Rui Elias Maltez escreveu:Isto é típico da mentalidade lusa:
Nada temos, mas sonhamos com quimeras, com coisas grandiosas.
E quando se propõe algo, logo aparecem os que dizem que não, nem pensar, é mau, é caro, é pouco adequado, e assim continuamos a nada ter.
É triste, mas de facto assim nada se faz.
Parece que já nem ter ideias se pode

A lamentação permanente também é uma das características da mentalidade Portuguesa...
É preciso perceber uma coisa: o LPD não é nem uma quimera nem uma coisa grandiosa... É isso sim um dos navios que mais pode acrescentar qualitativamente à Marinha Portuguesa.
Comprar um AoR usado, converter Ro-Ro civis, etc, até pode ser uma boa ideia, em alguns cenários específicos, mas de pouco ou nada servem se não tivermos o LPD.
Temos que começar a perceber o que é acessório e o que é essencial. E também temos que começar a pensar que, quando se tem pouco dinheiro, ele tem que ser bem empregue. E empregá-lo bem é adquirir o meio mais flexível, mais útil, e com mais probabilidade de ser usado operacionalmente. E é aí que entra o LPD.
Ao contrário de um AoR ou de um Ro-Ro, o LPD tem extensas instalações para operar helicópteros, que são a sua arma mais importante e que lhe dão mais flexibilidade operacional, e tem uma doca que lhe permite transportar e desembarcar equipamento pesado sem a necessidade de um porto ou de estruturas de apoio. Os navios que o P44 e o Rui estão a propor não podem fazer nada disto...
O que o Rui e o P44 estão a propor é: já que o meio de que nós efectivamente precisamos parece cada vez mais longínquo, vamos comprar um navio civil convertido ou um navio militar em 2ª mão, que não faz metade do que o LPD faz, que vai ter pouquíssima utilidade durante a sua vida útil, que não vai custar assim tão pouco quanto isso e que põe em causa a aquisição do LPD!!...
No fundo, estão a perder noção do objectivo final, e a pôr em causa a sua obtenção, propondo soluções alternativas que são meros paliativos pouco satisfatórios. É por causa desse tipo de improvisos que muitos sectores das Forças Armadas estão como estão...
Não levem a mal, e isto nada tem de pessoal, mas é a minha sincera opinião.