A GAGO NO DIA 25 DE ABRIL DE 1974

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Rui Elias Maltez
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#16 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Ago 18, 2005 10:00 am

Só uma questão, M. Pina:

Nessa manhã, quando a fragata NRP Gago Coutinho ia sair para as manobras da NATO, no Alfeite estavam todas as 4 João Belo, ou estava nesse dia alguma em África?

E sem querer ser indiscreto:

No Alfeite, o ambiente era normal, ou pressentia-se alguma coisa?

Sei que o 25 de Abril foi organizado essencialmente pelo Exército, e que a FAP se manteve neutral.

Mas na Marinha, como estavam as coisas?




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RESPOSTAS A QUESTÕES

#17 Mensagem por mpina41 » Qui Ago 18, 2005 6:00 pm

Caro Rui, vamos por partes!
Quanto ao abatimento das classe Alm. Pereira da Silva

Eu também fiquei admirado pela passagem à reseva tão cedo. Já apresentei essa questão e terei oficialmente a resposta em breve.

Na minha opinião no entanto, há vários pontos em questão:

1º Considero que eram navios demasiados jovens para serem abatidos. Foram fabricados em 1965/68.
As João Belo (nós designava-mo-las como AS FRANCESAS) eram mais antigas!

2º Reconheço, no entanto, que no aspecto exterior as francesas pareciam mais robustas.
Tinham mais corpo!
Mas as condições a bordo eram melhores nas P. Silva. tudo mais espaçoso.

3º Como as P. Silva, é que faziam parte dos serviços da NATO, era notório que quando incluídas nas forças de élite (quando em manobras da esquadra da Nato) os nossos navios tinham uma aparência mais débil! Talvez para "limpar" um pouco a imagem do país houvesse necessidade de as substituir, nesse serviço!
Não entendo, porque mesmo substituídas não continuaram noutro serviços nacionais.

Eram navios dificeis, mas nunca os considerei débeis! Nunca senti medo no mar, nestes navios, sempre os senti robustos... eram dificies porque só tinham uma hélice, enquanto os outros tinham duas o que lhes permitia maior mobilidade - não velocidade- maior poder de manobra.
Vocês são peritos e percebem a diferença.
Navegavamos quase sempre entre os 21/23 nós, mas fácilmente atingiamos os 28 nós.

5º Eram navios movidos a caldeiras com NAFTA como combustível - penso estar aqui uma das questões do seu abatimento- os outros eram a gasóleo!
Sei que um deles - ou a Pereira da Silva, ou a Magalhães Correia - foi modificada e chegou a navegar a gasóleo, após grandes modificações no arsenal do Alfeite. que NÃO RESULTARAM...

6º No entanto, eram navios muito bem equipados para o seu tempo! possuiam um grande poder de caça submarina - era a sua especialdade - (as francesas eram de anti-área) e tinham um grande calado por causa do sonar abaixo da quilha!

7º A nível de guerra electrónica eram tão avançadas que nunca vi nenhum técnico, conseguir tirar proveito disso, por falta de conhecimento!
Tinhamos carro, não tinhamos piloto...

8º A nível de comunicações estavamos equipados com material da NATO (Americano) que considero que ainda agora ser de alto nível!
Um exemplo;
era a minha especialidade

Conseguiamos escrever em linguagem corrente uma mensagem TOP SECRET, ela era enviada para um sistema (tinhamos duas máquinas iguais, uma de reserva) que a codificava automaticamente e a enviava para o seu destino, onde outra máquina irmã a descodificava e a imprimia na tele impressora.
Tudo isto quase em tempo (simultaneo) real... Estou a falar da década de 70 - não havia net, nem quase computadores.
:oops: Estou velhote....
:cry:

9º Por fim penso que a politica exigui a morte da Gago ( a guanição de Abril, foi desmantelada em pouco mais de meio ano) e como consequência determinou a morte das outras.

10º Eram três irmãs todas vista de maneira diferente. A Pereira da Silva era considerada "a Velha" A Gago "a lutadora" a Magalhães " a menina bonita"!

11º Fico espantado com a existência (ainda) das francesas.




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#18 Mensagem por Raul Neto » Qui Ago 18, 2005 6:05 pm

    E eu relembro já ter lido um artigo no qual foi referida a intenção de compra das 3 fragatas por parte da Noruega aquando do seu abate.




