MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Área para discussão de Assuntos Gerais e off-topics.

Moderador: Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Avatar do usuário
Rurst
Sênior
Sênior
Mensagens: 1140
Registrado em: Dom Ago 21, 2016 10:45 pm
Agradeceram: 177 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#8356 Mensagem por Rurst » Dom Jul 11, 2021 12:49 pm

Agronegócio bate recordes e cidades do interior veem salto no consumo de luxo
Receita agrícola, que já vinha em alta, vai explodir 53% em 2021, espalhando-se para o varejo e serviços, inflando vendas de aviões e carros de luxo; bancos se movimentam para administrar a fortuna de quem ganha dinheiro longe das capitais

https://economia.estadao.com.br/noticia ... 0003774664

Número de startups no agro aumentou 40% em relação a 2019

https://www.embrapa.br/en/busca-de-noti ... cao-a-2019

Imagem

Imagem




Avatar do usuário
Rurst
Sênior
Sênior
Mensagens: 1140
Registrado em: Dom Ago 21, 2016 10:45 pm
Agradeceram: 177 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#8357 Mensagem por Rurst » Qui Jul 15, 2021 11:49 am

Resumão do projeto

Em todo o País, são mais de 500 tipos de benefícios concedidos a servidores. Com o texto, apenas 32 poderão superar o limite constitucional.

Segundo Bueno, quando se tornar lei, o projeto trará economia de R$ 3 bilhões por ano. O CLP considera que aproximadamente 25 mil servidores públicos tenham ganhos acima do teto.


A economia gerada com esse projeto também vai ser usada para compensar uma queda maior no Imposto de Renda (IR) para as empresas nos próximos dois anos

Câmara aprova projeto para barrar supersalários no funcionalismo
Pelo novo texto, a regra vale para todas as esferas da administração pública e todos os Poderes, incluindo magistrados e militares

Matéria completa no link:

https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,camara-aprova-projeto-para-barrar-supersalarios-no-funcionalismo,70003777521

A Câmara aprovou nesta terça-feira, 13, um projeto que impõe barreiras ao pagamento de “supersalários” recebidos pelo funcionalismo público, incluindo servidores do Judiciário. O texto impõe limitação a privilégios historicamente repassados a uma elite de servidores, que gozam de condições incompatíveis com a realidade dos demais trabalhadores do País. O projeto também alcança civis e militares dos três Poderes.

Hoje, embora exista um teto remuneratório equivalente ao salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), de R$ 39,2 mil, esse patamar costuma ser "fictício", porque abrange de “penduricalhos", como auxílio-livro, auxílio-moradia e auxílio-banda larga e tantos outros, fazendo com que os ganhos mensais estourem o teto. São esses benefícios que foram atacados.

Em todo o País, são mais de 500 tipos de benefícios concedidos a servidores. Com o texto, apenas 32 poderão superar o limite constitucional. As mudanças estipulam, por exemplo, que o auxílio-creche poderá ter valor de até 3% do salário máximo pago a um servidor, o que equivale a R$ 1,178 mil. Foi ainda limitada a "venda" de férias a 30 dias por exercício. A medida atinge em especial magistrados e integrantes do Ministério Público que têm direito a 60 dias de férias e recebiam o adicional de férias nos dois períodos.

O auxílio-moradia, muito utilizado em Brasília, por exemplo, poderá ultrapassar o teto, desde que siga regras como ser concedido quando o servidor é obrigado a se mudar de cidade por causa do trabalho. A matéria também aplica uma "trava" para alguns benefícios, como o auxílio-alimentação, que poderá exceder o teto, mas em valor limitado a, no máximo, 3% do salário do servidor.

As verbas de natureza "indenizatória", grosso modo, que não são o salário em si, não sofrem descontos, mesmo quando a soma dos ganhos ultrapassa o teto. Ao longo dos anos, representações de servidores trabalharam para que benefícios desse tipo fossem incorporados. São um caminho para aumentar os pagamentos sem descumprir legislações. O projeto mexe justamente nessas condições.

Os casos de "supersalários" Brasil afora são muitos. É um tema recorrente nos âmbitos estadual e federal do Poder Judiciário. Em 24 Estados, juízes recebem por mês mais de R$ 1 mil de vale-refeição. Em Pernambuco, o valor chega a R$ 4,7 mil – o montante supera o dobro da renda média do brasileiro.

Em uma nota técnica sobre o projeto aprovado na Câmara, o Centro de Liderança Pública listou outros casos emblemáticos de remunerações extra-teto. Entre eles, os R$ 543 milhões pagos a juízes e procuradores como benefícios durante a pandemia, o fato de uma juíza de Pernambuco ter recebido R$ 1,3 milhão em 2019 e, ainda, o caso de um juiz de Minas Gerais que ganhou mais de R$ 700 mil somente com verbas indenizatórias.

O texto aprovado na Câmara traz uma lista do que pode ser classificado como verba indenizatória e pode ser pago sem prejuízo do teto remuneratório. O que estiver fora dessa lista, deve ser pago com desconto para que o limite seja respeitado.

Ficam liberados da observância ao limite pagamentos como o adicional de férias de até um terço do salário, décimo terceiro salário, adicional noturno, adicional de insalubridade, entre outros.


Entre as remunerações que passarão a ser consideradas para cálculo do teto, estão os “jetons”, como são chamadas as participações de ministros e servidores em conselhos de empresa pública. Hoje, o pagamento devido por essa participação em reuniões soma-se integralmente aos salários.

Estarão ainda sujeitos ao limite salarial do ministro do STF os “honorários de sucumbência”, verbas repassadas a algumas categorias de servidores por produtividade em processos judiciais.

As mudanças também afetam pagamentos a promotores de Justiça, defensores públicos e juízes de Direito. O texto, que foi alterado na Câmara, será novamente apreciado pelo Senado. Só depois de aprovado na outra Casa é que poderá ser submetido à sanção do presidente Jair Bolsonaro.

Para o relator da proposta, deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR), o projeto combate os abusos contra o erário. "Quem é que admite privilégios? Não é o funcionalismo público. São grupos que atuam no serviço público e que tiram proveitos daquilo que a Constituição deixava como margem porque não havia sido regulamentado até agora por lei”, disse.

Segundo Bueno, quando se tornar lei, o projeto trará economia de R$ 3 bilhões por ano. O CLP considera que aproximadamente 25 mil servidores públicos tenham ganhos acima do teto.

A economia gerada com esse projeto também vai ser usada para compensar uma queda maior no Imposto de Renda (IR) para as empresas nos próximos dois anos,
segundo relatório apresentado hoje pelo deputado Celso Sabino (PSDB-PA).

Na prática, o projeto que limita os supersalários regula o que deve e não deve ser considerado para efeitos do abate-teto, ou seja, para que sejam ou não limitados. Entre as remunerações que passarão a ser consideradas para cálculo do teto, estão os jetons pagos a ministros e servidores que participam de conselhos de empresa pública. Hoje, o pagamento devido por participação deles em reuniões soma-se integralmente aos salários.

Pelo novo texto, a regra vale para todas as esferas da administração pública e todos os Poderes, incluindo magistrados e militares. A matéria apresenta uma lista do que pode ser classificado como verba indenizatória e pode ser paga sem observância do limite remuneratório. O que estiver fora dessa lista, como o auxílio-paletó ou natalidade, estará fora da lei.

De acordo com os deputados, a economia estimada com a sanção do projeto é superior a R$ 3 bilhões por ano.


ENTENDA O QUE MUDA NOS SUPERSALÁRIOS
  • Haverá corte no auxílio-moradia de autoridades, honorários passíveis de abate teto e desconto de salários extras de ministros e servidores que fazem parte de conselhos de empresas públicas.
  • O projeto coloca travas no pagamento de verbas indenizatórias, que não são sujeitas ao abate teto.
  • Fica estabelecido que todas as rubricas não listadas, o que inclui centenas dos chamados "penduricalhos", serão passíveis de corte à medida que ultrapassarem o teto.
  • O projeto ainda limita a "venda" do 1/3 de férias a apenas um período de férias, o que corresponde a 30 dias. A medida atinge em especial magistrados e integrantes do Ministério Público, que têm direito a 60 dias de férias e recebiam o adicional de férias nos dois períodos.
  • Honorários de sucumbência, venda de férias acima de 30 dias (Judiciário e MP tem 60 dias de férias e maioria dos membros vende mais de 30), jetons (exemplo: ministros e servidores que recebem para fazer parte de conselhos de estatais dependentes do governo), entre outras rubricas.
Como é o teto salarial é hoje?
A Constituição determina um limite para o pagamento de salários no serviço público. Em âmbito federal esse teto é R$ 39,3 mil. Porém, os critérios de pagamento hoje se encontram dispersos, dando margem a "penduricalhos".

O que muda com o projeto?
O PL unifica o entendimento do que entra e o que sai do teto do serviço público, baseado no que manda a Constituição:

"Art. 37 - § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei."

Para cumprir essa finalidade, são identificadas parcelas que, por serem classificadas como indenizatórias, poderão ser pagas sem observância do limite remuneratório. Fora dessa lista, será aplicado o corte. A economia com essa medida ultrapassa R$ 3 bilhões/ano.

O que o PL faz?
  • São discriminados os agentes públicos cuja retribuição é alcançada pela futura lei. Entra presidente da República, deputados, senadores, governadores, prefeitos, magistrados e servidores em geral.
  • Promove-se a enumeração de parcelas remuneratórias que não se submetem ao limite constitucional por serem consideradas indenizatórias.
  • Estabelecidas as parcelas consideradas indenizatórias, são introduzidas travas com o objetivo de evitar medidas oportunistas de burlar o teto.
  • Determina-se que qualquer parcela remuneratória não contemplada na relação será submetida ao limite constitucional.
  • O substitutivo também introduz pena de 2 a 6 anos para quem fizer o pagamento de parcela remuneratória em desacordo com o disposto na futura lei.
Relatório Focus eleva projeção de alta do PIB em 2021 para 5,26%

https://www.gazetadopovo.com.br/economi ... -para-526/

O relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (12) mostra projeção de alta no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2021. De acordo com dados da pesquisa realizada com analistas do mercado financeiro, a alta passou de 5,18% para 5,26%. Essa é a 12ª alta consecutiva prevista pelo indicador. Para 2022, no entanto, houve previsão de queda de 2,10% para 2,09% no PIB.

Ex-estatais elétricas já viram a página sob gestão privada
Desde 2016, dez concessionárias federais e estaduais foram vendidas; novos donos já investiram mais de R$ 6 bilhões nas empresas

https://valor.globo.com/empresas/notici ... vada.ghtml

Imagem

Tarcísio rebate críticas de ambientalistas ao projeto do Ferrogrão
Entidades temem desmatamento na estrada de ferro que corta a Amazônia; lobby privado também ameaça o projeto

https://veja.abril.com.br/blog/radar/ta ... ferrograo/

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, rebateu há pouco críticas ao projeto da Ferrogrão, ferrovia que pretende escoar a produção de soja da região Centro-Oeste pelos portos do Norte.

O governo planeja lançar o edital do empreendimento até o final deste ano e realizar o leilão da obra no primeiro trimestre do ano que vem.

A Ferrogrão é o projeto de uma ferrovia de 933 quilômetros que ligará a cidade produtora de Sinop, no Mato Grosso, até o porto de Miritituba, que fica no rio Tapajós, sudoeste do Pará.

A rota, em parte coberta pela BR 163, é um sonho antigo de parte do setor produtivo, mas deflagrou uma verdadeira guerra econômica envolvendo empresas que lucram hoje na rota de grãos pelos portos do Sudeste.


Segundo reportagem do jornal O Globo, entidades da sociedade civil temem que a obra gere desmatamento e afete comunidades indígenas ao longo do seu traçado. A previsão das entidades é que haja o desmatamento equivalente a área da capital de São Paulo em uma importante região amazônica, cercada de reservas ambientais.

Tarcísio ironizou o documento. “O Brasil é o único país no mundo em que é preciso se esforçar para explicar que uma ferrovia é sustentável. A alternativa à Ferrogrão é a duplicação da BR-163/PA, por onde sobem hoje 2.000 caminhões por dia”, disse o ministro pelo Twitter.

Ele disse ainda que parte da ferrovia usará o traçado da BR-163 e que já há projeto de recuperação de áreas de mata degradadas na região. Segundo o ministro, a opção pelo investimento no modal ferroviário reduz a quantidade de caminhões na estrada e deixa de emitir, segundo ele, um milhão de toneladas de CO2 na Amazônia.




Avatar do usuário
Rurst
Sênior
Sênior
Mensagens: 1140
Registrado em: Dom Ago 21, 2016 10:45 pm
Agradeceram: 177 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#8358 Mensagem por Rurst » Qui Jul 15, 2021 6:07 pm

Brasil: VW terá centro de desenvolvimento de híbridos com etanol

https://www.noticiasautomotivas.com.br/ ... om-etanol/

A Volkswagen anunciou a criação de um centro de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias que usarão etanol e outros biocombustíveis como complemento à eletrificação e hibridização.

O objetivo é buscar combustão mais eficiente e soluções híbridas, mas sempre focadas nos mercados emergentes. Isso é um reconhecimento da Volkswagen para o atraso esperado no processo global de eletrificação dessas regiões, inclusive agora a Índia.

Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen América Latina, diz: “Sediar aqui no Brasil o novo Centro de P&D para etanol e outros biocombustíveis nos coloca em evidência no mundo Volkswagen. Poder liderar, desenvolver e exportar soluções tecnológicas a partir do uso da energia limpa dos biocombustíveis se caracteriza como uma estratégia complementar às motorizações elétrica, híbrida e à combustão a mercados emergentes é um reconhecimento enorme para a operação na América Latina. Vamos atuar em parceria com Governo, universidades e a agroindústria para podermos trabalhar com o que há de melhor para o futuro da mobilidade”.

Embraer recebe encomenda de até 80 jatos E195-E2

https://www.mercadoeeventos.com.br/noti ... s-e195-e2/

A Embraer fechou um pedido de até 80 jatos E195-E2 para iniciar o plano de expansão da Porter Airlines na América do Norte. Com o acordo, a companhia aérea tem 30 aeronaves garantidas em pedido firme, bem como o direito de compra de 50 unidades do mesmo modelo. O negócio será incluído na carteira de pedidos (backlog) da Embraer do segundo trimestre e tem valor de US$ 5,82 bilhões, a preço de lista, com todas as opções sendo exercidas.

“Com este pedido para até 80 de nossas maiores aeronaves, o E2 está fazendo uma estreia impressionante na América do Norte. Além de ser a aeronave mais silenciosa e eficiente em consumo de combustível do segmento, o E195-E2 também se destaca pelo excelente desempenho operacional”, disse Arjan Meijer, CEO da Embraer Aviação Comercial.

A Porter Airlines será o cliente de lançamento da mais nova família de jatos da Embraer, a E2, na América do Norte. A Porter pretende utilizar o E195-E2s em destinos populares de negócios e lazer em todo o Canadá, Estados Unidos, México e Caribe a partir de Ottawa, Montreal, Halifax e do Toronto Pearson International Airport.

A primeira entrega para a Porter está programada para o segundo semestre de 2022. O contrato contempla a opção de converter os direitos de compra para o jato E190-E2. O E195-E2 acomoda entre 120 e 146 passageiros. Os planos de configuração dos jatos E2 da Porter serão revelados oportunamente.

“Este é um momento decisivo na história da Porter. Hoje estabelecemos as bases para um novo e mais abrangente serviço para nossos clientes, entregue no verdadeiro estilo de conforto da Porter. O E2 da Embraer, com sua cabine espaçosa, operações mais silenciosas e sem assentos do meio, proporciona a requintada e confortável experiência sobre a qual a Porter construiu sua reputação de serviço e qualidade. Nossos clientes vão adorar a experiência neste jato tanto quanto nós da Porter,” disse Michael Deluce, presidente e CEO da Porter Airlines.




