DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO

[Viktor Reznov]

Eu presenciei uma briga fodida de aterrorizante na minha família nesse sábado, que quase terminou em tragédia, isso me deixou num estado de tamanha devastação mental que eu tive uma iluminação, eu finalmente entendi o porque de pessoas se afundarem em drogas. Se eu não tivesse condições de pagar pelos meus remédios que eu tomo agora, eu estaria no meio de um miasma de fumaça de maconha pra atordoar meus sentimentos. Eu tenho que mudar parte de minhas atitudes, ter menos ódio para com esses usuários pq uma parcela muito grande deles estão passando por momentos tão ou mais difíceis do que eu estou, vivem uma vida de merda e a única chance de esquecer essa realidade horrível é a droga.

[J.Ricardo]

Eu já vi de perto o arraso que as drogas fazem na vida de uma pessoa... o coitado foi vítima do crack... baixa auto estima, região problemática, um profissional que acabou na ponta de uma corda.

Na minha opinião, maconha e derivados da coca são coisas diferentes, a segunda jamais deveria ser liberada.

[prp]

Deus te abençoe Cross e que a paz acalente teu coração. Abraços.

[Bolovo]

Uruguai tem queda nos crimes do narcotráfico após lei da maconha

SYLVIA COLOMBO
ENVIADA ESPECIAL AO URUGUAI

12/01/2018 02h00

Quatro anos depois de aprovada, a Lei da Maconha já produz alguns resultados positivos. O governo comemora a redução em 18% de crimes relacionados ao narcotráfico e o fim das filas nas farmácias, que sofreram com a falta de abastecimento durante o início da implementação do sistema, em julho.

Hoje, segundo a legislação, estão vigentes três formas de acesso à erva: cultivo individual de até seis plantas, clubes de cultivo (que podem ter de 15 a 45 membros) e venda em farmácias.

Em todos os casos, os usuários devem ser registrados, ter mais de 18 anos e possuir nacionalidade uruguaia ou residência permanente no país. Cultivadores particulares e clubes de cultivo são visitados regularmente para conferir se estão sendo respeitados os limites de produção.

Agora, está em curso o cultivo para a produção de remédios para a indústria farmacêutica.

Um dos principais desafios deste verão, temporada em que as praias uruguaias recebem milhares de turistas, é esclarecer que não é permitida a venda a estrangeiros.

Há uma campanha com publicidade nas ruas e controle de alguns clubes de cultivo que começaram a oferecer tours como fazem as adegas, cobrando até US$ 250 (R$ 800) a visita, mais a degustação da droga. Dois dos que praticavam esse tipo de "passeio" foram fechados.

A Folha percorreu algumas praias na região de Punta del Este. Apesar de ter testemunhado consumo ao ar livre (a posse para uso pessoal é permitida), não encontrou nenhum estrangeiro que tenha comprado legalmente.

TURISMO

Há pressão para que o governo libere a venda para turistas. "Passamos a ideia de país vanguardista, e o estrangeiro chega aqui e não pode comprar? Está errado, pois de algum modo ele chegará ao produto, via mercado ilegal, que era justamente o que se queria combater", diz Eduardo Blasina, diretor do Museu da Cannabis de Montevidéu.

Outro problema que não teve solução formal, mas que tem sido driblado, é a resistência de alguns bancos estrangeiros a manter contas de farmácias ligadas ao negócio.

Alguns ameaçaram cancelá-las. O governo enviou uma comissão aos EUA para debater caso a caso. Por ora, não houve nenhum cancelamento, mas os bancos dizem estar em consulta. Enquanto isso, o governo uruguaio recomenda às farmácias transferirem suas contas ao Banco da República do Uruguai.

O movimento nas lojas agora flui normalmente. Na farmácia Antártida, uma das mais proeminentes quando a venda começou, em julho, já não há imensas filas.

"Tem sido rápido, agora o sistema trava menos", disse um usuário que comprava o produto na tarde de quinta (4). A compra leva minutos. O comprador coloca a digital em um scanner conectado à central de dados do governo, e o funcionário lhe entrega a quantia que lhe cabe.

