TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Qual o caça ideal para o FX?

F/A-18 Super Hornet
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84241 Mensagem por knigh7 » Seg Mar 28, 2022 10:30 pm

FCarvalho escreveu: Seg Mar 28, 2022 9:13 pm O Gripen E deu chabu no Canadá. Restamos nós e os suecos.
Interessante pensar em como os caras da SAAB vão pensar em contornar essa falta de capacidade do Gripen E em vencer concorrência mundo afora por aí onde o F-35 esteja junto.
As poucas vendas, na verdade as duas únicas não são suficiente para dar conta do projeto e a empresa lucrar com ele.
Duas opções: uma, investir nos pequenos e pobres, onde o Gripen E e sua relação custo x benefício possa concorrer com outros caças de 4,5a G ou mesmo caças usados e modernizados; e duas, investir pesado em 2o e 3o lotes do caça na FAB e pelo menos mais um lote para a força aérea sueca e tentar obter o máximo de ganhos possível, e depois disso partir para os 5a ou 6a G.
Outra hipótese é simplesmente considerar o Gripen E o último caça de desenho original sueco.
A ver o que é mais fácil, conveniente ou possível.
Acho que falta vc acompanhar mais o que está ocorrendo na Europa. Está havendo um aumento no planejamento de gastos militares (inclusive da Suécia). Isso vai se refletir em gastos na Força Aérea.

Em termos de vendas está olhando para o mundo mas não considerando o potencial para a Flygvapnet. E segura a ansiedade. As primeiras unidades operacionais ficaram prontas há 6 meses.

Não acredito que a SAAB pensasse em comercializar mais do que 200 unidades ou algo próximo para o projeto ser viável e sustentável economicamente. Para passar disso teria de contar com a força política do Governo deles para ajudar a empresa nas exportações. Seria inédito.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84242 Mensagem por FCarvalho » Ter Mar 29, 2022 12:06 pm

