E cada vez mais automatizados, com menores tripulações que seus antecessores, enquanto aqui querem enfiar cada vez mais gente em navios cada vez menores, nossos almirantes (militares em geral) tem uma dificuldade muito grande em aceitar novos conceitos e soluções tecnológicas, deve ser a idade avançada de quem toma decisões ou tradições emburrecedoras das instituições.FCarvalho escreveu: Sáb Mar 08, 2025 10:54 am O que eu mais acho interessante nisso é notar que todas as marinhas que podem estão migrando para projetos de navios cada vez maiores, ao passo que por aqui destes lados, o pessoal continua indo exatamente na direção contrária.
Mas isso é, também, uma das muitas consequências de vivermos onde vivemos. É para dizer que somos sortudos e azarados ao mesmo tempo. Para quem acredita nisso.
Marinha do Japão
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Re: Marinha do Japão
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: Marinha do Japão
Ou tudo junto e misturado. Ser militar no Brasil ainda é apenas mais um emprego público do que qualquer outra coisa.J.Ricardo escreveu: Sáb Mar 15, 2025 10:37 amE cada vez mais automatizados, com menores tripulações que seus antecessores, enquanto aqui querem enfiar cada vez mais gente em navios cada vez menores, nossos almirantes (militares em geral) tem uma dificuldade muito grande em aceitar novos conceitos e soluções tecnológicas, deve ser a idade avançada de quem toma decisões ou tradições emburrecedoras das instituições.FCarvalho escreveu: Sáb Mar 08, 2025 10:54 am O que eu mais acho interessante nisso é notar que todas as marinhas que podem estão migrando para projetos de navios cada vez maiores, ao passo que por aqui destes lados, o pessoal continua indo exatamente na direção contrária.
Mas isso é, também, uma das muitas consequências de vivermos onde vivemos. É para dizer que somos sortudos e azarados ao mesmo tempo. Para quem acredita nisso.
É assim desde os idos tempos do império, e não mudou uma única vírgula em todas as muitas fases da nossa republiqueta.
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Re: Marinha do Japão
No vídeo mostra que 8 células do vls foram instaladas, falta instalar o outro módulo de 8, no vídeo ele diz que diferente de outros projetos onde o vls fica mais elevado (provavelmente para evitar o acumulo de água) nesta classe parece que eles ficam rentes ou um pouco mais baixo.
Este navio era para ter sido comissionado em dezembro de 2024 porem por causa do atraso na instalação do vls provavelmente deve ser entregue a marinha em junho de 2025.
A Agência de Aquisição de Defesa contratou o "Sistema de Lançamento Vertical VLS MK41 (Parte 2)" março de 2022.
https://jm2040.blogspot.com/2022/08/ffm-vls.html
O vls para 2 navios foram comprados em 2022 estamos em 2025 e ainda a produção está atrasada... em 2023 foi comprado vls para mais 10 navios.Aquisição de lançadores verticais para contratorpedeiros da classe Mogami (total de 10 conjuntos)
3 conjuntos no AF2025, 4 conjuntos no AF2027 e 3 conjuntos no AF2028
https://jm2040.blogspot.com/2023/11/vls.html



O vls não parece ser difícil de se produzir, a única parte complicada deve ser somente os componentes eletrônicos, para reduzir custos do mk41 ao invés de utilizar componentes militares dedicados com baixa escala de produção eles substituíram por componentes (cots) que provavelmente eram todos produzidos na China, veio a pandemia paralisando a produção e agora estão no desespero correndo contra o tempo para construírem novas fábricas de semicondutores...
A produção dos vls devem estar no mínimo 1 ano atrasada, será que a substituição por componentes cots foi realmente uma boa ideia?
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Re: Marinha do Japão
No mundo, salvo engano, apenas USA, China, Rússia, Europa, e agora os turcos projetam e produzem seus próprios VLS.
Não sei se o Japão tem projetos próprios neste sentido, mas seria uma boa pensar no assunto, vide a realidade próxima deles.
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Re: Marinha do Japão
A Mitsubishi fabrica sob licença o Mk41, mas como os componentes são cots ninguém imaginou que a produção destes componentes poderia ser interrompida, não é somente os japoneses que estão com problemas, os americanos também estão enfrentando atrasos.FCarvalho escreveu: Qua Mar 19, 2025 1:06 pm No mundo, salvo engano, apenas USA, China, Rússia, Europa, e agora os turcos projetam e produzem seus próprios VLS.
Não sei se o Japão tem projetos próprios neste sentido, mas seria uma boa pensar no assunto, vide a realidade próxima deles.
Eu acho que o maior problema em fabricar um vls nacional seria depois integrar o armamento neles, teria que certificar todos os misseis novamente e como eles utilizam os mesmos misseis do Eua não faz sentido, se eles utilizassem mais armas nacionais do que americanas aí poderia valer a pena.

No ano passado compraram o novo míssil para ser utilizado em navio para defesa AA, recebeu o nome de 23式艦対空誘導弾 (Type 23 ship-to-air guided missile) ele foi testado no navio de teste Asuka que usa um Mk41, não tem informação disponível sobre este míssil, o visual se assemelha com o ESSM mas com um booster.
Existia a possibilidade de que eles atrasaram a definição do vls por causa deste novo míssil, mas ao que tudo indica foi a falta de semicondutores que atrasou tudo.
Encontrei esta imagem de um fórum chines, especulando o tamanho do míssil, fontes japonesas dizem ser 4.9m,28cm,460kg para o modelo sem booster terra-ar com alcance estimado entre 100 a 120km, não se tem informações japonesas nem mesmo especulativas sobre o modelo com booster para navios.
Editado pela última vez por akivrx78 em Qua Mar 19, 2025 5:16 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: Marinha do Japão
Navio de teste Asuka saiu da revisão e recolocaram o canhão eletromagnético novamente, provavelmente deve iniciar os testes em alto mar.
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Re: Marinha do Japão
Faltou a Coreia do Sul com os K-VLS e K-VLS II, projetados especificamente para os mísseis coreanos K-ASROC Red Shark, Hyunmoo III , K-SAAM , KM-SAM , L-SAM e possivelmente até o futuro míssil balístico Hyunmoo IV-2.FCarvalho escreveu: Qua Mar 19, 2025 1:06 pm No mundo, salvo engano, apenas USA, China, Rússia, Europa, e agora os turcos projetam e produzem seus próprios VLS.
Não sei se o Japão tem projetos próprios neste sentido, mas seria uma boa pensar no assunto, vide a realidade próxima deles.
O interessante no meu ponto de vista é que as classes KDX-II e KDX-III mantém os tradicionais VLS MK41 americanos para os mísseis SM-2 e adicionaram os K-VLS para os mísseis coreanos. Isso mostra a dificuldade de integrar mísseis domésticos em sistemas VLS estrangeiros. Só não tenho certeza se a dificuldade maior é técnica ou política

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Re: Marinha do Japão
Penso que pela quantidade de meios de superfície que a marinha do Japão utiliza, conceber e produzir o próprio VLS seria até natural, mas, como o país passou muito tempo, e de certa forma ainda está, dependendo de insumos norte americanos para quase tudo em termos de defesa, era mais simples pegar o Mk 41 e colocar nos seus próprios navios. Acho até mais barato do que fazer um próprio. Mas custos também nunca foram exatamente um problema ao país.akivrx78 escreveu: Qua Mar 19, 2025 4:06 pmA Mitsubishi fabrica sob licença o Mk41, mas como os componentes são cots ninguém imaginou que a produção destes componentes poderia ser interrompida, não é somente os japoneses que estão com problemas, os americanos também estão enfrentando atrasos.FCarvalho escreveu: Qua Mar 19, 2025 1:06 pm No mundo, salvo engano, apenas USA, China, Rússia, Europa, e agora os turcos projetam e produzem seus próprios VLS.
Não sei se o Japão tem projetos próprios neste sentido, mas seria uma boa pensar no assunto, vide a realidade próxima deles.
Eu acho que o maior problema em fabricar um vls nacional seria depois integrar o armamento neles, teria que certificar todos os misseis novamente e como eles utilizam os mesmos misseis do Eua não faz sentido, se eles utilizassem mais armas nacionais do que americanas aí poderia valer a pena.
No ano passado compraram o novo míssil para ser utilizado em navio para defesa AA, recebeu o nome de 23式艦対空誘導弾 (Type 23 ship-to-air guided missile) ele foi testado no navio de teste Asuka que usa um Mk41, não tem informação disponível sobre este míssil, o visual se assemelha com o ESSM mas com um booster.