PIONEIROS

No balneário de El Fortín, vive uma das protagonistas da aprovação da lei, a estudiosa da maconha Alicia Castilla, 72, e seu marido, o antropólogo Daniel Vidart, 97.

Em 2011, Castilla, autora de livros sobre o tema, foi presa por ter no quintal 29 pés de maconha. "Eram para uso pessoal, eu não plantava para vender. Vivo de escrever sobre o assunto, não de traficar droga", conta à Folha.

Sua prisão teve grande repercussão e originou atos e marchas por sua liberação.

"Fui presa no momento em que estava começando a crescer o movimento pró-legalização. Surgi como mártir ideal por fugir ao estereótipo do maconheiro", ri. "Eu não era um adolescente com cara de bandido, mas uma senhora, uma intelectual de cabelos brancos. Então virei uma bandeira para os ativistas."

Nos 95 dias em que esteve atrás das grades —depois ela passou para a prisão domiciliar, até ser absolvida em 2016—, recebeu políticos que redigiam esboços da lei.

Libertada, acompanhou e apoiou a aprovação da legislação. Pouco depois, Vidart foi enviado para fazer um livro sobre sua trajetória, eles se apaixonaram e se casaram.

"Mas não gostamos de nos misturar com os ativistas. Acho que fiz meu papel, dei a cara. Há muito oportunismo", conta Castilla.

Hoje, ela diz que recebe apenas a imprensa estrangeira e tenta passar a mensagem de que "a lei é boa, deve ser aprimorada, isso é o essencial". "Mas não significa que eu não tenha críticas."

Entre elas, a identificação do usuário e o limite de compra. "Deveria ser como é com o álcool. O governo não me impede de comprar 50 garrafas de uísque, não me controla para ver se estou dando a crianças, por que controlar a maconha?". O registro, diz, reforça um estigma.

E acrescenta dizendo que vê nos políticos favoráveis à legislação um oportunismo. "Querem criar um produto de exportação, a maconha medicinal, enquanto isso liberam essa porção ridícula e extremamente burocratizada para o usuário comum."

Castilla também faz um alerta: "Enquanto se fala tanto neste tema, o verdadeiro problema de saúde pública criado por uma droga no Uruguai é o alto consumo de crack por jovens pobres", diz.

"Atacá-lo seria ter uma política de saúde pública relacionada a drogas, não vir aqui ver se eu tenho sei ou oito pés de maconha."

Folha de S.Paulo

[Matheus]

Crimes relacionados ao tráfico....quais? se tu descriminaliza o comércio, é lógico que vai diminuir os crimes ligados ao tráfico, rsrsrs. Por outro lado, nunca vi tanta apreensão de maconha aqui no RS, com destino declarado ao Uruguai....

Agora a véia aí que vender crack em farmácia???

[Bolovo]

Crimes relacionados ao tráfico....quais? se tu descriminaliza o comércio, é lógico que vai diminuir os crimes ligados ao tráfico, rsrsrs. Por outro lado, nunca vi tanta apreensão de maconha aqui no RS, com destino declarado ao Uruguai....

Agora a véia aí que vender crack em farmácia???

Esses 18% referem-se ao narcotráfico em si, que é crime:

"A legalização de cultivo, compra e venda de maconha no Uruguai foi aprovada em 2014, mas uma das etapas mais desafiadoras da sua implementação, o comércio em farmácias, só começou em julho de 2017. Após quase um semestre da nova fase, o governo divulgou resultados no início de dezembro: o narcotráfico encolheu 18% desde a aprovação da lei."

http://revistagalileu.globo.com/Socieda ... iu-18.html


Ou seja, reduziu o poder do tráfico e o mercado legal está tomando uma fatia desse mercado, o que me parece lógico, afinal é um dos objetivos da legalização.

[Brasileiro]

Crimes relacionados ao tráfico....quais? se tu descriminaliza o comércio, é lógico que vai diminuir os crimes ligados ao tráfico, rsrsrs. Por outro lado, nunca vi tanta apreensão de maconha aqui no RS, com destino declarado ao Uruguai....