Avatar do usuário
Rurst
Sênior
Sênior
Mensagens: 1140
Registrado em: Dom Ago 21, 2016 10:45 pm
Agradeceram: 177 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#8359 Mensagem por Rurst » Sáb Jul 17, 2021 12:23 pm

Voa Brasil

Fonte:

https://relatorioreservado.com.br/noticias/

A vacina que vem

O Ministério da Saúde negocia com a Janssen a antecipação em pelo menos um mês da entrega de todas as 38 milhões de doses de
vacina contra a Covid-19 já contratadas. O prazo previsto em contrato é novembro.

Pista de mão dupla

A CCR está em negociações avançadas com a Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) para estender a concessão da Autoban por mais 25 anos. É a contrapartida depois da empresa pagar uma indenização ao governo de São Paulo da ordem de R$ 1,2 bilhão, referente ao reequilíbrio econômico-financeiro de contratos com o estado.

Prejuízo certo

O brasileiro já deixou a Ford antes mesmo da Ford deixar o Brasil. Os estoques das concessionárias da marca estão abarrotados. Os consumidores não querem pagar o mico de comprar o veículo de uma montadora que vai interromper sua produção no país em dezembro – sabe-se lá como ficarão os serviços de manutenção e a reposição de peças. Entre janeiro e maio deste ano, as vendas da Ford no Brasil caíram 71% em comparação a igual período em 2020 – no mesmo intervalo, ressalte-se, o setor como um todo cresceu 32%.

Trator chinês

A chinesa Shandong Wuzheng ressuscitou o projeto de instalar uma fábrica de tratores no Brasil, notadamente no Rio Grande do Sul. Em 2012, os asiáticos chegaram a acertar todos os detalhes com o governo gaúcho e, na hora H, deram meia volta, volver.

Duelo no Amapá

No BNDES, Aegea e BRK Ambiental são apontadas como nomes certos no leilão da Caesa, empresa de saneamento do Amapá. A licitação está marcada para 2 de setembro. Procurada, a Aegea diz que “está sempre atenta às novas oportunidades”. A BRK, por sua vez, não se pronunciou.

Será que agora o GAP pousa no Brasil?

O Grupo Aeroportuário del Pacífico (GAP), do México, é forte candidato a participar da próxima rodada de concessões aeroportuárias no Brasil. Em 2017, a companhia também se credenciou para os leilões do setor, mas acabou desistindo. Tudo indica que agora será diferente.

Pé na estrada

Segundo o RR apurou, o TCU deverá votar em agosto o edital de concessão das BR2 262 e 381. De acordo com a mesma fonte, haverá poucas mudanças no texto original. Tarcísio Freitas agradece. Com isso, cresce a chance do leilão ser realizado ainda neste ano, provavelmente em novembro. Procurado, o TCU informou que o “assunto é objeto do processo TC 028.116/2020-8, ainda não apreciado pelo Tribunal.”

Mais dinheiro na Vtex

O fundo norte-americano Riverwood Capital estaria preparando um novo aporte de capital na Vtex, startup que desenvolve tecnologia para o setor de e-commerce. A empresa é um dos unicórnios brasileiros: seu valor de mercado já beira os US$ 2 bilhões.

Epidemia de IPOs entre as cimenteiras

A mosca azul do IPO se espalha pela indústria cimenteira. O grupo brasileiro Brennand e a italiana Buzzi Unicem, sócios da Cimento Nacional/BCPAR, estudam a abertura de capital da empresa. Seguiriam, assim, os passos da Intercement (Camargo Corrêa) e CSN Cimentos, que já anunciaram um oferta pública de ações. A captação em bolsa daria ainda mais fôlego para a Cimento Nacional se credenciar de vez como uma consolidadora do setor. No ano passado, a companhia pagou R$ 1,2 bilhões pelos ativos da cimenteira irlandesa CRH no Brasil.

Diplomacia verde

Há um movimento comandado pelo coronel Tarcísio Freitas para transformar os debêntures da infraestrutura em green bonds, o que fortaleceria a tese de estender o acesso de novos investidores às debêntures incentivadas. Explica-se: as debêntures incentivadas estão circunscritas às pessoas físicas. Por enquanto, o filé mignon das debêntures da infraestrutura continua mal passado. Os títulos não foram liberados para os investidores institucionais com o respectivo incentivo fiscal. O projeto de lei permanece parado na Câmara. Um pincelada de verde talvez ajude a quebrar a inércia.

As startups de Ometto

O empresário Rubens Ometto estaria envolvido em um projeto de aquisição de startups da área de energia renovável. Não está claro se é investida solo ou por meio da Raízen, sociedade entre a Cosan, de Ometto, e a Shell.

Conexão total

O Archy – braço do GIC, fundo soberano de Cingapura – é candidato à compra de redes de fibra ótica no Brasil. Às portas do leilão de 5G, seria mais um importante movimento de ocupação no mercado brasileiro de telecomunicações. O Archy já é sócio da Algar Telecom.

Moto chinesa

A Hero Company, maior fabricante de motos da China, está em busca de um parceiro no Brasil. O primeiro ato seria exportar suas motocicletas para o mercado brasileiro; o segundo, se tudo der certo, montar uma fábrica no país.

Uma coisa leva à outra

O grupo alemão Bertelsmann está garimpando startups da área de saúde no Brasil. Recentemente, os germânicos compraram a participação do fundo Crescera (ex-Bozano) na Afya, grupo educacional focado em medicina.

Linha de transmissão

O nome da indiana Unitech Power circula nos corredores da Aneel como candidata a participar dos próximos leilões de transmissão no Brasil. Vai seguir o rastro da conterrânea Sterlite, que já tem negócios no país.

Bandeira 2

A Didi Chuxing, uma das maiores empresas de tecnologia da China, estaria preparando um novo aporte de capital no aplicativo de transporte 99 Táxi. Isso se a companhia não for tragada por um escândalo em seu país de origem. O governo chinês abriu investigação sobre possíveis falhas no sistema de cibersegurança da Didi.

Segundo cais

A DP World, de Dubai – acionista da antiga Embraport, em Santos – estuda disputar a concessão do Porto de Vitória.

Há vagas na Great Wall

A chinesa Great Wall Motors, que fechou a compra da antiga fábrica da Mercedes em Iracemópolis (SP), deverá contratar cerca de 300 operários para a unidade. Não deixa de ser um alento: é quase o número de trabalhadores que havia quando os alemães suspenderam a produção em dezembro do ano passado – cerca de 380.

Esbanjando saúde

Cobiçada por grandes players do setor de educação, a São Leopoldo Mandic segue firme em sua carreira-solo. A empresa, uma das maiores faculdades privadas de medicina do país, pretende abrir novas unidades de pós-graduação. Além disso, vai sair às compras: na mira, cursos de medicina e de odontologia – informação confirmada ao RR pela própria São Leopoldo.

Dueto pela Braskem

A chinesa Sinopec e a holandesa LyondellBasell estariam articulando uma oferta conjunta pela participação da Novonor (antiga Odebrecht) na Braskem.

Uma boa nova na infraestrutura…

https://relatorioreservado.com.br/notic ... estrutura/

A Russian Railways, que administra quase cem mil quilômetros de trilhos no país europeu, teria demonstrado interesse em participar da licitação dos trechos II e III da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol).

Governo Bolsonaro entrega farelos aos produtores de soja

https://relatorioreservado.com.br/notic ... s-de-soja/

Outro exemplo de desprestígio dos produtores de soja: a pressão para que o Ministério da Agricultura acelere o processo de privatização de armazéns da Conab, muitos deles fechados e dependentes de investimentos privados, não tem surtido efeito. O déficit de estocagem é um dos graves problemas do agronegócio. O Mato Grosso, por exemplo, produz mais de 70 milhões de toneladas de grãos e possui uma estrutura de armazenagem para apenas 46 milhões de toneladas.