Existia a possibilidade de que eles atrasaram a definição do vls por causa deste novo míssil, mas ao que tudo indica foi a falta de semicondutores que atrasou tudo.
Encontrei esta imagem de um fórum chines, especulando o tamanho do míssil, fontes japonesas dizem ser 4.9m,28cm,460kg para o modelo sem booster terra-ar com alcance estimado entre 100 a 120km, não se tem informações japonesas nem mesmo especulativas sobre o modelo com booster para navios.
De qualquer forma, como o no caso sul coreano apontado pelo Goldfinger, seria interessante pensar em um modelo nacional para complementar o norte americano a fim de acolher os mísseis nacionais. Afinal, não foi apenas uma vez que os USA se negaram a prover certos tipos de sistemas bélicos ao Japão, sempre que seus interesses falaram mais alto.
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Re: Marinha do Japão
Aí está uma informação para lá de relevante. Até nisso os sul coreanos pensaram em relação aos projetos de seus navios.Goldfinger escreveu: Qua Mar 19, 2025 6:16 pmFaltou a Coreia do Sul com os K-VLS e K-VLS II, projetados especificamente para os mísseis coreanos K-ASROC Red Shark, Hyunmoo III , K-SAAM , KM-SAM , L-SAM e possivelmente até o futuro míssil balístico Hyunmoo IV-2.FCarvalho escreveu: Qua Mar 19, 2025 1:06 pm No mundo, salvo engano, apenas USA, China, Rússia, Europa, e agora os turcos projetam e produzem seus próprios VLS.
Não sei se o Japão tem projetos próprios neste sentido, mas seria uma boa pensar no assunto, vide a realidade próxima deles.
O interessante no meu ponto de vista é que as classes KDX-II e KDX-III mantém os tradicionais VLS MK41 americanos para os mísseis SM-2 e adicionaram os K-VLS para os mísseis coreanos. Isso mostra a dificuldade de integrar mísseis domésticos em sistemas VLS estrangeiros. Só não tenho certeza se a dificuldade maior é técnica ou política![]()
E hoje este investimento está se provando mais que providencial a eles. Inclusive como forma de persuasão de novos clientes para seus produtos de exportação.
Tentar limitar a vida comercial deles na área de defesa deve ser uma dureza.
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Re: Marinha do Japão
https://zh.wikipedia.org/wiki/%E8%BC%95 ... 2%E8%89%A6
Taiwan também desenvolveu seu próprio vls, vai ser utilizado na nova classe de corveta que eles estão construindo, este navio e meio estranho 8 vls e 16 misseis anti-navio...
Eles usaram um navio antigo para desenvolver todos os sistemas.
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Eles usaram um navio antigo para desenvolver todos os sistemas.
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Re: Marinha do Japão
FCarvalho escreveu: Qua Mar 19, 2025 6:31 pmAí está uma informação para lá de relevante. Até nisso os sul coreanos pensaram em relação aos projetos de seus navios.Goldfinger escreveu: Qua Mar 19, 2025 6:16 pm
Faltou a Coreia do Sul com os K-VLS e K-VLS II, projetados especificamente para os mísseis coreanos K-ASROC Red Shark, III , K-SAAM , KM-SAM , L-SAM e possivelmente até o futuro míssil balístico Hyunmoo IV-2.
O interessante no meu ponto de vista é que as classes KDX-II e KDX-III mantém os tradicionais VLS MK41 americanos para os mísseis SM-2 e adicionaram os K-VLS para os mísseis coreanos. Isso mostra a dificuldade de integrar mísseis domésticos em sistemas VLS estrangeiros. Só não tenho certeza se a dificuldade maior é técnica ou política![]()
E hoje este investimento está se provando mais que providencial a eles. Inclusive como forma de persuasão de novos clientes para seus produtos de exportação.
Tentar limitar a vida comercial deles na área de defesa deve ser uma dureza.
Se utiliza o MK-41 e misseis americanos porque eles não confiam em suas armas, tem mais notícias deste tipo sobre os mísseis que eles desenvolveram...eu já expliquei que eles tem costume de reduzir requisitos para incentivar a indústria, o lado ruim todos sabem, mas existe o lado bom porque eles não estão parando o desenvolvimento de mísseis, estão sempre desenvolvendo constantemente novas versões então se os militares forem mais exigentes a tendência é melhorar a qualidade e desempenho.
Os militares estão desenvolvendo um novo tipo de míssil terra-ar para ser montado em nossos navios de guerra.
No entanto, foi revelado que o sistema estava sendo testado e aprovado por meio de experimentos fracassados e está sendo implantado apesar de não atender aos padrões inicialmente solicitados pelos militares.
Considerando as capacidades de mísseis dos países vizinhos, é questionável se isso será capaz de interceptar aeronaves ou mísseis inimigos.
Aqui é a repórter Jeong Sae-bae.
Este é o mais novo navio de desembarque da Marinha, o Marado, que foi lançado em maio deste ano.
Ele pode transportar cerca de mil soldados, incluindo fuzileiros navais e tripulantes, além de diversos equipamentos.
Para se defender contra isso, está planejado equipá-lo com o míssil navio-ar 'Haegung' para abater aeronaves e mísseis inimigos.
Os militares deram ao míssil uma nota de aprovação no teste deste ano, dizendo que ele atingiu nove entre dez alvos, e decidiram iniciar a produção em massa no ano que vem.
Entretanto, os resultados da verificação mostraram que a velocidade do alvo usado neste experimento foi de Mach 0,5.
É apenas metade da velocidade de Mach 0,9 dos mísseis antinavio operados pelas marinhas de países vizinhos, incluindo o 'Geumseong-3' da Coreia do Norte.
Mesmo assim, enquanto os mísseis reais voavam logo acima da superfície do mar para evitar interceptação, a maioria dos alvos voava em altitudes muito maiores, o que os tornava mais fáceis de abater.
[Funcionário da Administração do Programa de Aquisição de Defesa/voz alterada: "Quando um míssil guiado é lançado, alguns são projetados para 'deslizar sobre o mar' (voar como se estivesse deslizando sobre a superfície do mar), dependendo do modo operacional, e alguns não..."]
Além disso, o desempenho exigido pelas autoridades militares deve ser capaz de interceptar mísseis a velocidades de Mach 2.0, levando em consideração o status de desenvolvimento de mísseis dos países vizinhos.
No entanto, a Agência para o Desenvolvimento da Defesa e a Administração do Programa de Aquisição de Defesa concluíram o experimento após realizar apenas simulações para alvos supersônicos.
[Kim Jung-ro/Partido Bareunmirae/Membro do Comitê de Defesa: "Você está apenas fazendo uma simulação e então a implantando? Como os soldados podem confiar nisso e operá-la? Uma vez que a defesa é violada, a própria nave está em perigo..."]
O valor total gasto no desenvolvimento de Haegung foi de 160 bilhões de wons.
Mais 560 bilhões de wons serão investidos em Yangsan no futuro.
Aqui é Jeong Sae-bae, da KBS News.
O L-SAM é igual ao S500 da Rússia
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Re: Marinha do Japão
É uma forma de manter a indústria deles e a PDI no setor de defesa em operação, mesmo que os resultados sejam todos questionáveis. Talvez não seja a melhor solução, mas de alguma forma isto também proporciona avanços significativos para eles, já que a manutenção das linha de produção podem trazer consigo a elevação dos requisitos paulatinamente, enquanto se produz o que a BIDS deles oferece segundo o que foi mandado, mesmo sendo menos capaz do que seria necessário.
É mais ou menos o que os militares tentaram e ainda tentam fazer aqui no Brasil com seus projetos, na esperança de que se algum conseguir entrar em produção, no longo prazo pode ser aperfeiçoado e chegar a ser algo de nota quando comparado a outros sistemas homólogos.
Mas isso nunca deu certo aqui simplesmente porque nunca há dinheiro para nada. Então é sempre mais fácil e mais cômodo importar um punhado disso e daquilo e vida que segue. Ninguém acredita mesmo nesse negócio de guerra no Brasil. O que não é o caso dos sul coreanos, que precisam sempre de tudo um pouco para ontem.
O KM-SAM que é o sistema que eu conheço, foi desenvolvido segundo eles em colaboração com os russos. Mas acho estranho até hoje os russos ajudarem a Coréia do Sul a implantar e desenvolver um sistema AAe com base no deles apenas cedendo os silos e mísseis, e aparentemente mais nada. O resto do sistema seria todo sul coreano. Não faz muito o jeito russo de negociar. A não ser que tenham recebido uma nota preta por baixo, e deixar pra lá, já que esse sistema apareceu meio que "do nada", e quando veio a público, simplesmente estava lá, como se fosse um produto originalmente sul coreano. Mas não vi ninguém reclamar também.
Aliás, se o russos fizeram algo assim com os sul coreanos, bem que poderiam fazer conosco também. Como eu sempre insisti aqui no DB, é questão de unir o útil ao agradável. Eles tem os mísseis, e nós temos todo o resto para a AAe que se precisa aqui de média e grande altura\alcance. Mas infelizmente a Avibras foi para o brejo, e estamos agora na dependência dos interesses e dos petrodólares dos árabes. Fazer o que.
É mais ou menos o que os militares tentaram e ainda tentam fazer aqui no Brasil com seus projetos, na esperança de que se algum conseguir entrar em produção, no longo prazo pode ser aperfeiçoado e chegar a ser algo de nota quando comparado a outros sistemas homólogos.
Mas isso nunca deu certo aqui simplesmente porque nunca há dinheiro para nada. Então é sempre mais fácil e mais cômodo importar um punhado disso e daquilo e vida que segue. Ninguém acredita mesmo nesse negócio de guerra no Brasil. O que não é o caso dos sul coreanos, que precisam sempre de tudo um pouco para ontem.
O KM-SAM que é o sistema que eu conheço, foi desenvolvido segundo eles em colaboração com os russos. Mas acho estranho até hoje os russos ajudarem a Coréia do Sul a implantar e desenvolver um sistema AAe com base no deles apenas cedendo os silos e mísseis, e aparentemente mais nada. O resto do sistema seria todo sul coreano. Não faz muito o jeito russo de negociar. A não ser que tenham recebido uma nota preta por baixo, e deixar pra lá, já que esse sistema apareceu meio que "do nada", e quando veio a público, simplesmente estava lá, como se fosse um produto originalmente sul coreano. Mas não vi ninguém reclamar também.
Aliás, se o russos fizeram algo assim com os sul coreanos, bem que poderiam fazer conosco também. Como eu sempre insisti aqui no DB, é questão de unir o útil ao agradável. Eles tem os mísseis, e nós temos todo o resto para a AAe que se precisa aqui de média e grande altura\alcance. Mas infelizmente a Avibras foi para o brejo, e estamos agora na dependência dos interesses e dos petrodólares dos árabes. Fazer o que.
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Re: Marinha do Japão
"Navio de escolta extremamente raro" equipado com vários canhões foi finalmente desativado!
Equipamento exclusivo da era Showa que não é mais usado
19/03 (qua) 6:12 da manhã
A Frota de Treinamento da Força de Autodefesa Marítima do Japão anunciou que o navio de treinamento Hatakaze será desativado na segunda-feira, 17 de março de 2025.
O Hatakaze foi o primeiro navio da classe Hatakaze, e foi lançado em 9 de novembro de 1984 no Mitsubishi Heavy Industries Nagasaki Shipyard na Prefeitura de Nagasaki. Após a conclusão em 27 de março de 1986, foi incorporado ao 61º Esquadrão de Escolta, 1º Grupo de Escolta (na época) e implantado em Yokosuka.
Desde então, por mais de 30 anos, mesmo com a mudança da unidade à qual pertence, ele tem consistentemente chamado Yokosuka de seu porto de origem. No entanto, em março de 2020, com o comissionamento do destróier Aegis de última geração Maya, foi decidido que o navio seria convertido em um navio de treinamento. O número do navio foi alterado para "3520" e sua afiliação foi alterada para o 1º Esquadrão de Treinamento da Frota de Treinamento, e seu porto de origem foi alterado para Base Kure na Prefeitura de Hiroshima.
Após ser convertido em um navio de treinamento, o Hatakaze foi reformado para incluir um auditório e alojamentos para os estagiários e, pelos cinco anos seguintes, ele se dedicou à sua nova missão, desta vez baseada na base de Kure, mas foi decidido desativá-lo devido ao seu envelhecimento. O navio agora devolveu à Força de Autodefesa a bandeira que havia usado por 38 longos anos e foi desativada.
Uma característica distintiva do Hatakaze era que ele era equipado com um lançador de mísseis antiaéreos rotativo na proa, o que hoje é raro. O míssil no Hatakaze é projetado para disparar o míssil "Standard" de longo alcance para defesa aérea de frota, e é projetado para que o projétil seja carregado e disparado em um estado exposto. Isso torna seu movimento bastante mecânico em comparação ao mundo de hoje, onde VLS (sistema de lançamento vertical) é a norma, e atraiu a atenção dos visitantes quando foi demonstrado em ação.
