Túlio escreveu: ↑Qui Mai 09, 2024 2:24 am
Acho que tens razão, se a tigrada visse o LED do Guarani há mais de dez anos não acreditaria que o atual é o mesmo carro, veio
PELADÍSSIMO! Não tinha sequer os suportes para armas leves da tropa embarcada, a caixa blindada externa (para o telefone de contato com a tropa desmontada) na traseira da VTR não tinha nada dentro e, ao tentar demonstrar o funcionamento do display do Cmt, o OS travou (era Windows XP
) e não teve jeito de fazer funcionar; para não mencionar que o Atdr da Platt ficava pendurado numa espécie de balanço improvisado, desses de pracinha infantil, além de as câmeras de auxílio ao condutor serem P&B e apenas diurnas.
Mas todo o essencial à mobilidade do carro já estava lá, a "perfumaria" veio só depois, quando os problemas para rodar (e navegar, que VOSMEÇÊS cairiam duros com o tanto de Guarani que precisou ser resgatado do lago do 1° RCC ou "descapotados" da pista de provas, usados pelo C I Bld para testar as capacidades anfíbias e de manobra em terreno difícil) já tinham sido resolvidos, e capotagens e afundamentos que ocorreram depois foram todos
(100%) resultantes do uso da VTR fora do envelope.
Assim provavelmente será também com o Centauro, como está sendo até com o Gripen: não importa se funciona muito bem na Europa, tem que ver se aqui também presta, daí vão incorporando os demais itens.
A compra de material novo é tão estranha e sazonal no Brasil, que o EB até tem medo de comprar e mandar entregar com tudo que tem direito, e do nada algum bisonho do SMO quebrar por acaso um desses brinquedos caros que se põe a mão.
É quase uma cultura do EB realizar compras vislumbrando o mínimo básico necessário, e depois, se precisar, e tiver um trocado sobrando, a gente melhora aos poucos. Bem aos poucos.
Não deixa de ser de certa forma um seguro contra acidentes de percalço, tendo em mente que a maioria das tripulações de vetores novos não se mantém muito tempo nas fileiras, e o perigo de perdas e danos é sempre equivalente à inabilidade dos seus operadores. E isso é o que mais se tem por aqui.
Até o Guarani não saiu do basicão de 10 anos atrás até hoje. E dificilmente irá sair, tendo em vista a falta de recursos, e objetivamente, condições de se apor melhorias que sejam acompanhadas de tripulações mais experientes e qualificadas. Algo que tá difícil com o nosso sistema atual de permanência do quadro de soldados e cabos.
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski