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Enviado: Seg Nov 05, 2007 12:02 pm
Reis em Ceuta e Melilla, deputados em protesto
Ceuta e Melilla estão engalanadas para receber, hoje e amanhã, os reis de Espanha, naquela que constitui a sua primeira visital oficial a ambas as cidades do Norte de Marrocos reivindicadas historicamente pelo reino halauita, mas o ambiente não podia ser menos sereno a Comissão de Assuntos Externos, Defesa Nacional e Assuntos Islâmicos da Câmara de Representantes de Marrocos convocou para hoje, frente à Embaixada de Espanha em Rabat, um protesto dos seus deputados.
Ao colorido da visita vão ajudar as 35 mil bandeiras de Espanha que os governos das cidades autónomas estão a distribuir pelos seus cidadãos, mas a crise pode estar mesmo instalada. O chefe da diplomacia de Madrid desvaloriza o facto de o embaixador marroquino na capital espanhola ter sido chamado a Rabat para consulta "por tempo indeterminado", mas o Partido Popular (Oposição) afirmou, em comunicado, que "o Governo conseguiu o feito histórico de ter uma crise diplomática com a Argélia e com Marrocos ao mesmo tempo".
Para o presidente autonómico de Melilla, Juan José Imbroda, haverá "um antes e um depois" da visita dos reis. Neste contexto, as bandeiras espanholas em distribuição pela população serão, segundo Imbroda, um símbolo do "plebiscito" da cidade com os reis visível por todo o país graças à cobertura que a comunicação social vai fazer deste "acontecimento histórico".
Acto inocente?
[b]O protesto em Marrocos é explicado com o facto de a viagem não ser um acto inocente, já que coincide com o aniversário da "Marcha Verde", através da qual Marrocos anexou o Sara Ocidental, a 6 de Novembro de 1975. Por isso, os deputados manifestam, hoje, a sua "indignação" com a viagem real.
A Comissão do Parlamento marroquino, que é presidida por Fuad Ali El Himma ("homem forte" do regime e muito próximo do rei Mohamed VI), aprovou, inclusive, uma declaração em que rejeita "vigorosamente" a visita dos reis de Espanha e explicita a necessidade de "revisão das actuais relações marroquino-espanholas".[/b]
Recorde-se, por outro lado, que a visita do rei Juan Carlos e da rainha Sofia ocorre dias depois de Ayman al-Zawahiri, "número dois" da al-Qaeda, ter voltado a apelar aos muçulmanos do Norte de África para que proclamem a "jhiad" (guerra santa) contra os interesses de Espanha, França e Estados Unidos da América nos países do Magrebe.
Abraços,
Ceuta e Melilla estão engalanadas para receber, hoje e amanhã, os reis de Espanha, naquela que constitui a sua primeira visital oficial a ambas as cidades do Norte de Marrocos reivindicadas historicamente pelo reino halauita, mas o ambiente não podia ser menos sereno a Comissão de Assuntos Externos, Defesa Nacional e Assuntos Islâmicos da Câmara de Representantes de Marrocos convocou para hoje, frente à Embaixada de Espanha em Rabat, um protesto dos seus deputados.
Ao colorido da visita vão ajudar as 35 mil bandeiras de Espanha que os governos das cidades autónomas estão a distribuir pelos seus cidadãos, mas a crise pode estar mesmo instalada. O chefe da diplomacia de Madrid desvaloriza o facto de o embaixador marroquino na capital espanhola ter sido chamado a Rabat para consulta "por tempo indeterminado", mas o Partido Popular (Oposição) afirmou, em comunicado, que "o Governo conseguiu o feito histórico de ter uma crise diplomática com a Argélia e com Marrocos ao mesmo tempo".
Para o presidente autonómico de Melilla, Juan José Imbroda, haverá "um antes e um depois" da visita dos reis. Neste contexto, as bandeiras espanholas em distribuição pela população serão, segundo Imbroda, um símbolo do "plebiscito" da cidade com os reis visível por todo o país graças à cobertura que a comunicação social vai fazer deste "acontecimento histórico".
Acto inocente?
[b]O protesto em Marrocos é explicado com o facto de a viagem não ser um acto inocente, já que coincide com o aniversário da "Marcha Verde", através da qual Marrocos anexou o Sara Ocidental, a 6 de Novembro de 1975. Por isso, os deputados manifestam, hoje, a sua "indignação" com a viagem real.
A Comissão do Parlamento marroquino, que é presidida por Fuad Ali El Himma ("homem forte" do regime e muito próximo do rei Mohamed VI), aprovou, inclusive, uma declaração em que rejeita "vigorosamente" a visita dos reis de Espanha e explicita a necessidade de "revisão das actuais relações marroquino-espanholas".[/b]
Recorde-se, por outro lado, que a visita do rei Juan Carlos e da rainha Sofia ocorre dias depois de Ayman al-Zawahiri, "número dois" da al-Qaeda, ter voltado a apelar aos muçulmanos do Norte de África para que proclamem a "jhiad" (guerra santa) contra os interesses de Espanha, França e Estados Unidos da América nos países do Magrebe.
Abraços,