Ministério da Defesa

[gabriel219]

@knigh7, é um orçamento de USD 22 Bilhões. É um orçamento gigante, mesmo que tenha restrições por congelamento, mas simplesmente não dá pra aceitar. Vemos orçamentos por ai que corresponde a 2/3 ou até 1/2 do nosso tendo ótimas soluções para se reequiparem e modelos de negócio interessantíssimos, mas aqui o que vemos é jogarem dinheiro em programas fadados ao fracasso, especialmente o EB, mas quem realmente tem a pior gestão orçamentária é a Marinha, de longe!

[FCarvalho]

[knigh7]

Composição do orçamento do MD dos anos 2019-20-21. Constante no relatório de Gestão 2021 divulgado neste mês:

[gabriel219]

R$ 98 Bilhões com Pessoal e Benefícios...

Gastamos mais com pessoal e Benefícios do que a Argélia gasta em defensa inteira, contanto que 80% disso é só aposentadoria e pensão.

[knigh7]

continuando...

[knigh7]

R$ 98 Bilhões com Pessoal e Benefícios...

Gastamos mais com pessoal e Benefícios do que a Argélia gasta em defensa inteira, contanto que 80% disso é só aposentadoria e pensão.

Como diz o Paulo Guedes, "é preciso quebrar o piso", ou seja, diminuir as despesas obrigatórias do Estado, como o pagamento de pessoal. Já está havendo uma diminuição do gasto com o funcionalismo público Federal.

[knigh7]

Putz, faltou eu colocar o link do relatório. Segue:

https://www.gov.br/defesa/pt-br/acesso- ... 300522.pdf

[gabriel219]

Como diz o Paulo Guedes, "é preciso quebrar o piso", ou seja, diminuir as despesas obrigatórias do Estado, como o pagamento de pessoal. Já está havendo uma diminuição do gasto com o funcionalismo público Federal.

Pagamento de pessoal da ativa é uma fração, 1/5 de todo gasto com pessoal. Os últimos dados que vi eram em torno de R$ 13 Bilhões, o problema ai mesmo são as aposentadorias e as pensões, que deveriam estar em outro ministério.

Ai um Deputado qualquer ou um Cidadão ver a quantidade do que gastamos em defesa, qual seria a justificativa pra aumentar o volume? Zero.

[knigh7]

Como diz o Paulo Guedes, "é preciso quebrar o piso", ou seja, diminuir as despesas obrigatórias do Estado, como o pagamento de pessoal. Já está havendo uma diminuição do gasto com o funcionalismo público Federal.

Pagamento de pessoal da ativa é uma fração, 1/5 de todo gasto com pessoal. Os últimos dados que vi eram em torno de R$ 13 Bilhões, o problema ai mesmo são as aposentadorias e as pensões, que deveriam estar em outro ministério.

Ai um Deputado qualquer ou um Cidadão ver a quantidade do que gastamos em defesa, qual seria a justificativa pra aumentar o volume? Zero.

Uma das soluções poderia ser a elevação do desconto previdenciário no contracheque da elite do funcionalismo público inativo.

[Túlio]

Pagamento de pessoal da ativa é uma fração, 1/5 de todo gasto com pessoal. Os últimos dados que vi eram em torno de R$ 13 Bilhões, o problema ai mesmo são as aposentadorias e as pensões, que deveriam estar em outro ministério.

Ai um Deputado qualquer ou um Cidadão ver a quantidade do que gastamos em defesa, qual seria a justificativa pra aumentar o volume? Zero.

Uma das soluções poderia ser a elevação do desconto previdenciário no contracheque da elite do funcionalismo público inativo.

Não ia funcionar (se por "elite" te referes aos que ganham mais): ia acertar em cheio no Judiciário e ali os caras também esperam se aposentar, logo, vai virar tudo num monte de brecha pra eles e no fim só os tampinhas que nem eu e o @Matheus é que seremos penalizados (e um só juiz ou promotor, entre salários e mordomias, ganha muito mais do que nós dois juntos).

