Fórum Defesa Brasil

Já que vai ser usando dinheiro brasileiro, como tudo sempre foi, sugiro que o "Memorial" seja como o que existia em Basrah, na beira do Shatt al-Arab, no Iraque: 101 estátuas apontando o dedo ao Irã.
Só que as margens do rio Paraná, incluindo uma do Ten Col Villagran Cabrita, e apontando o dedo para o paraguai, demonstrando quem começou o conflito

aí eu aprovo.

Qual é a unidade da Infanteria de Marina estacionada atualmente em Ciudad del este? Não vai dizer que é a sexta!

Como assim ? Marines paraguaios?

Nem sei ... quer dizer que eles tem uma marinha de guerra então?

Mas o que tem de especial na sexta unidade?

Túlio escreveu:Essas revisionices aí são pura charlaiada comuna, estão pouco se lixando pro Paraguai, querem é sacanear o Brasil, que está crescendo mesmo durante essa baita crise mundial e, com isso, atrapalhando bastante - diria INVIABILIZANDO - a sua tão sonhada URSSA...

Túlio...
não estivessem todas as nações envolvidas nesta guerra histórica, envolvidas em regimes de excessão, capitaneados por MILITARES, estas teses ditas "revisionistas" jamais teriam nascido. Pois todas elas, eram antes voltadas para críticas internas do que para o fato histórico.

Por fim, observe que o texto, criticando as chamadas "visões revisionistas" é de autoria de Aldo Rebelo - Deputado do Partido Comunista do Brasil...

Portanto...

O Aldo é comuna? Desde quando???

Porque NOME a gente bota qual quiser em criança ou em partido, agora, o que diabos ele quer com o Governo Lula então? Alguma afinidade ideológica? Mas então o Presidente Lula agora virou comuna também???

Entendas, cupincha, comuna por aqui só em UNIVERSIDADE (que o diga o MESTRE de todos eles, o Bolovo... )

Túlio escreveu:O Aldo é comuna? Desde quando???

Porque NOME a gente bota qual quiser em criança ou em partido, agora, o que diabos ele quer com o Governo Lula então? Alguma afinidade ideológica? Mas então o Presidente Lula agora virou comuna também???

Entendas, cupincha, comuna por aqui só em UNIVERSIDADE (que o diga o MESTRE de todos eles, o Bolovo... )

Pois nunca vi um comuna numa Universidade...
Agora... Gatinhas de batas indianas tem de montão...

Túlio escreveu:Essas revisionices aí são pura charlaiada comuna, estão pouco se lixando pro Paraguai, querem é sacanear o Brasil, que está crescendo mesmo durante essa baita crise mundial e, com isso, atrapalhando bastante - diria INVIABILIZANDO - a sua tão sonhada URSSA...

O negocio do Aldo rabelo é entrar em conflito com as FAs. Ainda bem que o máximo que ele consegue é atrito com militares de pijama. ta na hora do Brasil enterrar essas mumias.

Mas eu estou louco pra ver esse menumento, e a reação da sociedade.

Por exemplo, no livro El Império del Brasil ante las Democracias de América, escreve: O fato é que a questão de fundo que se disfarça com a Guerra do Paraguai se reduz à reconstrução do Império do Brasil. Já no ensaio Las Dos Guerras del Plata y su Filiación en 1867, Alberdi afirma: As manifestações de simpatia em relação ao Paraguai durante a guerra não foram insultos à República Argentina, mas, sim, o doloroso e oportuno protesto contra uma aliança que faz dos povos argentinos os instrumentos do Brasil em prejuízo deles mesmos: foram as manifestações a oposição necessária, imposta ao patriotismo argentino pela aliança bastarda com o Brasil.

Papel aceita tudo.

"As manifestações de simpatia em relação ao Paraguai durante a guerra não foram insultos à República Argentina, mas, sim, o doloroso e oportuno protesto contra uma aliança que faz dos povos argentinos os instrumentos do Brasil em prejuízo deles mesmos: foram as manifestações a oposição necessária, imposta ao patriotismo argentino pela aliança bastarda com o Brasil."

O início da guerra da Tríplice Aliança (1865/1870)

Desiludido do concurso dos argentinos ou, pelo menos, da simpatia com que contava entre os republicanos do Prata, Lopez entendeu que só a golpes de audácia e temeridade é que poderia abrir caminho entre as populações vizinhas. Como, da parte argentina, o presidente Mitre não lhe permitisse atravessar o território de Missões para invadir o Brasil, o ditador surpreende aquela nação, aprisionando-lhe dois navios no rio Paraná, e, em seguida, invadindo a província de Corrientes. Essa violência espantosa comove, fortemente, os argentinos. Até aqueles que haviam afagado as esperanças de Lopez, como o seu amigo Urquiza [o governador de Entre Rios], são os primeiros a pedir guerra contra ele. Assim, Lópes conseguia levantar contra ele os três povos da América Oriental. Em Buenos Aires, a 1º de maio de 1865, Brasil, Uruguai e Argentina celebraram, pois, o tratado da Tríplice Aliança.

(http://www.pitoresco.com/historia)

A Argentina protestou mesmo, foi mandando quase ninguém à guerra!

Por isso, sobre nossa vizinhança, não dá para esquecer nunca: "Nós falamos, Y ellos HABLAN"

Jauro.


Paginas atarás você falou de um livro do Cerqueira. Se estiver digitalizado, poderia trocar comigo pelo do Jaceguai sobre o mesmo assunto(guerra do Paraguai)? Ou indicar onde posso compra-lo?

Grato

Sr Jauro. Desculpe insistir, mas continua de pé minha solicitacão. Caso o sr não possua o referido livro do qual comenta, e ainda assim desejar o do Jaceguai, mandarei via email.

