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Re: Defesa das Fronteiras Terrestres
Enviado: Sex Out 02, 2015 8:13 pm
por gabriel219
Mesmo tendo M-60 na região, se baterem de frente com os T-72B1, vai ser bem complicado.
Ainda preferiria usar Cascavéis escondidos na mata para emboscar, junto com mísseis AC do que ir bater de frente com os M-60. São menores e, apesar do poder de fogo ser menor que de um M60, poderiam disparar e se evadirem mais fácilmente.
Se houvesse invasão, nossa/nossas principal (ais) arma (s) deve/devem ser os A-29 e/ou AH-2.
Abs.
Re: Defesa das Fronteiras Terrestres
Enviado: Sex Out 02, 2015 8:24 pm
por FCarvalho
delmar escreveu:FCarvalho escreveu:ps: esqueçam esse negócio de o enviar CC's e/ou bldos para a região norte. Na atual, e futura, situação em que se encontra o EB, levaríamos semanas entre preparo, envio, chegada e apronto destes veículos em direção à fronteira. Quando e se houver problemas aqui, vamos depender exclusivamente, em termos práticos, da nossa infantaria de slv. E de outras infantarias que vierem em seu apoio. O resto da história, a gente já sabe.
abs.
Levaram, para treinamento, um M-60 de Campo Grande para Roraima. Foram 17 dias de viagem. Podemos dizer que em tres semanas seria possivel deslocar parte dos M-60 de Campo Grande ate Roraima.
Pois é Delmar.
Isto porque foi apenas um CC. Agora tentas imaginar a mesma coisa com um simples esquadrão, ou pior, com um RCB ou RCC inteiro, e todo o material e pessoal de apoio?
No norte guerra é feita com infantaria, embarcações e helos. O resto é adereço.
abs.
Re: Defesa das Fronteiras Terrestres
Enviado: Sex Out 02, 2015 8:40 pm
por Marechal-do-ar
gabriel219 escreveu:Mesmo tendo M-60 na região, se baterem de frente com os T-72B1, vai ser bem complicado.
Sim, vai ser complicado, mas nem tanto se dependesse só de cascaveis.
gabriel219 escreveu:Ainda preferiria usar Cascavéis escondidos na mata para emboscar, junto com mísseis AC do que ir bater de frente com os M-60. São menores e, apesar do poder de fogo ser menor que de um M60, poderiam disparar e se evadirem mais fácilmente.
O Cascavel é mais rápido em estradas, mas, para se esconderem vão ter que pegar lama, fora da estrada o M-60 vai se tornando mais rápido a medida que o terreno piora.
E claro, o M-60 tem um canhão de 105mm, ele consegue o mesmo efeito do Cascavel atirando de mais longe.
Por fim, a blindagem, o M-60 ainda está em desvantagem em relação aos T-72, mas, em uma emboscada e com a devida preparação, eles podem ficar em uma posição favorável em que consigam ricochetear um ou outro tiro dos T-72 enquanto ainda conseguem penetrar a blindagem lateral.
Ainda vai ser um páreo duro, vai exigir muito planejamento dos brasileiros, o T-72 leva vantagem em todas as áreas, mas a vantagem é bem menor do que em relação aos cascaveis.
gabriel219 escreveu:Se houvesse invasão, nossa/nossas principal (ais) arma (s) deve/devem ser os A-29 e/ou AH-2.
Boa sorte contra a artilharia antiaérea e os Flanker.
Re: Defesa das Fronteiras Terrestres
Enviado: Sex Out 02, 2015 9:50 pm
por gabriel219
Flankers seriam trabalho dos F-5 com os E-99, que é uma vantagem possuir um AEW&C. Ainda temos os casulos de EW, para tentar jammear os flankers.
No caso do Pechora, Forças Especiais, artilharia de campo e até os Cascavéis podem tentar acerta-los em emboscadas, sem falar dos AMX e o MAR-1 ainda em desenvolvimento.
Depende das condições do dia. Seria mais a favor dos Cascavéis para emboscadas pelo seu tamanho bem reduzido. Um M60 é alto demais e muito grande pra esconder.
Pode dar certo, afinal já dizeram emboscadas até com Tiger, mas...
Mas uma infantaria bem treinada com uns mísseis anticarro de longo alcance (3-4 km) e sistema lançador de multiplos foguetes (um Astros mini) seria a melhor defesa pra região.
Abs.
Re: Defesa das Fronteiras Terrestres
Enviado: Dom Out 04, 2015 1:25 pm
por gogogas
Bom tema ,ainda temos os Astros e c-130 ,bandeirantes e por ai vai ...