Mesmo uma ideia que já propus, estabelecer um teto comum para as aposentadorias tanto do setor público quanto do privado ia dar rabo: já imaginaste um desembargador aposentando ganhando o mesmo que eu? Ou um "puliça legislativa"? Mesmo problema, os da ativa um dia querem ser inativos e ir pescar, isso atrapalha o plano todo.

A melhor "solução" que conheço não é nada POLITICAMENTE CORRECTA: fazer como não faz muito tempo ainda era na China, quem não trabalha não come (na prática vai pros trabalhos forçados, onde tem que trabalhar para comer, ou seja, seis por meia dúzia) e previdência nem existe, o cara trabalha até não aguentar mais, daí jogam num depósito de véio e deixam a pão e água até bater as botas, o que nem vai demorar muito.

Em um par de gerações a população teria sido totalmente "enxugada", dae recomeça o ciclo, população novinha e que não sabe que um dia vai envelhecer também...

[gabriel219]

Uma das soluções poderia ser a elevação do desconto previdenciário no contracheque da elite do funcionalismo público inativo.

Isso deveria ser feito, o problema mesmo é que a folha de aposentadoria e pensões no MD infla demais o orçamento dele. Já conversei com Deputado de Direita que achava que gastávamos tudo aquilo em Defesa, até ele saber desse fator, que é pouquíssimo divulgado.

Isso causa problemas absurdos no Congresso sobre aumentar o investimento em defesa. Se remover, junto com dinheiro, vai ficar claro que nosso orçamento real de defesa não passa se quer dos R$ 30 Bilhões, considerando pagamento da folha da ativa, investimentos, manutenção e amortização de dívidas.

Nenhum Deputado vai ser louco de aumentar o orçamento de Defesa pra 1.8-2.0% do PIB e ser igual ou maior que o que é investido em Saúde e Educação, é suicídio político. Mas se for mostrado o real orçamento, a facilidade de aumentar é muito superior.

[Matheus]

Como diz o Paulo Guedes, "é preciso quebrar o piso", ou seja, diminuir as despesas obrigatórias do Estado, como o pagamento de pessoal. Já está havendo uma diminuição do gasto com o funcionalismo público Federal.

Pagamento de pessoal da ativa é uma fração, 1/5 de todo gasto com pessoal. Os últimos dados que vi eram em torno de R$ 13 Bilhões, o problema ai mesmo são as aposentadorias e as pensões, que deveriam estar em outro ministério.

Ai um Deputado qualquer ou um Cidadão ver a quantidade do que gastamos em defesa, qual seria a justificativa pra aumentar o volume? Zero.

Isso que eu iria dizer, problema foi essa pirâmide previdenciária criada nos anos 80. Militar aposentado com 45/48 anos, patente acima, deixando pra filha...o rombo previdenciário do funcionalismo é praticamente só de responsabilidade dos militares. Fizeram em 2019 uma reforma de faz de conta que elevou ainda mais o gasto. Parece que agora (2019) os militares inativos passaram a pagar contribuição.
Outra coisa, desde 2013, todo servidor civil que entrou após essa data tem sua aposentadoria limitada ao teto do INSS. Todo aposentado civil, desde 2003, contribui para previdência. Inclusive, em 2019, essas alíquotas foram aumentadas, podendo chegar a 22%.
Portanto, além de perda de cerca de 30% pela inflação, os salários dos servidores civis foram corroídos ainda pelo aumento da contribuição em 2019. Praticamente nada disso afetou os militares desde a entrada do Bolsonaro, pois hoje ganham mais do que em 2019, mesmo considerado a inflação e não estão limitados ao teto do INSS como os demais (executivo, judiciário e legislativo).

[knigh7]

Uma das soluções poderia ser a elevação do desconto previdenciário no contracheque da elite do funcionalismo público inativo.

Isso deveria ser feito, o problema mesmo é que a folha de aposentadoria e pensões no MD infla demais o orçamento dele. Já conversei com Deputado de Direita que achava que gastávamos tudo aquilo em Defesa, até ele saber desse fator, que é pouquíssimo divulgado.

Isso causa problemas absurdos no Congresso sobre aumentar o investimento em defesa. Se remover, junto com dinheiro, vai ficar claro que nosso orçamento real de defesa não passa se quer dos R$ 30 Bilhões, considerando pagamento da folha da ativa, investimentos, manutenção e amortização de dívidas.

