Ameaça REAL ao Brasil

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#1291 Mensagem por Marechal-do-ar » Dom Set 07, 2014 8:47 pm

Bourne escreveu:A última grande foi a revolução constitucionalista de 1932 com São Paulo, mas com episódios bem complicado até governo militar e temor de movimentos separatistas e intervenção externa, presente em boa parte até.
E não foi um movimento separatista.

Não acho que faz sentido qualquer região do Brasil se separar, os movimentos migratórios (inclusive do Rio Grande do Sul) são muito intensos e quase todos os habitantes tem algum parente em outro estado, alias, de norte a sul a maior diferença cultural é o sotaque, de resto as variações estão mais ligadas ao nível de desenvolvimento do que reais diferenças culturais.

Concluindo, o federalismo no Brasil é só uma aberração que existe para criar mais cargos políticos, o Brasil é, de facto, um estado unitário.




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#1292 Mensagem por Frederico Vieira » Dom Set 07, 2014 9:27 pm

Bourne escreveu:Meus caros, o Brasil uno e indivisível é o fundamento da construção da nação, desde 7 de setembro de 1822. Não pensem que foi uma trajetória pacifica. mais o menso a cada década vinha um conflito em alguma região do país e patada do governo federal. A última grande foi a revolução constitucionalista de 1932 com São Paulo, mas com episódios bem complicado até governo militar e temor de movimentos separatistas e intervenção externa, presente em boa parte até.

As mudanças ao longo do tempo são grau de autonomia e liberdade dos estados em relação ao governo federal que passou de uma relação mais livra para maior dependência com Getúlio vargas e, sobretudo, militares. Virou uma aberração grande por cortar a autonomia do estado criando ineficiências na máquina que um dia serão repensadas, como deveriam com o debate seguido da constituição de 1988. O problema que não evoluem por problemas diversos, necessidades federais e os chiliques diversos e choros convulsivos. Essa é a questão que tinha que estar em pauta.

Os argumentos desse movimento é raso. Não sabem o que dizem. o argumento mais irreal e ilógico é reclamar que paga imposto que repassado para estados mais pobres. isso é óbvio para integração, redução das desigualdades e justificativa de um estado nacional.

O prebicito pode ocorrer, mas o governo federal não aceita como nunca aceitou. Não depende do partido que está na presidência. Ou, pior, apoiar os grupos locais contrários aos separatismo.

-------------

Caros amigos, antes de tudo gostaria de agradecer os pareceres de vocês quanto a esse assunto, e é muito poder aprender com vários pontos de vista diferentes.

Eu toquei nesse assunto, pois conversando com varias pessoas do Rio Grande do Sul (meu cunhado é gaúcho), cheguei a conclusão que muitos parecem estar insatisfeitos com varias imposições que Brasília lhes trazem. Umas delas é no que diz respeito a relação contribuição/devolução dos impostos, que historicamente o sul sempre teve saldo negativo. Segundo quem conversei, eles dizem não ter culpa de ter que equalizar as diferenças sociais do Brasil, visto que como cidadãos fazem a parte deles, e fazem de tudo para poder dar o melhor pros filhos e família. O sentimento de injustiçamento é crescente e comum entre eles, basta entrar em qualquer site separatista, ou de jornal da região e ver os comentários de noticias referentes a separação.

Essa historia ja aconteceu antes e a mesma historia já disse que conforme a insatisfação cresce, boa coisa não pode surgir disso.

Outro ponto que eles não concordam é no que diz respeito a questão de leis, segundo leis é necessário mais autonomia para adequar as alias segundo a realidade.

E a ultima que cito e nem menos importante, é o que diz respeito a questão cultural. O sulista se identifica com muitos poucos aspectos da cultura brasileira difundido em outras regiões. Basta ver o centro de tradição de gaucha e o cultivo de festa populares de memoria europeia.

Enfim, a questão da autodeterminação dos povos não pode ser ignorada, além que do ponto de vista administrativo , uma região menor é mais interessante, órgãos públicos mais enxutos, fronteiras menores para cuidar....