Senhores.

segue abaixo uma carta que troquei com o autor de Maldita Guerra e sua resposta.

Date: Sun, 30 Apr 2006 21:26:03 -0300

Querido amigo.


Relutei muito em incomoda-lo, mas ao final, depois de meses de
relutância, minha curiosidade a respeito de sua opinião foi maior do que minha vergonha em faze-lo.

o amigo, que em minha opinião, é una das maiores autoridades acerca da guerra do Paraguai poderia aclarar um sentimento que eu tenho e gostaria de saber da sua opinião.

É uma questão relativa a batalha de Itororó, onde o exercito
brasileiro perdeu um enorme contingente tentando passar sobre a ponte do rio que cedeu o nome à batalha, e onde eu pude ler
diversos artigos e trabalhos que me geraram a duvida que tenho, a qual gostaria que o amigo, se for possível, me esclarecesse.

Tenho em meu intimo a impressão de que nossa expressão maior, Caxias, quando fez carga sobre a ponte demonstrando a fibra de um bravo, apesar de sua idade avançada,levando os imperiais a uma retumbante vitória, graças ao seu exemplo de abnegação e heroísmo, penso que na realidade o patrono do exercito tentou o suicídio e se deu mal, o que na verdade foi muito bom para o Brasil.

Em minha opinião, depois de saber que seus mais bravos comandantes haviam saido da refrega por baixa, e achando que o General Osório havia sido derrotado, devido a demora em se apresentar ao combate, ele se despediu do seu estado-maior e dos batalhões que estavam na reserva e com um piquete de cavalaria se atirou na luta como um infante havido por combate. A sorte lhe sorriu neste episódio, como em toda a sua vida, já que perdeu 2 cavalos até chegar incólume ate as hordas paraguaias para de espada em punho, desbarata-las e coloca-las em fuga.

Se não me falha a memória, o próprio herói informou que sua intenção era dar o exemplo a seus comandados que estavam fraquejando frente à parede de balas imposta pelos paraguaios, o que não podemos negar, mas penso que no intimo, cansado, alquebrado, desprestigiado, acusado de tudo de errado que ocorria na guerra, denegrido pela imprensa platina e até do Brasil, ele quis se livrar do fardo e morrer no mais alto degrau da glória de um soldado. A grosso modo parecido com Ayrton Senna que morreu no auge da glória e fazendo o que amava, e ainda quando liderava a prova.

Não estou denegrindo de modo algum a imagem de Caxias, a quem eu aprendi a amar por seu valor moral e histórico, mas confesso ao amigo que isto passa pela minha cabeça cada vez que eu leio a respeito. Os livros da Bibliex que abordam este assunto são apaixonantes mas continuo com o mesmo pensar e assim, gostaria que o amigo me respondesse, assim que tiver um tempo.

Um forte abraço de seu fiel admirador.

Luiz Bastos

___________________________________________
06 de maio de 2006

Caro Luiz,
Antes de mais nada, peço desculpas pela demora em escrever. Você me "pegou" viajando; estive toda a semana no RJ, pesquisando, e, agora, estou em SP visitando meus pais.
Sua hipótese sobre a tentativa de Caxias é interessante. Contudo...ao se ler as cartas confidenciais l que Caxias escreveu ao Ministro da Guerra, barão de Muritiba, em dezembro de 1868, se tem certeza que ele não buscava o suicídio. O relato dele da carga em Itororó não é de um suicida frustrado, mas, sim, de um comandante frustrado com soldados e parte dos oficiais. Na correspondência de Caxias não há, que me lembre, um indicio que indique suicídio. Há, sim, afirmações taxativas de descrença na validade de se continuar a guerra.
Um abraço e.. até a próxima!
Doratioto

Luiz Bastos escreveu:Jauro.


Paginas atarás você falou de um livro do Cerqueira. Se estiver digitalizado, poderia trocar comigo pelo do Jaceguai sobre o mesmo assunto(guerra do Paraguai)? Ou indicar onde posso compra-lo?

Grato

O livro que citei há tempos atrás é:
Reminiscências da Campanha do Paraguai. Dionísio Cerqueira. RJ. Biblioteca do Exército.

Caso não saiba, a Bibliex fica no PDC (QG do CML). O livro é muito bom, você vai gostar.

Estive olhando pelo Google ele (o livro) está em diversos sebos e livrarias. Eis uma das capas:

Marino escreveu:Guerras sul-americanas, por Sérgio de Costa Franco*


Esses pretensos revisionistas fazem questão de omitir que, desde 1863, o Império Brasileiro estava de relações rompidas com a Inglaterra por causa da Questão Christie, e que, por seu turno, o Paraguai dos López importara armas, equipamentos e técnicos da Grã-Bretanha. E quem construiu, senão os ingleses, a primeira ferrovia paraguaia? Doratioto provou, com documentos irrespondíveis, que a Inglaterra, por seu embaixador em Buenos Aires, empenhou-se decididamente em evitar o conflito. No mais, não seria o insignificante mercado consumidor do Paraguai que iria determinar a poderosa Grã-Bretanha a provocar uma agressão internacional. De resto, antes de 1865, 76% das importações paraguaias seriam manufaturas oriundas da Inglaterra, via Buenos Aires.

Seria interessante lembrar que para passar pelas fortificações e baterias construídas pelo Paraguai nas margens do rio, o Brasil, para sua marinha, foi obrigado a comprar alguns navios encouraçados.
Assim, adquirimos da Inglaterra e da França encouraçados e monitores novos, recem-construídos que se encontravam em seus estaleiros pois o proprietário original, para quem haviam sido construídos não havia podido pagar e não os podia receber era o Paraguai.