Avatar do usuário
Rurst
Sênior
Sênior
Mensagens: 1140
Registrado em: Dom Ago 21, 2016 10:45 pm
Agradeceram: 177 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#8360 Mensagem por Rurst » Sex Jul 23, 2021 3:05 pm

Volks estreia no mercado mundial de caminhão elétrico com veículo produzido no Rio
Meta é reduzir em 30% a emissão de gás carbônico até 2025, mas unidades serão três vezes mais caras que as movidas a diesel

https://oglobo.globo.com/economia/volks ... 1-25106294




Avatar do usuário
JavaLindo66
Intermediário
Intermediário
Mensagens: 330
Registrado em: Ter Nov 26, 2019 9:07 pm
Localização: Salvador
Agradeceram: 114 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#8361 Mensagem por JavaLindo66 » Sex Jul 23, 2021 5:25 pm

(...) mas unidades serão três vezes mais caras que as movidas a diesel.
Em carro elétrico, o que fode é isso. Se já caro pros europeus/americanos, imagine pro brasileiro médio.

Embora diga isso mas o que mais vejo na rua é essas SUV (Renegade, Compass, Captiv, Creta, etc.), então nem se estamos tão pobres assim. :roll:




Avatar do usuário
Rurst
Sênior
Sênior
Mensagens: 1140
Registrado em: Dom Ago 21, 2016 10:45 pm
Agradeceram: 177 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#8362 Mensagem por Rurst » Sáb Jul 24, 2021 5:04 pm

Indústria de produtos de alta e média tecnologia retrocede no Brasil

Matéria completa no link:

https://economia.uol.com.br/noticias/es ... brasil.htm

A indústria de transformação brasileira passa por uma desidratação cada vez mais acentuada que atinge, principalmente, o grupo de bens de consumo duráveis e bens de capital. Em uma década, a participação das empresas de produtos de alta e média tecnologia, como itens de informática e veículos, recuou de 23,8% para 18,7% no setor industrial. O segmento é o mais dinâmico da economia por investir em pesquisa e desenvolvimento e gerar empregos mais qualificados.

Menos complexos e menos intensivos em inovações, fabricantes de bens tradicionais, como alimentos e bebidas, ampliaram sua fatia de 25,6% para 35%. Bens intermediários, como madeira, celulose e papel, também perderam participação, de 49,3% para 44,4%.
"É como se a indústria estivesse andando para trás em termos de composição", afirma Renato da Fonseca, economista-chefe da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Novo estudo da entidade mostra que, apesar de elevado em relação a vários outros países, o grau de diversificação da indústria brasileira vem diminuindo e se concentrando no setor de bens não duráveis e semiduráveis. A CNI avaliou o período 2008 a 2018, com base na mais recente Pesquisa Industrial Anual (PIA) do IBGE.

Para Fonseca, o Brasil está perdendo a indústria que tem maior capacidade de puxar outros setores, por ter longa cadeia produtiva. "Não podemos abrir mão da indústria que contribui com maior crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). Precisamos dela para acelerar o crescimento e reduzir os níveis de pobreza e de desigualdade nas regiões brasileiras."

Rafael Cagnin, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), diz que, quando forem contabilizados os dados de 2019 e 2020, a situação deverá ser ainda pior, pois o Brasil passa por uma desindustrialização ou "primarização da indústria", acentuada na crise de 2014.

Além de perder indústrias, setores do início da cadeia produtiva, geralmente associados à extração mineral ou à produção agrícola, sem muito valor agregado, ganham espaço, em parte por causa do aumento de preços das commodities.

São ramos com maior dificuldade de difundir crescimento, pois têm menos serviços conexos e menos elos entre cadeias produtivas. "Todas as atividades podem ter ganhos de produtividade, mas a vantagem para um dinamismo maior está nos ramos de maior intensidade tecnológica, ligados aos bens de capital e de consumo duráveis", diz Cagnin.

Cadeia produtiva
Um exemplo citado por Fonseca é a indústria automobilística, com ampla cadeia produtiva que reúne um conjunto de insumos diversificados. "Quando esses ramos crescem, tendem a puxar número maior de atividades."

A fatia que mais encolheu foi a de veículos automotores - em dez anos, de 10,8% para 7,4%. A que mais cresceu foi a de alimentos, de 10,3% para 18%.

Fonseca afirma que o País precisa de todos os setores, mas aponta diferenças entre eles no PIB. Na última década, o setor agropecuário cresceu, em média, 3,5% ao ano. A economia como um todo cresceu de 0,1% a 0,3%, em média, porque a indústria de transformação caiu 1,6% ao ano no período. Os dados confirmam que o agronegócio, sozinho, não consegue estimular a economia.

Em sua avaliação, a perda nos setores mais dinâmicos ocorre em razão do chamado custo Brasil. "Eles sofrem mais o impacto da tributação ao longo da cadeia, assim como a ineficiência de transporte, de serviços, custo de energia e a burocracia que atinge todas as etapas produtivas", diz. "Com isso, esses setores não conseguem ganhar competitividade mesmo tendo uma fábrica top, porque seu produto é mais caro do que o dos concorrentes internacionais."

A forma de reverter esse quadro e retomar a agenda da inovação, na visão da CNI, é com políticas horizontais que atinjam todos os setores, ou seja, o antigo discurso de redução de custos, menos burocracia, sistema tributário com alíquotas iguais sem favorecer um setor ou outro e um comércio exterior integrado com o mundo. A ideia é seguir o que fizeram EUA, Alemanha, Japão, Coreia, Reino Unido, que apoiam a produção que gera ganho à sociedade como um todo, com políticas de financiamento e inovação.

Indústria de alta tecnologia recua há 2 anos no País e é a que mais sofre na crise, aponta Iedi

Matéria completa no link:

https://economia.estadao.com.br/noticia ... 0003649141

A indústria de maior intensidade tecnológica, que investe mais em pesquisa e desenvolvimento, já vinha de perdas mesmo antes da crise sanitária. Depois de uma queda de 3,3% em 2019, o segmento teve uma retração de 3,4% na produção no ano passado. "O resultado de 2020 só não foi pior porque tem ali o ramo de medicamentos, que não teve crise, e o de eletroeletrônicos, devido a um desdobramento da pandemia. As pessoas ficaram mais em casa e investiram nesse tipo de bem", disse Rafael Cagnin, economista-chefe do Iedi, responsável pelo estudo.

A indústria de alta tecnologia representa atualmente 5,2% de toda a produção da indústria de transformação brasileira. Em 2020, as fábricas enfrentaram desafios como medidas de isolamento social, escassez de peças e redução na demanda. "O que mais preocupa, na verdade, é a capacidade desses ramos de acompanhar a fronteira tecnológica que está se acelerando no resto do mundo", disse Cagnin.

Dentro da indústria de alta tecnologia, a produção farmacêutica registrou avanço de 2,0% em 2020, após queda de 3,7% em 2019. Por outro lado, a indústria de aviação despencou 50,8% em 2020, depois de um tombo de 14,9% no ano anterior.

Ainda entre os ramos de alta intensidade tecnológica, a produção de material de escritório e informática encolheu 6,6% em 2020, após a alta de 1,3% em 2019, e o ramo de instrumentos médicos, de ótica e precisão caiu 9,5% no ano passado, depois de uma elevação de 2,1% no ano anterior.

Nos setores industriais de média-alta tecnologia, que têm encadeamento importante com outros ramos industriais, a produção caiu 12,6% em 2020, embora tenha subido 0,7% em 2019. No ano passado, a perda foi puxada pela menor fabricação de veículos (-28,1%), mas também houve recuos na produção de instrumentos de uso médico, odontológico e artigos óticos (-22,2%), máquinas e equipamentos (-4,2%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,6%).“Como são segmentos relacionados à maior produtividade do trabalho, a perda de produção puxa para baixo a produtividade do setor industrial. Há uma perda de competitividade que acaba se refletindo na produtividade, com impacto negativo no desempenho da indústria como um todo, que já vinha com perda de relevância na composição do Produto Interno Bruto (PIB)”,

Brasil perde quase 30 mil indústrias desde 2013
Redução no número de empresas ocorreu antes da pandemia, até 2019, diz IBGE


https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... 2013.shtml

O setor industrial brasileiro perdeu 28,6 mil empresas no intervalo de seis anos, indicam dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado, divulgado nesta quarta-feira (21), integra a Pesquisa Industrial Anual (PIA) 2019. O estudo não reflete ainda os impactos da pandemia de coronavírus, que prejudicou a atividade econômica a partir de 2020.