Nenhum Deputado vai ser louco de aumentar o orçamento de Defesa pra 1.8-2.0% do PIB e ser igual ou maior que o que é investido em Saúde e Educação, é suicídio político. Mas se for mostrado o real orçamento, a facilidade de aumentar é muito superior.

Não acredito que a sociedade aceite um aumento de cerca de R$ 50 bilhões, mesmo com o truque contábil de tirar da pasta os inativos (o gasto com os inativos de cada ministério sai do próprio orçamento da pasta).

Na sessão da CREDN com os militares há 10 dias o Comandante da MB disse que o efetivo atual é de 77.800 militares. A Marinha, como é responsável por zelar da segurança e recreio (dentre outras atividades) ribeirinhas tem agências e delegacias fluviais espalhadas pelo país. FFAA exercem atividades paralelas em qualquer lugar do mundo. O problema é que as nas nossas é excessivo e junta o fato delas serem mais Forças Desarmadas.

É necessário repassar uma parte das atribuições das nossas FFAA, inclusive para instâncias inferiores do Executivo, principalmente para os estados, que as desempenhariam até melhor.

[knigh7]

Uma das soluções poderia ser a elevação do desconto previdenciário no contracheque da elite do funcionalismo público inativo.

Não ia funcionar (se por "elite" te referes aos que ganham mais): ia acertar em cheio no Judiciário e ali os caras também esperam se aposentar, logo, vai virar tudo num monte de brecha pra eles e no fim só os tampinhas que nem eu e o @Matheus é que seremos penalizados (e um só juiz ou promotor, entre salários e mordomias, ganha muito mais do que nós dois juntos).

Mesmo uma ideia que já propus, estabelecer um teto comum para as aposentadorias tanto do setor público quanto do privado ia dar rabo: já imaginaste um desembargador aposentando ganhando o mesmo que eu? Ou um "puliça legislativa"? Mesmo problema, os da ativa um dia querem ser inativos e ir pescar, isso atrapalha o plano todo.

A melhor "solução" que conheço não é nada POLITICAMENTE CORRECTA: fazer como não faz muito tempo ainda era na China, quem não trabalha não come (na prática vai pros trabalhos forçados, onde tem que trabalhar para comer, ou seja, seis por meia dúzia) e previdência nem existe, o cara trabalha até não aguentar mais, daí jogam num depósito de véio e deixam a pão e água até bater as botas, o que nem vai demorar muito.

Em um par de gerações a população teria sido totalmente "enxugada", dae recomeça o ciclo, população novinha e que não sabe que um dia vai envelhecer também...

Eu pensei na possibilidade das brechas, que realmente podem acontecer. Mas ao mesmo tempo, seria apenas para a elite mesmo do funcionalismo. Isso politicamente ajudaria na aprovação.

Teremos os mesmos problemas das burlas ao Art. 37, XI, da CF/88 que os Tribunais praticam. Mas o sociedade não pode desistir. Dentro de uma cultura patrimonialista, como é a do Brasil, se o povo baixar a guarda o estamento burocrático vai esfolá-lo até o fim.

[knigh7]

Voltando ao assunto do gasto de 2% do PIB: a maioria dos países europeus não chegam a gastar isso. Estão fazendo o movimento nesse sentido quando o urso resolveu abrir a boca e partir pra cima da Ucrânia.

Não se iludam com relação ao Brasil: a sociedade só vai aceitar esse gastar nesse patamar quando de fato a ameaça se tornar evidente. Mas nem por isso eu considero que não se possa aumentar a nossa capacidade de investimento. Ela passa por aquilo que eu venho defendendo há anos que passa necessariamente pela racionalização tirando atribuições desnecessárias das FFAA e a pura e simples troca de quantidade por qualidade (como queria o Comandante Villas Bôas)...

Se os praças permanecerem mais tempo nas Forças e não utilizarmos os MEM por meio século é possível termos uma reserva de qualidade tornando mais notadamente o EB uma Força Armada elástica, enxuta e eficiente.