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Mensagem
por FCarvalho » Ter Abr 02, 2024 6:22 pm
Obrigado pela explicação Pablo. Isto só faz reforçar na minha cabeça a necessidade de mais esquadrões de A-29 na FAB para cobrir toda as fronteiras, e não apenas fazer esse "me engana que eu gosto" que vemos aí a quase vinte anos. Mas por algum motivo desconhecido, os brigadeiros estão deixando os Super Tucano fenecerem à míngua, sem previsão de MLU, compra de novas aeronaves, e até mesmo a venda de unidades em reserva, quando poderiam estar onde são mais necessárias.
Aliás, sobre este último aspecto, é inexplicável que com tão poucos vetores disponíveis a FAB tenha A-29 em estoque, e pior, abra mão deles para venda ou doações a outras forças aéreas. Nem na melhor das diplomacias militares alguém em sã consciência faria isso diante da realidade que temos.
Entrementes, acredito que para fechar o cerco na região sul de forma eficaz e eficiente, um esquadrão com pelo menos 12 Super Tucanos sediados em Cascavel seria uma medida mais que bem vinda, de forma a oportunizar o exercício de todas as missões necessárias ao combate, também, do narcotráfico e seus voos. Como são vetores bem mais baratos que um Gripen da vida, não vejo porque não se organizar esses esquadrões a 18 ou 24 unidades cada.
Também concordo com um esquadrão SAR de helos em Florianópolis, mas isto a MB até onde sei já enviou para lá um dos seus H225M para a BAFL, onde fica baseado agora permanentemente. Idem para o HU-51 em Rio Grande que também teria recebido uma unidade dos H225M para complementar os Esquilo. A marinha há anos sonha com mais um esquadrão de helos em Florianópolis. E isto ao que parece começou a sair do papel recentemente. O nordeste, como sempre, vai ficar por último nesta contabilidade.
Hoje, bases aéreas com OM operacionais de voo funcionando a pleno, se muito, são 13. Houve desativações de várias bases aéreas, mas ainda assim existem muitas OM espalhadas por aí que não tem necessariamente relação com unidades aéreas na FAB. Principalmente ligadas ao SISCEAB, e outras funções complementares.
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski