Carl-Gustaf

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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#16 Mensagem por Marechal-do-ar » Sex Jan 20, 2006 11:55 pm

Bolovo, ja existe outro tópico sobre RPG-7 vs M1, pelo que falaram no outro tópico destruir um M1 com RPG-7 é sorte, os iraquianos atiravam várias vezes com RPGs até que um acertasse um ponto mais fraco da blindagem e destruísse o tanque.




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Brasileiro
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#17 Mensagem por Brasileiro » Sáb Jan 21, 2006 11:23 am

Mas o objetivo, pelo que eu sei, não é eliminar o tanque, mas danificá-lo a ponto de não servir mais para o combate. Se um RPG acertar na parte da esteira ou na base da torre já causa esse efeito, mesmo que não seja triturando o tanque. Além do mais, só com o choque com o tanque já seria capaz de colocar fogo nele ou destruir a parte elétrica dele.


abraços




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#18 Mensagem por Marechal-do-ar » Sáb Jan 21, 2006 12:47 pm

Brasileiro, não é bem assim, não é tão facil conseguir um soft kill contra um tanque, mesmo que colocando trinta carinhas atirando que nem uns loucos com RPGs contra um tanque não teremos certeza se vamos tira-lo de combate e existe um grande risco do tanque matar esses trinta carinhas, não é uma alternativa viavel,
Suicídio não costuma vencer guerras, se não tivermos armas para o confornto direto melhor pensar em outra alternativa.




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#19 Mensagem por Lauro Melo » Sáb Jan 21, 2006 1:09 pm

Marechal-do-ar escreveu:Brasileiro, não é bem assim, não é tão facil conseguir um soft kill contra um tanque, mesmo que colocando trinta carinhas atirando que nem uns loucos com RPGs contra um tanque não teremos certeza se vamos tira-lo de combate e existe um grande risco do tanque matar esses trinta carinhas, não é uma alternativa viavel,
Suicídio não costuma vencer guerras, se não tivermos armas para o confornto direto melhor pensar em outra alternativa.

Marechal,
O ideal seria isto em uma Guerra simétrica. Que caso fosse, com alguma vizinho estaríamos em melhores condições.
Agora em uma guerra assimétrica a doutrina de resistência não leva em considerações MBT x MBT, pois estaríamos em desvantagem numérica e tecnológica.
Portanto as nossas armas seriam os AT-4, ALAC, MSS 1.2, MILAN, BILL, M-3, etc..
sds,




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#20 Mensagem por Marechal-do-ar » Sáb Jan 21, 2006 1:38 pm

Lauro, se usassemos AT-4, ALAC, etc, perderíamos muitos soldados, isso seria confronto direto (guerra simétrica), onde eles possuem tanques e nós (ai meu deus) lança-rojões, seria o mesmo que pegar estilingues e tentar vencer soldados com fuzis,
Para uma guerra assimétrica teríamos que usar outra estratégia, onde tanques não fazem diferença, tentar combater os tanques seria suicídio.




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#21 Mensagem por Mambo » Sáb Jan 21, 2006 3:29 pm

Bolovo escreveu:Imagem


Para fazer essa cratera no chão, só se for um RPG com ogiva nuclear.




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#22 Mensagem por Lauro Melo » Sáb Jan 21, 2006 7:43 pm

Marechal-do-ar escreveu:Lauro, se usassemos AT-4, ALAC, etc, perderíamos muitos soldados, isso seria confronto direto (guerra simétrica), onde eles possuem tanques e nós (ai meu deus) lança-rojões, seria o mesmo que pegar estilingues e tentar vencer soldados com fuzis,
Para uma guerra assimétrica teríamos que usar outra estratégia, onde tanques não fazem diferença, tentar combater os tanques seria suicídio.