knigh7 escreveu: Seg Mar 28, 2022 10:30 pm Acho que falta vc acompanhar mais o que está ocorrendo na Europa. Está havendo um aumento no planejamento de gastos militares (inclusive da Suécia). Isso vai se refletir em gastos na Força Aérea.
Em termos de vendas está olhando para o mundo mas não considerando o potencial para a Flygvapnet. E segura a ansiedade. As primeiras unidades operacionais ficaram prontas há 6 meses.
Não acredito que a SAAB pensasse em comercializar mais do que 200 unidades ou algo próximo para o projeto ser viável e sustentável economicamente. Para passar disso teria de contar com a força política do Governo deles para ajudar a empresa nas exportações. Seria inédito.
Eu até que acompanho, mas sem maior entusiasmo. A questão do investimento em defesa na Europa já era esperado que acontecesse isso, dado que a maioria dos governos do continente, ligados a esquerda social democrata nos últimos 30 anos estiveram muito mais preocupados com a manutenção do bem estar social europeu do que com Defesa e suas questões. Mas como nem todo mundo ali é uma Alemanha da vida para colocar mais de 2% do PIB no mesmo ano, vai levar tempo até que a maioria consiga fazer algo próximo. A Suécia está neste meio. Eles até aprovaram o aumento do PIB na defesa, mas como os demais países, vão fazer isso a conta gotas, só chegando nos 2% ou pouco mais reclamados pela OTAN em até 5 anos.
Assim, teremos um espaço para pensar em como o mundo evolui até 2027 a fim de ver se eles vão de fato bancar o investimento, e segurar isso como política de defesa de longo prazo, ou se é apenas mais um espasmo pontual. Se os russos já investiam muito mais que os 2% do PIB em sua defesa, imagines agora com todo esse imbróglio para onde que isso vai. Claro, ainda muito longe de concorrer com USA e China, mas eles com certeza vão manter a sua BID o máximo possível em termos de desenvolvimento e produção. Se os europeus vão seguir correrendo juntos, veremos.
Com relação as vendas exteriores, no que depender apenas de FAB e força aérea sueca, a SAAB vai ter que se esforçar mais um pouco porque até onde sei, os 96 caças destes contratos podem até pagar o projeto, ou parte dele, mas não trazem nenhum lucro para ela. Assim, imagino que no momento a solução mais certa é investir pelo menos no segundo lote para cada força aérea. Isto pagaria os custos do projeto e quiçá trará algum lucro para a empresa do investimento feito nele. Além de manter a viabilidade econômica do mesmo no longo prazo até a próxima década. Mas é preciso pensar desde já no que será a linha de produção dos Gripen E para além de 2035, que deve ser quando as últimas unidades destes lotes subsequentes devem estar sendo entregues. E isso inclui eventuais exportações que se possa fazer neste meio tempo.
Aliás, como disse no outro tópico, talvez a necessidade de aumentar os investimentos em Defesa da Suécia no curto prazo seja uma grata oportunidade para nós de poder quem sabe aumentar os números de caças a encomendar sob condições bem mais atraentes que as do contrato original.
Tirando o fato de que os custos de desenvolvimento do caça já estarão pagos, e que tudo o que se investiu na construção e manutenção da sua rede de suporte aqui e na Suécia também devem estar pagos, os valores a se dispor em cada unidade do Gripen E\F devem ser bem mais favoráveis por estes dias. Sendo isto verdade, imagino que a encomenda do segundo lote da FAB junto com um novo lote de Gripen E para a Suécia pode render talvez algumas unidades a mais em termos de aquisição, se forem feitos conjuntamente, dados os números envolvidos. E quem sabe ao invés de 30 a 34 caças a FAB aproveite a oportunidade para encetar uma encomenda de 72 unidades, a fim de tentar emplacar já agora aquele quantitativo imaginário de 108 caças tão aventados por anos a fio, e que daria supostamente para fomentar as 3 bases aéreas também aventadas outro dia em entrevista por ex comandante da FAB. É uma possibilidade a ser vista. E quanto maior a encomenda, maior o desconto.
Se a SAAB conseguir convencer os governos de Brasil e Suécia a investir em algo assim, teremos cá e lá linha de produção aberta do Gripen E\F no mínimo até o começo dos anos 2040. Tempo mais que suficiente para amparar novas decisões, e novos projetos. E o que vier de exportação neste meio tempo, é lucro.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84243 Mensagem por knigh7 » Ter Mar 29, 2022 9:05 pm

Se vc observar a organização de 66 caças, a FAB não está contando com atrito: 4 unidades de 12+4(transição operacional)+2 protótipos (que ficariam como testes.
Ou então 3x 18 caças+ 12(de transição)=66

ou com um desses esquadrões com 16 com 1 agregando 2 caças afim de garantir uma esquadrilha para cada missão: 2 x 4 (tendo portanto 7).

Como as entregas dos lotes do Gripen para a Força será ao longo da década a FAB pode, no final, adquirir mais algumas unidades para repor o atrito. Deve ficar numas 70 unidades para nós e a linha de produçao ficará aberta com encomendas até por volta de 2030 somente conosco.*

*os 2 últimos caças do primeiro lote serão entreguem em 2026. É factível supor que nova(s)encomenda(s) de 30 a 34 caças a mantenha(m) aberta até por volta de 2030.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84244 Mensagem por FCarvalho » Qua Mar 30, 2022 11:53 am

