EDIT MOD: CV 3, agora FCT

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#1291 Mensagem por FCarvalho » Qua Dez 27, 2017 10:53 pm

stan escreveu:Prezados,
Achei muito inteligente a proposta da MB. Vai defender o seu projeto mas não fecha questão. Claro que o NAPIP para ter chance vai ter de ser MUIIITOOO MELHOR E MUIITO MAIS CAPAZ que o projeto Tamandaré.
Não acredito em proposta viável. Para desistir (e justificar) do SEU projeto a proposta NAPIP vai ter de ser excepcional e de fabricantes tradicionais e "das confiança" da MB.
Mas, considerando o cenário atual, e desde que não fique somente nestas 4 novas escoltas, seja um passo para saltos maiores, a MB fecha o ano em festa!
Olá Stan,

se deres uma olhada nos projetos de navios que as empresas que receberam o RFP da marinha, irás perceber que todos eles possuem navios com muito mais capacidade e qualidades que o projeto básico que temos hoje da CV-3, na mesma tonelagem, e pouco maior.

Um grande presente a meu ver para a MB seria poder construir 2 lotes de CV-3 e um terceiro lote de um navio do porte de fragatas das Niterói. E no futuro a longo prazo, pensar aí sim, nas fragatas de 6 mil tons já em outras condições bem mais propícias.

Mas isso vamos ter que esperar para ver até set/18. Dependendo do que seja, este cenário hipotético que tracei pode não ser tão imaginário assim.

abs




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#1292 Mensagem por FCarvalho » Qua Dez 27, 2017 11:01 pm

JL escreveu:Poder de fogo, proteção, controle de danos etc, somente fazem falta quando se vive a experiência real e dolorosa de uma guerra e se é atacado, com a palavra todos os que já estiveram nessa situação e contaram a sua história que pode ser lida aqui e ali pela net, já a nossa marinha tem muito orgulho de sua tradição, mas a verdade dolorida é que sua tradição de guerra com combate para valer com gente levando tiro, navio afundando etc. remonta a guerra do Paraguai. E infelizmente parece que somente olha para o passado, muito dos seus projetos são baseados em sistemas que já estão em uso, devia ser mais inovadora e ver o que estão projetando. Infelizmente estas corvetas que são muito bonitas, vão ficar rapidamente superadas, ao meu ver em termos de armas elas somente tem três pontos fortes o SEA CEPTOR, realmente uma arma que promete e a versatilidade do canhão de proa de 76 mm e a capacidade de operar um helicóptero médio. O resto são absolutamente comuns.
JL, talvez seja pensando justamente nisso que o projeto da CV-3 foi amarrado da forma como estamos vendo agora no RFP.
Essa "ajudinha" de fora na questão da construção destes navios é justamente o que precisamos para superar as nossas limitações quanto a projetos de navios, que mal ou bem, pararam na Barroso.
De qualquer forma, ganhe quem ganhar, a CV-3 vai carregar o DNA do estaleiro construtor e de seus projetistas. Será um plus a mais que o navio terá.
E no futuro, se um segundo lote sair, com certeza muito do que haverá nele será fruto não apenas da parte operacional, mas principalmente, da experiência de seus construtores.
Ao fim e ao cabo, parece que a MB arranjou um jeito, enfim, de conseguir seus navios de forma a não furar o bolso da calça mais do que já está. E melhor, sem ter de ficar com o pires na mão pelos corredores de Brasília.

abs




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#1293 Mensagem por FCarvalho » Qua Dez 27, 2017 11:14 pm

pmicchi escreveu:
FCarvalho escreveu:Alguém já notou que se nós pegarmos uma Type 054A pelada, conseguiríamos colocar nelas tudo que tem hoje nas Niterói, ou mesmo o que foi projetado para as CV-3?
Acredito na importancia de uma industria de defesa brasileira mas não vejo nada de estratégico na construção do casco de um navio militar desse porte. Diferente da tecnologia nuclear de propulsão que ninguém transfere, nós teremos quantos proponentes para o projeto da CV-03? 8? 12?

Até agora, salvo engano, 12. E a questão tem de ser vista no longo prazo. Não é pelo casco, porque isso sabemos fazer aqui, mas pelo recheio dentro dele, que anda precisamos dominar.