Fala Marechal,
Entao cerca de 400 M1 chegam ao Brasil. O que sugere ? Mandar os Leo 1 e M-60 ? Nao mandar nada ? Mandar os A-1 ?
Creio que neste cenário, os M1 vao enfrentar o terreno, relevo, clima e as emboscadas ( AT-4, M-3, ALAC, MSS 1.2 ).
Acho, que é o mais viavel em uma guerra assimétrica .
valeu,




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#23 Mensagem por alex » Sáb Jan 21, 2006 8:27 pm

Parece que o tanque acima foi destruído por uma mina ou explosivo, não parece?




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#24 Mensagem por Bolovo » Sáb Jan 21, 2006 10:01 pm

alex escreveu:Parece que o tanque acima foi destruído por uma mina ou explosivo, não parece?

Verdade, nem reparei hahuae

deve ter sido uma daquelas bombas artesanais que os insurgentes no Iraque utilizam para explodir os veiculos americanos...




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#25 Mensagem por Marechal-do-ar » Sáb Jan 21, 2006 10:18 pm

Lauro, guerra assimétrica é combater sem confrontos diretos, pegar lança rojões e partir para cima dos tanques é guerra simétrica, quem fizer isso vira adubo, ganha uma passagem para conhecer Ala, etc,
Guerra assimétrica é terrorismo, boicote, e mais um monte de coisas que alguns condenam os palestinos e israelenses de fazerem.




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#26 Mensagem por ZeRo4 » Dom Jan 22, 2006 4:14 am

As pessoas subestimam demais o poder da RPG-7! E estão esquecendo da s ogivas em Tandem e Termobáricas! É claro que uma RPG-7 vs. M1A2 é utópico, mais utilizando a estratégia certa, fica evidente que pode gerar algum resultado.




As GATs e RPs estão em toda cidade!

Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..." ;)
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#27 Mensagem por Clermont » Dom Jan 22, 2006 9:40 am

Alguns anos atrás, os russos ofereceram 600 RPGs de última geração ao Exército brasileiro. Mas as negociações não foram à frente.

Os canhões SR "Carl Gustav" são uma classe à parte, mas embora já se tenha discutido isso em algum tópico por aí, continuo pensando na comparação AT-4 versus RPG.

Por exemplo, dentro de um típico GC à 09 hm, poderíamos ter uns quatro AT-4 (dois por esquadra). Se não me engano, eles são atribuídos como munição - igual às granadas-de-mão, de acordo com a necessidade.

Então seriam 4 hm, cada um com um trambolho incômodo que só equivale a um tiro anti-tanque. Pois bem, se em vez disso tivéssemos dois homens componto uma equipe anti-tanque armada com RPG (atirador e municiador), quantos tiros anti-tanque eles poderiam carregar consigo? Sem contar que, talvez, se pudesse distribuir mais rojões de RPG entre os outros soldados do GC. Por sinal, talvez esse pudesse ser aumentado para 10 hm.

O Sargento Guerra explicou a superioridade do "Carl Gustav" devido, entre outras coisas, à sua variedade de munições. Ora, o AT-4 é apenas um cartucho anti-tanque. Claro que pode ser utilizado para explodir pontos-fortes, ou ninhos de metralhadora. Mas o RPG oferece uma grande gama de projéteis de vários tipos.

Em suma, não teria sido interessante aceitar a oferta dos russos e quem sabe ter o RPG no apoio ao GC e o "Carl Gustav" apoiando o pelotão (ou, como nos pára-quedistas portugueses, apoiando a companhia)?




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#28 Mensagem por Marechal-do-ar » Dom Jan 22, 2006 10:37 am

Clermont, a questão do AT-4 vs RPG é poder de fogo, o RPG vazio pesa o mesmo que um AT-4, duas munições básicas ou uma dessas mais avançadas pesam o mesmo que um segundo AT-4, logo com 9 homens apenas 4 ficam condenados a carregar esse peso, com AT-4 temos 4 tiros, sendo que podemos atirar os 4 ao mesmo tempo, com RPG temos duas possibilidades, 2 RPG e 4 granadas ou 1 RPG e 6 granadas, na primeira não existe qualquer vantagem em relação ao AT-4, na segunda temos mais tiros, mas por outro lado podemos atirar apenas 1 granada por vez,
Considerando que a função dos AT-4 é apenas servir como defesa contra algum carro inimigo curioso e não sair caçando MBTs essa é a decisão mais lógica,
Se quiser uma divisão de infantaria para sair caçando tanques, podemos pensar em outras armas (e achar soldados suicidas tambem).




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#29 Mensagem por JL » Dom Jan 22, 2006 11:38 am

Olha o RPG é uma arma que provou do que é capaz nos combates reais, o antecessor RPG 2 deu um tremendo trabalho para os EUA no Vietnam, atiram os rojões contra soldados, barcos e até tanques. O RPG 7 é o terror do Iraque, isso porque não existem só M1 Abrams no campo de batalhas, existem M113, Clanfs, Humvee, caminhões etc. Alvos cuja a blindagem não aguenta os rojões. Mesmo contra o M1 o RPG é uma arma complicada, porque alguém pode ficar escondido num buraco (foxhole) e depois que o carro passar atirar contra a parte traseira, e se furar temos a morte da mobilidade de um carro de 4 milhões de dólares.
Agora a vantagem para mim do RPG sobre o AT 4 é o fato de ser recarregável, o pessoal falou da comparação entre um grupo de combate carregar um RPG e as munições e carregar o AT4 eu falo que a situação tática favorece o RPG vejamos, numa posição defensiva, voce pode deixar um atirador e vários rojões numa trincheira, digamos um RPG e no buraco 10 rojões, não dá para deixar 10 AT4 num buraco.
Outro, ponto quanto custa um lançador de RPG e uma munição sera que se fosse igual ou comparavel ao custo de um AT 4, a vantagem seria do RPG porque o AT4 depois de um tiro acabou. E o RPG vai diluir o custo nos tiros seguintes. Outro ponto tem RPG iraniano, paquistanes, hindu, chines, tcheco, iuguslavo e até russo. Ou seja diversidade de forncedores.
Para finalizar no RPG o atirador escolhe a granada, tem uma anti-pessoal que é de fragmentação e equivale a um tiro de morteiro.
O RPG é uma lenda, mesmo que seja igual ela já ganhou porque o seu efeito psicológico é maior, é que nem uma 12 de dois canos, pode ter muitos defeitos, mas quando alguém lhe aponta aquela arma voce treme.




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#30 Mensagem por Clermont » Dom Jan 22, 2006 12:37 pm

De qualquer forma, a discussão nem deveria ser RPG x AT4, afinal de contas, o Exército brasileiro irá se equipar mesmo é com os ALAC de fabricação nacional. Então, o "mix" vai ser mesmo GC com ALAC e Pel/Cia com "Carl Gustav". Se tivermos licença para produzir esse último aqui mesmo, seria ótimo.

De qualquer forma, o lança-rojão RPG-7V2 (última versão) pesa 7,0 Kg e mede 95 cm. O rojão anti-tanque mais moderno de ogiva singular (o PG-7VL) pesa 2,6 Kg. O rojão de ogiva em tandem (PG-7VR) pesa 4,5 Kg.

O AT-4 mede 1 m e pesa 6,7 Kg.

Agora, teriamos de saber quais os limites de peso que o regulamento do Exército brasileiro prescreve para os soldados de infantaria em combate. Assim, a gente poderia saber quantos rojões de RPG uma equipe à dois homens poderia transportar.

Suponho que um homem só possa portar um único AT-4 não devido ao peso (6,7 Kg) mas sim as suas dimensões. Se ele puder portar, digamos, 5 rojões de 2,6 Kg, ocupando a função de municiador, e o atirador - além da peça propriamente dita - puder carregar mais uns três rojões básicos. Bem, nesse caso já teríamos 8 projéteis anti-tanque.

E, caso a inteligência militar indique que não há tanques ou blindados inimigos, esses 8 projéteis poderiam ser anti-pessoais, que são mais leves e mais baratos.




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