knigh7 escreveu: Ter Mar 29, 2022 9:05 pm Se vc observar a organização de 66 caças, a FAB não está contando com atrito: 4 unidades de 12+4(transição operacional)+2 protótipos (que ficariam como testes.
Ou então 3x 18 caças+ 12(de transição)=66
ou com um desses esquadrões com 16 com 1 agregando 2 caças afim de garantir uma esquadrilha para cada missão: 2 x 4 (tendo portanto 7).
Como as entregas dos lotes do Gripen para a Força será ao longo da década a FAB pode, no final, adquirir mais algumas unidades para repor o atrito. Deve ficar numas 70 unidades para nós e a linha de produçao ficará aberta com encomendas até por volta de 2030 somente conosco.*
*os 2 últimos caças do primeiro lote serão entreguem em 2026. É factível supor que nova(s)encomenda(s) de 30 a 34 caças a mantenha(m) aberta até por volta de 2030.
Me parece que não contar com a questão atrito é um mal costume por aqui de todas as forças no tange a compra de novos meios.
Se a linha de produção e entrega para nós no pós 2026 for na mesma sequência que a atual, e nada indica que será diferente até o momento, é provável que ainda estejamos recebendo Gripen E\F no começo da próxima década. Mas isto também não pode ser considerado ruim dado que haverá ainda um mercado potencial de exportação a ser atendido. O problema é: até quando os suecos pretendem manter a linha aberta na SAAB. Mesmo que resolvam comprar mais 60 caças, e pela atual pressa em repor o investimento na Defesa deles, substituir os modelos C\D o mais breve possível pode indicar que se muito, a linha deles para até 2035. Depois disso não sabemos, ainda, o que acontece.
Lembra daqueles 14 meses que tu falastes que a SAAB pode produzir e entregar uma unidade do Gripen. Pois é, pode ser que nos próximos anos seja o caso. E se for assim, ou algo parecido, então temos que considerar também que a linha de produção aqui da Embraer tem data e hora marcada para se encerrar, também.
Acredito que seja prudente começarmos a pensar nos vetores complementares e\ou substitutos do Gripen E\F para a década de 2040 e além. Nem que seja só por precaução. O que não é muito de nosso feitio, mas vale a pena pensar nisto desde agora.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84245 Mensagem por FCarvalho » Qua Mar 30, 2022 12:18 pm

Embora improvável neste momento, há de se considerar também que o VF-1 poderá vir a ser equipado com o Gripen E\F até o final desta década, ou no começo dos anos 2030, já que os 6 A-4 modernizados, segundo o cronograma da MB, tem sua vida operacional marcada para terminar até 2030.

E como não teremos Nae dentro do prazo do atual PEM 2040, é mister pensar que o fim da produção do segundo lote da FAB pode indicar o início da produção daqueles caças para a MB, o que via de regra poderia estivar a linha de produção na Embraer por mais 2 ou 3 anos talvez.

Suponho que até 12 aviões poderiam ser comprados a fim de prover aquele esquadrão com uma capacidade fiável de apoio à esquadra, de forma manter uma disponibilidade mínima na faixa de 75 a 80 por cento, ou 9 caças sempre disponíveis. Uma encomenda de 8 E + 4 F seria o suficiente para manter o esquadrão operacional e oferecer o apoio aéreo que a esquadra necessita.

Obviamente que isto estaria condicionado à resolução de todos os (muitos) problemas da esquadra primeiro. Mas como eles só seriam encomendados lá por 2030\2032, teremos tempo suficiente para saber se a MB terá condições de bancar, também, mais este investimento. Do ponto de vista industrial e comercial, favorecer a Embraer no sentido de manter uma linha de produção aberta deve ajudar a confirmar o investimento. Ou não.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84246 Mensagem por Viking » Qua Mar 30, 2022 2:18 pm

FCarvalho escreveu: Qua Mar 30, 2022 12:18 pm Embora improvável neste momento, há de se considerar também que o VF-1 poderá vir a ser equipado com o Gripen E\F até o final desta década, ou no começo dos anos 2030, já que os 6 A-4 modernizados, segundo o cronograma da MB, tem sua vida operacional marcada para terminar até 2030.

E como não teremos Nae dentro do prazo do atual PEM 2040, é mister pensar que o fim da produção do segundo lote da FAB pode indicar o início da produção daqueles caças para a MB, o que via de regra poderia estivar a linha de produção na Embraer por mais 2 ou 3 anos talvez.

Suponho que até 12 aviões poderiam ser comprados a fim de prover aquele esquadrão com uma capacidade fiável de apoio à esquadra, de forma manter uma disponibilidade mínima na faixa de 75 a 80 por cento, ou 9 caças sempre disponíveis. Uma encomenda de 8 E + 4 F seria o suficiente para manter o esquadrão operacional e oferecer o apoio aéreo que a esquadra necessita.