Conforme o levantamento, o Brasil tinha 334,9 mil indústrias em 2013, maior nível da série histórica, com dados desde 2007. O montante passou a encolher a partir de 2014, quando a economia começou a registrar sinais de fragilidade. Houve seis quedas consecutivas até o número de empresas recuar para 306,3 mil em 2019 —dado mais recente à disposição.

A perda de 28,6 mil operações (baixa de 8,5%) vem da comparação entre os resultados de 2019 e 2013.


Synthia Santana, gerente de análise e disseminação de pesquisas estruturais do IBGE, afirma que a redução pode ser atribuída a pelo menos dois fatores.

O primeiro é a recessão que afetou a economia brasileira em 2015 e 2016. À época, a crise abalou a atividade de fábricas diversas.

Além do período de dificuldades, parte dos grupos industriais pode ter optado por concentrar empresas em regiões estratégicas, conforme Synthia. Essa busca por diminuição de custos logísticos tende a resultar em número menor de plantas produtivas.

“Existem fatores conjunturais e estratégicos. Muitas vezes, há uma estratégia de reorganização das empresas para baratear custos. Outro aspecto é o fechamento em razão da crise”, frisa.

O número inferior de operações provoca reflexos no mercado de trabalho. A indústria é considerada um segmento intensivo em mão de obra, podendo gerar salários superiores aos de atividades como serviços e comércio.

Segundo o IBGE, o setor industrial empregava 7,6 milhões de pessoas em 2019. Isso significa que, desde 2013, o contingente ficou 15,6% menor. Em números absolutos, o resultado sinaliza perda de 1,4 milhão de postos de trabalho no período.

Em média, a indústria somava 25 trabalhadores por empresa em 2019. À época, o setor pagava, em média, 3,2 salários mínimos para os funcionários.

Em termos absolutos, o ramo de confecção de artigos do vestuário e acessórios foi aquele que mais fechou fábricas entre 2013 e 2019. No período, o número de empresas do segmento encolheu de 54,6 mil para 37,4 mil. Ou seja, houve perda de 17,2 mil operações.

A segunda principal baixa foi de produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos). O setor teve redução de 5,6 mil empresas —de 40,4 mil para 34,8 mil.

Por outro lado, o ramo de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos registrou a maior alta entre 2013 e 2019. O setor teve acréscimo de 7,6 mil empresas, passando de 22,3 mil para 29,9 mil, conforme o IBGE.

O instituto informou ainda que, em 2019, as 306,3 mil empresas industriais geraram R$ 3,6 trilhões de receita líquida de vendas. As unidades pagaram o total de R$ 313,1 bilhões em salários e outras remunerações para os 7,6 milhões de ocupados.

A fabricação de produtos alimentícios se manteve como a principal atividade industrial. Em 2019, representou 20,5% da receita líquida de vendas da indústria. A fatia é 3,3 pontos percentuais maior do que a registrada pela atividade no começo da década, em 2010 (17,2%).

No sentido contrário, o IBGE destaca que a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias viu a participação encolher 3,1 pontos percentuais entre 2010 e 2019 (de 12,3% para 9,2%). Foi a maior variação negativa na participação.


https://www.correiodopovo.com.br/not%C3 ... e-1.658986

O recuo é observado por 16 das 24 áreas de atividade no período de 10 anos, aponta a PIA (Pesquisa Industrial Anual).

As maiores quedas de pessoal foram registradas pelos segmentos de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (-27,7%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-27,5%). Do ponto de vista positivo, o número de trabalhadores na fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis saltou 51,3%.

Por outro lado, nas Indústrias extrativas a atividade de extração de petróleo e gás natural quase quintuplicou a mão-de-obra ocupada em 10 anos, enquanto a maior redução foi na Extração de carvão mineral (-41%). Embora as variações sejam expressivas, as Indústrias extrativas representaram 2,5% da mão-de-obra de toda a indústria.

De acordo com o levantamento, as empresas industriais ocupavam, em média, 25 pessoas em 2019, com um volume médio mais elevado nas empresas de Indústrias extrativas (30 pessoas) do que nas Indústrias de transformação (25 pessoas). Entre os subsetores, chama atenção o número médio de profissionais do segmento de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, com cerca de 668 pessoas por empresa.

O estudo aponta ainda que as cinco atividades industriais que mais empregam correspondem a quase metade (45,9%) de todo pessoal ocupado no setor. Os principais destaques ficam por conta das fabricações de produtos alimentícios (21,6%), artigos do vestuário e acessórios (7,5%), produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (5,9%), veículos automotores (5,8%) e produtos de minerais não metálicos (5,1%).


De acordo com o IBGE, o ranking permaneceu relativamente estável no período de 10 anos, com destaque para o aumento da fatia representada pela indústria alimentícia, que elevou sua participação em 2,7 pontos percentuais entre 2010 e 2019.

Salários

Em relação à remuneração para 2019, a indústria brasileira pagou R$ 313,1 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações, sendo 96,4% referente às Indústrias de transformação e os 3,6% restantes relativos às Indústrias extrativas.

Ao analisar o valor médio pago aos trabalhadores com o salário mínimo, é possível dizer que a remuneração média recebida corresponde a 3,2 mínimos (R$ 3.194). O valor é inferior aos 3,4 salários mínimos (R$ 1.734) recebidos pelos profissionais do setor 10 anos antes.

As Indústrias extrativas pagaram salários médios mais elevados do que as Indústrias de transformação entre 2010 e 2019, mas têm apresentado redução ao longo do tempo e, em 2019, pagaram o menor valor médio, equivalente a 4,6 salários mínimos, o que representa uma redução de 1,3 salário mínimo em uma década.

"Este resultado é puxado, sobretudo, pela queda em cerca de 4 salários mínimos na atividade de extração de minerais metálicos. Considerando as atividades industriais de forma mais desagregada", indica o IBGE.

Com pandemia, indústria perde ainda mais participação no PIB e agronegócio ganha protagonismo
Peso da indústria vem encolhendo continuamente nos últimos anos e fatia do setor manufatureiro no PIB atingiu 11,3% no 1º trimestre – menor percentual desde 1947.


Matéria completa no link:

https://g1.globo.com/economia/noticia/2 ... ismo.ghtml

O processo de desindustrialização da economia brasileira se acentuou com a pandemia do novo coronavírus. Levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) mostra que a participação do setor manufatureiro no PIB (Produto Interno Bruto) atingiu novas mínimas históricas e que a indústria continua perdendo protagonismo na economia brasileira.

O peso da indústria de transformação (que reúne todo o setor manufatureiro) caiu de 11,79% do PIB em 2019 para 11,30% em 2020, se mantendo nesse patamar no 1º trimestre de 2021. Trata-se do menor percentual desde 1947, ano em que se inicia a série histórica das contas nacionais calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A série mostra que a indústria vem sofrendo um retrocesso quase contínuo desde o início dos anos 2000, evidenciando tanto as dificuldades de competitividade como também de recuperação das perdas provocadas pela crise da Covid-19. No melhor momento, em 1985, o peso do setor manufatureiro chegou a 24,5% do PIB. Ou seja, de lá para cá a participação encolheu para menos da metade de sua máxima histórica. Veja no gráfico abaixo:

Já a participação da indústria geral (que inclui também extrativa, construção civil e atividades de energia e saneamento) no PIB caiu de 21,4% em 2019 para 20,4% em 2020 e nos 3 primeiros meses deste ano – também nova mínima.
O levantamento, elaborada pela economista Silvia Matos, mostra a evolução da participação dos diferentes setores no PIB brasileiro, excluídos os impostos, utilizando a metodologia de preços correntes corrigidos.

