HMS Ocean (L12) para MB

[FCarvalho]

[quote=FCarvalho post_id=5662142 time=1732052511 user_id=38
Vamos separar as coisas. Uma é aviação naval embarcada com seus meios próprios, missões e história, e outra são os drones, que só muito recentemente começaram a sua vida na aviação naval. E isto se aplica a todos os países do mundo, inclusive US Navy, PLAN e outros do mesmo nível.

Ninguém está querendo substituir toda a aviação naval por drones. Aviação naval embarcada continua no seu devido lugar, mas atualmente o único ramo da aviação naval brasileira que tem condições de executar qualquer função de forma efetiva, se restringe à de asas rotativas.
A questão é qual a finalidade de continuar torrando dinheiro com 5 A-4 que não estão, nem nunca mais serão embarcados e que sequer fazem campanhas de utilização de qualquer armamento que não sejam bombas burras e canhões, para os quais não existe nenhum vislumbre de substituição, levando em consideração o panorama atual e no mínimo de médio prazo. Enquanto outras marinhas já estão testando esse conceito, a MB tendo um navio com essa capacidade, recém recebeu o primeiro Nauru
Um abraço e t+
[/quote]

O VF-1 tem quase trinta anos de existência, e sua atual situação é menos responsabilidade da MB do que dos sucessivos governos desde sua criação. Lembra que só nos últimos 10 anos cerca de 48% dos recursos do orçamento da defesa foram cortados. E ninguém se importou com isso.

A aviação naval de asa fixa é uma demanda de décadas da marinha e que demorou até demais para retornar à aviação naval, vide os imbróglios com a FAB, que até hoje ainda permanece. É só olhar a situação da aviação de patrulha. Não dá conta, mas não larga o osso. Tanto quanto a patrulha, a aviação de caça naval não depende obrigatoriamente de navios para existir e executar suas missões, que tem suas próprias especificidades de operação. É assim em outros países, e não seria diferente aqui.

Eu bem que gostaria que a MB comprasse vários drones a rodo e que já estão disponíveis no mercado nacional, mas fato é que ela mal tem recursos para comprar o pouco que consegue obter, como o Nauru e o drone norte americano importado. Poderia ser mais, com certeza, mas simplesmente não há recursos suficientes para fazer isso e ainda atender a todas as outras demandas existentes. Com certeza no que dependesse da aviação naval, teríamos já aqui muitos drones em uso nos navios e a partir de bases terrestres. Mas a nossa realidade é essa. Uma compra ali, outra aculá, e vida que segue.

Os A-4 teriam sido substituídos há muitos anos no planejamento da MB, por 48 novos caças como estava previsto no PAEMB. Mas, sabemos que caças, navios ou drones para a marinha não dão voto, e muito menos estão na agenda de interesses e prioridades da politicalha tupiniquim. Até que sejam forçados a investir nisso por algum desses imprevistos da vida que o simples fato de termos vizinhos e outros países com interesses diversos dos nossos trás. Um dia quem sabe.

[FIGHTERCOM]

Vamos separar as coisas. Uma é aviação naval embarcada com seus meios próprios, missões e história, e outra são os drones, que só muito recentemente começaram a sua vida na aviação naval. E isto se aplica a todos os países do mundo, inclusive US Navy, PLAN e outros do mesmo nível.

Ninguém está querendo substituir toda a aviação naval por drones. Aviação naval embarcada continua no seu devido lugar, mas atualmente o único ramo da aviação naval brasileira que tem condições de executar qualquer função de forma efetiva, se restringe à de asas rotativas.

A questão é qual a finalidade de continuar torrando dinheiro com 5 A-4 que não estão, nem nunca mais serão embarcados e que sequer fazem campanhas de utilização de qualquer armamento que não sejam bombas burras e canhões, para os quais não existe nenhum vislumbre de substituição, levando em consideração o panorama atual e no mínimo de médio prazo. Enquanto outras marinhas já estão testando esse conceito, a MB tendo um navio com essa capacidade, recém recebeu o primeiro Nauru.


Um abraço e t+

O programa de modernização dos A-4 já nasceu morto. Que programa de modernização é esse que não tem a integração de um mísero míssil?!

SE fosse eu, já teria vendido esses caças para a Argentina faz tempo.