Seria perfeitamente possível a sua ideia ou mesmo a construção no exterior de um navio de projeto nacional. Se não China, talvez na Coreia do Sul. Não vejo perenidade nenhuma em investir um valor pesado no estaleiro da MB para fazer quatro navios. Se fosse em estaleiros nacionais para gerar em emprego no setor privado, tudo bem. Para esse objetivo deveríamos produzir mais navios patrulha localmente, não necessariamente as CV-03.

As CV-3 podem ser tanto construídas no AMRJ, quanto, mais provavelmente por causa dos prazos do RFP, em estaleiro privado. O que vier depois disso, se bem gerenciado, será contado a nosso favor. Da marinha e da BID e industria naval. Ao menos esse é o plano.

Seguindo nessa ideia, isso permitiria a construção de navio bem maior (4-6mil tons) usando tudo o possivel fabricado localmente. E o conteúdo importado que fique o menor possivel - ao inves de importar peças de 76mm que se aproveitem as 114mm das Niteroi, assim como peças de 40mm, lançadores de TT, etc. Um navio desse porte teria maior autonomia e capacidade de operar dois helicopteros. Também poderia receber um numero mais adequado de misseis AA (Sea Ceptor ou outro) ou mesmo ter condições para receber depois a instalação de misseis de maior alcance e capacidade. Seriam navios mais adequados para operar ao lado do Ocean e do Bahia.

Mas a ideia é justamente essa mesmo. O que se puder aproveitar dar Niterói seria posto no casco da Type 054A. Mesmo com vários sistemas precisando de modernização/atualização, poderíamos aproveitar isso também para favorecer a BID com contratos que não necessariamente seriam caros, incluindo tot onde possível e off set, já que o escopo principal estaria na atualização e não substituição pura e simples dos sistema. Existe um mercado enorme desse tipo mundo afora, e muita gente oferecendo alternativas para todos os gostos. E os cascos seriam fabricados na China, mas a parte do recheio seria feita toda ela aqui mesmo. Conseguiríamos manter uma esquadra mais ou menos em dia, e navios em melhores condições uso e operacionalidade. E se formos ousados, mesmo testar neles tecnologias desenvolvidas aqui para os nossos navios. Só precisamos de um pequeno empurrãozinho e um pouco de tutano na cabeça.
ps: tem chinês na concorrência da MB. 8-]

abs.




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#1294 Mensagem por Lord Nauta » Qui Dez 28, 2017 12:32 am

FCarvalho escreveu:
stan escreveu:Prezados,
Achei muito inteligente a proposta da MB. Vai defender o seu projeto mas não fecha questão. Claro que o NAPIP para ter chance vai ter de ser MUIIITOOO MELHOR E MUIITO MAIS CAPAZ que o projeto Tamandaré.
Não acredito em proposta viável. Para desistir (e justificar) do SEU projeto a proposta NAPIP vai ter de ser excepcional e de fabricantes tradicionais e "das confiança" da MB.
Mas, considerando o cenário atual, e desde que não fique somente nestas 4 novas escoltas, seja um passo para saltos maiores, a MB fecha o ano em festa!
Olá Stan,

se deres uma olhada nos projetos de navios que as empresas que receberam o RFP da marinha, irás perceber que todos eles possuem navios com muito mais capacidade e qualidades que o projeto básico que temos hoje da CV-3, na mesma tonelagem, e pouco maior.

Um grande presente a meu ver para a MB seria poder construir 2 lotes de CV-3 e um terceiro lote de um navio do porte de fragatas das Niterói. E no futuro a longo prazo, pensar aí sim, nas fragatas de 6 mil tons já em outras condições bem mais propícias.

Mas isso vamos ter que esperar para ver até set/18. Dependendo do que seja, este cenário hipotético que tracei pode não ser tão imaginário assim.

abs
Também sou desta opinião. O caminho e este mesmo: 1º lote de CCT (acredito que deveria ser de pelo menos 5 navios); 2º lote das CCT também com 5 navios. Em seguida e paralelo com a construção dos 2º lote das CCT seria desencadeado o programa das FFG de 4000/5.000 ton (também com 5 navios) na sequencia viriam 4/5 DDG de 6.500/7.000 ton. Mas por enquanto vamos realizar o projeto das CCT e talvez obter mais para frente 1/2 navios em uma ampliação do que atualmente esta previsto.

