A ver vamos o que sobrará do Arsenal do Alfeite. Não é uma boa maneira de entrar na pág. 100 deste tópico, de facto.

Moderador: Conselho de Moderação
CM - Política
2007-01-13 - 00:00:00
Defesa: Grupo de trabalho para a empresarialização do Arsenal do Alfeite
95 mil euros por um estudo
Sérgio Lemos
Governo quer empresarializar o Arsenal do Alfeite, estabelecimento fabril de reparação naval
O Governo vai pagar 95 mil euros ao ex-presidente do conselho de administração da hidroeléctrica de Cahora Bassa, Carlos Veiga Anjos, para fazer um estudo sobre a empresarialização do Arsenal do Alfeite. Com um prazo de seis meses para realização do trabalho, o economista irá auferir 15 833 euros por mês, mais do dobro do salário do Presidente da República, que é de 7155 euros. De acordo com um despacho assinado pelos ministros das Finanças, Teixeira dos Santos, e da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, publicado em ‘Diário da República’ na passada segunda-feira, o mandato do grupo de trabalho, coordenado por Carlos Veiga Anjos, segundo apurou o CM, teve início a 20 de Novembro de 2006 e termina a 31 de Maio deste ano. A remuneração de 95 mil euros inclui “eventuais prorrogações”.
Para a elevada remuneração, o Ministério da Defesa apresentou várias razões ao CM: “Trata-se se um consultor a nível internacional com um vasto currículo, é um processo muito complexo com um prazo muito curto, e não recebe mais verbas para quaisquer gastos”. A reforma dos estabelecimentos fabris das Forças Armadas já está prevista nas Grandes Opções do Governo para 2007 e, além do Arsenal do Alfeite, que o ano passado foi premiado com o certificado da APCER de gestão de qualidade, está prevista uma reestruturação em estabelecimentos como a Manutenção Militar. Esta é aliás a instituição que mais ‘dores de cabeça’ dá ao Ministério da Defesa. Conforme já publicou o CM, as dívidas aos fornecedores têm-se multiplicado e desde 1974 que o futuro da Manutenção é discutido, mas sem solução à vista.
Já a comissão, que irá realizar um estudo sobre as questões “militares, económicas, jurídicas, sociais e industriais associadas à concretização da empresarialização do Arsenal do Alfeite”, será composta ainda por representantes dos Ministérios das Finanças e da Defesa, da Marinha e da EMPORDEF. Para o grupo de trabalho está previsto ajudas de custo e abono para despesas de transporte, excepto para o coordenador, que, segundo o despacho, “exerce funções em regime de tempo integral e dedicação exclusiva”.
BLOCO DE NOTAS
ARSENAL DO ALFEITE
O Arsenal do Alfeite é um estabelecimento fabril de projecto, construção e reparação naval da Marinha Portuguesa. Localizado em Alfeite, perto de Almada, este estabelecimento foi criado em 1937 e tem cerca de 1400 funcionários.
513 NOMEAÇÕES
O Governo procedeu o ano passado a 513 nomeações de profissionais das mais diversas áreas para integrarem os 79 grupos de trabalho formados no segundo ano de governação. Só o Ministério das Finanças é responsável pela constituição de onze e integra mais 12, segundo apurou o CM numa pesquisa no ‘Diário da República’.
REFORMA DA SAÚDE
A coordenadora do grupo de trabalho para a reforma do sistema de saúde militar, a médica Ana Jorge, recebe por mês 1696 euros, enquanto os restantes quatro elementos do grupo, que deveria ter terminado os relatórios até 31 de Julho de 2006, auferem 700 euros.
Ana Patrícia Dias
Paisano escreveu:Charlie Golf escreveu:P44
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11 mil posts?!? Livra!
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PS: Parabéns Morcegão.