O tempo acende as paixões verdadeiras e apaga as superficiais.
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#19 Mensagem por mpina41 » Qui Ago 18, 2005 6:33 pm

Quanto ao dia 25 de Abril...

1º As francesas
Desconheço com exactidão, se as francesas estavam todas na base, mas penso que sim, ou em cado contrário estariam em viagem, mas não no ultramar!
Esse serviço era feito pelas corvetas que ficavam em comissão anual!

2º Quanto ao ambiente
O dia 24 foi normal até às vinte e três horas...
A malta que vinha de Lisboa para embarcar -recordo íamos sair às sete horas, por isso a guarniçao tinha que estar a bordo à meia noite- falava que Lisboa não estava normal, algo se passava... sem saber o quê?
Mas estavamos a passar uma fase muito dificil nas relações entre forças armadas, que inexplicavelmente se envolviam em confrontos muito facilmente e por causas banais...
O país estava a rebentar!!! Vocês são novos! Felizmente.

3º A posição da Marinha
Como dizes a revolução foi feita essencialmente pelo exército, mas com conhecimento (como segurança) de alguns militares dos outros ramos!
Na Marinha, entre os que tinham conhecimento estava o Vitor Crespo e o Rosa Coutinho, que me reuniões com outros oficiais ex; o nosso imediato, tinham um acordo.
A MARINHA IRIA TER UMA POSIÇÃO DE NEUTRALIDADE ACTIVA!Isto é, em situação normal, ficaria paralisada esperando os resultados... mas dada a sua posição de base (frontal a Lisboa) e mobilidade cada navio é um quartel independente - não com um avião, que estão sob um comando conjunto- se fosse preciso agir seria pela revolução!

Foi disto que foi informado e (não quis ouvir, da boca de Vitor Crespo) o nosso comandante Seixas Louçã, optando por tentar seguir as ordens do Vice-Chefe do Estado Maior da Armada, Almirante Jaime Lopes...

3º A Marinha
Em minha modesta opinião, a Marinha estva mal!
Viviamos sob ordens de pessoas caducas, que gloriosamente seguiam o "velho Almirante" Américo Thomas.
Tinhamos Almirantes que perdiam noites a desafiar praças a incorrer em erros para os castigar. Ex. Almirante Ferrer.
Despontavam jovens oficiais mais livres, mais inteligentes que faziam tremer o poder dos velhos!
Reparem nos postos dos oficiais da Gago! O Imediato liderava uma jovem equipa de militares com outra visão. Entre o comandante e o imediato havia uma diferença de 24 anos.

4º O Imediato
Tenho falado muito do Caldeira dos Santos - mas para evitar más interpretações - devo dizer que tenho muitas relações actualmente com ele, o que muito me honra.
Mas no tempo de marinha ele era um militar jovem, mas duro e militarista.
Todos o temiam a bordo pela sua dureza e militarismo! Por isso não era pera doce, obrigava-nos a trabalhar muito não dava tempos livres!

Na festa do rei dos mares (travessia do equador) foi castigado com o apelido de J. Pimenta da marinha (constructo cívil famoso na época).

Enquanto o comandante era duro e........................ :twisted: ......... desumano!
O imediato era rigoroso, mas justo! E muitas vezes mostrou o seu humanismo, superando o seu militarismo!

FOI PRECOCEMENTE ABATIDO DO SERVIÇO DA ARMADA!

Já nesse tempo era um país bicudo... como diz o P44




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#20 Mensagem por P44 » Sex Ago 19, 2005 6:07 am

mpina,

Realmente o Rui "peça de vante" Elias :mrgreen: devia receber uma condecoração "U2" :mrgreen: por te ter trazido para este forum!
Devias escrever um livro com as tuas memórias, pois estou certo que estes factos são DESCONHECIDOS de quase toda a gente :!:


....

Em relação ás BELAS Pereira da silva, eu o que li na Revista de Marinha, (já há uns bons anitos) era que a principal causa para a "reforma antecipada" tinha sido o facto de queimarem Nafta, como mencionas.

Quant o á questão do "Tamanho", os Noruegueses ainda continuam a exibir as suas "Oslo" de tamanho XXS qd comparadas com os outros navios. :P

p. exemplo , a "Trondheim"
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E como diz o outro "o tamanho não interessa, interessa é o que fazes" :mrgreen: , eu cheguei a visitar a STANAVFORLANT ainda no tempo anterior ás Vasco da Gama, e as João Belo também não "sobressaiam" no meio daqueles "monstros" todos.
Claro, tinhamos o consolo das "Oslo" ainda serem mais pikenas :mrgreen:

....

