LAAD 2017

[Juniorbombeiro]

Isso, quase escrevi um post sobre isso, mas estava ocupado e agora você já se adiantou. Apenas complementando, o NeoFlex da BCA é fibra de aramida (mais conhecida como kevlar) impregnada em borracha Cloroprênica, amplamente conhecida por Neoprene, não sei se realmente isso é um invento deles, as matérias primas eu sei que não são e o Polietileno que eles usam é da marca Dyneema. Essas placas de Kevlar com neoprene devem ser uma alternativa mais barata os UHMWPE.

Curioso, os nanotubos eram piada aqui mesmo no DB na década passada; na atual já estão em uso, limitados pelo AINDA alto custo mas certamente estarão no topo a partir da próxima.

Fico pensando na Fibra de Carbono (CFRP) em relação à Fibra de Vidro (GFRP) e mesmo ao aço, e aí não posso me furtar à pergunta: o EB não anunciou ANOS ATRÁS (2014, se não me engano) que estava resolvida a questão de como fazer CFRP a partir de piche?

E então? DESresolveram?

Quando os nanotubos surgiram, ainda de forma incipiente, eles se tornaram uma espécie de Bombril e Posto Ipiranga do mundo da tecnologia, para todas as aplicações e necessidades que surgiam, a solução era nanotubos de carbono. Supercondutores??? Nanotubos de carbono. Baterias??? Nanotubos de carbono. Super processadores??? Nano tubos de carbono. Peças estruturais??? Nanotubos de carbono. Hemorróidas??? Nanotubos de carbono. A paz mundial??? Nanotubos de carbono. Esse último na verdade não, para esse uma miss gostosa e sorridente ainda é a melhor solução. Agora aos poucos estão aos poucos se confirmando ou não soluções práticas e economicamente viáveis, lembrando que existem nanotubos e nanotubos. Quanto ao filamento de carbono a base de petróleo, a Petrobras também tem pesquisa nesse sentido, não lembro se é mesmo do EB ou se é paralelo, mas ainda tem trabalho para fazer, pelo menos para viabilizar a escala e industrialização, mas que dá para fazer, já sabemos que dá.

[gabriel219]

Curioso, os nanotubos eram piada aqui mesmo no DB na década passada; na atual já estão em uso, limitados pelo AINDA alto custo mas certamente estarão no topo a partir da próxima.

Fico pensando na Fibra de Carbono (CFRP) em relação à Fibra de Vidro (GFRP) e mesmo ao aço, e aí não posso me furtar à pergunta: o EB não anunciou ANOS ATRÁS (2014, se não me engano) que estava resolvida a questão de como fazer CFRP a partir de piche?

E então? DESresolveram?

O custo do grama estava USD 50 dólares. Aqui no Brasil estão produzindo na UFMG, se não me engano, incluindo os de múltiplas camadas.

No EUA a placa era maior, mas apesar de caro, o custo benefício é bem maior. Maior prazo de validade, pode ser utilizado mesmo depois de atingido, além da praticidade (bem leve e confortável, a maneabilidade parece uma jaqueta de couro grossa, nada parecido com aquelas placas de kevlar duras). Com o uso amplo na área civil (nanotubo pode estar presente em ligas também, com o CNT-MMC (Carbon nanotube metal matrix composites).

É dito que esse composto é utilizado na blindagem AMAP, sendo ela composta por liga de Titânio-Alumínio, aço nanométrico, nanocerâmicas e nanotubos. Também está sendo usado para desenvolvimento de exoesqueletos militares. Também há rumor de ser a base da "NanoArmor" do Type 10. Também tem usos como Nanotoughs (pensamento primário em substituir o plástico e metais usados na industria automobilística e aeroespacial), Nanonetwork e Nanorobotics (minha área, para ser usado em rede integrada e robôs com nanotecnologia) e etc.

Se tiver seu potencial liberado, utilizando tanto na área civil quanto militar, o preço vai cair muito, ficando igual ou mais barato que o Kevlar.