Re: Defesa das Fronteiras Terrestres
Enviado: Dom Out 04, 2015 6:55 pm
por gitanoba
denilson escreveu:delmar escreveu:Já estive na fronteira do Brasil com a Venezuela,fomos até a cidade venezuelana de Santa Helena de Uairen que é, ou era, uma zona de livre comércio. Este caminho é a unica ligação terrestre entre o Brasil e a Venezuela. No lado brasileiro fica a cidade de Pacaraima. A linha divisória está num planalto a mais de 900 metros de altitude onde estão a duas cidades. Para ir de Boa Vista, capital de RR, até a fronteira é similar a ir do Rio de Janeiro a Petrópolis. A estrada segue por uma planície, sem floresta, até chegar perto da fronteira, quando começa a serra e uma subida acentuada até o topo.
Se o Brasil e a Venezuela posicionarem blindados na fronteira poderia haver sim um confronto, penso que a escolha é nossa. É muito mais fácil um blindado seguir a rodovia em direção ao interior da Venezuela que o contrário, pois o planalto continua na direção norte.
Já da Venezuela para o Brasil, logo após o fim da zona urbana de Pacaraima começa a descida da serra. A estrada poderia ser cortada em vários pontos com a derrubada de barreiras. Viaturas poderiam retidas por lá por muito tempo, mesmo com um efetivo reduzido de soldados.
Não é "só" isso, depois do planalto em direção a Boa Vista tem o Lavrado, nele só é possível trafegar pelas rodovias, qualquer saída de estrada pode se transformar num atoleiro impossível de ser superado, por causa do terreno arenoso e úmido. No lavrado qualquer força mecanizada é um alvo fácil de ser plotado pois só poderá utilizar as estradas existentes e por causa da topografia plana e vegetação rasteira pode ser vista de longe.
Prezado Denilson,
Vou precisar discordar de vc. Respeitosamente, veja o post que já efetuei aqui do Forum, no tópico 12o Esq C Mec. Há outro tópico que trata da criação de um Reg C Mec (o previsto 18o) e da criação de um Reg C BDa.
Nestes há os cálculos sobre a capacitação de resistência do solo do Lavrado, e a pressão das lagartas e pneus de vários veículos blindados/tanques. A equação de cálculo está lá tbm e as fontes de pesquisa (teses e livros científicos).
Com base nisso tanques e blindados mecanizados podem sim atravessar o Lavrado. Atualmente um M-60ATT3 do Exército está efetuando trafegação e testes de mobilidade na região...com SUCESSO.
Ok ?
Cordiais saudações
Re: Defesa das Fronteiras Terrestres
Enviado: Dom Out 04, 2015 11:28 pm
por JL
Sem muito tempo para escrever. Creio que o maior risco é de um conflito de curta duração e fronteiriço, ocasionado por alguma crise etc. Cito como exemplo em termos de duração e intensidade o Conflito de Cenepa entre Peru e Equador, desta forma fortalecer a defesa no local seria importante, porque o conflito não demoraria muito tempo para se deslocar muita coisa. Mesmo porque nenhum país sul americano tem interesse hoje ou terá interesse em uma guerra prolongada com um país com 200 milhões de habitantes. É mais ou menos aquilo dá um chute nas partes baixas e corre para a casa da mamãe e alega que foi o grandão que provocou e bateu primeiro, para se resguardar sobre a proteção dos organismos internacionais. Finalizando rápido o comentário, pelo menos armas anti carro, leia-se mísseis, deveriam ser fornecidos para as forças que atuam na fronteira com a Venezuela devido a ameaça dos T 72 e também não se esqueçam da fronteira com a Bolívia, onde eles tem 30 e poucos Sk 105, que nem se comparam ao T 72, mas também são perigosos, pela agilidade e por terem um canhão de 105 mm.
Re: Defesa das Fronteiras Terrestres
Enviado: Ter Out 06, 2015 9:12 am
por JL
Re: Defesa das Fronteiras Terrestres
Enviado: Ter Out 06, 2015 11:07 am
por gabriel219
Os SK105 não são ameaças sérias. A Bolívia tem uma Força Aérea pífia, em que seu principal vetor são os T-33. Até nossos A-29, aliados com algum E-99 e mísseis Python ou AIM-9 podem abate-los com facilidade e os mesmos atacar os SK-105, até mesmo com bombas guiadas por laser.
Único meio de invasão é ela BR-262.
No caso da Venezuela, fica mais difícil. A cidade que a Venezuela poderia entrar, pela BR-174, é Pacaraima, onde fica o 3º Pelotão Especial de Fronteira. Eu recuaria e evacuaria a cidade, levando todos até Conquista, fazendo um bloqueio com tropas na ponte onde fica o Rio Surumu.
Colocaria tropas nas matas próximas e moveria unidades de EE-9 e tropas com mísseis anticarro pelos Rios Surumu e Xaparu, descendo nos Igarapés Sorocaima e Samã, descendo nos flancos da coluna blindada.