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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#1295 Mensagem por Tikuna » Qui Dez 28, 2017 9:52 am

Uma coisa interessante sobre o Sea Ceptor:

"With an expected operational range of at least 25 km (trials are understood to have shown a capability to travel 60 km) and a maximum missile speed of Mach 3.0, CAMM significantly outperforms the 8 km range and Mach 2.5 top speed of the Rapier missile. ”

- Janes




"Most people do not listen with the intent to understand; they listen with the intent to reply."
- Stephen R. Covey
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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#1296 Mensagem por FCarvalho » Qui Dez 28, 2017 7:12 pm

Lord Nauta escreveu:
FCarvalho escreveu:Olá Stan,
se deres uma olhada nos projetos de navios que as empresas que receberam o RFP da marinha, irás perceber que todos eles possuem navios com muito mais capacidade e qualidades que o projeto básico que temos hoje da CV-3, na mesma tonelagem, e pouco maior.
Um grande presente a meu ver para a MB seria poder construir 2 lotes de CV-3 e um terceiro lote de um navio do porte de fragatas das Niterói. E no futuro a longo prazo, pensar aí sim, nas fragatas de 6 mil tons já em outras condições bem mais propícias.
Mas isso vamos ter que esperar para ver até set/18. Dependendo do que seja, este cenário hipotético que tracei pode não ser tão imaginário assim.
abs
Também sou desta opinião. O caminho e este mesmo: 1º lote de CCT (acredito que deveria ser de pelo menos 5 navios); 2º lote das CCT também com 5 navios. Em seguida e paralelo com a construção dos 2º lote das CCT seria desencadeado o programa das FFG de 4000/5.000 ton (também com 5 navios) na sequencia viriam 4/5 DDG de 6.500/7.000 ton. Mas por enquanto vamos realizar o projeto das CCT e talvez obter mais para frente 1/2 navios em uma ampliação do que atualmente esta previsto.
Lord Nauta
É por aí Lord. A mim me parece que a MB deveria buscar de forma consciênte e prática reaver os quantitativos que tínhamos nos anos 90's que era de +-18 navios. Mas claro, já agora com uma esquadra equilibrada e realmente operativa dentro das nossas condições.

Temos um ZEE imensa, e sou de opinião que o projeto das corvetas deveria buscar os 16 navios projetados em décadas passadas, justamente para podermos dispor de uma massa crítica de navios capazes de fazer a vigilãncia e proteção da nossa ZEE e de suas condicionantes. Junto a esses 16 navios, entre 2 e 3 mil tons, atuariam os NaPaOc, que por serem mais simples, poderiam ser também encomendados em maior quantidade por aqui e utilizando principalmente o máximo de insumos nacionais da BID e da industria naval.

Precisamos disso para alimentar uma logística não apenas tecnológica, como comercial e financeira para manter a frota, e fazer as substituições quando necessário, e não somente quando possível ou por oportunidade, como se faz a mais de 40 anos.

Os navios de 4 a 7 mil tons são navios estratégicos que deverão responder pela defesa dos nossos interesses no AS, fora da ZEE, onde e quando preciso for. Mostrar a nossa bandeira, e principalmente a nossa presença para além do nosso litoral é um imperativo maior e inconteste da MB. Falta-nos infelizmente a capacidade de realizar isso de forma regular e consequente, dada a nossa realidade político-econômica de sempre em relação aos assuntos da defesa.

Vamos pensar que uma vez dando certo essa nova tentativa da MB, quem sabe consigamos uma regularidade de projeto, construção, financiamento e operação mais realísticos ao longo das próximas década.

Já passou mais do que do tempo de acordamos e olharmos pela janela e enxergar além do horizonte do mar que nos banha.

Até porque, outros muito antes de nós, já o fizeram. Se vamos continuar cegos e inertes, é uma escolha que devemos fazer logo. O tempo urge e esquadras, como diria Barbosa, não se improvisam, ao contrário do que todos costumam pensar aqui sobre tudo.

abs.




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#1297 Mensagem por FCarvalho » Qui Dez 28, 2017 7:35 pm

Tikuna escreveu:Uma coisa interessante sobre o Sea Ceptor:
"With an expected operational range of at least 25 km (trials are understood to have shown a capability to travel 60 km) and a maximum missile speed of Mach 3.0, CAMM significantly outperforms the 8 km range and Mach 2.5 top speed of the Rapier missile. ”
- Janes
Nada contra o Sea Ceptor, mas deixa eu fazer o papel de chato mais uma vez. :twisted:
Ele não será nosso, vai ser importado, e não vamos poder mexer nele em nada. Só operar e ainda ter de pedir ajuda aos universitários.

