PelOpEs - Pelotão de Operações Especiais

[Henrique Brito]

Eu não posso afirmar que não, pois não fui da Cia Prec, mas sinceramente nunca ouvi falar deste curso de largadores, nem sei do que se trata. Talvez aqui seja algo com outro nome.

É impossível vocês não terem Largadores. Eles são os Oficiais ou Sargentos Paraquedista que controlam os Paraquedistas e material a lançar (cargas de acompanhamento), desde o momento de entrada na aeronave até à sua saída e emite as ordens respeitantes ao lançamento. Podem ter é outro nome, mas mesmo assim estou a estranhar porque na dita conversa eu falei Largadores e ele sabia o que eram e as suas funções.

Há tá, aqui essa função é chamada de mestre de salto, e o curso de mestre de salto é uma das quatro fases do curso de precursor, é a segunda fase. Mas oficiais e sargentos das demais unidades paraquedistas fazem o curso de mestre de salto separadamente.

[Henrique Brito]

Segundo a Wikipedia uma ação direta como a descrita abaixo pela página estaria no rol de atribuições dos pelopes.

"...Um Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro está mantendo uma posição de alto valor devido a existência de uma ponte que liga os dois lados de um grande rio.

Todas as outras pontes estão destruídas e através desta ponte é possível a chegada de mantimentos, munições e principalmente reforços.

A Artilharia inimiga está castigando a posição do Batalhão com fogos de morteiros pesados e obuses, preparando assim um ataque fulminante da Infantaria inimiga. Será difícil manter uma boa frente de resistência por muito tempo.

O comandante do Batalhão de Infantaria não pode avançar sobre o inimigo que está em maior número, corre o risco de ser flanqueado e com isto perder a posição no terreno.

O Comandante do Batalhão recebe a informação que não poderá receber apoio de nenhuma unidade. Não resta outra opção a não ser continuar na posição e mantê-la a qualquer custo.

É preciso neutralizar os morteiros pesados e obuses da Artilharia do inimigo. Para isso o Comandante ordena que seu PELOPES execute uma missão de Ação Direta.

Então o PELOPES infiltra-se na retaguarda do inimigo e destrói os morteiros pesados e obuses da Artilharia inimiga que estão batendo a sua posição, retraindo-se em seguida.

O sucesso do PELOPES nessa missão é essencial para determinar se o Batalhão de Infantaria do qual o PELOPES faz parte vai conseguir manter a posição no terreno..."

[FCarvalho]

Bem, doutrina tem.

http://www.doutrina.decex.eb.mil.br/ima ... 17_1_1.pdf

[FCarvalho]

editado

[Alfa BR]

Uma curiosidade ligada ao tema:

Os Batalhões de Infantaria Paraquedista do Exército Britânico que combateram na Guerra das Ilhas Falkland em 1982 possuiam uma Companhia de Patrulhas (a companhia C no 2 PARA e a companhia D no 3 PARA). Sua QCP previa uma Seção de Comando e três Pelotões de Fuzileiros, denominados de Pelotão de Patrulha, Pelotão de Reconhecimento e Pelotão de Assalto. Durante a guerra foram desdobrados somente os pelotões de Patrulha e Reconhecimento.

[FCarvalho]

Se fizeram jus à nomeclatura, atuaram em operações especiais em favor de suas OM, mesmo nãos sendo uma tropa especializada no ramo.
Mas a capacitação que receberam os qualificaram para exercer as atividades correspondes ao seu emprego.
É parecido com o que os Pelopes por aqui fazem quando engajados nas suas OM de origem, dependendo, claro, das condições objetivas que tenha a si para cumprir as missões que lhes são repassadas.
Mostra que com clareza de objetivos e limites doutrinários bem estabelecidos, é possível dispor de forças capazes de realizar, com limitações, operações especiais em nível de tropa regular mesmo não tendo forças diretamente ligadas aquelas.

abs

[Alfa BR]

Penso que os Pelotões de Reconhecimento ou PELOPES (como quiserem chamar) dos Batalhões de Infantaria deveriam operar dessa maneira. Uma fração dedicada a realizar reconhecimento, patrulhas (de combate, neutralização...etc) e segurança (vigilância, contra-reconhecimento e etc). Ponto.

Não sou muito afeito ao termo PELOPES pois pode passar uma ideia errada mas também não tenho nada contra ao seu uso, até por questões históricas e de tradição.

[Henrique Brito]

O modo de emprego, me parece que está consolidado, o problema e a formação muito heterogênea entre estes pelopes ou pelrec.

[Alfa BR]

Pelotão de Reconhecimento dos Batalhões de Infantaria Leve (Aeromóvel)

(1) Estrutura

(a) Cmt Pel.
(b) Gp Cmdo.
(c) Gp Rec (03).



