Cotas raciais para os militares...

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RobertoRS
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Re: Cotas raciais para os militares...

#16 Mensagem por RobertoRS » Seg Jan 03, 2011 7:06 pm

Marechal-do-ar escreveu:Se o discurso é "dívida com os negros" faz uma grande diferença.
Não devo nada à ninguém, se é que me entende, hehe...




Se não houver campo aberto
lá em cima, quando me for
um galpão acolhedor
de santa fé bem coberto
um pingo pastando perto
só de pensar me comovo
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nem todo o céu me segura
retorno à velha planura
pra ser gaúcho de novo
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Re: Cotas raciais para os militares...

#17 Mensagem por Vitor » Seg Jan 03, 2011 9:39 pm

Marechal-do-ar escreveu:Se o discurso é "dívida com os negros" faz uma grande diferença.
Adoro a hipocrisia dos africanos nesse papo "dívida histórica". Os mais diversos povos e reinos africanos eram grandes adeptos de escravizar povos vizinhos, tem até casos documentados de portugueses escravos.




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Re: Cotas raciais para os militares...

#18 Mensagem por Marechal-do-ar » Seg Jan 03, 2011 9:50 pm

E?

"Foda-se" não é muito diplomático, talvez assim vocês entendam...




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Re: Cotas raciais para os militares...

#19 Mensagem por Viktor Reznov » Ter Jan 04, 2011 12:08 pm

RobertoRS escreveu:
Marechal-do-ar escreveu:Se o discurso é "dívida com os negros" faz uma grande diferença.
Não devo nada à ninguém, se é que me entende, hehe...
Nem eu, se quiserem cobrar dívidas, que se matem e vão se entender com os meus ancestrais que a culpa é deles.




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Re: Cotas raciais para os militares...

#20 Mensagem por Guerra » Sex Jan 14, 2011 7:21 pm

Marechal-do-ar escreveu:
Clermont escreveu:Concurso para diplomatas terá cotas para negros.
O primeiro caso onde concordo com o sistema de cotas, fala verdade, se for pra firmar algum acordo com países africanos até pega mal aparecer u, branque-lo por la...
Se fosse assim o japão seria o pais menos diplomatico do mundo!!




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Re: Cotas raciais para os militares...

#21 Mensagem por Túlio » Sex Jan 14, 2011 8:02 pm

E aí, índio veio, enfim desceste da montanha? :D :D :D :D




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Re: Cotas raciais para os militares...

#22 Mensagem por Marechal-do-ar » Sex Jan 14, 2011 8:38 pm

Guerra escreveu:Se fosse assim o japão seria o pais menos diplomatico do mundo!!
E não é?

Eles tem dificuldades de se relacionar até com a China...




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Re: Cotas raciais para os militares...

#23 Mensagem por Guerra » Sex Jan 14, 2011 9:37 pm

Túlio escreveu:E aí, índio veio, enfim desceste da montanha? :D :D :D :D
UAI, acabei de chegar. Dessa montanha não desço tão cedo!!
:lol:




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Re: Cotas raciais para os militares...

#24 Mensagem por Guerra » Sex Jan 14, 2011 9:38 pm

Marechal-do-ar escreveu:
Guerra escreveu:Se fosse assim o japão seria o pais menos diplomatico do mundo!!
E não é?

Eles tem dificuldades de se relacionar até com a China...
"Até"? Os dois são rivais históricos




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Re: Cotas raciais para os militares...

#25 Mensagem por Marechal-do-ar » Sáb Jan 15, 2011 12:41 am

E também com as duas Coréias... Que também são rivais históricos...

Outros rivais históricos poderiam ser França x Inglaterra, França x Alemanha, EUA x Inglaterra, mas nenhum no mesmo nível dos orientais, a incrível diplomacia daqueles caras de olhos puxados parece sempre se exceder na arte de odiar uns aos outros.

Enfim... O Japão foi um péssimo exemplo.




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Re: Cotas raciais para os militares...

#26 Mensagem por Guerra » Sáb Jan 15, 2011 12:40 pm

Marechal-do-ar escreveu:E também com as duas Coréias... Que também são rivais históricos...

Outros rivais históricos poderiam ser França x Inglaterra, França x Alemanha, EUA x Inglaterra, mas nenhum no mesmo nível dos orientais, a incrível diplomacia daqueles caras de olhos puxados parece sempre se exceder na arte de odiar uns aos outros.

Enfim... O Japão foi um péssimo exemplo.
Porque? Se eles tem bronca com todo tipo de povo do olho puxado, isso não prova que a raça do diplomata não influe tanto nas relações dos paises?

Mas o fato é que cotas raciais para qualquer coisa é uma péssima idéia. E na questão dilomática não pode ser aplicada porque enquanto as cotas são para negros para serem diplomatas em países africanos vai tudo bem, quero ver quando começarem selecionar somente brancos para países como Suécia, Alemanha etc. Se é que alguém vai ter peito para enfrentar a ditadura do politicamente correto para colocar em pratica esse tipo de idéia.




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Re: Cotas raciais para os militares...