Ao contrário desses aqui:

http://www.army-technology.com/wp-content/uploads/sites/3/2017/09/2l-image-170.jpg https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1d/Umkhonto_2.JPG

Com certeza mais do que uma boa oportunidade perdida, para chamar um míssil de meu. :roll:
E ainda poderíamos mexer neles o quanto quiséssemos, exportar, fazer outras versões, e por aí vai.
Mas escolhemos o caminho mais fácil.
Fazer o quê... :|

abs.




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#1298 Mensagem por Luís Henrique » Qui Dez 28, 2017 10:28 pm

FCarvalho escreveu:
Tikuna escreveu:Uma coisa interessante sobre o Sea Ceptor:
"With an expected operational range of at least 25 km (trials are understood to have shown a capability to travel 60 km) and a maximum missile speed of Mach 3.0, CAMM significantly outperforms the 8 km range and Mach 2.5 top speed of the Rapier missile. ”
- Janes
Nada contra o Sea Ceptor, mas deixa eu fazer o papel de chato mais uma vez. :twisted:
Ele não será nosso, vai ser importado, e não vamos poder mexer nele em nada. Só operar e ainda ter de pedir ajuda aos universitários.

Ao contrário desses aqui:

http://www.army-technology.com/wp-content/uploads/sites/3/2017/09/2l-image-170.jpg https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1d/Umkhonto_2.JPG

Com certeza mais do que uma boa oportunidade perdida, para chamar um míssil de meu. :roll:
E ainda poderíamos mexer neles o quanto quiséssemos, exportar, fazer outras versões, e por aí vai.
Mas escolhemos o caminho mais fácil.
Fazer o quê... :|

abs.

O Unkhonto já eh passado.

A África do Sul quer desenvolver o MARLIN.

Em DUAS VERSÕES.

Uma ar-ar que seria um concorrente do meteor.
E outra terra-ar que seria concorrente do sea ceptor e do essm.

Eu, se tivesse o poder da caneta, fecharia uma parceria com a África do Sul.
Incluiria as empresas nacionais, como a Avibras.

Equiparia os novos gripen da FAB com a-darter e MARLIN.
Ambos produzidos AQUI.

Produziria um sistema antiaéreo terrestre na avibras utilizando as mesmas plataformas do sistema astros com o MARLIN antiaereo.

E equiparia os navios da MB com o MARLIN.

Ai depois de Alguns anos, desenvolveria um. SUPER MARLIN com booster para defesa antiaérea de ÁREA.
E nós teríamos o nosso s-300 Nacional.




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#1299 Mensagem por FCarvalho » Sex Dez 29, 2017 12:58 am

Luís Henrique escreveu: O Unkhonto já eh passado.
A África do Sul quer desenvolver o MARLIN.
Em DUAS VERSÕES.
Uma ar-ar que seria um concorrente do meteor.
E outra terra-ar que seria concorrente do sea ceptor e do essm.
Eu, se tivesse o poder da caneta, fecharia uma parceria com a África do Sul.
Incluiria as empresas nacionais, como a Avibras.
Equiparia os novos gripen da FAB com a-darter e MARLIN.
Ambos produzidos AQUI.
Produziria um sistema antiaéreo terrestre na avibras utilizando as mesmas plataformas do sistema astros com o MARLIN antiaereo.
E equiparia os navios da MB com o MARLIN.
Ai depois de Alguns anos, desenvolveria um. SUPER MARLIN com booster para defesa antiaérea de ÁREA.
E nós teríamos o nosso s-300 Nacional.
Luís, eu até concordo com o que dizes, menos por um detalhe. O Marlin é a evolução natural do programa Unkhonto, e ao contrário do que pensas, ele continua bem vivo, e com várias soluções de guiagem, alcance e desempenho em fase de projeto como podes ver acima nas fotos. O problema é: quem vai pagar por isso? Até versão AAe tem. Mas... :roll:

Tudo o que dizes pode ser aplicado, também, ao Unkhonto e família, só que em navios do porte de corvetas. Afinal, não precisamos de uma corveta armada com mísseis de defesa de área, isso é trabalho para fragatas e demais. Uma corveta, e aqui tem-se que ter sempre em mente isso, é um navio feito para escoltar navios mercantes, FT anfíbias, patrulha/policiamento da ZEE, mostrar bandeira na vizinhança, etc, etc. Assim, seu armamento principal deve antes de mais nada assegurar-lhe a auto-defesa e a defesa de curto alcance das missões nas quais está engajada.

