amanhã reuniões prévias à cúpula vista como guerra diplomática
25 de agosto de 2012 • 11h28


O ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, inaugurará no domingo as reuniões de analistas prévias à 16ª Cúpula do Movimento de Países Não-Alinhados (MPNA), que Teerã enxerga como uma guerra diplomática contra seus principais inimigos, Estados Unidos e Israel.

Para o Irã, a presença na cúpula do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, apesar da insistência dos governos de Washington e Tel Aviv para que não comparecesse, é "uma vitória diplomática".

Para Ban, sua presença na Cúpula do MPNA, que agrupa dois terços dos membros da ONU, era obrigatória e, além disso, será uma oportunidade para tratar com as autoridades do Irã questões como seu programa nuclear, terrorismo, direitos humanos e o conflito da Síria, segundo seu porta-voz, Martin Nesirky.

No total, dos 120 países-membros do MPNA, 108 haviam confirmado até este sábado a composição de suas delegações, das quais 29 estarão lideradas por chefes de Estado, sete por primeiros-ministros e nove por vice-presidentes.

O Irã ainda espera a confirmação dos demais membros, embora ainda não tenham confirmado sua delegação, assim como de 25 observadores e convidados especiais, o que levou algumas autoridades iranianas a comentar que "Washington fracassou" em suas tentativas de esvaziar o encontro de Teerã.

Os analistas estudarão amanhã e na segunda-feira um amplo documento que, uma vez corrigido, deverá ser supervisionado pelos ministros de Exteriores em um encontro que acontecerá nos dias 28 e 29 de agosto, para depois ser aprovado, junto com a Declaração de Teerã, pela cúpula que será realizada nos 30 e 31 deste mês.

Entre os temas abordados, deve ganhar força a ideia da construção de um mundo "multipolar", não dependente de apenas um centro de poder, o que implicaria na reforma da ONU e especialmente de seu Conselho de Segurança, um dos objetivos principais dos Não-Alinhados.

Como grupo de países em desenvolvimento, o MPNA também estudará fórmulas de colaboração para o progresso de seus membros, assim como os conflitos regionais que lhes afetam, especialmente o da Síria.

Como organizador, o Irã promoveu também discussões sobre os últimos levantes e revoluções no mundo árabe, que o regime teocrático de Teerã denomina de "Despertar Islâmico".

O direito ao uso pacífico da energia nuclear será também uma das questões da cúpula, no momento no que o Irã é criticado pelos EUA e seus aliados ocidentais por seu programa nuclear, que segundo Washington, tem uma vertente militar.

A organização previu alojamento para sete mil participantes da cúpula, na qual a delegação mais numerosa será a da Índia, com 150 pessoas lideradas pelo primeiro-ministro Manmohan Singh.

Além disso, 110 mil policiais e voluntários islâmicos, com 2,9 mil carros e 2,5 mil motocicletas, iniciam a partir de hoje a operação de segurança para a cúpula, segundo o subchefe da Polícia do Irã, general Ahmad Reza Radan.

O Movimento dos Países Não-Alinhados, fundado formalmente em 1961, reúne quase dois terços dos Estados-membros das Nações Unidas, especialmente da Ásia, África e América Latina.

Durante a Guerra Fria, na segunda metade do século passado, no MPNA se agruparam a maior parte dos estados não oficialmente alinhados com o bloco ocidental nem com o soviético, a fim de manter sua independência. EFE




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Re: EUA x Irã

#1750 Mensagem por marcelo l. » Sex Ago 31, 2012 1:35 pm

Os custos da guerra com o Irã: uma preparação de inteligência do campo de batalha

http://smallwarsjournal.com/jrnl/art/th ... attlefield




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Re: EUA x Irã

#1751 Mensagem por Clermont » Sáb Set 01, 2012 2:22 pm

É JÓIA SER UM NÃO-ALINHADO - Um clarão do passado: o Movimento dos Não-Alinhados.

Por Eric Margolis - 1º de setembro de 2012.

A conferência desta semana do Movimento dos Não-Alinhados (NAM) em Teerã trouxe memórias da Guerra Fria e líderes de ascendência mundial como Nehru, Nasser, Castro, Nkrumah e Sukarno. No entanto, a maioria destes foram desastres para suas nações, mas eles, com certeza, eram coloridos e interessantes.

Apesar dos intensos esforços dos Estados Unidos e de Israel para impedir o comparecimento no encontro de Teerã - apoiado por uma onda de ataques da mídia ocidental contra o conclave - mais de 150 nações e corpos internacionais participaram.

Este grande comparecimento marcou um grande fracasso de Washington para apertar mais ainda o cerco sobre o Irã. De particular interesse foi a presença do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh. A Índia recusou a curvar-se perante a pressão dos Estados Unidos para boicotar o evento e anunciou futuros acordos de energia, comércio e transporte com o Irã.

O Irá desempenha um papel-chave nos planos da Índia para expandir sua influência sobre o Afeganistão e a Ásia Central. A Índia está construindo uma nova e estratégica linha ferroviária ligando o porto iraniano de Chahbahar ao Afeganistão ocidental. O Irã fornece mais de 11 porcento da crescente demanda da Índia por energia. Delhi cada vez mais preocupa-se com a segurança de suas importações de energia do Oriente Médio.

