Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

Moderadores: J.Ricardo, Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 36201
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceram: 3133 vezes

Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1846 Mensagem por FCarvalho » Sáb Abr 13, 2024 4:47 pm

Colocar LMV e\ou Agrale AM-21 para equipar esta Cia AC é no mínimo risível, quando não, revela a incapacidade do EB em planejar a integração na íntegra de qualquer coisa em termos de organização de suas unidades mais em função das suas muitas limitações orçamentárias e materiais, do que a missão.

Afinal, seriam apenas 16 veículos por brigada, o que dá 64 unidades no total. Parece que o EB acha caro demais comprar tal quantidade de LMV e de sistemas de mísseis, que sequer conseguiu escolher. Seriam 128 no caso deste experimento seja expandido as bdas inf mec.

Por questão de economia, suponho que uma versão modernizada do MSS 1.2 e seu único tubo lançador deva estar encabeçando a lista de sistemas a serem adotados. E caso não seja, se muito insistir no Spike LR e o seu lançador único para fazer o serviço, indiferente os vários modelos e tipos de lançadores existentes no mercado para uso em veículos.

O ideal seria que toda a Cia fosse organizada com os LMV em diversas versões, mas a princípio, o EB, retrógrado e avesso a novidades como é, dificilmente vai abrir mão de colocar os indefectíveis Agrale pelo menos no comando da SU e no Pel C Ap, no mínimo. Se couber nos Pel AC melhor ainda.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
Avatar do usuário
RobsonBCruz
Sênior
Sênior
Mensagens: 1173
Registrado em: Seg Out 24, 2005 5:46 pm
Localização: Niterói - RJ
Agradeceram: 220 vezes

Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1847 Mensagem por RobsonBCruz » Dom Abr 14, 2024 9:47 am

Não vejo muito sentido em ter uma Cia AC "independente" nas brigadas. A capacidade AC precisa estar descentralizada, distribuída nas diversas Unidades de cada brigada.

Por exemplo, tomando por base as Bda Inf Mec, cada BI Mec deveria ter 1 Pel AC em cada Cia Fuz Mec e no RCM (sim, um RCM ao invés de um Esqd C Mec), cada Pel Expl dos Esqd C Mec deveria ser equipados com sistemas AC. Adicionalmente, cada Cia C Ap deveria ter um Pel AC.




Avatar do usuário
gabriel219
Sênior
Sênior
Mensagens: 13464
Registrado em: Qui Abr 18, 2013 9:03 am
Agradeceram: 2300 vezes

Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1848 Mensagem por gabriel219 » Dom Abr 14, 2024 11:10 am

Penso o mesmo, pois armas Anticarro são de caráter defensivo, isso seria que ficar alocado nas Unidades de Manobra. Cia AC não faz nenhum sentido pra Brigada em si, ainda mais se cada Unidade tiver seu Pel AC.

Porém, penso que Pel AC não seja necessário. As Remax poderiam operar com míssil AC LV e o Pel Ap poderia ter dois Grupos com armas anticarro da característica dos Spike LR2. Tal míssil AC Lv poderia ser 84 mm, disparado também pelo CSR CG.

Se tivéssemos mais grana, seria interessante ter a disponibilidade de Spike-SR para os Pel Fz.




Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 36201
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceram: 3133 vezes

Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1849 Mensagem por FCarvalho » Seg Abr 15, 2024 1:34 pm

A meu ver o que nos falta é decisão para dispor de sistemas AC tanto na UT30BR quanto nas Remax. Mas, diz-se que a versão Remax 4 agora tem capacidade para receber sistemas AC, lança granadas automáticos de 40mm e mais algumas coisas.

Em todo caso, como o EB ainda não sabe de fato o que fazer com as UT30BR, do ponto de vista da doutrina, fica difícil ver tais iniciativas como algo que contribua para a melhoria das capacidades AC das suas unidades de combate, já que, a priori, não se tem na prática o uso de mísseis AC há décadas em lugar nenhum, mantendo-se uma doutrina ainda apegada sumamente aos lança rojões e canhões sem recuo dos idos tempos da GM II, na figura dos equipamentos suecos adotados.

Seria um bom começo iniciar este processo pelo mais simples, que seria dotar todas as SU AC de pelotão a batalhão com algum sistema do tipo, e depois, partir para experimentações a nível GU.

A mesma coisa que estão tentando fazer agora com esta Cia AC Mec a nível de bda cav mec, é o que se fez com a Bia AAe Mec na 15a Bda Inf Mec, a fim de desenvolver doutrina, quando já se tem, ou deveria ter, SU na Cia C Ap da bda para esta mesma tarefa, ao mesmo tempo que os BIMec também teriam de dispor de, no mínimo, Pel AAe em suas Cia C Ap. Mas nada disso parece fazer sentido para o EB.

Me parece que estão querendo reinventar a roda, quando já tem nos seus manuais a solução para ambas questões, faltando-nos simplesmente dotar tais SU dos seus respectivos sistemas afins de forma a possibilitar seu pleno funcionamento como reza o manual que se tem.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 36201
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceram: 3133 vezes

Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1850 Mensagem por FCarvalho » Seg Abr 15, 2024 2:03 pm

RobsonBCruz escreveu: Dom Abr 14, 2024 9:47 am Não vejo muito sentido em ter uma Cia AC "independente" nas brigadas. A capacidade AC precisa estar descentralizada, distribuída nas diversas Unidades de cada brigada.

Por exemplo, tomando por base as Bda Inf Mec, cada BI Mec deveria ter 1 Pel AC em cada Cia Fuz Mec e no RCM (sim, um RCM ao invés de um Esqd C Mec), cada Pel Expl dos Esqd C Mec deveria ser equipados com sistemas AC. Adicionalmente, cada Cia C Ap deveria ter um Pel AC.
Na matéria da T&D a indicação é que os Spike comprados, ou a nova versão do MSS 1.2, será utilizada nos LMV de forma que o emprego destes sistemas se dará ou sobre o veículo, ou com a equipe tendo que desmontar do mesmo e preparar o sistema no chão, que é onde primariamente eles foram projetados para ser empregados.

Nada demais tentar se aproveitar o que se tem, ou que está à mão, para uma OM que se pretende ser um "estudo doutrinário", mas venhamos e convenhamos, uma Cia AC Mec para emprego a nível brigada, em qualquer lugar do mundo civilizado, no mínimo, é equipada com veículos bldos médios 6x6 ou 8x8 e sistemas AC pesados, de preferência com capacidade de tiro de vários mísseis, e não apenas um como hora se espera ver nesta situação proposta. Mas, parece que a ideia, como sempre, é gastar o mínimo possível, e tentar obter o melhor resultado possível.

Acredito que seria muito mais proveitoso, para as OM cav mec adotar uma solução simples e ao nosso alcance, que é dotar as UT30BR com sistemas AC nos pel cav mec. Em minha opinião, todos os Guarani dos pel cav mec deveria ser obrigatoriamente equipados com aquela torre, e armados, também, com lançadores de mísseis AC primariamente, de forma que a capacidade anti carro destas OM seria muito maior e mais ampla a fim de prover o apoio de fogo e a defesa necessárias, sempre que conveniente for. Estas torres israelenses já vem de fábrica preparadas para receber sistemas AC, mas o exército sempre declinou de qualquer opção neste aspecto.

Um RCM equipado assim nos daria a possibilidade de dispor de 18 VBTP equipadas com mísseis AC, mais a infantaria que leva consigo. Os próprios Spike LR comprados possuem versões que podem equipar a UT30BR, com no mínimo dois mísseis cada. E são mísseis com alcance na faixa dos 10 km. Para as SU AC da bda poderia se optar por Spike ER, com maior capacidade e alcance.

Nas bda inf mec se poderia também dispor de pelo menos um Pel(4 veículos) em cada Cia nos batalhões equipados com as UT30BR com mísseis AC, o que não implica deixar de apor estas torres ao resto do BIMec. Infelizmente, mesmo depois de mais de 10 anos de projeto, a UT30BR ainda não saiu do lugar, e o exercito não sabe o que fazer com elas em suas unidades mecanizadas. Nem a UT30BR 2 propalada saiu do lugar depois de ter sido anunciada.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
Responder