Então um míssil como os da família do Unkhonto, estando em sucessiva e permanente evolução pode muito bem, assim como o Sea Ceptor, equipar nossas corvetas e fazer a sua defesa com igual ou mesmo superior capacidade do míssil inglês. E com a vantagem, como disse acima, de ser um míssil que podemos chamar de meu.

Para veres como como somos burros ou ineptos demais para essas coisas de defesa, o teu próprio exemplo Marlin é o atestado disso, já que os sul-africanos chegaram a oferecer-nos participação nesse projeto assim como no Unkhonto. E nós aqui não aproveitamos nem uma coisa e nem outra.

Podes mensurar o tamanho da perda que esta nossa incapacidade de tomar decisões que não sejam burrocráticas ou meramente egocêntricas do ponto de vista institucional nos tem causado em termos de evolução tecnológica? O quanto já se perdeu e ainda perderá em oportunidades e parcerias só porque alguém aqui não gostou da parte A ou B do que estava no acordo, ou que tal coisa, fato ou predicado não se "encaixa' na sua força... :x

As versões do Marlin de que falas, tanto a ar-ar, quanto a AAe, seriam o passo natural de uma parceria com a AS, para além do A-Dater que sequer sabemos como anda. Para não falar no Mokopa, Inglwe e outras coisas que eles fazem lá e nós aqui nem sabemos para onde vai.

Se fôssemos um país sério sequer estaríamos aqui agora falando em Sea Ceptor, Artisan, Bofors Trinity e outras coisas sobre a CV-3 se tivéssemos continuado, e insistido, nas parcerias que tínhamos com os sul-africanos, não apenas em termos de mísseis, mais em várias outras áreas onde temos similaridades.

Mas sem um MD com culhões para fazer o que tem de ser feito, vamos continuar na mesma merda de sempre. Importando o conteúdo, e pagando caro por isso, e apertando parafuso por aqui.

E depois ainda tem gente que se gaba disso. :?

abs.




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#1300 Mensagem por Lord Nauta » Sex Dez 29, 2017 1:17 am

Também sou desta opinião. O caminho e este mesmo: 1º lote de CCT (acredito que deveria ser de pelo menos 5 navios); 2º lote das CCT também com 5 navios. Em seguida e paralelo com a construção dos 2º lote das CCT seria desencadeado o programa das FFG de 4000/5.000 ton (também com 5 navios) na sequencia viriam 4/5 DDG de 6.500/7.000 ton. Mas por enquanto vamos realizar o projeto das CCT e talvez obter mais para frente 1/2 navios em uma ampliação do que atualmente esta previsto.
Lord Nauta[/quote]

É por aí Lord. A mim me parece que a MB deveria buscar de forma consciênte e prática reaver os quantitativos que tínhamos nos anos 90's que era de +-18 navios. Mas claro, já agora com uma esquadra equilibrada e realmente operativa dentro das nossas condições.

Temos um ZEE imensa, e sou de opinião que o projeto das corvetas deveria buscar os 16 navios projetados em décadas passadas, justamente para podermos dispor de uma massa crítica de navios capazes de fazer a vigilãncia e proteção da nossa ZEE e de suas condicionantes. Junto a esses 16 navios, entre 2 e 3 mil tons, atuariam os NaPaOc, que por serem mais simples, poderiam ser também encomendados em maior quantidade por aqui e utilizando principalmente o máximo de insumos nacionais da BID e da industria naval.

Precisamos disso para alimentar uma logística não apenas tecnológica, como comercial e financeira para manter a frota, e fazer as substituições quando necessário, e não somente quando possível ou por oportunidade, como se faz a mais de 40 anos.