Agora a véia aí que vender crack em farmácia???

Ponto pra eles, oras!

Já o crack, é um produto feito a partir das porcarias que sobram da produção da cocaína, o produto puro. Aliás, dependendo só do tráfico, isto nem existiria, seria cocaína e pronto. Mas graças ao "sucesso" do trabalho e da aplicação das leis de proibição, se expandiu o comércio de uma droga pior ainda.


"O crack, por incrível e contraditório que pareça, é um sinal de sucesso de uma política mundial de repressão. Tem diminuído o acesso ao cloridrato (cocaína pronta para o consumo) e aí surge um subproduto tão maléfico e tão perigoso (como o crack). E as quadrilhas vão se adequando a esse mercado", afirmou o diretor-geral da PF, após a abertura da 27ª edição International Drug Enforcement Conference (IDEC), a maior conferência mundial antidrogas, que acontece no Rio de Janeiro.
http://revistaepoca.globo.com/Revista/E ... DO+PF.html

[Viktor Reznov]

Crimes relacionados ao tráfico....quais? se tu descriminaliza o comércio, é lógico que vai diminuir os crimes ligados ao tráfico, rsrsrs. Por outro lado, nunca vi tanta apreensão de maconha aqui no RS, com destino declarado ao Uruguai....

Agora a véia aí que vender crack em farmácia???

Sim, mas não é só o tráfico em si que é reduzido diretamente, há redução também, pelo o que pude entender, de outros crimes diretamente conexos ao uso da droga como roubo pra sustentar o uso, execução de usuários por dívidas, assassinatos entre traficantes em disputas de bocas de fumo.

[Matheus]

Crimes relacionados ao tráfico....quais? se tu descriminaliza o comércio, é lógico que vai diminuir os crimes ligados ao tráfico, rsrsrs. Por outro lado, nunca vi tanta apreensão de maconha aqui no RS, com destino declarado ao Uruguai....

Agora a véia aí que vender crack em farmácia???

Sim, mas não é só o tráfico em si que é reduzido diretamente, há redução também, pelo o que pude entender, de outros crimes diretamente conexos ao uso da droga como roubo pra sustentar o uso, execução de usuários por dívidas, assassinatos entre traficantes em disputas de bocas de fumo.

Pelo que pude entender, só estão espremendo as estatísticas pra dar um risível 18% em 4 anos e nem divulgam o que realmente diminuiu...

[Brasileiro]

Pelo que pude entender, só estão espremendo as estatísticas pra dar um risível 18% em 4 anos e nem divulgam o que realmente diminuiu...

Mas já não é grande coisa, visto que mal estão conseguindo implementar a parte relativa a vendas em farmácias, já que as mesmas estão recebendo recusas junto aos seus bancos? O que conseguiram foi via plantio pessoal e clubes canábicos, mas isto representa uma parcela pequena do mercado, já que as pessoas preferem comprar o produto acabado. Então, deve ter sido uma grande coisa sim, dadas as circunstâncias. Aliás, são resultados que corroboram os alcançados em Oregon/Washington. Que eu saiba, ainda não constam experiências de legalização (ao menos estas dos modelos americanos e uruguaios) que tenham culminado em aumento de violência ou alguma variação preocupante em algum indicador relevante de saúde pública.

[Bolovo]

"Questionado se era favorável a uma discussão sobre legalização de algumas drogas, o general [Eduardo Villas Bôas] respondeu que esse é um "debate fundamental", porque a situação não se resolverá com soluções "simplistas". "Isso tem que ser tratado de forma científica, com abordagem bastante ampla, porque são vários os aspectos a serem contemplados. Tem o aspecto da segurança, mas sobretudo tem o aspecto, a questão da educação, a questão da saúde, a prevenção, enfim, várias questões", disse Villas Bôas."

https://g1.globo.com/politica/noticia/c ... onal.ghtml

[Bourne]

Na Rússia a redução do alcoolismo veio junto com o aumento do preço da Vodka. Que é possível devido a ser legal a venda e pagar impostos. Em outros países e o cigarro foram estratégia similar. O preço é tão alto que os jovens e outros preferem gastar o dinheiro com lanche ou outras coisas.