#27 Mensagem por Marechal-do-ar » Sáb Jan 15, 2011 8:28 pm

Guerra, isso já é feito, mas sem barulho, a aparência é levada em consideração na hora de uma viagem diplomática, da mesma forma que escolhem atores/atrizes para filmes e modelos para demonstrações e lançamentos de produtos, ninguém de fora precisa ficar sabendo dos critérios...




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Re: Cotas raciais para os militares...

#28 Mensagem por Clermont » Qui Nov 16, 2017 10:02 am

O fascinante encontro de dois personagens da escravidão brasileira.

Leandro Narloch - Folha de São Paulo, 15.11.17.

Passei os últimos dois anos montando um livro com biografias improváveis de escravos e senhores do Brasil escravista. Adianto a seguir uma das histórias que mais me impressionaram: a de Gbego e Joaquim, dois personagens que viveram um encontro fascinante no começo do século XIX.

Gbego Sokpa foi um africano vendido como escravo ao Brasil. Joaquim d'Almeida era um traficante de escravos da mesma época.

Gbego nasceu em Hoko, na África Ocidental. Quando ele era criança, o Exército de algum rei africano atacou sua vila e capturou sua família. Levado a ferros até a costa, Gbego foi vendido para traficantes de escravos e embarcado no porão de um navio negreiro.

No outro lado do Atlântico, Joaquim d'Almeida alugava navios para ir até o Golfo do Benim adquirir escravos como Gbego. Comprava "peças", como se dizia na época, pagando os reis africanos ou os intermediários europeus com ouro, libras esterlinas, dólares ou rolos de fumo da Bahia.

Gbego pertencia ao povo Jeje, que ocupava territórios onde hoje estão Togo, Gana e Benim. Os Jejes e seus descendentes foram os principais criadores de religiões afro-americanas como o candomblé, o vodu haitiano e a santería cubana.

Joaquim d'Almeida praticava o catolicismo com devoção. Chegou a embarcar, na Bahia, um carregamento com estátuas e imagens semelhantes às da capela do Corpo Santo, uma igrejinha ainda hoje instalada no bairro do Comércio, em Salvador. Mandou a carga para o Daomé, um dos reinos do Golfo do Benim, onde foi construída a primeira capela da região.

Gbego, ao chegar a Salvador, se tornou escravo de um pernambucano chamado Manoel, que trabalhava como mercador de escravos e capitão de navios negreiros. Entre 1814 e 1826, esse capitão viajou pelo menos 11 vezes para a África. Gbego conquistou a confiança de seu senhor e passou a acompanhá-lo nas viagens como assistente e intérprete.

O traficante Joaquim d'Almeida, por volta de 1845, decidiu deixar a Bahia e mudar seus negócios para o Golfo do Benim. Antes da viagem, escreveu um testamento. Afirmou possuir nove escravos em seu poder, 36 em Havana e 20 em Pernambuco, além de uma casa em Salvador e participações em dois navios negreiros que naquele momento cruzavam o Atlântico.

Gbego, anos depois de chegar a Salvador, conquistou a alforria e decidiu seguir a profissão de seu senhor. Durante o convívio com outros escravos no Brasil, conheceu o cristianismo e ingressou numa confraria católica. Ao se converter ao catolicismo, Gbego decidiu se batizar com um nome cristão. Como era costume na época, escolheu seu novo nome homenageando o antigo dono - o mercador de escravos Manoel Joaquim d'Almeida.

Foi assim que o escravo Gbego Sokpa se tornou o traficante de escravos Joaquim d'Almeida.

O ex-escravo e então traficante de escravos criou na cidade de Aguê uma comunidade de libertos que haviam vivido no Brasil. O etnógrafo Pierre Verger, pesquisando livros de batismo nas igrejas e capelas do antigo Daomé, encontrou 82 filhos e muitos afilhados de Joaquim d'Almeida.

A comunidade de "agudás", os ex-escravos do Brasil que retornaram à África, existe ainda hoje no Benim. No mês de janeiro, seus descendentes organizam a festa do Senhor do Bonfim, comem feijoada, cantam antigas músicas luso-brasileiras e deixam oferendas ao redor do túmulo do africano Gbego Sokpa, que ainda hoje é conhecido por ali como o brasileiro Joaquim d'Almeida.




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Re: Cotas raciais para os militares...

#29 Mensagem por Clermont » Qua Jul 18, 2018 6:19 pm

ITA terá cotas para negros.

ANCELMO GOIS - O GLOBO, jul 17, 2018.

Imagem

O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP), adotará cotas para negros, garante Frei David, da Educafro. Seguirá o exemplo do Instituto Militar de Engenharia (IME), que, neste vestibular (inscrições até 15 de agosto), prevê a reserva de vagas.

Ambos se baseiam na decisão de abril do STF, que reconheceu a aplicação da Lei de Cotas também nos concursos das Forças Armadas.




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Re: Cotas raciais para os militares...

#30 Mensagem por J.Ricardo » Qui Jul 19, 2018 2:30 pm

Custa a esse povo aceitar uma verdade absoluta: o Brasil é um país mestiço, assim nos criamos, assim somos e assim ficaremos ainda mais. Minha esposa era, meus filhos são!




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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