Internauta escreveu:Tripeiro escreveu:Internauta escreveu:Madeira era desabitada quando descoberta pelos portugueses, Canárias eram povoadas pelos guanches (povo originário do actual Marrocos), povo que foi exterminado pelos castelhanos
Os guanches não foram exterminados, misturaram-se com os colonos.A conquista castelhana e o genocídio guanche
Aquando do início da conquista castelhana estima-se que haveria entre 30.000 e 35.000 guanches em Tenerife e entre 30.000 e 40.000 na Gran Canária, populações muito consideráveis face às características do território.
Resolvidas as questões com Portugal, as Canárias ficaram seguramente na órbita castelhana, assumindo aquela potência a obrigação de cristianizar as ilhas. A partir dos pontos conquistados por Jean de Bettencourt, a conquista das Canárias prosseguiu rapidamente, sem que isso significasse a submissão das populações guanche, em particular nas ilhas maiores.
Sem embarcações nem capacidade bélica comparáveis, já que usavam varapaus e pedras contra forças que dispunham da última tecnologia europeia, os guanches foram progressivamente retirando para as partes mais altas e acidentadas das ilhas, deixando o litoral aberto à colonização castelhana. As populações que iam sendo submetidas eram baptizadas e assimiladas à força.
Outro grave problema que afectou os guanche foi a sua falta de imunidade a doenças que foram trazidas pelos colonizadores. As epidemias foram-se sucedendo, provocando perdas irreparáveis no efectivo populacional, já que o longo isolamento nas ilhas tinha deixado os guanche com um sistema imunitário impreparado paras as mais comuns doenças europeias.
A resistência guanche acabou por se concentrar em Tenerife e Gran Canária, onde as populações eram maiores, apenas terminando com o extermínio das últimas forças refugiadas nas montanhas. Neste contexto assumiu particular relevo a resistência na Gran Canária, onde a liderança de Doramas, um caudilho guanche de origem plebeia, constituiu o último grande foco insurgente.
A partir da derrota de Doramas e da exterminação da resistência em Orotava, a submissão era inelutável, com alguns dos últimos resistentes a cometerem suicídio ritual, saltando de falésias.
A partir daí os povos guanche foram rapidamente assimilados, já que depois da guerra e das doenças, as populações remanescentes não puderam impedir a rápida miscigenação. Em meados do século XVI já a memória guanche começava a desaparecer. Estava consumado o genocídio.
Hoje, dos guanche pouco resta, embora o nacionalismo canário tente esforçadamente reviver a sua memória. Mesmo o estudo das suas múmias e restos arqueológicos pouco avançou em comparação com o estudo de povos bem mais remotos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guanches
A resistência claro que foi exterminada, mas como podes ler a restante população foi assimilada. Muitos morreram devido à guerra e doenças, mas genocídio no verdadeiro sentido do termo é exagerado. No fundo foi o que fizemos no Brasil.