EUA vetam negócios da Embraer com o Irã
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EUA vetam negócios da Embraer com o Irã
14/01/2006 - 09h10
EUA vetam negócios da Embraer com o Irã
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RICARDO BONALUME NETO
da Folha de S.Paulo
Colaborou a Folha de S.Paulo, em Brasília
Não é só a Venezuela que aparece na lista negra dos americanos para venda de material militar --e de itens que fazem parte deles, o que potencialmente inviabilizaria a venda de aviões ao país vizinho pela Embraer. Esse também é o caso do Irã, a "bola da vez" da diplomacia americana.
A principal empresa aeroespacial brasileira também está impedida de vender aviões --mesmo civis-- para o Irã, um país que Washington coloca na lista dos malvados ou malvadinhos que incluía o Iraque e ainda tem a Coréia do Norte como estrela.
O governo americano pode legalmente vetar exportações de materiais "sensíveis" para países por ele considerados idem. E isso inclui a reexportação do material, como um avião com um componente eletrônico americano.
Apesar de serem civis, os bem sucedidos jatos regionais da Embraer têm tecnologia sofisticada, parte dela "made in USA", que podem ser consideradas "duais" --capazes de uso civil e militar.
Logo, os EUA vetam a exportações dos aviões civis da Embraer para o Irã, como agora parecem fazer com aviões militares para a Venezuela. As peças americanas chegam no Brasil com um aviso: não vendam a fulano ou a sicrano.
A política americana é de impedir toda e qualquer venda de material bélico para Hugo Chávez, mesmo que seja de algo com pouco potencial ofensivo. Ironicamente, a compra de milhares de fuzis, que poderiam ser repassados a milícias ou guerrilhas, é mais ameaçador para o equilíbrio regional do que os navios de patrulha costeira e aviões leves de transporte encomendados à Espanha --que também criaram polêmica--, ou do que os aviões que viriam do Brasil.
Parte das pressões americanas é de origem política, parte é disfarçadamente comercial. Também foram contra a compra de um desses mesmos aviões, o ALX Super Tucano, pela Colômbia.
Mas o Super Tucano, que a FAB (Força Aérea Brasileira) está começando a usar na Amazônia, é o avião ideal para a região, projetado para sobreviver ao hostil clima equatorial sem prejudicar sua sofisticada eletrônica, e capaz tanto de abater aviões da guerrilha narcotraficante como bombardear e metralhar suas bases.
Já o AMX-T é uma versão mais moderna e também adaptada para treinamento do avião de ataque AMX, usado no Kosovo em 1999 pela força aérea italiana (e era o menos sofisticado entre os aviões usados então pela Otan).
Chávez quer comprar 12 AMX-T e 24 ALX Super Tucano. Nem de longe afetariam o equilíbrio militar na região, mesmo supondo que Venezuela e Colômbia quisessem trocar tiros.
Recuo e avanço
Depois de informar aos interlocutores americanos que "não pode aceitar este tipo de coisa", o governo brasileiro disse ontem, ao menos publicamente, que não irá intervir na questão da pressão dos EUA para que a Embraer não venda aviões à Venezuela: "Estamos deixando a Embraer resolver neste primeiro momento. Depois, nós entramos", afirmou o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia.
Já a Espanha anunciou ontem que irá prosseguir com a venda de 12 aviões militares com partes norte-americanas à Venezuela, apesar da tentativa dos EUA de impedirem o negócio.
O governo de George W. Bush decidiu negar as licenças necessárias para construir os aviões que a Espanha vendeu à Venezuela, disse a vice-primeira-ministra Maria Teresa Fernandez de la Vega. Ela diz que o governo espanhol não concorda com a decisão dos EUA.
A opção para a Espanha será substituir as partes norte-americanas por européias, o que acarretaria custos não calculados.
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 5121.shtml
EUA vetam negócios da Embraer com o Irã
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RICARDO BONALUME NETO
da Folha de S.Paulo
Colaborou a Folha de S.Paulo, em Brasília
Não é só a Venezuela que aparece na lista negra dos americanos para venda de material militar --e de itens que fazem parte deles, o que potencialmente inviabilizaria a venda de aviões ao país vizinho pela Embraer. Esse também é o caso do Irã, a "bola da vez" da diplomacia americana.
A principal empresa aeroespacial brasileira também está impedida de vender aviões --mesmo civis-- para o Irã, um país que Washington coloca na lista dos malvados ou malvadinhos que incluía o Iraque e ainda tem a Coréia do Norte como estrela.
O governo americano pode legalmente vetar exportações de materiais "sensíveis" para países por ele considerados idem. E isso inclui a reexportação do material, como um avião com um componente eletrônico americano.
Apesar de serem civis, os bem sucedidos jatos regionais da Embraer têm tecnologia sofisticada, parte dela "made in USA", que podem ser consideradas "duais" --capazes de uso civil e militar.
Logo, os EUA vetam a exportações dos aviões civis da Embraer para o Irã, como agora parecem fazer com aviões militares para a Venezuela. As peças americanas chegam no Brasil com um aviso: não vendam a fulano ou a sicrano.
A política americana é de impedir toda e qualquer venda de material bélico para Hugo Chávez, mesmo que seja de algo com pouco potencial ofensivo. Ironicamente, a compra de milhares de fuzis, que poderiam ser repassados a milícias ou guerrilhas, é mais ameaçador para o equilíbrio regional do que os navios de patrulha costeira e aviões leves de transporte encomendados à Espanha --que também criaram polêmica--, ou do que os aviões que viriam do Brasil.
Parte das pressões americanas é de origem política, parte é disfarçadamente comercial. Também foram contra a compra de um desses mesmos aviões, o ALX Super Tucano, pela Colômbia.
Mas o Super Tucano, que a FAB (Força Aérea Brasileira) está começando a usar na Amazônia, é o avião ideal para a região, projetado para sobreviver ao hostil clima equatorial sem prejudicar sua sofisticada eletrônica, e capaz tanto de abater aviões da guerrilha narcotraficante como bombardear e metralhar suas bases.
Já o AMX-T é uma versão mais moderna e também adaptada para treinamento do avião de ataque AMX, usado no Kosovo em 1999 pela força aérea italiana (e era o menos sofisticado entre os aviões usados então pela Otan).
Chávez quer comprar 12 AMX-T e 24 ALX Super Tucano. Nem de longe afetariam o equilíbrio militar na região, mesmo supondo que Venezuela e Colômbia quisessem trocar tiros.
Recuo e avanço
Depois de informar aos interlocutores americanos que "não pode aceitar este tipo de coisa", o governo brasileiro disse ontem, ao menos publicamente, que não irá intervir na questão da pressão dos EUA para que a Embraer não venda aviões à Venezuela: "Estamos deixando a Embraer resolver neste primeiro momento. Depois, nós entramos", afirmou o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia.
Já a Espanha anunciou ontem que irá prosseguir com a venda de 12 aviões militares com partes norte-americanas à Venezuela, apesar da tentativa dos EUA de impedirem o negócio.
O governo de George W. Bush decidiu negar as licenças necessárias para construir os aviões que a Espanha vendeu à Venezuela, disse a vice-primeira-ministra Maria Teresa Fernandez de la Vega. Ela diz que o governo espanhol não concorda com a decisão dos EUA.
A opção para a Espanha será substituir as partes norte-americanas por européias, o que acarretaria custos não calculados.
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 5121.shtml
- Einsamkeit
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- Localização: Eu sou do Sul, é so olhar pra ver que eu sou do Sul, A minha terra tem um cel azul, é so olhar e ver
Que tristes os russos ficam com tudo isso, mais aeronaves pra eles venderem
Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
mas que jamais o tornarão a ser...
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- Einsamkeit
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Tripeiro escreveu:Einsamkeit escreveu:Que tristes os russos ficam com tudo isso, mais aeronaves pra eles venderem
Eles bem precisam, para tentar sair da miséria em que vivem...
miseria? nao mete o brasil no meio hahahahahahahaha
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- Moacir Barbosa de León
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Eins
Esta proibição projeta uma intensão de diminuir a capacidade defensiva da venezuela. Isto caracteriza uma questão estratégica que todo mundo sabe: a invasão do país pelos USA.
Esta proibição projeta uma intensão de diminuir a capacidade defensiva da venezuela. Isto caracteriza uma questão estratégica que todo mundo sabe: a invasão do país pelos USA.
"Diga a seu chefe que assinaremos a paz com o Império com o sangue do primeiro invasor estrangeiro que atravessar a fronteira. Pois antes de tudo somos brasileiros”. David Canabarro (Comandante Farroupilha)
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Moacir Barbosa de León escreveu:Eins
Esta proibição projeta uma intensão de diminuir a capacidade defensiva da venezuela. Isto caracteriza uma questão estratégica que todo mundo sabe: a invasão do país pelos USA.
Tu tá querendo dizer que um punhado de ALX e AMX poderiam defender a Venezuela dos EUA?!
Hehehe...
Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
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Ah sim! Agora vão ficar com medo que os iranianos malvados vão colocar uma bomba nuclear no bagageiro da aeronave e usá-los como bombeiro estratégico nuclear!
Vetar vendas militares, tudo bem, mas ai já virá palhaçada!
O ERJ-145 não tem nada de israelense.
Abraços