1)Eu sei que é uma pergunta meio idiota, admito, mas, baseado no que escreveste em teu post anterior, se temos grafite e bagaço de cana (fora o piche) e fazemos (ou podemos fazer) CNT e CFRP, por que não fazemos e só os EUA ofertam?

2)A própria BCA é uma empresa Nacional, não teria interesse em desenvolvimentos assim ou é só coisa de laboratório, onde se prova que dá para fazer mas sem preocupações com Engenharia de Produção, que seria o modo de pegar algo experimental e transformar em Produto?

3)Outra dúvida, e te pergunto porque pareces ter experiência nisso (ao contrário de mim): sério que os CNTs têm, em sua forma "natural", cerca de 95% de transparência?

Vou te responder em partes, enumerei as perguntas no grifo:
1) Longe de ser uma pergunta idiota! É pela simples e falta de capacidade de pensamento de nossos gestores, temos um potencial tão grande quanto o EUA (nós temos Grafite e outras matérias primas de carbono e eles o xiisto). Algumas universidades já produzem mas é muito mais pra estudo.

2) Poder, pode! Mas dependeria do interesse de nosso mercado interno, já que externo qualquer um vai comprar do EUA. Creio eu que os testes de laboratório e até testes de campo, com o produto no mercado, sejam o suficientes para provar a eficácia do material;

3) Depende do tipo de nanotubo, mas sim, é verdade, tanto é que se tornam adequados para a fabricação de telas planas de semicondutores orgânicos, sensores eletrônicos sem interferências, músculos artificiais e ainda como fontes de luz polarizada, que pode ser chaveada em apenas dez milésimos de segundo...

Nesse caso os nanotubos são tratados quimicamente ao invés de eletricamente, o Grafeno é um exemplo:


Algumas empresas querem usar o Grafeno como semicondutor, já que ele a capacidade de condutividade de até 500 GHz (em comparação com o Silício, de 5 GHz). Pode ser usado como Supercapacitor em baterias, para extrair radiação da água em forma de Óxido de Grafeno...

[Juniorbombeiro]

A BCA é uma empresa de transformação de matérias primas, não de produção de insumos. Ela faz o bolo, mas a farinha (o Kevlar, o Polipropileno e o Neoprene) vem de outro, precisa de uma planta química para produzir em larga escala. Em um país onde poucas empresas privadas (não vou dizer nenhuma para não ser injusto, mas realmente não me vem a cabeça nenhuma) desenvolvem patentes relacionadas a insumos petroquímicos básicos (olhem a quantidade de patentes que tem a Dupont por exemplo, que aliás é a inventora do Kevlar, do Nylon e do Neoprene), onde a estatal de petróleo produzir simples fios sintéticos para indústria têxtil é considerado sacrilégio, primeira coisa que o golpisto fez ao assumir foi vender a fábrica de filamentos sintéticos novinha construída em Pernambuco. Onde desmantelaram, na década de 90 a cadeia estatal de insumos petroquímicos e plásticos, que é onde se agrega a maior quantidade de valor ao petróleo (obrigado Collor), hoje quase toda nas mãos da Odebrecht (Brasken). Onde, apesar de ser um dos maiores produtores agrícolas do mundo, importa 70% dos fertilizantes e defensivos. Desculpe Túlio, qual era mesmo a pergunta????

[Túlio]

AO GABRIEL - Muitíssimo obrigado pela AULA! Duvido que tenhas ideia do quanto meu (pouco) conhecimento numa área que claramente dominas foi aumentado. Valews MESMO!!!

AO JUNIORBAIANO - Agradeço pelo ataque de DEPRESSÃO!

[Juniorbombeiro]

De nada Tio, sempre às ordens.

[gabriel219]

AO GABRIEL - Muitíssimo obrigado pela AULA! Duvido que tenhas ideia do quanto meu (pouco) conhecimento numa área que claramente dominas foi aumentado. Valews MESMO!!!

AO JUNIORBAIANO - Agradeço pelo ataque de DEPRESSÃO!

Relaxa cara, qualquer coisa que possa ajudar relacionado ao assunto, só chamar!