Seria um divisor de águas, já que alcançaríamos os flancos deles, enquanto estiverem avançando em formação de coluna, disparando de partes protegidas pelo solo e pela vegetação, e também impedindo de utilizarem ambos os rios para avançar como elemento surpresa e mais rápido.
O alvo principal seria atacar as unidades de Pechora S-125 e os BUK, para inutilizar seus meios antiaéreos, deixando apenas os RBS-70 que restam, Igla e ZU-23-2, o que deixariam com teto máximo de alcance de 5 km de altitude.
Creio que o melhor meio para abate-los seria utilizar mísseis anti-radiação MAR-1, utilizar os Harpoon como mísseis de cruzeiro, utilizar os Mod 56 (disparando há uns 8 km de distância e a tropa se evadindo) ou tropas dispararem mísseis anticarro, como o MSS, diretamente nas viaturas radar, assim inutilizando os sistemas, já que não poderiam prever quando uma aeronave os atacaria. Até mesmo os M60 RR seriam de grande valia, pois podem acertar alvos há 1,350 metros com seus projéteis de 106 mm.
Devem trazer também seus Smech e os Msta, como artilharia. Mas, com uma rodovia rodeada por matas, seria muita insanidade os colocar á frente da coluna, com risco eminente de emboscadas por parte da Infantaria de Selva.
Outro passo seria inutilizar a pista de Pacaraima, pois seria o ponto de partida para utilizarem os K-8V e os próprios Su-30MK2 ou F-18A/B para dar cobertura aérea a coluna. Sendo assim, os Su-30 mais próximos estão em Barcelona, há 1,036 km de Pacaraima, levariam cerca de 40 minutos para chegarem até lá se forem direto (se forem a Mach 2.0, o que precisariam ir com pouco armamento). Nossos F-5EM mais próximos estão em Manaus, que está há 935 km de Pacaraima. Levariam cerca de 30 minutos em Mach 1,6 para chegarem até lá, também com alguns mísseis Derby.
Sempre temos nossos E-99 voando por lá, então teríamos a vantagem de realizar um pouso rápido em Boa Vista e decolar com o tanque cheio, enquanto os Su-30 não poderiam ficar muito tempo no local.
Ou seja, fariam isso ou teriam que pousar em alguma base próxima, reabastecer e carregar mais armamentos, o que nos dá mais 30 minutos. A base mais próxima que poderia dar esse apoio aos Su-30 seria a base de La Esmeralda. E poderíamos tomar proveito disso.
Já que, para cobrir sua coluna, levariam cerca de 1 hora com todo o processo ou correriam risco de ter sua coluna sendo alvejada por AMX (levando em conta que o cenário criado seria com tensões antes da invasão, nos fazendo movimentar nossos Astros Mk6 e nossos AMX até o local, junto com os P-8AM, já que uma invasão sem aviso, hoje em dia, é muito difícil de não ser detectada), nossos AMX, decolando de Boa Vista, ao contrário de atacar a coluna, se dirigiria, decolando de São Gabriel da Cachoeira, atacando 2 bases, La Esmerada e Puerto Ayacucho, deixado pra eles uma única opção, Puerto Ordaz, que poderia ser bombardeada pelos nossos P-8AM, utilizando os Harpoon como mísseis de cruzeiro, disparando para acertar as pistas e os hangares.
Assim tentaríamos deixa-los mais reféns dos BUK e dos Pechora. Ai seria caso de acionar nossas unidades de flanco e nossa artilharia, incluindo os Astros. A prioridade seria abater a artilharia antiaérea de médio alcance e suas unidades de artilharia, os Msta e Smerch. Assim sendo feito, os T-72, BMP's e entre outros, ficariam totalmente reféns e seriam alvos fáceis para os AMX's e para os A-29.
Seria perigoso utilizar os Mi-35 por causa dos Shorad (RBS-70 e ZU-23-2) e dos MANPADS (Igla-S). Bombas inteligentes, principalmente guiadas por laser e artilharia (os SS-40 guiados fariam um belo estrago) já ajudaria a acabar com resto.
Claro, na teoria fica mais fácil, mas seria algo do gênero. Pelo menos é o que penso.
Se tivermos os Gripens, ai fica tudo mais fácil.
Abs.
Re: Defesa das Fronteiras Terrestres
Enviado: Ter Out 06, 2015 2:11 pm
por denilson
gitanoba escreveu:denilson escreveu:
Não é "só" isso, depois do planalto em direção a Boa Vista tem o Lavrado, nele só é possível trafegar pelas rodovias, qualquer saída de estrada pode se transformar num atoleiro impossível de ser superado, por causa do terreno arenoso e úmido. No lavrado qualquer força mecanizada é um alvo fácil de ser plotado pois só poderá utilizar as estradas existentes e por causa da topografia plana e vegetação rasteira pode ser vista de longe.