Os navios de 4 a 7 mil tons são navios estratégicos que deverão responder pela defesa dos nossos interesses no AS, fora da ZEE, onde e quando preciso for. Mostrar a nossa bandeira, e principalmente a nossa presença para além do nosso litoral é um imperativo maior e inconteste da MB. Falta-nos infelizmente a capacidade de realizar isso de forma regular e consequente, dada a nossa realidade político-econômica de sempre em relação aos assuntos da defesa.

Vamos pensar que uma vez dando certo essa nova tentativa da MB, quem sabe consigamos uma regularidade de projeto, construção, financiamento e operação mais realísticos ao longo das próximas década.

Já passou mais do que do tempo de acordamos e olharmos pela janela e enxergar além do horizonte do mar que nos banha.

Até porque, outros muito antes de nós, já o fizeram. Se vamos continuar cegos e inertes, é uma escolha que devemos fazer logo. O tempo urge e esquadras, como diria Barbosa, não se improvisam, ao contrário do que todos costumam pensar aqui sobre tudo.

abs.[/quote]


BZ!

Concordo plenamente com ideia apresentada pelo colega. Acredito que o projeto das CCT e um primeiro passo que a MB esta dando nesta direção.

Sds

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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#1301 Mensagem por Túlio » Sex Dez 29, 2017 9:45 am

Enquanto a gloriosa MdG (Marinha da Guanabara) bravateia que vai fazer naviozinho estrangeiro, se der, no subdimensionado e lotado AMRJ (para os subs fizeram um novinho...em Itaguaí, RJ, claro), lá em Pernambuco (por óbvio, território estrangeiro para a Guanabara) um estaleiro capaz de fazer até NAe, chamado EAS (Estaleiro Atlântico Sul), bem mais novo do que qualquer belonave da MdG, está perto de fechar por falta de encomendas...




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#1302 Mensagem por Marechal-do-ar » Sex Dez 29, 2017 10:45 am

Poderiam então estatizar o EAS e mandar os projetos da marinha para la, porque, com a Camargo Corrêa metida com a Lava-Jato ninguém em sã consciência contrataria eles para construir navios da MB...




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#1303 Mensagem por Túlio » Sex Dez 29, 2017 10:59 am

Marechal-do-ar escreveu:Poderiam então estatizar o EAS e mandar os projetos da marinha para la, porque, com a Camargo Corrêa metida com a Lava-Jato ninguém em sã consciência contrataria eles para construir navios da MB...

Ué, mas então acabou o PROSUB e ninguém me avisou, cupincha? Tem uma tale de Odebrecht no meio, se não me engano...




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#1304 Mensagem por Tikuna » Sex Dez 29, 2017 12:12 pm

Por mim que feche o EAS e apodreça.

E @Túlio, essa sua assinatura tá grande e chata demais.


Abraços




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#1305 Mensagem por pmicchi » Sex Dez 29, 2017 12:14 pm

FCarvalho escreveu:
(...) Uma corveta, e aqui tem-se que ter sempre em mente isso, é um navio feito para escoltar navios mercantes, FT anfíbias, patrulha/policiamento da ZEE, mostrar bandeira na vizinhança, etc, etc. Assim, seu armamento principal deve antes de mais nada assegurar-lhe a auto-defesa e a defesa de curto alcance das missões nas quais está engajada.
(...)
Escolta de navios mercantes, no estilo Segunda Guerra Mundial, não faz mais sentido hoje em dia. Alem disso, uma ou duas fragatas podem muito pouco na proteção de um "comboio mercante" contra um submarino oceânico equipado MANs e torpedos de longo alcance - na hipótese improvável de usar esses meios caríssimos para atacar alvos civis e da ainda mais improvável de se organizar os navios mercantes em comboios. O uso de meios passivos de detecção de longo alcance e meios aéreos é muito mais eficiente que espalhar fragatas e corvetas pelo oceano.

Patrulhamento e outras missões de tempo de paz podem ser feitas por Navios Patrulha muito mais baratos de adquirir e operar, com armamento leve.

Para as fragatas e corvetas resta apenas a escolta da própria esquadra de guerra, nas missões que lhe forem atribuídas. O tamanho e capacidades da nossa esquadra não demanda muitos navios para essa função.

Muito da quantidade de unidades que se comenta a necessidade (12, 16, etc) poderiam ser, na verdade, navios muito mais simples do as CV-03 e poderiam ser construídos localmente com muito poucos sensores e armamentos importados.




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