Francisco Daniel escreveu:Além dos EUA, os israelenses tb certemente não admitiriam o negócio de modo algum!
O ERJ-145 não tem nada de israelense.
Abraços
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Vinicius, eu colocaria um grande porém nesses "sistemas duais". Ora, se formos buscar sistemas duais, não poderiamos sequer exportar bolinhas de gude para lá porquê vai que eles constroem um sistema de defesa antiaérea anti-stealth com elas...
Mas falando sério, o INS de um ERJ-145 (Honeywell Laseref IV) deve ser bom, mas ainda assim é um sistema basicamente civil! A sua aplicação militar seria a destinada à aeronaves de transporte regional ou executivas adaptadas para outras funções! Ou seja, muito pouco (para não dizer 'nada') os iranianos poderiam extrair de uso militar de um sistema desse.
Abraços

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- Pablo Maica
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Slip Junior escreveu:Ah sim! Agora vão ficar com medo que os iranianos malvados vão colocar uma bomba nuclear no bagageiro da aeronave e usá-los como bombeiro estratégico nuclear!Vetar vendas militares, tudo bem, mas ai já virá palhaçada!
Francisco Daniel escreveu:Além dos EUA, os israelenses tb certemente não admitiriam o negócio de modo algum!
O ERJ-145 não tem nada de israelense.
Abraços
O ERJ-145 pode não ter, mas o ALX tem. É o que os Irarianos querem.
E os EUA não estão ventando para a Venezuela pelo seu poderiu militar, mas sim, para mostrar quem manda. Iriam força-los a adquirir equipamento Russo ou Chinês de pior qualidade.
Quem falou que os Irarianos querem comprar ERJ-145, hein?

- Slip Junior
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