Abraços,


Wesley

[Pablo Maica]

O VF-1 tem quase trinta anos de existência, e sua atual situação é menos responsabilidade da MB do que dos sucessivos governos desde sua criação. Lembra que só nos últimos 10 anos cerca de 48% dos recursos do orçamento da defesa foram cortados. E ninguém se importou com isso.

E como pode uma força ter 48% dos seus recursos cortados e ainda assim continuar gastando dinheiro com 5 aviões de quase 50 anos de idade, que ainda em 2024 só empregam bombas burras e canhão... qual a racionalidade disso? Até há pouco tempo estávamos enterrando dinheiro naquela completa sandice de turbo tracker. As vezes o que parece é que nem a MB se importa com o próprio dinheiro.


Um abraço e t+

[FCarvalho]

O programa de modernização dos A-4 já nasceu morto. Que programa de modernização é esse que não tem a integração de um mísero míssil?!
SE fosse eu, já teria vendido esses caças para a Argentina faz tempo.
Abraços,
Wesley

Eu concordo plenamente que o programa de modernização já começou muito errado ao não prever, pelo menos na teoria, a integração de mísseis ar-ar no mínimo WVR. Por outro lado, tudo o que foi posto neles dá a entender que a integração de armamento mais moderno é apenas questão de opção e decisão.

O porque de até hoje eles não operarem absolutamente nada, é uma questão que as comissões de defesa do congresso tem a obrigação de cobrar, e a MB de responder. Mas, um e outro, até onde se sabe, não dão a mínima em questionar e responder sobre o assunto. E não adianta perguntar diretamente para a MB que eles simplesmente ou ignoram você, ou te dão uma resposta evasiva do tipo "tá perguntando isso porque?"

Enfim, os A-4 com os sistemas que possuem hoje poderiam estar operando com qualquer armamento constante no arsenal da FAB, por exemplo, mas fato é que não tem nada debaixo das asas, e nem existe previsão de existir, segundo consta. Simplesmente eles são usados, apenas e tão somente, para manter a doutrina e os pilotos com o "pé e mão" em dia. E olhe lá.

Confesso que isto não é o melhor dos mundos, mas é preciso lembrar que a manutenção da asa fixa na aviação naval, retomada, e mantida, a muito custo pela MB, tem no VF-1 uma base para o futuro, e não se encerra e limita a ele. A asa fixa na marinha é uma doutrina que a MB não está disposta a perder, e nem pode, depois de tanto tempo de investimento. Quando e se um dia Defesa for levada a sério neste país de merda, mesmo que temporariamente, talvez colhamos os frutos desta insistência voraz na manutenção do VF-1.

[FCarvalho]

O VF-1 tem quase trinta anos de existência, e sua atual situação é menos responsabilidade da MB do que dos sucessivos governos desde sua criação. Lembra que só nos últimos 10 anos cerca de 48% dos recursos do orçamento da defesa foram cortados. E ninguém se importou com isso.

E como pode uma força ter 48% dos seus recursos cortados e ainda assim continuar gastando dinheiro com 5 aviões de quase 50 anos de idade, que ainda em 2024 só empregam bombas burras e canhão... qual a racionalidade disso? Até há pouco tempo estávamos enterrando dinheiro naquela completa sandice de turbo tracker. As vezes o que parece é que nem a MB se importa com o próprio dinheiro.
Um abraço e t+

Os cortes foram no orçamento do ministério da Defesa, no que tange investimento e custeio, e claramente impactou nas três forças, e não somente a Marinha.

Como disse, o orçamento de investimento e custeio é claramente insuficiente para dar conta de tudo, e vem diminuindo anos após ano, e a obsolescência em bloco da esquadra em todos os setores é apenas o sinal mais visível da falta de responsabilidade e indiferença com que o assunto é tratado desde sempre pela classe política tupiniquim; e acrescento, pela dita pela sociedade civil, que não lembra e não quer saber se existe uma marinha ou não, a não ser quando chove dentro de casa, o barraco despenca de algum morro, tem distribuição de rancho, etc...

Sejamos honestos, a MB assim como as demais forças armadas sempre foram vistas e tratadas pelos políticos como mera tropa de manutenção da ordem pública e massa de manobra para lidar com a falência, e a negligência, de políticas públicas ineptas e omissas por todo o país. E ninguém por aqui tem o menor interesse em ver e tratar os militares de outra forma. É uma cultura interna que os próprios militares ajudaram a criar e fazem questão de manter, com essa mania de "mão amiga", como quebra galho da irresponsabilidade de todos os governos de plantão.