E por ultimo, quanto a constituição Brasileira, dispenso comentários, minha irmã faz direito e por vezes faz comentários que acho no mínimo contraditórios na nossa constituição. Deveria ter sido levado em consideração o histórico brasileiro, e ser possível mais autonomia aos estados.

Gostaria de saber mais opiniões dos amigos foristas


Atenciosamente

Frederico



Dados indicam que uma das regiões do Brasil em decadência é o Rio Grande do Sul. Em relação ao país e vizinhos santa catariana e paraná. Por algum motivo a região chegou ao auge e estabilizou com uma tendencia à não ter o dinamismo de outras regiões.




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#1293 Mensagem por Frederico Vieira » Dom Set 07, 2014 9:56 pm

Em algum momento Brasília vai ter que começar a olhar esse movimento que não para de ganhar adeptos, e parece ser sem volta.

Agora me surge uma questão: em que o Brasil na atual configuração traz de vantagens as pessoas? Deixemos de lado ufanismos, e utopias e passemos a analisar as pessoas. Peguemos o exemplo do Uruguai. Para as pessoas que la moram, caso fossem parte integrante da união, elas teriam uma condição de vida melhor ou pior que a nossa. Em que aspectos, além dos que citei acima, pequenas nações são mais vantajosas que grandes fronteiras??

Outra coisa que não pode ser deixada de lado é que a medida que essa insatisfação cresce, alguma potencia pode tomar partido deles afirmando ser legitimo a reivindicação (e que em partes seria mesmo) igual Bourne citou.

http://www.portaldenoticias.com.br/noti ... e=NOTICIAS

Frederico




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#1294 Mensagem por Marechal-do-ar » Dom Set 07, 2014 10:24 pm

Frederico Vieira escreveu:além que do ponto de vista administrativo , uma região menor é mais interessante, órgãos públicos mais enxutos, fronteiras menores para cuidar....
Menos economia de escala...

De uma forma geral é falsa a ideia de que estados menores são mais eficientes, ser pequeno traz diversos problemas, ser pequeno e desenvolvido é exceção, não regra.
Frederico Vieira escreveu:em que o Brasil na atual configuração traz de vantagens as pessoas?
Um país estável, com grande mercado e poder de negociação, um exemplo do oposto: a faixa de gaza, se fosse para iniciar um negócio o que você iria preferir, enfrentar todos os problemas burocráticos do Brasil e ter acesso a quase 200 milhões de consumidores ou se instalar na faixa de gaza, ter acesso a uns 2 milhões de consumidores e correr o risco do seu negócio ser bombardeado a qualquer momento?
Frederico Vieira escreveu:Peguemos o exemplo do Uruguai.
Que outro país na América com o tamanho do Uruguai tem mesma qualidade de vida? Para completar, o Uruguai nasceu em berço de ouro, em um acordo entre Brasil e Argentina que aquele território não seria de nenhum dos dois, e não tem outro vizinho, para 90% dos nanicos do globo a vida não é tão fácil.
Frederico Vieira escreveu:Para as pessoas que la moram, caso fossem parte integrante da união, elas teriam uma condição de vida melhor ou pior que a nossa. Em que aspectos, além dos que citei acima, pequenas nações são mais vantajosas que grandes fronteiras??
Basicamente, nenhum.

O tamanho reduzido do Uruguai atrapalha a industrialização dele, qualquer investidor que vá instalar uma indústria, tendo que escolher entre, por exemplo, Rio Grande do Sul e Uruguai vai escolher o RS pelo simples motivo que o RS faz parte do Brasil, se o RS não é industrializado a culpa é única e exclusivamente dos políticos gaúchos, que alias, seriam os mesmos no caso do RS ser independente, mas sem poder contar com o argumento de gigante.

A melhor coisa que as nações nanicas podem fazer é se unir em uma federação, o acesso a outros mercados, o poder de negociação, a economia em escala, etc tudo isso faz muita diferença, embora algumas poucas nações nanicas tenham conseguido um bom desenvolvimento por conta própria são exceções, o normal nesse caso é um baixo desenvolvimento.

