Força Aérea de Israel está preparada para o ataque!
Traduzido por: Carlos Eduardo Del Valle
Os pilotos da Força Aérea de Israel (IDF/AF) completaram missões de treinamento, e as aeronaves têm sido preparadas para um ataque israelense ao Irã, conforme relatou o periódico britânico Sunday Times.
O artigo relata que o “esquadrão estratégico de elite número 69”, que usa o caça F-15 I, tem sido equipado com armas que serão testadas em combate pela primeira vez, e dois submarinos equipados com mísseis de ataque estão de prontidão, um no Golfo Pérsico e outro na baía de Haifa. Soldados das Forças Especiais da IDF seriam também infiltrados de helicóptero no Irã para neutralizar alvos que não suscetíveis de destruição por ataque aéreo.
A instalações nucleares do Irã, de acordo com o relato do periódico, são amplamente dispersas, em 40 locais subterrâneos por todo o país, o que tornaria qualquer ataque por Israel – ou por qualquer outro país – infinitamente mais difícil do que o bem-sucedido ataque israelense ao reator nuclear de Osirak no Iraque em 1981.
O coronel da reserva Ze'ev Raz, ex-piloto da IDF/AF que liderou o ataque a Osirak, foi citado pelo Sunday Times como tendo dito, "Agora nós temos uma grande quantidade de alvos, o que torna a operação muito mais difícil". O coronel Raz acredita que um assalto aéreo às instalações do Irã é possível. Há muitas coisas que a IDF/AF desenvolveu nos últimos anos que são desconhecidas publicamente, e houve muitos avanços na área de reabastecimento em vôo. Israel tem condição de atacar o programa nuclear iraniano, disse Raz no programa Politika do canal de TV israelense Channel 1 na semana passada.
O ex-Chefe do Estado-Maior da IDF, Uzi Dayan, disse na semana passada que se o Irã obtiver armas nucleares, elas se tornarão também acessíveis a organizações terroristas como o Hezbollah. "Israel tem que estar pronto para agir em caso de opção militar", disse Dayan. "Sem entrar em detalhes, Israel tem capacidade para realizar o que for necessário". Shabtai Shoval, ex-agente dos serviços israelenses de inteligência, que já escreveu que o Irã deverá conseguir capacidade de ter armas nucleares em 2009, diz que ações secretas, como por exemplo pelo Mossad, seria uma opção mais interessante, mas isso ainda não tiraria o ímpeto de Teerã em busca de armas nucleares.
O doutor Reuven Pedatzur, importante acadêmico no Programa de Estudos Estratégicos da Universidade de Tel Aviv, acredita que Israel estaria incorrendo num “erro estratégico desastroso” caso invista num ataque em escala total às instalações nucleares iranianas. “A opção militar não é relevante, nós simplesmente não possuímos a quantidade necessária de inteligência e informação, sendo que muitos alvos estão situados profundamente no subterrâneo. Somente com ajuda norte-americana essa opção torna-se possível”, disse Pedatzur na semana passada. Pedatzur também adicionou que no dia que o Irã obter uma arma nuclear, Israel não terá escolha a não ser abandonar sua atual política de ambigüidade nuclear.
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