Partes que falei mas passou despercebido: músculos artificiais, semicondutores, supercapacitadores, nanorrobótica e exoesqueletos.

Essa parte revolucionará o campo de batalha moderno. Parece tirado direto de ficção científica, mas unindo essas 3 partes teremos cara vez mais exoesqueletos protegidos integralmente ou até mesmo sistemas robóticos lutando no lugar de soldados comuns (acho um erro substituir 100%, tem que ter humanos no campo de batalha controlando eles).

Eu já trabalhei com alguns militares formados no IME e no ITA, existem estudos do tipo mas que estão parados por falta de grana para fazer os protótipos. Estão lá prontos, exoesqueletos, armas de energia direta...

Se mover o dinheiro inútil usado em coisas tão fúteis, em 10 anos saltaremos 50 anos em tecnologia militar, no mínimo.

[Viktor Reznov]

Tem algum site brasileiro fazendo cobertura da LAAD esse ano?

[Túlio]

Os de sempre, DN, T&D, etc. Eu recebi o convite mas, como estou sem Site...

Por exemplo, a matéria abaixo eu recebi por email na quarta passada do pessoal de RP (Rossi Comunicação), o título e texto são exatamente os mesmos, assim como o radar oceânico da IACIT, etc:

http://www.defesanet.com.br/laad2017/no ... balistica/

[Viktor Reznov]

Eu sempre me esqueço de todos esses. Só me lembro da ALIDE mas o site deles está desde 2014 sem atualizar. O albumn fotográfico do Defesanet esse ano tá inexistente. Será que o Roberto Caiafa tá por lá fotografando?

[dalton romao]

[eligioep]

Bah..... e nada de FOTOS da LAAD!!!!!

[Viktor Reznov]

Nada, a cobertura fotográfica desse ano foi inexistente. O site ArmyReco mandou até um cara pra lá mas só saíram uns videos meia-boca disso tudo.

[cabeça de martelo]

[FCarvalho]

Não acompanhei a LAAD deste ano, mas pelo pouco que pude ver até o momento, não há muitas expectativas reais de novas aquisições ou mesmo desenvolvimento de novos produtos. Não há verba para nada além do projetos definidos pelas ffaa's e MD.

Apenas notar que os dois bldos leves da Avibras e Inbra continuam sendo desenvolvidos e ofertados as ffaa's, apesar de não haver qualquer indicação aberta de interesse nos mesmos de parte dos militares.

A Scania apresentou novamente a versão militar da serie P360 para ver se agora encaixa ao menos umas undes no EB. Não vi nada da Shacman. A Agrale apresentou mais uma vez seus veículos sem ter negócios concretos a vista. Os AM-31 e 41 continuam sem vender uma única undes para qualquer das ffaa's.

Uma coisa interessante de expositores estrangeiros foi a apresentação de alguns modelo para adaptar lança morteiro ao Guarani 6x6.

Na artilharia os M-109A5 foram apresentados. No campo da artilharia leve os franceses como sempre ofereceram seus produtos, mas sem maiores compromissos. A versão MK III do LG 105 esteve novamente na forma de mockup.

Enfim, não encontrei novidades de fato nesta edição da feira. Ficamos a dever para a próxima.

abs.

[FCarvalho]

A LAAD 2019 vem ai. Nos dias 2 a 5 de Abril.
Vamos aguardar e torcer por muitas novidades nessa edição da feira.
Uma primeira e ótima surpresa será a presença do T129 Atak da Turquia. Com certeza essa passagem de demonstração no Brasil vai movimentar a seleção do próximo helo de ataque da Avex.
Não seria nenhuma novidade se este vetor turco aparecer também nos navios da MB.
Espero ver novidades também no campo da artilharia e cavalaria para EB e CFN.
A AAe também deve ser algo interessante nessa feira.
Há diversos programas e projetos nas três forças que estão com suas demandas reprimidas no curto prazo mas que precisam de soluções urgentes.
Mais uma boa oportunidade para fornecedores e empresas demonstrarem seus produtos. E mais do que isso, mostrar capacidade para parcerias de longo prazo.

Abs