Como eu escrevi uma década atrás em meu primeiro livro, War at the Top of the World, os Estados Unidos e a Índia podem, um dia, tornar-se rivais pelo petróleo e o gás do Oriente Médio - e, na verdade, pelo controle do Golfo. A recusa da Índia em seguir junto com a política americana sublinha ainda mais a gradual mudança para a Ásia do centro de gravidade estratégico e econômico do mundo.

Para ainda mais desagrado de Washington, o novo presidente do Egito, Mohammed Morsi, rechaçou as ameaças de corte no auxílio americano e voou para Teerã. Sob os trinta anos de ditadura de Mubarak, o Egito foi um baluarte contra o Irã. Não mais. A cada vez mais autoconfiante e independente, Morsi, deixou claro que o Egito seguirá seus próprios interesses de política externa antes do que aqueles dos EUA e Israel, como no passado.

Morsi surpreendeu quase todo mundo. Quando ele esbarrou com o poder no início deste ano, ele era considerado como um lerdo zé-mané, escolhido pelos todo-poderosos militares para cumprir seu mandato e não criar aborrecimentos. O líder da Confraria Muçulmana, um antigo engenheiro espacial, jogou fora seu manto de humildade e rapidamente passou a silenciar os intimidadores militares apoiados pelos americano, a chave para a dominação dos Estados Unidos sobre o Egito pelos últimos quarenta anos.

Como Morsi fez isto sem enfrentar um golpe militar permanece um mistério. Mas, ele, certamente, tem o apoio da maioria dos egípcios. Levou uma década para o governo islamista "lite" da Turquia empurrar os generais fanfarrões de volta para seus quartéis e trazer a democracia de verdade.

O líder egípcio atordoou todo mundo ao, abertamente, admoestar o regime sírio de Bashar Assad, pedindo por sua substituição por um governo democrático, eleito. A intervenção egípcia no sangrento conflito sírio pode ajudar a pavimentar o caminho para um acordo pacífico. Ela pode, também, reacender a ancestral rivalidade sírio-egípcia pela liderança do mundo árabe.

Apesar de emitir banalidades açucaradas sobre a volta do Egito à democracia, Washington está extremamente infeliz com o novo governo eleito. Este não mais será um discreto defensor e aliado de Israel, como era sob Mubarak, mas uma potência rival que, genuinamente, exige um estado palestino e não vê razão para confrontar o Irã ou outros adversários dos Estados Unidos.

Os EUA estão respondendo a recém-achada independência do Egito com murmúrios sobre cortes às suas doações anuais de $ 1,3 bilhão para as forças armadas egípcias e milhões mais em pagamentos secretos. Entretanto, os sauditas e os árabes do Golfo estão emprestando ao encalacrado Cairo, $ 3 bilhões e o FMI administrado pelos EUA, outros $ 4,8 bilhões em empréstimos. Interessantemente, o presidente Morsi acabou de visitar a China onde ele recebeu garantias de auxílio.

Nos anos passados, a maioria das conferências de não-alinhados, cujo objetivo era encontrar um caminho do meio entre o Ocidente e o império soviético, só produziam ar quente, com freqüencia, bem anti-americano. Enquanto o poder mundial da América declina após a perda de duas guerras e uma profunda recessão, o encontro do NAM em Teerã, pode ser um degrau, ainda que pequeno, rumo a um afastamento do atual mundo unipolar, na direção de um sistema internacional mais equilibrado, e equitativo.

O líder supremo do Irã, Grande Aiatolá Ali Khamenei, disparou uma Flecha Parta, no final da conferência. Ele chamou o Conselho de Segurança das Nações Unidas de ultrapassado, desequilibrado e de instrumento das potências ocidentais. Khamenei pediu por uma grande reforma da instituição mundial. Poucos delegados discordaram dele.




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Re: EUA x Irã

#1752 Mensagem por akivrx78 » Sáb Set 01, 2012 4:25 pm

1 de Setembro de 2012 - 12h12
Não alinhados: surge um novo obstáculo contra o imperialismo

É significativo que a 16ª Cúpula do Movimento dos Países Não-Alinhados, encerrada ontem (31) em Teerã tenha analisado, ressaltado e valorizado a experiência de integração da América do Sul representada pela formação, nestes últimos anos, da Celac e da Unasul. São iniciativas concretas de integração soberana de nações nesta parte do mundo cujo sucesso pode indicar, aos 115 países que formam o movimento (entre membros e conservadores), um caminho efetivo de maior integração e ação comum.

Caminho que, na verdade, os não-alinhados seguem desde a Conferência de Bandung (1955), que o primeiro passo de uma articulação internacional autônoma e soberana, e desde a Conferência de Belgrado (1961), quando o movimento dos não alinhados foi constituído formalmente.

