EDIT MOD: CV 3, agora FCT

[FCarvalho]

O TCU já fiscaliza e acompanha regularmente os contratos da MB há tempos. E com este não foi diferente. Tanto que nem quiserem criar caso por causa disso.
O contrato tem cláusulas de atualização financeira, que no nosso caso, foram lá em cima por causa da inflação.
Vejas um contrato que foi assinado em 2021 ou 2022, e só vamos receber o primeiro navio 4 anos depois de assinado. E isto para uma corveta que virou "fragata leve", que sequer pode ser considerado um projeto complexo.
Enfim, bola para frente. Ainda falta convencer alguém em Brasília de que não é porque a MB vai receber 4 navios que não precisa comprar mais nada.

[cabeça de martelo]

[FCarvalho]

9 anos para receber apenas 4 navios.
Se fossem Meko 400 eu até daria o braço a torcer, mas Meko 100 diz muito sobre a nossa incapacidade e total falta de responsabilidade, para não falar da incoerência, com a esquadra que se pensa ter.
Quando a última for entregue, a primeira já vai precisar de uma modernização. E ninguém está nem aí para a continuidade da construção de novos navios. Pelo contrário, não se fala e menos ainda se pergunta sobre isso.
Fazer o que.
Marinha de mané é assim mesmo.

[EduClau]

Parece que USAmericano vão assumir o controle da TKMS:

La firma naval alemana TKMS se prepara para su venta mayoritaria a la estadounidense Carlyle

https://www.infodefensa.com/texto-diari ... se-carlyle

E nem vai ser tão caro, 1,5bi de EUR. Quase o preço de uma trinca de Tamandarés.

[FCarvalho]

Devem estar muito ruim das pernas para vender aos americanos.
Outro dia falavam que a Embraer poderia até comprar a empresa alemã, dado estarem juntas no projeto das Meko A100 para a marinha.
Sei lá. Vender um dos maiores escritórios\estaleiros de projeto naval alemão para um bando de manés tupiniquins subdesenvolvidos seria a gota d'água para o ego germânico.
Mais fácil vender para os americanos, que são ricos, brancos e loiros como eles.

[EduClau]

Garanto que se fosse pra brazuca valia uns 15bi, como é pra americano vale 1,5.

[FABIO]

Boa tarde amigos esta certa a construção de mais duas Tamandare?

[Brasileiro]

9 anos para receber apenas 4 navios.
Se fossem Meko 400 eu até daria o braço a torcer, mas Meko 100 diz muito sobre a nossa incapacidade e total falta de responsabilidade, para não falar da incoerência, com a esquadra que se pensa ter.
Quando a última for entregue, a primeira já vai precisar de uma modernização. E ninguém está nem aí para a continuidade da construção de novos navios. Pelo contrário, não se fala e menos ainda se pergunta sobre isso.
Fazer o que.
Marinha de mané é assim mesmo.

Mas sejamos justos também. Nove anos no cronograma inteiro. Uma vez que a linha de fabricação se mantém ativa, a entrega é de um navio por ano, o que é um ritmo razoável. O que falta mesmo é uma garantia de continuidade das entregas, o que seria crucial para a manutenção das capacidades de guerra.

Temos de lamentar também o grande hiato de recebimento de navios por parte da MB, que não recebe nada novo desde 2008 com a entrada em serviço da Corveta Barroso. Quando a Tamandará entrar em serviço, terá sido uma janela de 18 anos sem nenhuma reposição, e mais de 20 anos sem nenhum lançamento. Esse hiato ferrou com a esquadra de uma forma muito destrutiva.

Agora que está recebendo novos navios, a contar com as entregas de 1 por ano, vai ser preciso pelo menos uns 12 ou 15 anos de entregas até que se tenha algum poder de superfície realmente dissuasivo, isso desconsiderando entregas de segunda mão, que também contam, mas que da maneira como o mundo está indo, é bem difícil de ocorrer.

[FCarvalho]

Essa história das FCT já começou mal com a indecisão e procrastinação da MB em decidir o que queria da vida em relação ao projeto da CV-3, que começou como corveta, e terminou nisto aí que estamos vendo, com valores muito superiores aos previstos originalmente e um navio bem menos capaz do que poderia ser. E do que precisamos.

Gostaria muito que o Alte. Olsen refizesse no lançamento do navio este pequeno retrospecto a que aludes. Um tapa na cara certeiro e objetivo nos políticos presentes e, nos (sempre) ausentes das atividades relativas à defesa.

O problema segue sendo o mesmo de sempre, e conhecidos de quem milita na área. A falta de continuidade e regularidade de investimentos. Mas este nunca foi realmente um problema para quem tem o poder de resolvê-lo. Resta torcer para que nada aconteça neste meio tempo entre a derrocada da atual esquadra e a entrada em serviço operacional da que hora se prevê. Porque se acontecer, estamos ferrados e mal pagos. Como sempre.

Ninguém aprendeu nada nos últimos 110 anos.