Prezado Denilson,
Vou precisar discordar de vc. Respeitosamente, veja o post que já efetuei aqui do Forum, no tópico 12o Esq C Mec. Há outro tópico que trata da criação de um Reg C Mec (o previsto 18o) e da criação de um Reg C BDa.
Nestes há os cálculos sobre a capacitação de resistência do solo do Lavrado, e a pressão das lagartas e pneus de vários veículos blindados/tanques. A equação de cálculo está lá tbm e as fontes de pesquisa (teses e livros científicos).
Com base nisso tanques e blindados mecanizados podem sim atravessar o Lavrado. Atualmente um M-60ATT3 do Exército está efetuando trafegação e testes de mobilidade na região...com SUCESSO.
Ok ?
Cordiais saudações
Buenas, tranquilo fórum é para isso mesmo, concordar discordar (sempre com respeito), mas quando falo de lavrado eu falo por conhecimento próprio, conheço muito trabalhei por um bom tempo em Roraima, realizando levantamentos por praticamente toda a área do lavrado, estive em contato direto com os usuários dos Urutus e Cascavéis e eles não colocam uma roda fora da estrada no lavrado (ao menos não colocavam, espero que tenha alguém aqui do fórum que trabalhou por lá e possa falar algo sobre isso) inclusive em um dos trabalhos fomos requisitar o apoio de um Urutu e quando informamos o local de trabalho, recebemos um envergonhado "não podemos, vai atolar".
Para se ter uma ideia de como é andar no lavrado, durante todo o tempo que estive por lá, não falhava um dia em que não se atolasse, (utilizávamos camionetes L-200), em uma ocasião todas as camionetes ficaram atoladas (4 no total) para resolver o problema eu e outro colega fizemos uma caminhada de 18 km, com um fuzil e uma garrafa de água a tiracolo, até chegar em uma comunidade e conseguir um trator que também ficou atolado, conseguimos sair de lá só com uma camionete. No final, a solução mais fácil e barata foi a utilização de um helicóptero para os levantamentos.
Bom, mas onde se pode utilizar um CC? a geomorfologia de Roraima não é homogênea, (não é 100% lavrado) a área de exercícios de lá, a Serra do Tucano é um relevo ondulado e rochoso (o lavrado é sedimentar) e o solo aguenta qualquer CC, assim como na Serra do Tucano, tem vários outros locais com terreno rochoso.
Mas de acordo com a narrativa do colega Delmar, onde ele descreveu o terreno da divisa (que é rochoso), eu descrevi o outro trecho que é de lavrado na BR-174 e apresenta as condições que descrevi.
Outro detalhe, a Serra do Tucano fica próximo à BR-401, é próximo a divisa com a Guiana e é "longe" da Venezuela, e foi lá onde ocorreram os disparos do M-60.
Abraço
Re: Defesa das Fronteiras Terrestres
Enviado: Ter Out 06, 2015 3:01 pm
por J.Ricardo
Vcs estão esquecendo que a Venezuela tem S-300 também na AA.
Este sistema não poderia inviabilizar a utilização dos E-99? Sem este sistema de AWC não vejo futuro para o F-5M contra os Su-30+F-16A.
Re: Defesa das Fronteiras Terrestres
Enviado: Qua Out 07, 2015 12:16 am
por gabriel219
De jeito nenhum. Se posicionarem os S-300 na fronteira, é pedir para serem destruídos por simples AMX voando perto do solo ou até por forças especiais.
O único uso lógico é colocarem em alguma base, talvez Puerto Ayacucho para protege-la, servindo de base de operações para os Su-30.
Nossa vantagem são os E-99. Com eles, ficamos um passo a frente, tanto na capacidade de detecção quanto na EW.
Abs.
Re: Defesa das Fronteiras Terrestres
Enviado: Qua Out 07, 2015 3:22 am
por Bolovo
Muito legal. Mas olha esse mapa:
Inconcebível um pais do tamanho do Brasil não ter uma aeronave capaz de carregar um CC para qualquer ponto. Inconcebível!
Re: Defesa das Fronteiras Terrestres
Enviado: Qua Out 07, 2015 9:51 am
por Lirolfuti
E pensar que existiam ou existem 3/6 C-17 dando sopa na Boeing.
Re: Defesa das Fronteiras Terrestres
Enviado: Qua Out 07, 2015 10:41 am
por JL
Por esta questão, bem como considerando que o povo do outro lado da fronteira tem carros de combate de alto nível para o padrão sul americano é que tem serem baseados no local pelo menos 20 carros de combate e viaturas M 113 (é o que temos) e alguma artilharia pesada. Pois isto não dá para levar em um conflito curto, ao contrário por exemplo de armas anti carro que podem ser transportadas em um C 130 por exemplo.