Quando referes que uma das Pereira da Silva ainda foi "modernizada", concerteza que te referes á mais nova, a F 474 Magalhães Correia, pois essa ainda a vi a navegar , ao contrário das "irmãs", que devem ter sido imoblizadas lá para 1981-1982, o mais tardar.

Já agora, em 1989, no DIA DA MARINHA no ALFEITE (O ÚNICO ATÉ HOJE ALI COMEMORADO com um "Open-Day" da BNL...como nos países civilizados) tive a grande alegria de puder visitar a F-474.

Ela na altura JÁ NÃO NAVEGAVA, mas ainda estava em ópitmas condições.

Hás-de notar que uma das alterações que lhe foram feitas foi a REMOÇÃO do sonar rebocado da pôpa.

Aqui ficam algumas fotos desse dia para mim histórico :oops:

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Triste sina ter nascido português 👎
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#21 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Ago 19, 2005 6:15 am

Obrigado, M. Pina:

Pelo que eu percebo, em relação às Alm. Pereira da Silva (Dealey), não se confirma que o seu abate prematuro se devesse a danos ou fadiga do material?

Parece que as consideravam desadequadas para o serviço da NATO, por serem relativamente pequenas e "débeis", e pelo combustível que utilizavam, e daí a sua atracação no porto até que em 92 com o seu abatimento ao efectivo da Armada, foram substituídas directamente pelas Vasco da Gama actuais.

Certo?

Provavelmente esse período de reserva, em que Portugal apenas ficou com as 4 João Belo e as corvetas, deveu-se a constrangimentos financeiros, que levaram a essa paragem das Pereira da Silva.

Mas foi estranho esse longo periodo de paragem, sem que o seu futuro estivesse aparentemente definido.

M. Pina:

Julgo que saberá que nos meios da Marinha, ainda hoje as João Belo são chamadas de "as francesas", 40 anos depois da sua incorporação na Armada.




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#22 Mensagem por mpina41 » Sex Ago 19, 2005 10:32 am

Raul Neto escreveu:
    E eu relembro já ter lido um artigo no qual foi referida a intenção de compra das 3 fragatas por parte da Noruega aquando do seu abate.


Mas a Marinha portuguesa preferiu abate-las e note-se eram navios jovens.
Fabricados em 1965/8, por isso quando foram abatidos tinham 14 anos de vida!

UM LUXO

Quanto à Gago foi desmantelada, se não estou errado em Alhos Vedros (tinha dito Pero Pinheiro erradamente) e o seu casco foi transformado num batelão!

QUE FALTA DE SENSIBILIDADE, MEU DEUS




Editado pela última vez por mpina41 em Sex Ago 19, 2005 10:53 am, em um total de 1 vez.
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#23 Mensagem por mpina41 » Sex Ago 19, 2005 10:35 am

Em relação ás BELAS Pereira da silva, eu o que li na Revista de Marinha, (já há uns bons anitos) era que a principal causa para a "reforma antecipada" tinha sido o facto de queimarem Nafta, como mencionas.


Penso que era um contra que tinham o uso de nafta!
Eramos muitas vezes abastecidos no mar (quando em manobras da nato) por um navio auxiliar da marinha britanica O OLNA, que não sei se eram esclusivos para nafta. eram grandes profissionais.




Editado pela última vez por mpina41 em Sex Ago 19, 2005 10:54 am, em um total de 1 vez.
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#24 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Ago 19, 2005 10:39 am

M. Pina:

Em Pero Pinheiro?

:shock:

Mas isso fica em terra, perto da Base Aérea nº 1 (Sintra).

Só se foi nuns estaleiros com um nome parecido, por aí, e o mais provavel é que tivesse sido em Alhos Vedros, ou noutro local do Tejo.

Em Pero Pinheiro as únicas indústrias que há é as do Mármore e do Granito :lol:

Agora transformarem uma fragata num batelão dá de facto dó, e mostra muito o quão pouco valor de dá ao nosso património e à nossa história.




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#25 Mensagem por mpina41 » Sex Ago 19, 2005 10:41 am

Citando o P44
Em relação ás BELAS Pereira da silva, eu o que li na Revista de Marinha, (já há uns bons anitos) era que a principal causa para a "reforma antecipada" tinha sido o facto de queimarem Nafta, como mencionas.