Quando um dia olharmos para as forças armadas e vermos nelas o sentido último de sua existência, que goste-se ou não, é a guerra, teremos uma chance de dispor do que precisamos para que elas justifiquem de fato a sua existência. E até que isso aconteça, vamos convivendo com militares mais afetos a Madre Tereza do que a Clausewitz.

[FCarvalho]

PHM Atlântico: Marinha estuda adotar sistema CIWS para reforçar a defesa do navio

https://www.naval.com.br/blog/2018/07/1 ... -do-navio/



Olhando outras coisas, me deparei com esta notícia de 2018. São quase 7 anos, desde que o navio foi entregue oficialmente à MB, e até hoje não se conseguiu comprar um simples CIWS ou mesmo um sistema de mísseis sup-ar para defesa em qualquer nível. Na prática, o navio conta apenas com 4 canhões de 25mm que vieram como ele, desses que a MB usa nos Macaé, na Classe Grajaú, e na Classe Amazonas.

Os Phalanx que faziam o trabalho de defesa aproximada foram efetivamente retirados antes da vinda do navio, posto que não estão na lista de brinquedos que o tio Sam deixa a gente receber.

A MB, pelo que me lembro, chegou a pensar em colocar os lançadores de Mistral que estavam no Nae São Paulo e no Minas Gerais, mas nem isso rolou.

Hoje, entre os navios aposentados pela marinha nos últimos anos, temos disponíveis ao menos 6 canhões Bofors 40 Mk 2 de três Inhaúma, e 2 Bofors Mk 3 da fragata Niterói. Ainda em operação restam 1 Classe Inhaúma, com dois Bofors 40 Mk 2 e 1 Bofors 40 Mk 3 da Corveta Barroso, além de 10 Bofors 40 Mk 3 das cinco Niterói ainda não descomissionadas. Ou seja, nem para tentar quebrar o galho do navio a MB se deu o trabalho de pegar pelo menos aqueles dois Bofors Mk 3 da Niterói e tentar colocar ali na popa do navio onde estavam os Phalanx.

Resultado, o navio capitânia da esquadra literalmente não possui defesa aérea e de superfície efetiva que lhe faz jus.

Se somarmos todos os Bofors 40 usados e em operação na MB, são 21 canhões que podem efetivamente ser modernizados para o padrão Mk IV proposto pela Bae Systems. Hoje não duvido nem um pouco que a MB esteja guardando estas peças a fim de reutilizá-las nos futuros navios de patrulha de 500 ton, e mesmo nos NaPaOc BR que um dia virão. O Bofors não será utilizado nas novas fragatas, substituído que foi por um modelo alemão de 30mm de emprego naval.

Enquanto isso, o navio capitânia da Esquadra, e todos os poucos navios de apoio que se tem hoje, continuam sua labuta de depender da sorte para não serem vistos, e postos a pique, tendo em vista sua completa inapetência em defender-se sozinhos, se necessário, já que não tem com o quê, e nem como, fazer isso.

[FCarvalho]

Esqueci. Com a Niterói também foi retirado de serviço o lançador de mísseis Spide da popa do navio.

Mas este sistema muito provavelmente deve estar servindo como fonte de peças de reposição para as cinco unidades que ainda estão operacionais.

Até 2029, ou seja, em apenas 4 anos, nenhuma das Niterói deve estar em operação. Se aguentarem até lá. Neste sentido, podería-se pensar na possibilidade de se haver com estes lançadores na popa do NAM Atlântico (ao menos 2), e talvez no NDM Bahia, como forma de aproveitar um material que apesar de antigo, ainda tem sua validade, desde que os mísseis e demais sistemas fossem atualizados, ou comprados novos, a fim de integrar aos sistemas dos navios.

Caso a MB compre de fato o Bulwak, e talvez o Albion, operar estes navios literalmente sem nenhum tipo de defesa aproximada, é não apenas vergonhoso, como vexatório e tremendamente irresponsável. E nem vou falar dos dois navios tanques que também podem eventualmente virem a ser adquiridos no brechó da Royal Navy.

A ver.