A propósito, alguns IDHs:
Distrito federal: 0,824
Uruguai: 0,790
São Paulo: 0,783
Rio Grande do Sul: 0,746

Os IDHs relativamente altos de São Paulo e Rio Grande do Sul não são por qualquer mágica que seus respectivos governantes tenham feito mas pelo "boost" no desenvolvimento que os estados mais ricos de uma federação recebem, da forma que são administrados se fossem independentes esses dois estados estariam muito pior.




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#1295 Mensagem por Sávio Ricardo » Seg Set 08, 2014 7:34 am

Acho que o povo gaúcho pensa que vão se separar e só vão curtir os louros da separação: Ter autonomia com suas leis, ser independente, ter todas as suas riquezas para si mesmo, etc.

Se eles tem um bom comércio com os atuais estados da federação, o comércio estado-estado é uma coisa, o comércio país-país já depende de N fatores. Em caso de separação as coisas mudam, e se o Brasil não aceitar o RS do Mercosul? O RS é auto-suficiente em tudo? Não precisa comprar nada de ninguém? Não se esqueçam que vocês teriam a sétima economia do mundo de um lado e uma das 30 primeiras do outro (mesmo em crise).

Pelo explicado pelo colega gaúcho, querem se separar principalmente pelo fato de não aceitaram ajudar outros estados menos desenvolvidos, eu não gostaria de ser pobre no RS. :lol:




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#1296 Mensagem por Clermont » Seg Set 08, 2014 7:58 am

Frederico Vieira escreveu:(...) a autodeterminação dos povos pelo menos para mim é um direito inegociável.
Não existe "povo sulista", em primeiro lugar.

E em segundo lugar, a integridade territorial do Brasil, pelo menos para mim, é um direito inegociável. O Brasil lutou muito, através dos séculos para atingir sua atual extensão territorial, sob hipótese nenhuma pode ser admitido a perda de um só centímetro dessa extensão.

Francamente, a defesa de uma coisa assim, seja a defesa da independência de algum território de índios, ou a independência de uma região brasileira, é simplesmente, traição.




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#1297 Mensagem por Túlio » Seg Set 08, 2014 12:21 pm

Isso é cíclico, volta e meia algum colega acha um texto de algum MALUCO propondo separatismo e toma a parte pelo todo, ou seja, imagina que todo Gaúcho é, ipso facto, um separatista.

Tigrada, isso OFENDE, é o mesmo que dizer que todo Brasileiro do SE é baderneiro Black Bloc. Para UM cara nascido aqui (nem chamo de Gaúcho, chamo de riograndense) que curte separatismo, tem um balaio que se considera sobretudo Brasileiro e não abre mão. Notem que uma buena parte dos foristas ativos daqui do DB é Gaúcho, por que jamais nos ocorreu fundar um Fórum Defesa Gaúcha? Gente não ia faltar, o que ia faltar é ASSUNTO: o que iríamos debater, já que sequer nos passa pela cabeça a idéia de sermos um Estado-Nação? Perguntem ao Delmar, ao Pablo, ao FOXTROT, ao Wagner, ao Ciclone, ao Matheus MCD e tantos outros...

É claro que temos peculiaridades culturais, como festas de Italianos (p. ex., Festa da Uva), Alemães (Oktoberfest), etc, mas não são mais do que expressões das raízes dos Povos que compõem nossa cultura. Lembrar que somos tão estado de imigrantes quanto qualquer outro do Brasil.

Mesmo os CTGs não são - de modo algum - focos de separatismo, quem frequentou ou frequenta sabe que, no ponto "nobre" está a Bandeira do Brasil, a seu lado a nossa. Comemoramos a Guerra dos Farrapos (ou Revolução Farroupilha) no dia 20 de setembro e, em torno dele, criamos a Semana Farroupilha. Há cavalgadas, desfiles, bastante gente anda pela rua pilchada mas NÃO HÁ discursos nem movimentos propondo separatismo, os CTGs jamais permitiriam. O que há é o culto à nossa Tradição, às nossas raízes. Aliás, o que tem de Militar que vem :mrgreen: "lá do Brasil" :mrgreen: transferido para cá, se aquerencia e depois não quer mas ir embora num tá no gibi. E continuam Brasileiros! E querem continuar a ser! E sabem que podem, pois não discriminamos.

