Será de extrema importância para o caça ou para a FAB?FCarvalho escreveu: ↑Qua Mar 30, 2022 10:03 pm Da mesma forma que um eventual e improvável terceiro lote de Gripen E\F para a FAB poderia ser viabilizado pela recente premência sueca de curtíssimo prazo em defesa, a introdução do Gripen E\F na aviação naval é plausível de se admitir no começo da próxima década.
Como se pode ver, o caça sueco não terá uma vida comercial fácil, e cada venda irá contar a fim de minorar os custos do projeto e torná-lo econômica e industrialmente viável, ou melhor, atrativo. Tirando os atuais usuários da família Gripen, que não passam de uma dezena de países, é mister observar que o mercado de exportação do caça sueco estará restrito a forças aéreas de países cuja necessidade de defesa não justifica altos investimentos nela.
Vamos considerar também que mesmo que Hungria e Rep Checa optassem pelo Gripen E, ainda assim os números podem não ser significativos, o mesmo se podendo dizer de África do Sul e Tailândia, com as Filipinas correndo por fora. E os checos já andaram falando em F-35...
Até 25 caças podem ser conseguidos na Colombia, mas isto ainda está em perspectiva. Chile e Peru são potenciais clientes, mas com poucas unidades a serem vendidas eventualmente. No fim, cada unidade que SAAB\Embraer conseguirem vender no mundo será de extrema importância para um caça que apesar das suas enormes qualidades está aparentemente fadado a ficar circunscrito a poucos e nada expressivos operadores na seara militar mundial.
Se o Gripen E for um fracasso a ponto da escala ser tão pequena que a operação é extremamente difícil, a gente vai insistir num terceiro lote?
Pra ficar ainda mais dependente?
É o que, AMX 2 - O Retorno?
Se o Gripen E virar dor de cabeça - o que, ressalte-se, eu não acredito, acho que vai ser positivo pra FAB - , opera o tempo que der, pega o conhecimento adquirido e parte pra outra.
E aí sejamos bem-vindos ao mundo dos países adultos que sabem que desenvolver localmente tem seus ônus e bônus. Todo mundo já micou com projetos. A alternativa é comprar pronto. Se a gente resolveu fazer, temos que estar cientes que há o risco de não dar certo. E aí, é preciso saber a hora de sair do projeto em vez de insistir no erro.