A pauta, em Teerã, envolveu a luta anti-imperialista e os principais temas da luta dos povos em nosso tempo. Houve forte apoio à Palestina, foi denunciado o bloqueio à Cuba, foi denunciada a agressão à Líbia, em 2011 e à Síria, este ano, foi defendida a liberdade dos povos para dominar a energia nuclear para uso pacífico e a chamada questão nuclear do Irã. Os participantes querem também a reforma da ONU (sobretudo do Conselho de Segurança), do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.

Em relação à agressão contra a Síria, a Cúpula denunciou a intervenção dos EUA, da União Europeia e da OTAN para derrubar governos soberanos, reafirmando o direito dos povos à autodeterminação e à soberania, sem intervenção estrangeira.

O sentido mais profundo da reunião realizada em Teerã foi a demanda dos povos pela democratização do sistema de governança mundial, recusando as políticas unilaterais e exclusivistas do imperialismo. Tem razão, portanto, o dirigente iraniano Ali Khamenei quando registrou que uma nova ordem mundial, contra o colonialismo e a dependência cultural, política e econômica, está sendo criada, e o movimento dos não alinhados tem um papel fundamental nesta criação.

Ao fortalecer a resistência dos povos e a colaboração multilateral entre nações que juntam quase dois terços dos membros da ONU e reúnem mais da metade da população mundial, a reunião de Teerã cria mais um forte obstáculo contra a ação do imperialismo, abrindo novas e alentadoras perspectivas para a conquista de um futuro de paz para a humanidade.

http://www.vermelho.org.br/sc/editorial ... d_secao=16




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Re: EUA x Irã

#1753 Mensagem por akivrx78 » Sáb Set 01, 2012 4:30 pm

Atualizado em 01/09/2012 13h23
EUA reduzem exercícios militares com Israel, diz revista
Mudanças ocorreram provavelmente por desavenças sobre o Irã.
Em vez de 5 mil homens, EUA vai enviar no máximo 1,5 mil.

Da France Presse

Os Estados Unidos reduziram significativamente os exercícios militares previstos com Israel, muito provavelmente devido a desavenças sobre como enfrentar o programa nuclear iraniano, indica a revista Time.

A revista, que cita "fontes bem posicionadas em ambos os países", assegura que Washington reduziu em mais de dois terços o número de soldados que irão a Israel e diminuiu a quantidade e a potência dos sistemas de interceptação de mísseis que serão usados nos exercícios conjuntos Austere Challenge 12, previstos para outubro.

Imagem
O presidente dos EUA, Barack Obama, assina no dia 27 de julho o ato de cooperação de segurança com Israel (Foto: AFP)

Em vez dos aproximadamente 5 mil homens americanos que participariam das manobras, o Pentágono enviará apenas entre 1,2 mil e 1,5 mil, ressalta a Time.

Os sistemas Patriot anti-mísseis chegarão a Israel, como estava previsto, mas não o pessoal militar encarregado de operá-los, acrescenta a revista.

Basicamente, o que os americanos estão dizendo é: 'Não acreditamos em vocês', declarou um militar da alta patente israelense à Time.

Segundo o relatório da revista, a explicação oficial para os cortes são as restrições orçamentárias. Mas as reduções coincidem com tensões crescentes entre os governos de Barack Obama e Benjamin Netanyahu sobre as ameaças de Israel lançar um ataque aéreo contra o Irã para bloquear seus planos nucleares.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/ ... rensa.html




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Re: EUA x Irã

#1754 Mensagem por FOXTROT » Sáb Set 01, 2012 9:52 pm

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Irã e Coreia do Norte fecham cooperação em ciência e tecnologia
01 de setembro de 2012 • 13h02 • atualizado às 13h22



O Irã e a Coreia do Norte assinaram um acordo de cooperação em ciência e tecnologia, informou a imprensa iraniana neste sábado, e o líder supremo do Irã declarou que os dois países têm "inimigos comuns".

Os dois países irão cooperar em pesquisa, intercâmbio de estudantes, laboratórios conjuntos, nas áreas de tecnologia da informação, engenharia, biotecnologia, energia renovável, meio ambiente, desenvolvimento sustentável da agricultura e de tecnologia de alimentos, informou a agência Iranian Labour News Agency (Ilna).

A Ilna disse que o acordo foi assinado pelo ministro de Ciência, Pesquisa e Tecnologia do Irã, Farhad Daneshjoo, e pelo ministro de Relações Exteriores da Coreia do Norte Pak Ui-chun.

O líder supremo do Irã, Ayatollah Ali Khamenei também se encontrou com Kim Yong-nam, da Coreia do Norte, visto como figura chefe de estado, que estava em Teerã para o evento do Movimento Não-Alinhado ocorrido nesta semana.

"A República Islâmica do Irã e a Coreia do Norte têm inimigos comuns, porque os poderes arrogantes não aceitam estados independentes", disse Khamenei, conforme mencionado pela ILNA neste sábado.




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Re: EUA x Irã

#1755 Mensagem por marcelo l. » Dom Set 02, 2012 10:42 am

Eu estranho quando leio o Assal Reza (http://keyhani.blog.lemonde.fr) sobre a cúpula do Irã, que mais parece um tiro no pé bem censurado.




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