Além disso, como tal dispositivo era instalado na proa, baluartes (cercamentos, muros do navio) eram instalados na proa para garantir a capacidade do navio de lidar com as ondas, o que também era um equipamento raro para um navio de escolta.
Além disso, o navio era equipado com dois canhões navais, um na frente e outro na parte de trás do casco, mas todos os navios de escolta construídos depois disso tinham apenas um canhão naval, então navios de escolta equipados com múltiplos canhões eram extremamente raros na era Reiwa.
Com a aposentadoria do Hatakaze, o único navio da JSDF equipado com este equipamento raro será o Shimakaze, o segundo navio da classe.
https://news.yahoo.co.jp/articles/305f8 ... images/000
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Re: Marinha do Japão
Eles utilizam o MK41 e mísseis SM-2 porque estão disponíveis a uns 40 anos e não havia alternativas locais. Quando começaram a desenvolver os seus próprios mísseis logo sentiram que há uma grande relutância por parte dos americanos em facilitar a integração de mísseis que não são americanos nos seus sistemas. Por isso um VLS nativo. Adicionalmente cria-se capacidade local em caso de dificuldades em receber armas americanas, seja por causa de um bloqueio naval chinês ou um presidente americano à la Trump.akivrx78 escreveu: Qua Mar 19, 2025 8:02 pm
Se utiliza o MK-41 e misseis americanos porque eles não confiam em suas armas, tem mais notícias deste tipo sobre os mísseis que eles desenvolveram...eu já expliquei que eles tem costume de reduzir requisitos para incentivar a indústria, o lado ruim todos sabem, mas existe o lado bom porque eles não estão parando o desenvolvimento de mísseis, estão sempre desenvolvendo constantemente novas versões então se os militares forem mais exigentes a tendência é melhorar a qualidade e desempenho.
Duvido que sejam iguais. Diria "inspirados por" e "nacionalizados". E definitivamente foi um programa de cooperação oficial. Lembre-se que a Coreia do Sul também recebeu T-80 e BMP-3akivrx78 escreveu: Qua Mar 19, 2025 8:02 pm O L-SAM é igual ao S500 da Rússia
O KM-SAM é igual ao S-350 9M96E da Rússia
O Hyunmoo é igual ao Iskander da Rússia
Eu não sei se estas parcerias são feitas oficialmente ou por debaixo dos panos.
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Re: Marinha do Japão
Acho estranho o Eua permitirem que os japoneses façam integração de suas armas ao MK41 e dificultem para a Coreia do Sul, mesmo que dificulte a integrar alguma arma ao MK41, é necessário integrar o KVLS ao sistema de combate aegis eu acho mais difícil o Eua permitir integrar alguma coisa ao aegis do que ao MK41.Goldfinger escreveu: Sex Mar 21, 2025 12:06 pm Eles utilizam o MK41 e mísseis SM-2 porque estão disponíveis a uns 40 anos e não havia alternativas locais. Quando começaram a desenvolver os seus próprios mísseis logo sentiram que há uma grande relutância por parte dos americanos em facilitar a integração de mísseis que não são americanos nos seus sistemas. Por isso um VLS nativo. Adicionalmente cria-se capacidade local em caso de dificuldades em receber armas americanas, seja por causa de um bloqueio naval chinês ou um presidente americano à la Trump.
Como as dimensões do MK41 e KVLS são muito parecidas, eu acho que foi desenvolvido para reduzir custos, já que o MK41 8x8 parece que custa US$110 milhões um set e o KVLS seria quase metade do preço...
Interessante que o novo KVLS2 que eles estão desenvolvendo são 2 metros mais compridos que o MK41 são similares ao comprimento dos VLSs russos...
Bom em todas as notícias que eles divulgam dizem ser desenvolvimentos 100% nacionais... eles não divulgam como os japoneses fazem informando os valores e quem vai desenvolver qual parte, ou se comprou a licença de produção.Goldfinger escreveu: Sex Mar 21, 2025 12:06 pm Duvido que sejam iguais. Diria "inspirados por" e "nacionalizados". E definitivamente foi um programa de cooperação oficial. Lembre-se que a Coreia do Sul também recebeu T-80 e BMP-3
De qualquer forma, provavelmente a parceria entre os russos e sul coreanos acabou com a Rússia se associando a Coreia do Norte.