Taxing Russia's drinking problem

Russian men are well known to have a fondness for vodka, and unfortunately, those hard drinkers pay for their alcohol abuse with their lives.

Government efforts to reduce alcohol consumption have had varied success. Mikhail Gorbachev’s anti-alcohol campaign in the late 1980s corresponded with a drop in alcohol sales and also a relatively low male mortality rate. But by the 1990s, the trend reversed, with alcohol sales doubling between 1991 and 1996 and mortality rates spiking 70 percent.

A paper in the January issue of American Economic Review: Applied Economics considers whether an alcohol tax could help reduce alcohol consumption and save Russian lives.

Author Evgeny Yakovlev collected more than 20 years of regulatory and health data spanning 1995 to 2008 to study how Russian men responded to a 50 percent price increase in alcohol.

But estimating the effect that the tax had on an individual’s consumption doesn’t take into account other factors, like the effect that those choices might have on friends or the probability of developing an alcohol dependency.

So, Yakovlev also incorporated those features — habit formation and peer effects — into his models, and also considered whether consumers were myopic (short-sighted) or more forward-looking to think about the long-term consequences of their drinking.



The chart above estimates the effect that a 50 percent increase in the price of vodka had on the share of heavy drinkers among myopic young men — the subset of those in their late teens and 20s who were only interested in getting drunk with friends.

The vertical axis is the share of heavy drinkers and the horizontal axis is the years before and after the tax (represented by the vertical dotted line) was imposed. Dashed lines show the effect that the price hike had on men in three situations: one where peer effects and habit formation was included, one without peer effects, and one where habits weren’t included.

The tax had the largest impact on drinking when factoring in habit formation and peer effects together, with that model predicting a decrease in the share of heavy drinkers by 6 percentage points — from 23.5 percent to 17.2 percent — over five years.

Overall, he found that the mortality rate for these young men fell by one-fifth. It also lowered death rates for older men aged 30-39 (one-seventh), and men 40-49 (one-twentieth).

https://www.aeaweb.org/research/charts/ ... ality-rate

[Brasileiro]

Câmara do Canadá aprova legalização da maconha
País será o primeiro do G7 a permitir consumo da droga

Lei permite que canadenses cultivem quatro pés em casa - ROBYN BECK / AFP


QUEBEC— A Câmara dos Comuns canadense aprovou, nesta segunda-feira, o projeto de lei que legaliza a maconha no país. Com a aprovação da medida, o Canadá se torna o primeiro membro do G7 a permitir o consumo da droga. A lei foi aceita com 205 votos a favor e 82 contra, e foi enviada ao Senado, que já havia alterado o projeto. A expectativa é que a liberação entre em vigor no início de setembro.

De acordo com a Constituição do Canadá, o Senado pode atrasar a aprovação de um projeto de lei, mas não pode bloqueá-la. Uma vez que a Câmara alta aprove a lei ela deve ser sancionada.

O Senado já havia oferecido diversas emendas ao texto. Na semana passada, o governo liberal havia rejeitado 13 das 46 emendas propostas pelo Senado, que havia aprovado o projeto de lei na semana anterior depois de sete meses de estudo.

Entre as emendas barradas pelo governo, está a que deixava a cargo dos estados decidir sobre a proibição do cultivo de maconha em casa.

— Reconhecemos que há diversas perspectivas em todo o país, mas fizemos estudos e as consultas sobre o cultivo domiciliar — afirmou o primeiro-ministro Justin Trudeau ao justificar a decisão do governo de autorizar o cultivo de quatro plantas de maconha por pessoa. — Em três anos podemos revisar o que funciona e o que não funciona.

https://oglobo.globo.com/sociedade/cama ... a-22795297

[Matheus]

"Tava ruim, mas tava bom também... falaram que iria melhorarar e piorou..."



https://www1.folha.uol.com.br/mundo/201 ... fico.shtml

[Bolovo]

A maconha foi legalizada no Canadá.

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018 ... nada.ghtml