Agro ganha protagonismo com crise da Covid-19

A perda de relevância da indústria no PIB é um fenômeno mundial e estrutural. Nas últimas décadas, em diversos países do mundo, a diminuição do peso do setor manufatureiro tem sido acompanhada por um avanço de setores de serviços destinados a atender uma demanda cada vez maior por atividades como serviços de tecnologia e informação, serviços pessoais, de saúde e educação.

No Brasil, no entanto, o processo de desindustrialização tem sido há tempos classificado como "prematuro", por se dar numa velocidade mais rápida do que a verificada em outras economias e por ocorrer antes de o país ter atingido um maior nível de desenvolvimento e de renda per capita. Os economistas destacam também que os serviços que mais crescem no país costumam empregar profissionais com pouca especialização e baixos salários.

"O que tem de novidade na pandemia é que o agronegócio vem ganhando protagonismo como a gente nunca viu. Tudo caiu, só o agro se beneficiou, ficando praticamente imune à crise na maioria dos países. O mundo continuou demandando muito alimentos, teve um boom de commodities e é um setor que continua inovando muito, com adoção de tecnologias", afirma a pesquisadora do Ibre/FGV.
O levantamento mostra que o setor de serviços – o mais afetado pelas medidas de restrição para conter a propagação do coronavírus – viu seu peso no PIB cair de 73,5% em 2019 para 71,7% no 1º trimestre de 2021. Já a participação do agronegócio saltou no mesmo período de 5,1% para 7,9% – maior percentual trimestral desde 1996. Veja no gráfico abaixo:

Na avaliação da pesquisadora do Ibre, o agronegócio tende a continuar sendo favorecido pela forte e crescente demanda mundial por alimentos como soja, milho e carnes. Mas, com o avanço da vacinação e o gradual fim das medidas de restrição, a tendência é que o setor de serviços volte a recuperar rapidamente uma boa parte da fatia perdida no PIB.
"O setor de serviços foi o que mais sofreu. O país parou de consumir serviços. Então, acabando a pandemia, o natural é que o setor volte a crescer", afirma Matos.
Já para a indústria os desafios são maiores, uma vez que não dependem apenas da reabertura total da economia e da recuperação da demanda interna, mas também do enfrentamento de questões estruturais que se arrastam há anos e de problemas novos como falta de insumos, inflação elevada e aumento do custo do crédito em meio à elevação da taxa básica de juros.

Desafios da indústria para recuperar perdas da pandemia

Matos lembra que a continuidade do processo de desindustrialização durante a pandemia se deu mesmo diante de alguns fatores que beneficiaram segmentos manufatureiros. A forte desvalorização do dólar no ano passado favoreceu as exportações e as mudanças na cesta de consumo dos brasileiros durante a quarentena, por exemplo, impulsionaram as vendas de produtos como material de construção, eletrodomésticos e móveis.

"O resultado da indústria poderia ser até pior", afirma a pesquisadora, acrescentando que segmentos relacionados ao agronegócio como indústrias de alimentos processados e de máquinas também se deram bem, na contramão da economia e da média do setor.

Pesquisa mensal do IBGE mostrou que a produção industrial brasileira voltou a crescerem maio, após 3 meses consecutivos de queda, mas que o setor ainda eliminou as perdas dos meses de fevereiro, março e abril.

Dos 26 setores acompanhados pelo IBGE, 13 setores, ou seja, metade deles, ainda se encontram abaixo do pré-pandemia. Veja no gráfico abaixo:

Baixa produtividade e competitividade


Estudo recente divulgado pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) mostrou que a parcela da manufatura no PIB brasileiro em 2020 ficou 4,7 pontos percentuais (p.p.) abaixo da média global em 2020 e 2,1 p.p. ao excluir a China da média mundial.
"Desde o início do século XXI, o grau de industrialização brasileiro tem sido menor que da economia mundial e essa diferença vem aumentando. Em síntese, é um retrocesso de longo prazo que reforça a tese de que se trata de um problema estrutural com vários componentes – entre eles o Custo Brasil – e não circunscrito a apenas um governo", destacou o Iedi.
A recuperação de um maior protagonismo da indústria na economia é apontada como essencial para o país alcançar maiores taxas de crescimento do PIB e níveis mais elevados de desenvolvimento, uma vez que produtos industriais são os que mais possuem ramificações e conexões com múltiplos setores e pela capacidade de reduzir custos e agregar valor a produtos básicos e por seu papel ofertante e demandante de tecnologias e inovação.

Para Matos, no entanto, mais importante do que elevar o percentual de participação da indústria no PIB, é buscar ganhos de produtividade e uma maior eficiência e competitividade da economia brasileira como um todo.

"O importante é ser eficiente, não importa em qual setor. Mas a produtividade do Brasil é inferior a de lá de fora em todos os setores, e a indústria sofre mais porque é um segmento intensivo em capital e cada vez mais também em tecnologia e mão de obra qualificada, e isso é uma carência do Brasil", afirma a economista.

Indústria de SC cresce ao oferecer soluções para indústrias virarem 4.0

Na contramão do setor manufatureiro, a Audaces é exemplo raro de indústria brasileira que tem conseguido crescer mesmo durante a pandemia.

A empresa de Santa Catarina desenvolve softwares e produz maquinários para outras indústrias, sobretudo para o segmento têxtil, e registrou um crescimento de 20% no faturamento em 2020.

Com o aumento do número de clientes, o número de funcionários que era de 170 antes do início da pandemia aumentou para 200.

A estratégia é focada na inovação e no desenvolvimento de produtos e soluções que ajudam outras empresas a reduzir custos, automatizar processos e melhorar a eficiência na indústria de moda.

A empresa nasceu em 1992 atuando apenas no desenvolvimento de softwares e, desde 2000, se transformou também em indústria. Atualmente, possui mais de 15 mil clientes em mais de 70 países.

A companhia fabrica máquinas digitais e automáticas para confecções têxteis, e desenvolveu também uma plataforma de gestão com tecnologias que integram desde a etapa de criação de peças e moldes até o controle da ordem de produção, permitindo que dados sejam enviados remotamente, até mesmo de fora da fábrica, para os equipamentos de corte automatizados.
"Não é só uma máquina que corta sozinha. Temos clientes que conseguiram reduzir em mais de 30% o seu tempo de criação de coleção e uma redução de mais de 20% do consumo de tecidos", afirma o diretor executivo Matheus Fagundes. "Quando tem uma crise, as empresas acabam olhando para dentro, como podem se tornar mais eficiente. Então, neste momento, a gente acaba ganhando espaço e as nossas soluções têm ajudado também a indústria a se tornar mais 4.0".
"Não importa quanto a indústria vai ter de participação no PIB. A indústria vai ganhar mais protagonismo se for mais eficiente, não com protecionismo ou subsídio. Por isso, a agenda precisa ser pró-produtividade, de melhora do ambiente de negócios, de reforma tributária, de melhoria da educação e de adoção de tecnologias", resume Matos.

Imagem

Imagem

Imagem

RJ perde 20% do parque industrial e cerca de 100 mil empregos em 5 anos
Os números da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) mostram que o estado foi o segundo que mais perdeu postos de trabalho no período, atrás apenas de São Paulo. No total, foram três mil fábricas fechadas no estado.


Matéria completa no link:

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/ ... anos.ghtml

O Estado do Rio perdeu 20% do parque industrial entre os anos de 2014 e 2019. No período, três mil fábricas fecharam as portas e 100 mil empregos foram perdidos.

Segundo levantamento da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), enquanto o parque industrial do Rio encolheu 19,9%, o de São Paulo diminuiu 9,9% e a média nacional foi de redução de 9,3%.