E muitos "descobrem" o CTG, o mate amargo, a Semana Farroupilha, e vira VÍCIO! Não querem mais largar. Mas sua Brasilidade não é maior do que a nossa.

Nem menor. :wink: 8-]


EDIT - Para ilustrar, dois trechinhos de músicas regionais que TODO Gaúcho conhece de cor:

1 - Canto Alegretense

"Ouve o canto Gauchesco e Brasileiro
Dessa terra que eu amei desde guri..."


2 - Querência Amada

"Ó meu Rio Grande
De encantos mil
Disposto a tudo
Pelo Brasil"

Repito, qualquer Gaúcho sabe de cor. Isso é coisa de SEPARATISTA?

E portanto, somos uma AMEAÇA REAL AO BRASIL?




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#1298 Mensagem por Boss » Seg Set 08, 2014 1:29 pm

Constituição Federal:

Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

(...)

-----------

Lei nº 7.170/83:

Art. 11 - Tentar desmembrar parte do território nacional para constituir país independente.

Pena: reclusão, de 4 a 12 anos.

:twisted:




REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#1299 Mensagem por J.Ricardo » Seg Set 08, 2014 1:45 pm

Sempre em algum estado brasileiro, vai tem algum grupinho metido a besta pregando o separatismo, acho que o único local real em que existe este perigo são as regiões amazônicas onde a presença de terroristas/ONGs estrangeiras pregam uma nação indígena...




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#1300 Mensagem por Túlio » Seg Set 08, 2014 1:58 pm

Penso igual. :wink: 8-]




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#1301 Mensagem por Sávio Ricardo » Seg Set 08, 2014 2:13 pm

Em MG também já ouvi algo assim, mais precisamente aqui no Triangulo Mineiro, já tinham até a capital: Uberlândia.




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#1302 Mensagem por FCarvalho » Seg Set 08, 2014 7:02 pm

J.Ricardo escreveu:Sempre em algum estado brasileiro, vai tem algum grupinho metido a besta pregando o separatismo, acho que o único local real em que existe este perigo são as regiões amazônicas onde a presença de terroristas/ONGs estrangeiras pregam uma nação indígena...
Esquece. Isso aqui não rola. É mais fácil levarem uma flechada, literalmente, qualquer tipo que andar a incutir esse tipo de coisa por estas bandas. :?
Mesmo o Brasil estando distante, hino nacional e do flamengo ainda são coisas "sagradas" para qualquer amazônida.

abs.




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#1303 Mensagem por cassiosemasas » Seg Set 08, 2014 11:52 pm

FCarvalho escreveu:
J.Ricardo escreveu:Sempre em algum estado brasileiro, vai tem algum grupinho metido a besta pregando o separatismo, acho que o único local real em que existe este perigo são as regiões amazônicas onde a presença de terroristas/ONGs estrangeiras pregam uma nação indígena...
Esquece. Isso aqui não rola. É mais fácil levarem uma flechada, literalmente, qualquer tipo que andar a incutir esse tipo de coisa por estas bandas. :?
Mesmo o Brasil estando distante, hino nacional e do flamengo ainda são coisas "sagradas" para qualquer amazônida.

abs.
:mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: essa parte do hino do Flamengo me fez quase chorar de rir aqui.....




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#1304 Mensagem por rodrigo » Ter Set 09, 2014 2:41 pm

Movimentação cubana no Brasil e na Venezuela desperta suspeitas


Roberto Lopes
Exclusivo para DefesaNet


Quem é Jesus Velásquez?

Algumas semanas atrás, militares das Forças Armadas encontraram, por acaso, o cubano Jesus Velásquez, um suposto “agente de Saúde” do Programa “Mais Médicos”, entregue a um fervoroso proselitismo castrista numa loja maçônica do interior da Paraíba.