Obviamente que isto estaria condicionado à resolução de todos os (muitos) problemas da esquadra primeiro. Mas como eles só seriam encomendados lá por 2030\2032, teremos tempo suficiente para saber se a MB terá condições de bancar, também, mais este investimento. Do ponto de vista industrial e comercial, favorecer a Embraer no sentido de manter uma linha de produção aberta deve ajudar a confirmar o investimento. Ou não.


Prezado FCarvalho

Também sou da opinião que a MB deveria substituir os A4 pelos F 39, entretanto todos da versão F, em um total de 12/16 exemplares. Estas aeronaves com os RBS 15,capacidade REVO com os KC 390 da FAB e conduzidos por aviadores navais, que conhecem as doutrinas próprias do emprego de navios de guerra, seriam um fator dissuasório relevante no AS. Estes aviões em minha opinião devem ser adquiridos independente da obtenção de NAe clássico, que acho muito improvável.
Em relação a NAe acredito que a MB quando for substituir o Atlântico o fara por um navio apto a operar aeronaves STOVL , SARP e helicópteros.

Sds




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84247 Mensagem por FCarvalho » Qua Mar 30, 2022 3:13 pm

Viking escreveu: Qua Mar 30, 2022 2:18 pm Prezado FCarvalho
Também sou da opinião que a MB deveria substituir os A4 pelos F 39, entretanto todos da versão F, em um total de 12/16 exemplares. Estas aeronaves com os RBS 15,capacidade REVO com os KC 390 da FAB e conduzidos por aviadores navais, que conhecem as doutrinas próprias do emprego de navios de guerra, seriam um fator dissuasório relevante no AS. Estes aviões em minha opinião devem ser adquiridos independente da obtenção de NAe clássico, que acho muito improvável.
Em relação a NAe acredito que a MB quando for substituir o Atlântico o fara por um navio apto a operar aeronaves STOVL , SARP e helicópteros.
Sds
Olá caro Nauta.

Penso que o biplace do Gripen poderia ser até um chamariz a mais no sentido de prover o VF-1, já que o modelo F é um desenvolvimento feito a nosso pedido, e no qual a Embraer tem ou teria muito maior envolvimento no seu projeto.
A encomenda de 12 a 16 deles para a marinha poderia não só (re)afirmar a qualidade do caça como induzir algumas compras do mesmo quiçá para a força aérea sueca e outras exportações possíveis.
Afinal, o modelo F tem mais DNA brazuca correndo nos seus fios do que sueco. :mrgreen: 8-]




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84248 Mensagem por gabriel219 » Qua Mar 30, 2022 6:02 pm

F39 na MB, vocês devem estar de sacanagem...

Aliás, como anda as aeronaves patrulheiras da Marinha, estão operacionais, @FCarvalho e @Viking? Ah, esqueci, a MB tem que ficar brincando de USMC com seus F-18C/D, porém na forma de F-39. Patrulheiro pra quê?

Ai depois tem a coragem de falar que PROSUB é elefante branco.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84249 Mensagem por Vinicius Pimenta » Qua Mar 30, 2022 6:32 pm

Extremamente improvável a operação do F-39 na MB, isso mesmo a médio prazo. Sequer a FAB conseguiu ainda a aprovação para um segundo lote, que pra ela é prioritário, diferente da MB que tem no programa de submarinos a sua prioridade. Só vai fazer sentido a substituição dos A-4 quando a MB voltar a possuir um NAe capaz de operar asa fixa. A MB está prestes a receber o último A-4 modernizado e vai, com isso, seguir tentando evitando perder completamente a doutrina de operação de asa fixa embarcada (se é que já não aconteceu). Vamos ver o que os próximos 10 anos vão permitir em termos de Defesa. O cenário atual de país e de mundo é bastante nebuloso.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84250 Mensagem por knigh7 » Qua Mar 30, 2022 6:34 pm

Vinicius Pimenta escreveu: Qua Mar 30, 2022 6:32 pm Extremamente improvável a operação do F-39 na MB, isso mesmo a médio prazo. Sequer a FAB conseguiu ainda a aprovação para um segundo lote, que pra ela é prioritário, diferente da MB que tem no programa de submarinos a sua prioridade. Só vai fazer sentido a substituição dos A-4 quando a MB voltar a possuir um NAe capaz de operar asa fixa. A MB está prestes a receber o último A-4 modernizado e vai, com isso, seguir tentando evitando perder completamente a doutrina de operação de asa fixa embarcada (se é que já não aconteceu). Vamos ver o que os próximos 10 anos vão permitir em termos de Defesa. O cenário atual de país e de mundo é bastante nebuloso.
Há quanto tempo, Vinícius!!