(2) Suas atividades são planejadas e controladas pelo oficial chefe da 2ª seção, em coordenação com o S3 do Btl.

(3) Sua missão básica é coletar informes e prover limitada segurança às operações desenvolvidas pela unidade. Neste contexto, as missões peculiares do Pel Rec são:

(a) realizar reconhecimentos de itinerários e áreas;
(b) estabelecer postos de observação e vigilância;
(c) realizar limitadas operações como elemento de cobertura (basicamente, dar o alerta ante a aproximação de tropa inimiga);
(d) desenvolver ações para anular o reconhecimento de elementos inimigos (contra-reconhecimento);
(e) realizar missões de ligação;
(f) realizar ações nas quais um ou mais de seus elementos atue(m) como guia(s);
(g) realizar, como missão secundária, tarefas de elemento observador
avançado.

(4) Normalmente, opera no raio de alcance do seu equipamento rádio orgânico - na faixa de 3 km a 5 km - sendo dotado com motocicletas "fora-deestrada".

(5) O planejamento para o seu emprego deverá prever a necessidade de resgatá-lo durante o cumprimento de determinada missão.

(6) O grupo ou uma turma de caçadores poderá reforçar o Pel Rec em missões específicas.

[Henrique Brito]

Pelotão de Reconhecimento dos Batalhões de Infantaria Leve (Aeromóvel)

(1) Estrutura

(a) Cmt Pel.
(b) Gp Cmdo.
(c) Gp Rec (03).



(2) Suas atividades são planejadas e controladas pelo oficial chefe da 2ª seção, em coordenação com o S3 do Btl.

(3) Sua missão básica é coletar informes e prover limitada segurança às operações desenvolvidas pela unidade. Neste contexto, as missões peculiares do Pel Rec são:

(a) realizar reconhecimentos de itinerários e áreas;
(b) estabelecer postos de observação e vigilância;
(c) realizar limitadas operações como elemento de cobertura (basicamente, dar o alerta ante a aproximação de tropa inimiga);
(d) desenvolver ações para anular o reconhecimento de elementos inimigos (contra-reconhecimento);
(e) realizar missões de ligação;
(f) realizar ações nas quais um ou mais de seus elementos atue(m) como guia(s);
(g) realizar, como missão secundária, tarefas de elemento observador
avançado.

(4) Normalmente, opera no raio de alcance do seu equipamento rádio orgânico - na faixa de 3 km a 5 km - sendo dotado com motocicletas "fora-deestrada".

(5) O planejamento para o seu emprego deverá prever a necessidade de resgatá-lo durante o cumprimento de determinada missão.

(6) O grupo ou uma turma de caçadores poderá reforçar o Pel Rec em missões específicas.

Também balizam o desembarque dos helicópteros nos assaltos aeromóveis e organizam o reagrupamento da tropa após o desembarque. Esta é na verdade, creio eu, as únicas funções que os diferenciam dos demais pelopes ou pelrecs

[Alfa BR]

Pelotão de Reconhecimento dos Batalhões de Infantaria Leve (Aeromóvel)

(1) Estrutura

(a) Cmt Pel.
(b) Gp Cmdo.
(c) Gp Rec (03).



(2) Suas atividades são planejadas e controladas pelo oficial chefe da 2ª seção, em coordenação com o S3 do Btl.

(3) Sua missão básica é coletar informes e prover limitada segurança às operações desenvolvidas pela unidade. Neste contexto, as missões peculiares do Pel Rec são:

(a) realizar reconhecimentos de itinerários e áreas;
(b) estabelecer postos de observação e vigilância;
(c) realizar limitadas operações como elemento de cobertura (basicamente, dar o alerta ante a aproximação de tropa inimiga);
(d) desenvolver ações para anular o reconhecimento de elementos inimigos (contra-reconhecimento);
(e) realizar missões de ligação;
(f) realizar ações nas quais um ou mais de seus elementos atue(m) como guia(s);
(g) realizar, como missão secundária, tarefas de elemento observador
avançado.

(4) Normalmente, opera no raio de alcance do seu equipamento rádio orgânico - na faixa de 3 km a 5 km - sendo dotado com motocicletas "fora-deestrada".

(5) O planejamento para o seu emprego deverá prever a necessidade de resgatá-lo durante o cumprimento de determinada missão.

(6) O grupo ou uma turma de caçadores poderá reforçar o Pel Rec em missões específicas.