Velásquez – ou seja qual for o seu nome verdadeiro – não deveria estar ali. Ele fora designado para atender a população carente de um município do sertão de Pernambuco. Ao ser confrontado com o fato de que estava diante de representantes do Ministério da Defesa do Brasil, empalideceu.

Os militares o fotografaram exaustivamente, o interrogaram e, mais tarde, relataram o caso para os seus superiores e para a Superintendência da Polícia Federal em João Pessoa.

No Ministério da Defesa e no Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, nunca houve dúvidas de que Havana despacharia informantes e ativistas do Partido Comunista de Cuba misturados à alegre troupe de médicos e assemelhados contratada pelo Ministério da Saúde para interiorizar a assistência médica no país.

Mas há outros casos de cubanos secretamente interessados pelo Brasil.

Em outubro passado, o conselheiro político da Embaixada de Cuba em La Paz, Manuel Alfonso Rode, abordou o adido da Polícia Federal brasileira na Bolívia, Carlos Rogério Ferreira Cota, com um demorado questionário. Rode – que sequer podia ser considerado um amigo de Cota no corpo diplomático – queria saber se Brasília estava assumindo o lugar de Washington na assessoria ao governo de Evo Morales para a luta contra o narcotráfico, e de que forma se desincumbiria da tarefa – e ainda, por que o regime implantado pelo falecido coronel Hugo Chávez era tão impopular na imprensa brasileira.

Os cubanos se esforçam por transformar o território boliviano em posto de observação (espionagem) da realidade sul-americana, mas sua presença aí é vigiada e controlada de perto pelo Exército de Morales – muito menos comprometido com Havana do que o presidente venezuelano Nicolás Maduro, um ex-motorneiro de metrô que é castrista de coração.

Diplomatas e militares de Cuba sentem-se, não há dúvida, muito mais à vontade em sua trincheira chavista. E só não circulam em completa liberdade porque a estadia deles ainda está um pouco longe de ser tolerada por todos os principais oficiais do Ministério do Poder Popular para a Defesa da Venezuela.

Fronteira

De qualquer forma, equipes colombianas que operam equipamentos de guerra eletrônica – especialmente os de escuta das comunicações militares que cruzam os céus venezuelanos – colhem, de forma crescente, sinais da movimentação de militares cubanos nos fundos do território da Venezuela – ou, em outras palavras, perto das fronteiras desse país com o Brasil e com a Colômbia.

Os representantes do castrismo integram as tripulações de aviões e helicópteros das Forças Armadas da Venezuela, e, não raro, visitam por terra áreas remotas, envergando uniformes da Guarda Nacional e da Milícia local.

A tarefa dos cubanos é, aparentemente, executar levantamentos de áreas geográficas consideradas estratégicas.

Informações que circulam na sede do Comando Sul dos Estados Unidos, no estado americano da Flórida, dão conta de que os cubanos criaram ao menos quatro perímetros de atuação junto à sensível fronteira colombo-venezuelana – o mais importante deles em Guasdualito, cidade de pouco mais de 100 mil habitantes bem no centro da divisa entre os dois países.

Guasdualito sedia o Teatro de Operações Nº 1 do Comando Estratégico Operacional da Força Armada Nacional Bolivariana, e também a 92ª Brigada (92 Brigada de Caribes) do Exército local.

Aí, um destacamento de Havana proporciona instrução à soldadesca venezuelana no manuseio de equipamentos bélicos de procedência russa (inclusive minas terrestres).

Os militares de Cuba também estão empenhados no adestramento da tropa de infantaria blindada venezuelana em Yaracuy, localidade que integra a chamada Región Estratégica de Defensa Integral Central, mais conhecida como Redi-Central. Recentemente, as guarnições venezuelanas dessa área receberam blindados sobre rodas russos do tipo BTR-80.

http://www.defesanet.com.br/front/notic ... suspeitas/




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#1305 Mensagem por Bourne » Qui Set 11, 2014 11:01 pm

Como era a estrutura de estado e divisão nacional na república velha e Getúlio Vargas. Não ensinam isso na escola e nem nas universidades. As pessoas não conhecem história do Brasil. Triste, mas verdade.