Um comentário pertinente (aliás, praxe sua).

A propósito: como fazemos para te amarrar no DB? Ou será que adianta fincar um prego no teu pé? :lol: :lol:

Abraços

Manuel Flávio




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84251 Mensagem por Vinicius Pimenta » Qua Mar 30, 2022 6:52 pm

knigh7 escreveu: Qua Mar 30, 2022 6:34 pm
Vinicius Pimenta escreveu: Qua Mar 30, 2022 6:32 pm Extremamente improvável a operação do F-39 na MB, isso mesmo a médio prazo. Sequer a FAB conseguiu ainda a aprovação para um segundo lote, que pra ela é prioritário, diferente da MB que tem no programa de submarinos a sua prioridade. Só vai fazer sentido a substituição dos A-4 quando a MB voltar a possuir um NAe capaz de operar asa fixa. A MB está prestes a receber o último A-4 modernizado e vai, com isso, seguir tentando evitando perder completamente a doutrina de operação de asa fixa embarcada (se é que já não aconteceu). Vamos ver o que os próximos 10 anos vão permitir em termos de Defesa. O cenário atual de país e de mundo é bastante nebuloso.
Há quanto tempo, Vinícius!!

Um comentário pertinente (aliás, praxe sua).

A propósito: como fazemos para te amarrar no DB? Ou será que adianta fincar um prego no teu pé? :lol: :lol:

Abraços

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Salve, Manuel, obrigado! Vou tentar aparecer mais. :lol: :lol:

Abs!




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84252 Mensagem por FCarvalho » Qua Mar 30, 2022 9:33 pm

gabriel219 escreveu: Qua Mar 30, 2022 6:02 pm F39 na MB, vocês devem estar de sacanagem...
Aliás, como anda as aeronaves patrulheiras da Marinha, estão operacionais, @FCarvalho e @Viking? Ah, esqueci, a MB tem que ficar brincando de USMC com seus F-18C/D, porém na forma de F-39. Patrulheiro pra quê?
Ai depois tem a coragem de falar que PROSUB é elefante branco.
Gabriel, gostemos ou não da ideia de caças na MB, os A-4 terão uma vida curta, mesmo modernizados. O planejamento atual leva a no máximo mais 10 anos de operações, e depois disso acabou para eles. Note que independente da modernização, os 6 caças utilizados vinham voando há anos regularmente no VF-1, posto que eram os únicos mantidos em condições de uso. Ademais, será muito mais caro manter estes aviões voando daqui a 10 anos, posto que o suprimento deles será quase impossível. Simplesmente não haverá de onde tirar peças.

A MB vai ser obrigada a tirar todos de operação com ou sem um substituto. Espero que na melhor das hipóteses o Gripen E\F possa servir como esse vetor substituto, dado que um Nae na marinha é coisa para, talvez, depois de 2050. Se houver uma decisão em pro deste navio até lá. Mesmo assim, a marinha não irá abrir mão de sua aviação de asa fixa, e da doutrina correspondente.