Também balizam o desembarque dos helicópteros nos assaltos aeromóveis e organizam o reagrupamento da tropa após o desembarque. Esta é na verdade, creio eu, as únicas funções que os diferenciam dos demais pelopes ou pelrecs

Para mim isso resume bem o que essas frações devem fazer:

(a) realizar reconhecimentos de itinerários e áreas;
(b) estabelecer postos de observação e vigilância;
(c) realizar limitadas operações como elemento de cobertura (basicamente, dar o alerta ante a aproximação de tropa inimiga);
(d) desenvolver ações para anular o reconhecimento de elementos inimigos (contra-reconhecimento);
(e) realizar missões de ligação;
(f) realizar ações nas quais um ou mais de seus elementos atue(m) como guia(s);
(g) realizar, como missão secundária, tarefas de elemento observador avançado.

Acrescentaria:

(h) realizar patrulhas de combate (neutralização, destruição e emboscada) se necessário, contra elementos do dispositivo inimigo que compensem sua neutralização ou destruição, que sejam taticamente relevantes ou que ameacem o cumprimento da missão do batalhão. Tais elementos devem ser alcançáveis pelos meios logísticas da unidade.
(i) é a fração da unidade mais apta para a realização de patrulhas de longo alcance;

[delmar]

O que eu sei sobre PELOPES está relacionado com algumas unidades militares da fronteira no Rio Grande do Sul. Em 1965, um ano após os militares assumirem o governo, um grupo de ex-militares comandados pelo coronel Jefferson Cardim de Alencar Osório, penetrou no Rio Grande do Sul e ocupou a cidade de Três Passos e logo após a de Tenente Portela para iniciar uma contra revolução. Há várias unidades militares perto de Três Passos, estão em Ijuí, Santo Angelo, Santa Rosa e Cruz Alta. Acontece que até estas unidades organizarem uma equipe para irem combater a turma do Jefferson ele já tinha abandonado as duas cidades e seguido para Santa Catarina. Ao menos em Ijuí, no glorioso 7ºGCAN 75 AR da época (hoje 27 ), foi criado o PELOPES. O objetivo foi o de ter um grupo preparado para agir mais rápido em caso de novas investidas contra revolucionárias.

[Henrique Brito]

Nessa antiga apresentação sobre o modo de emprego do PELOPES do atual 33° Batalhão de Infantaria Mecanizado, após a demonstração de combate a baioneta, os oficiais simulam uma infiltração na retaguarda inimiga para destruir um depósito de munições e suprimentos. Ou seja, o PELOPES também é ou deveria ser capaz de funcionar como uma mini tropa comandos, podendo cumprir pequenas ações diretas de pequena envergadura e profundidade no território inimigo, em proveito direto de sua OM em campanha.

[Alfa BR]

Dando uma conferida no acervo de manuais deu para montar um panorâma do que é reconhecimento ao nível batalhão no EB:

No manual C 7-20 BATALHÕES DE INFANTARIA indica que nos Batalhões de Infantaria Leve (BIS) existe um Pelotão de Reconhecimento (coisa que já sabemos) ao invés de uma Turma de Reconhecimento. Nos Batalhões de Infantaria Blindados (BIB) existe o Pelotão de Exploradores ao invés da Turma de Reconhecimento, mesma coisa para os Batalhões de Infantaria Mecanizada (BI Mec, que não constam nesse manual por não existirem na época que foi feito). Nos Batalhões de Infantaria de Montanha (BI Mth) existem um Pelotão de Reconhecimento (assim como nos BIL) ao invés da Turma de Reconhecimento, formado por pessoal com cursos de montanhismo.




No manual C 7-15 COMPANHIA DE COMANDO E APOIO mais uma vez reforça a organização do reconhecimento nos BIL e BI Mth.



Mais para frente, no mesmo manual, nos é apresentada a organização das Turmas de Reconhecimento. Mais uma vez é indicado que nos BIB, BIL e BI Mth existe um Pelotão de Reconhecimento (No caso dos BIB, chamado de Exploradores, assim como nos recentes BIMec) para cumprir a missão. Com isso dá para inferir o reconhecimento nos Batalhões de Infantaria de Selva (BIS), Batalhões de Infantaria Paraquedista (BI Pqdt) e Batalhões de Infantaria Motorizados (BI Mtz) é feito por Turmas de Reconhecimento, não Pelotões Rec.




Ainda no C 7-15, vemos a organização do Pelotão de Reconhecimento:








E após, vemos a organização da Turma de Reconhecimento. Aqui vemos que esse é o elemento responsável por realizar reconhecimento nos BI Pqdt, BIS e BI Mtz.




Também é explicada sua organização em mais detalhes. Nos BIS, BI Mtz e Batalhões de Fronteira (B Fron) é a mesma indicada anteriormente no mesmo manual. Nos BI Pqdt possui dois soldados a mais e todos são motociclistas.



Não há menção alguma aos PELOPES.

[Alfa BR]

No caso dos Batalhões de Infantaria Blindados (BIB) e Batalhões de Infantaria Mecanizados (BI Mec) o reconhecimento é realizado pelo Pelotão de Exploradores (Pel Exp):