Se lerem o artigo vão perceber que a estrutura de estado escolhida pelo Brasil no século XIX não era diferente dos EUA. Não significa que o país era fragmentado, mas sim dava autonomia para os estados governarem da melhor forma possível, considerando a dificuldade de centralizar as decisões na capital federal devido a extensão, complexidade e falta de comunicação. Isso foi o diferencial para Brasil não se fragmentar como demais países latino-americanos.

Love, J. (2011). The Brazilian federal state in the old republic (1889-1930): did regime change make a difference

Destaco introdução
In Alfred Stepan´s distinction between two kinds of federal states—those that “came together” and those
that “held together,” Brazil´s first federal regime (1891), though not mentioned by Stepan in his influential 1979
essay, 2 was one of the earliest examples of the latter kind. The creation of a cohesive Brazilian territorial state
was the achievement of the centralized Empire, but the country only “held together” after the Republican coup of
1889 by meeting the regional demands of São Paulo and other southern states. Stepan views successful “holding
together” regimes as characterized by special concessions to minority populations (e.g., Spain, Belgium), but this
model doesn´t fit Brazil: The federated units in the 1891 and those of subsequent constitutions had formal equality.
This outcome was associated with the fact that Brazil is among the world´s largest federal states with a broadly
homogeneous culture, and it is the largest federation in the developing world with that characteristic. But the formal
equality of the units masked a grossly unequal federalism in practice, based on fiscal arrangements that favored
the rich states. Moreover, only literate males could vote, and the richer states had higher levels of literacy; these
constitutional provisions strengthened the wealthy states’ power in a regime of direct elections of the president. This
was the price of holding together.

In this paper I argue that 1) the Old or First Republic was a crucial era for statebuilding in Brazil, in which
bureaucratic capacity was extended at both state and central levels of government; 2) such achievement, along with
social and economic innovations, demonstrates that the Vargas era (1930-1945) did not create “modern” Brazil ex
nihilo, contrary to the prevailing historiography; 3) more generally, the Brazilian case seems to show that centralized
authority is not necessarily more effective at state-building in the developing world than decentralized authority. In
concrete terms, I discuss institutional differences between Empire and Federal Republic and looks at fiscal indicators
(central and state revenues, expenditures, and foreign debt obligations) in assessing “stateness.” I also consider state
intervention in the economy and society—specifically, in public health and education.

In the last decade of the 19th century, Brazilian statesmen adopted a federal form of government that would
become a permanent feature of the nation´s subsequent history. All six Republican constitutions of Brazil 4 have been at least nominally federalist. Even the centralizing Estado Novo dictatorship (November, 1937-October, 1945) did not formally renounce Brazil´s federal organization. The charter of 1891 provided for a wider dispersion of authority than did those of Argentina (1853, revised in 1860) and Mexico (1857 and 1917), the other two large federal
republics in Latin America. Both of these countries placed greater restrictions on their states (or provinces) than did
Brazil, notably in not allowing their member units to levy export taxes on goods shipped across state lines.

The dispersion of judicial, fiscal, and military power in early Republican Brazil provided a more effective
state than had the centralized Empire, partly because of the greater extractive powers of the state at all levels.
And, paradoxically, the revenues obtained by the state governments were greater, relative to that of the central
government, during the fifteen years of the Vargas period than the ratio of state to federal income in the second
half of the Old Republic. During Vargas?s Estado Novo dictatorship (1938-1945) in particular, all state revenues,
taken together, were 56% as large as of those of the central government. Between a third and a half of state income
belonged to São Paulo. That state?s revenues relative to those of the central government progressively rose from
1901-1910 to the Estado Novo years (1938-1945)


Fonte: http://www.clacs.illinois.edu/lemann/re ... r2Love.pdf




Editado pela última vez por Bourne em Qui Set 11, 2014 11:18 pm, em um total de 1 vez.
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