Quanto aos demais vetores, eu quero acreditar que a patrulha marítima irá para a MB no seu tempo, quando da substituição dos P-3AM, que por sua vez tendem a continuar em operação na FAB até bem depois de 2030. Mesmo sendo apenas 8 aviões. Mas claro, isso depende também do trabalho de revitalização das asas que está sendo feito, até agora, somente em 3 aeronaves. Imagino que FAB e MB tenham se entendido faz tempo quanto a este tema. E quando for oportuno e havendo os recursos necessários, haverá naturalmente a migração de uma força para a outra. Já existe pessoal da marinha operando embarcado nos P-3 assim como realizando cursos nos mais diversos aspectos dos sistemas da aeronave. Formar pilotos é algo que pode ser feito no longo prazo, também.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84253 Mensagem por FCarvalho » Qua Mar 30, 2022 9:50 pm

Vinicius Pimenta escreveu: Qua Mar 30, 2022 6:32 pm Extremamente improvável a operação do F-39 na MB, isso mesmo a médio prazo. Sequer a FAB conseguiu ainda a aprovação para um segundo lote, que pra ela é prioritário, diferente da MB que tem no programa de submarinos a sua prioridade. Só vai fazer sentido a substituição dos A-4 quando a MB voltar a possuir um NAe capaz de operar asa fixa. A MB está prestes a receber o último A-4 modernizado e vai, com isso, seguir tentando evitando perder completamente a doutrina de operação de asa fixa embarcada (se é que já não aconteceu). Vamos ver o que os próximos 10 anos vão permitir em termos de Defesa. O cenário atual de país e de mundo é bastante nebuloso.
O segundo lote da FAB irá sair cedo ou tarde, dado que a força não tem como manter F-5 e A-1 indefinidamente. Os custos e a manutenção estão ficando cada vez mais restritivos. Ademais há a questão de manter a linha de produção da Embraer aberta, e todos os seus desdobramentos, afinal, não seria aceitável pagar o que pagamos pelos Gripen E somente para montar umas poucas unidades e depois simplesmente fechar tudo. Embora isso no Brasil não seja exatamente uma novidade.

A aviação naval de asa fixa existe, e existirá, independente da marinha ter um Nae, visto que os desafios no médio e longo prazo obrigam o comando da instituição a optar pela reconstrução da esquadra em primeiro lugar. E vamos levar uns vinte anos, por baixo, até conseguirmos recuperar, ainda que parcialmente, as capacidades que tínhamos até outro dia. Se o atual programa das FCT seguir em frente conforme o cronograma estipulado, vamos ter meros 4(6) navios novos no começo dos anos 2030. E para substituir na íntegra os 14 que tínhamos, no ritmo de construção das Tamandaré, 2050 chega e nós não atingimos aquele número. Não construindo apenas 4 navios a cada 8 a 10 anos. E ainda há os navios de apoio, distritais, patrulhas, etc.

Desta forma, a opção pelos Gripen E\F no VF-1 é tão natural quanto aceitável, já que mantem a operacionalidade daquele esquadrão, dá à marinha capacidade de cobertura aeronaval necessária e ainda oferece uma boa esticada de vida à linha de produção na Embraer, que se muito, com apenas dois lotes do caça sueco, vai parar na melhor das hipóteses lá por 2032 se seguir a atual taxa de entregas do caça para a FAB.

Enfim, embora não seja possível hoje como a MB vai fazer para substituir os A-4, daqui a 10 anos a situação financeira-orçamentária do governo pode ser outra, de forma a facilitar tal investimento. Se a política irá corroborar aquela percepção, a ver.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84254 Mensagem por Vinicius Pimenta » Qua Mar 30, 2022 9:58 pm

FCarvalho escreveu: Qua Mar 30, 2022 9:50 pm
Vinicius Pimenta escreveu: Qua Mar 30, 2022 6:32 pm Extremamente improvável a operação do F-39 na MB, isso mesmo a médio prazo. Sequer a FAB conseguiu ainda a aprovação para um segundo lote, que pra ela é prioritário, diferente da MB que tem no programa de submarinos a sua prioridade. Só vai fazer sentido a substituição dos A-4 quando a MB voltar a possuir um NAe capaz de operar asa fixa. A MB está prestes a receber o último A-4 modernizado e vai, com isso, seguir tentando evitando perder completamente a doutrina de operação de asa fixa embarcada (se é que já não aconteceu). Vamos ver o que os próximos 10 anos vão permitir em termos de Defesa. O cenário atual de país e de mundo é bastante nebuloso.
O segundo lote da FAB irá sair cedo ou tarde, dado que a força não tem como manter F-5 e A-1 indefinidamente. Os custos e a manutenção estão ficando cada vez mais restritivos. Ademais há a questão de manter a linha de produção da Embraer aberta, e todos os seus desdobramentos, afinal, não seria aceitável pagar o que pagamos pelos Gripen E somente para montar umas poucas unidades e depois simplesmente fechar tudo. Embora isso no Brasil não seja exatamente uma novidade.