Sim era um problema que tinham.
Eramos quase sempre reabastecidos por um navio auxiliar da marinha real, não sei se eram exclusivos para navios de nafta. Eram grandes profissionais.


Quando referes que uma das Pereira da Silva ainda foi "modernizada", concerteza que te referes á mais nova, a F 474 Magalhães Correia, pois essa ainda a vi a navegar , ao contrário das "irmãs", que devem ter sido imoblizadas lá para 1981-1982, o mais tardar.


Sim foi concerteza a Magalhães que sempre foi a mais querida de todas!
A Gago só não foi afundada, porque... :twisted:


Ela na altura JÁ NÃO NAVEGAVA, mas ainda estava em ópitmas condições.


Sim eram muito amplas no seu interior e muito jovens, pois foram abatidas com 12/14 anos.

No dia 25 de abril de 1974 a Gago tinha 6 anos de serviço!




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#26 Mensagem por mpina41 » Sex Ago 19, 2005 10:52 am

Rui Elias Maltez escreveu:M. Pina:

Em Pero Pinheiro?

:shock:

Mas isso fica em terra, perto da Base Aérea nº 1 (Sintra).

Só se foi nuns estaleiros com um nome parecido, por aí, e o mais provavel é que tivesse sido em Alhos Vedros, ou noutro local do Tejo.


Claro que foi em Alhos Vedros!
Confundi o nome tenho um amigo que é dono das pedreiras (marmirocha)em Pero Pinheiro e ...
Obrigado pela emenda

Agora transformarem uma fragata num batelão dá de facto dó, e mostra muito o quão pouco valor de dá ao nosso património e à nossa história.
Realmente num outro país a marinha tinha aproveitado o navio, a exemplo dos americanos, mas parece (sinto) que a marinha portuguesa tem vergonha de ter participado (sendo obrigada) no 25 de Abril




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#27 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Ago 19, 2005 10:56 am

M. Pina:

Olha aí o NRP Gago Coutinho a ser reabastecido pelo RFA Green Rover durante umas manobras da NATO nas imediações das ilhas britânicas.

Imagem

A data da foto é de Outubro de 1976, e provavelmente você estaria na embarcação quando a foto foi tirada do interior do reabastecedor, ou nessa data já não pertencia à guarnição da Gago Coutinho?




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#28 Mensagem por mpina41 » Sex Ago 19, 2005 10:59 am

Rui Elias Maltez escreveu:Obrigado, M. Pina:

Pelo que eu percebo, em relação às Alm. Pereira da Silva (Dealey), não se confirma que o seu abate prematuro se devesse a danos ou fadiga do material?


Não nunca ouvi falar de fadiga material, o que vi foi pouco aproveitamento do seu material.

Parece que as consideravam desadequadas para o serviço da NATO, por serem relativamente pequenas e "débeis", e pelo combustível que utilizavam, e daí a sua atracação no porto até que em 92 com o seu abatimento ao efectivo da Armada, foram substituídas directamente pelas Vasco da Gama actuais
.

Sim! Nós somos um país pequenos, com manias de grandeza... E como elas foram construídas em Portugal...não lhe davamos valor!


Provavelmente esse período de reserva, em que Portugal apenas ficou com as 4 João Belo e as corvetas, deveu-se a constrangimentos financeiros, que levaram a essa paragem das Pereira da Silva.


Certo! Abatemos umas jovens e continuamos com umas mais antigas!

Mas foi estranho esse longo periodo de paragem, sem que o seu futuro estivesse aparentemente definido.


Não sei se alguém conseguia explicar... Ainda hoje para patrulhar a costa, não nos envergonhavam




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#29 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Ago 19, 2005 11:00 am

E uma foto do NRP Magalhães Correia em Março de 1977 a aproximar-se do mesmo RFA Green Rover para reabastecimento, algures no Atlântico Norte:

Imagem

Nessa altura Portugal não utilizada o NRP S. Gabriel para esses reabastecimentos?




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#30 Mensagem por mpina41 » Sex Ago 19, 2005 11:02 am

A data da foto é de Outubro de 1976, e provavelmente você estaria na embarcação quando a foto foi tirada do interior do reabastecedor, ou nessa data já não pertencia à guarnição da Gago Coutinho?[/


Já não pertencia, saía (convidaram-me) a sair em Novembro de 1974




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