Em relação aos postos de trabalho, apenas São Paulo, o estado mais rico, perdeu mais postos do que o Rio - foram 382 mil empregos que deixaram de existir.


Há pelo menos duas décadas, a economia no Rio não vai bem. Grandes fábricas de tecidos não aguentaram a concorrência com os importados e com novas indústrias que abriram em outros estados.

A indústria farmacêutica buscou oportunidades em outros estados, como Goiás. A economia do Rio tem forte presença do refino do petróleo e o estado já foi grande produtor de um derivado importante: o plástico.

O petróleo ficou, mas muitos fabricantes de plástico se mudaram para os estados do Paraná, Santa Catarina e Goiás.

"Se o Estado do Rio conseguisse atrair uma média ou grande indústria por mês levaríamos 13 anos para recuperar o parque industrial perdido. É muito tempo para um estado onde a taxa de desemprego está acima da média nacional", afirma o economista da Rio Indústria William Figueiredo.

Alta carga tributária

Um levantamento mostra que os impostos levam mais de 60% do lucro de uma indústria de pequeno porte no Rio.
Há 30 anos, Paulo Ramos Júnior montou uma fábrica de painéis e displays. No auge da empresa, entre os anos de 2009 e 2011, pelo menos 100 pessoas trabalhavam no estabelecimento.

No momento, para evitar um prejuízo ainda maior, o dono decidiu fechar e vender todos os equipamentos. São máquinas importadas da Suíça e da Alemanha e que custaram milhares de euros.
Paulo explica que a carga tributária pesada foi determinante para o fechamento.

"Os impostos no Rio são totalmente fora de controle. A duas horas daqui, você consegue ter um galpão por um terço do valor, a luz você consegue até um sexto do valor que a gente paga aqui. É muito difícil", afirma o empresário.

Para mudar o cenário no estado, a indústria pede energia elétrica com ICMS menor, investimento em segurança, e continuidade das políticas públicas. As dificuldades se agravam em um estado que acabou de enfrentar um impeachment do governador e que já teve cinco outros presos.

O presidente da Rio Indústria, Gladstone Santos Júnior, afirma que a desburocratização seria um passo importante para a atração de indústrias para o estado.

"O Rio de Janeiro precisa de competitividade quando a gente fala também de redução ou simplificação ou desburocratização dos processos. Isso já seriam medidas que facilitariam e que poderiam atrair novas empresas para o estado", diz ele.


O impressor Josemar Paulo da Costa conta que já recebeu aviso prévio da fábrica onde trabalhou nos últimos 11 anos.

"É um dos estados que está sofrendo mais com o impacto do desemprego e eu vou me incluir nesse impacto sem querer", diz ele.

Imagem

Imagem




Avatar do usuário
Rurst
Sênior
Sênior
Mensagens: 1140
Registrado em: Dom Ago 21, 2016 10:45 pm
Agradeceram: 177 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#8363 Mensagem por Rurst » Sáb Jul 24, 2021 10:44 pm

Decola Brasil

Fonte:

https://relatorioreservado.com.br/noticias/

Pé na estrada

O Globalvia, um dos grandes grupos de concessões rodoviárias da Espanha e com negócios em outros seis países, planeja estacionar no Brasil.

As águas vão rolar

A ordem no BNDES é acelerar o passo: o governo da Paraíba pretende licitar a concessão de saneamento em 93 cidades do estado até o primeiro trimestre de 2022.
0COMENTAR

Ponto final
Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Ministério da Ciência e Tecnologia, Globalvia, Facebook, Governo da Paraíba, Livraria Cultura, Carrefour, TSE e Arthur Lira.

A caminho do Sul

Após comprar o Grupo Big (ex-Walmart Brasil), o Carrefour estaria marchando na direção de uma das maiores redes de supermercados da Região Sul.

Quantas páginas ainda restam nesse livro?

A família Hertz, dona da livraria Cultura, estuda a venda da marca. Na prática, seria passar o negócio adiante de uma vez por todas. Em recuperação judicial, a rede de livrarias não tem mais ativo algum – as lojas, por exemplo, são alugadas. Sobrou apenas seu próprio nome.

Saúde financeira

A GAA Investments mantém conversações com cinco startups brasileiras da área de saúde. Trata-se de um processo seletivo: três dessas empresas serão eleitas para receber aportes da gestora norte-americana. Ressalte-se que a GAA já injetou recursos na healthtech brasileira Laura , referência em uso de Inteligência Artificial no setor de saúde.

História de pescador?

Vai ser difícil o governo cumprir a promessa de privatizar sete terminais pesqueiros no Amazonas, Espírito Santo, Pará, São Paulo, Sergipe e Rio Grande do Norte. Até o agora, o Ministério da Agricultura sequer enviou a documentação sobre a licitação para o TCU – informação confirmada ao RR pela Corte.

Combustível ao liberalismo

Ao menos a ANP parece estar em sintonia com o discurso liberal do ministro Paulo Guedes. Na agência, só se fala em aumentar a concorrência no mercado de combustíveis. A diretoria do órgão regulador tem se empenhado em aprovar a proposta que permite aos postos com bandeira terem ao menos duas bombas de outra fornecedora. O problema é o lobby na mão contrária das grandes distribuidoras de combustíveis. Consultada, a ANP informou “não ter posição regulatória definitiva” e que “até agosto tornará públicas suas análises sobre o assunto”.

Assemblage societária

A Valduga, uma das maiores vinícolas do país, vem sendo cortejada por fundos internacionais.

IFC despeja mais grana no Brasil

O IFC, o braço de investimentos do Banco Mundial, sinalizou ao Ministério da Infraestrutura a intenção de alocar recursos em projetos rodoviários no Brasil. O Brasil, ao que parece, está mesmo no radar da instituição. O IFC já anunciou que vai investir mais de US$ 6 bilhões no setor de saneamento no país até 2023.

A outra “estrada” da Amaggi

O Grupo Amaggi planeja construir, em um só pacote, uma fábrica de biodiesel, um armazém de grãos, uma unidade de fertilizantes e uma PCH no Mato Grosso. O desembolso beira R$ 1,2 bilhão. Coincidência ou não, trata-se de um valor próximo ao que o grupo da família de Blairo Maggi teria de investir na BR-163. A Amaggi chegou a avaliar o negócio, mas desistiu de participar da licitação, na última quinta-feira.

Hortifruti sobe de prateleira

O Hortifruti, rede de supermercados do Rio, já olha para 2022: seu plano estratégico prevê a abertura de 20 lojas, no que será a maior expansão da história da empresa em um só ano. E pode ser mais se o IPO sair. No controle do negócio está o suíço Partners Group, hoje no lugar que um dia já foi da dupla Julio Bozano e Paulo Guedes. Consultado sobre a expansão, o Hortifruti disse que “está em constante avaliação para oportunidades de mercado”.

Negócio bom para cachorro

Corre no mercado a informação de que, após uma série de aquisições no segmento, a BRF já estuda a possibilidade de spinoff e do consequente IPO da sua operação de pet food.

O Nubank estaria interessado na compra da fintech Trigg, especializada em cartões de crédito com cashback. Controlada pelo fundo Vector, a instituição tem sido um calo no sapato do banco: a Trigg é um dos maiores concorrentes do Nubank no segmento.

Efeito cascata


Grandes produtores de soja já trabalham com a estimativa de aumento dos preços em até 10% no mercado interno nos próximos dois meses. O motivo é o aumento das exportações para a Argentina, que enfrenta uma quebra de safra da commodity.

Energético financeiro


Até onde o Red Bull pretende voar? A marca austríaca de energéticos já acena com investimentos de mais de R$ 200 milhões no Bragantino em 2022, caso o time consiga se classificar para a Libertadores.

Pátria sai às compras


O Pátria Investimentos é candidato à compra da participação de 30% da inglesa Actis na Companhia SulAmericana de Distribuição (CSD), rede de supermercados do Paraná. A gestora, ressalte-se, está com o carrinho cheio no varejo: nas últimas semanas, fechou a
aquisição dos supermercados Germânia, de Santa Catarina, e da Tiscoski Distribuidora, no Paraná.