A aviação naval de asa fixa existe, e existirá, independente da marinha ter um Nae, visto que os desafios no médio e longo prazo obrigam o comando da instituição a optar pela reconstrução da esquadra em primeiro lugar. E vamos levar uns vinte anos, por baixo, até conseguirmos recuperar, ainda que parcialmente, as capacidades que tínhamos até outro dia. Se o atual programa das FCT seguir em frente conforme o cronograma estipulado, vamos ter meros 4(6) navios novos no começo dos anos 2030. E para substituir na íntegra os 14 que tínhamos, no ritmo de construção das Tamandaré, 2050 chega e nós não atingimos aquele número. Não construindo apenas 4 navios a cada 8 a 10 anos. E ainda há os navios de apoio, distritais, patrulhas, etc.

Desta forma, a opção pelos Gripen E\F no VF-1 é tão natural quanto aceitável, já que mantem a operacionalidade daquele esquadrão, dá à marinha capacidade de cobertura aeronaval necessária e ainda oferece uma boa esticada de vida à linha de produção na Embraer, que se muito, com apenas dois lotes do caça sueco, vai parar na melhor das hipóteses lá por 2032 se seguir a atual taxa de entregas do caça para a FAB.

Enfim, embora não seja possível hoje como a MB vai fazer para substituir os A-4, daqui a 10 anos a situação financeira-orçamentária do governo pode ser outra, de forma a facilitar tal investimento. Se a política irá corroborar aquela percepção, a ver.
O problema do teu raciocínio é exatamente sua última frase.

Não, a aviação de asa fixa da MB não necessariamente existirá independente de um NAe. Não existia antes, pode deixar de existir. A FAB iniciou a operação de helicópteros de ataque em 2010 e menos de 15 anos depois está encerrando. Nada nesse mundo é definitivo, especialmente no Brasil.

Além disso, justamente por toda essa demanda de obtenção de meios navais - função primária da MB - a chegada de novos caças é extremamente improvável, a menos que, por milagre ou por um bom vento do ocupante de ocasião da cadeira do Planalto, seja possível incluir meia dúzia de unidades para a MB no próximo lote da FAB. Repito, considero extremamente improvável.

O tempo dirá. Tomara que você esteja certo. Torço por isso.




Vinicius Pimenta

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#84255 Mensagem por FCarvalho » Qua Mar 30, 2022 10:03 pm

Da mesma forma que um eventual e improvável terceiro lote de Gripen E\F para a FAB poderia ser viabilizado pela recente premência sueca de curtíssimo prazo em defesa, a introdução do Gripen E\F na aviação naval é plausível de se admitir no começo da próxima década.

Como se pode ver, o caça sueco não terá uma vida comercial fácil, e cada venda irá contar a fim de minorar os custos do projeto e torná-lo econômica e industrialmente viável, ou melhor, atrativo. Tirando os atuais usuários da família Gripen, que não passam de uma dezena de países, é mister observar que o mercado de exportação do caça sueco estará restrito a forças aéreas de países cuja necessidade de defesa não justifica altos investimentos nela.

Vamos considerar também que mesmo que Hungria e Rep Checa optassem pelo Gripen E, ainda assim os números podem não ser significativos, o mesmo se podendo dizer de África do Sul e Tailândia, com as Filipinas correndo por fora. E os checos já andaram falando em F-35...

Até 25 caças podem ser conseguidos na Colombia, mas isto ainda está em perspectiva. Chile e Peru são potenciais clientes, mas com poucas unidades a serem vendidas eventualmente. No fim, cada unidade que SAAB\Embraer conseguirem vender no mundo será de extrema importância para um caça que apesar das suas enormes qualidades está aparentemente fadado a ficar circunscrito a poucos e nada expressivos operadores na seara militar mundial.




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