Os imóveis ainda estão baratos


O Credit Suisse Hedging Griffo (CSHG) está ávido por ampliar sua carteira imobiliária. Teria cerca de R$ 500 milhões reservados para novas aquisições, notadamente no segmento corporativo. Recentemente, a gestora já desembolsou R$ 160 milhões para ficar com 40% de dois empreendimentos em São Paulo- o JML e JFL Faria Lima.

Água barrenta no Amapá

O RR teve a informação de que uma grande companhia do setor, vencedora de um dos leilões da Cedae, desistiu de participar da privatização da Caesa, a companhia de saneamento do Amapá. O motivo é a preocupação de que a licitação possa ser barrada na Justiça. A Caesa não atende aos requisitos básicos da nova Lei de Saneamento, notadamente às métricas de comprovação de capacidade econômico-financeira.




Avatar do usuário
Rurst
Sênior
Sênior
Mensagens: 1140
Registrado em: Dom Ago 21, 2016 10:45 pm
Agradeceram: 177 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#8364 Mensagem por Rurst » Dom Jul 25, 2021 7:08 pm

Imagem




Avatar do usuário
NaScImEnTToBR
Intermediário
Intermediário
Mensagens: 341
Registrado em: Ter Out 29, 2019 2:24 pm
Localização: UF:RJ. Mun: Rio de Janeiro
Agradeceram: 224 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#8365 Mensagem por NaScImEnTToBR » Dom Jul 25, 2021 7:09 pm

Rurst escreveu: Sáb Jul 24, 2021 5:04 pm Indústria de produtos de alta e média tecnologia retrocede no Brasil

Matéria completa no link:

https://economia.uol.com.br/noticias/es ... brasil.htm

A indústria de transformação brasileira passa por uma desidratação cada vez mais acentuada que atinge, principalmente, o grupo de bens de consumo duráveis e bens de capital. Em uma década, a participação das empresas de produtos de alta e média tecnologia, como itens de informática e veículos, recuou de 23,8% para 18,7% no setor industrial. O segmento é o mais dinâmico da economia por investir em pesquisa e desenvolvimento e gerar empregos mais qualificados.

Menos complexos e menos intensivos em inovações, fabricantes de bens tradicionais, como alimentos e bebidas, ampliaram sua fatia de 25,6% para 35%. Bens intermediários, como madeira, celulose e papel, também perderam participação, de 49,3% para 44,4%.
"É como se a indústria estivesse andando para trás em termos de composição", afirma Renato da Fonseca, economista-chefe da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Novo estudo da entidade mostra que, apesar de elevado em relação a vários outros países, o grau de diversificação da indústria brasileira vem diminuindo e se concentrando no setor de bens não duráveis e semiduráveis. A CNI avaliou o período 2008 a 2018, com base na mais recente Pesquisa Industrial Anual (PIA) do IBGE.

Para Fonseca, o Brasil está perdendo a indústria que tem maior capacidade de puxar outros setores, por ter longa cadeia produtiva. "Não podemos abrir mão da indústria que contribui com maior crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). Precisamos dela para acelerar o crescimento e reduzir os níveis de pobreza e de desigualdade nas regiões brasileiras."

Rafael Cagnin, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), diz que, quando forem contabilizados os dados de 2019 e 2020, a situação deverá ser ainda pior, pois o Brasil passa por uma desindustrialização ou "primarização da indústria", acentuada na crise de 2014.

Além de perder indústrias, setores do início da cadeia produtiva, geralmente associados à extração mineral ou à produção agrícola, sem muito valor agregado, ganham espaço, em parte por causa do aumento de preços das commodities.

São ramos com maior dificuldade de difundir crescimento, pois têm menos serviços conexos e menos elos entre cadeias produtivas. "Todas as atividades podem ter ganhos de produtividade, mas a vantagem para um dinamismo maior está nos ramos de maior intensidade tecnológica, ligados aos bens de capital e de consumo duráveis", diz Cagnin.

Cadeia produtiva
Um exemplo citado por Fonseca é a indústria automobilística, com ampla cadeia produtiva que reúne um conjunto de insumos diversificados. "Quando esses ramos crescem, tendem a puxar número maior de atividades."

A fatia que mais encolheu foi a de veículos automotores - em dez anos, de 10,8% para 7,4%. A que mais cresceu foi a de alimentos, de 10,3% para 18%.

Fonseca afirma que o País precisa de todos os setores, mas aponta diferenças entre eles no PIB. Na última década, o setor agropecuário cresceu, em média, 3,5% ao ano. A economia como um todo cresceu de 0,1% a 0,3%, em média, porque a indústria de transformação caiu 1,6% ao ano no período. Os dados confirmam que o agronegócio, sozinho, não consegue estimular a economia.

Em sua avaliação, a perda nos setores mais dinâmicos ocorre em razão do chamado custo Brasil. "Eles sofrem mais o impacto da tributação ao longo da cadeia, assim como a ineficiência de transporte, de serviços, custo de energia e a burocracia que atinge todas as etapas produtivas", diz. "Com isso, esses setores não conseguem ganhar competitividade mesmo tendo uma fábrica top, porque seu produto é mais caro do que o dos concorrentes internacionais."

A forma de reverter esse quadro e retomar a agenda da inovação, na visão da CNI, é com políticas horizontais que atinjam todos os setores, ou seja, o antigo discurso de redução de custos, menos burocracia, sistema tributário com alíquotas iguais sem favorecer um setor ou outro e um comércio exterior integrado com o mundo. A ideia é seguir o que fizeram EUA, Alemanha, Japão, Coreia, Reino Unido, que apoiam a produção que gera ganho à sociedade como um todo, com políticas de financiamento e inovação.

Indústria de alta tecnologia recua há 2 anos no País e é a que mais sofre na crise, aponta Iedi

Matéria completa no link:

https://economia.estadao.com.br/noticia ... 0003649141

A indústria de maior intensidade tecnológica, que investe mais em pesquisa e desenvolvimento, já vinha de perdas mesmo antes da crise sanitária. Depois de uma queda de 3,3% em 2019, o segmento teve uma retração de 3,4% na produção no ano passado. "O resultado de 2020 só não foi pior porque tem ali o ramo de medicamentos, que não teve crise, e o de eletroeletrônicos, devido a um desdobramento da pandemia. As pessoas ficaram mais em casa e investiram nesse tipo de bem", disse Rafael Cagnin, economista-chefe do Iedi, responsável pelo estudo.

A indústria de alta tecnologia representa atualmente 5,2% de toda a produção da indústria de transformação brasileira. Em 2020, as fábricas enfrentaram desafios como medidas de isolamento social, escassez de peças e redução na demanda. "O que mais preocupa, na verdade, é a capacidade desses ramos de acompanhar a fronteira tecnológica que está se acelerando no resto do mundo", disse Cagnin.

Dentro da indústria de alta tecnologia, a produção farmacêutica registrou avanço de 2,0% em 2020, após queda de 3,7% em 2019. Por outro lado, a indústria de aviação despencou 50,8% em 2020, depois de um tombo de 14,9% no ano anterior.

Ainda entre os ramos de alta intensidade tecnológica, a produção de material de escritório e informática encolheu 6,6% em 2020, após a alta de 1,3% em 2019, e o ramo de instrumentos médicos, de ótica e precisão caiu 9,5% no ano passado, depois de uma elevação de 2,1% no ano anterior.

Nos setores industriais de média-alta tecnologia, que têm encadeamento importante com outros ramos industriais, a produção caiu 12,6% em 2020, embora tenha subido 0,7% em 2019. No ano passado, a perda foi puxada pela menor fabricação de veículos (-28,1%), mas também houve recuos na produção de instrumentos de uso médico, odontológico e artigos óticos (-22,2%), máquinas e equipamentos (-4,2%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,6%).“Como são segmentos relacionados à maior produtividade do trabalho, a perda de produção puxa para baixo a produtividade do setor industrial. Há uma perda de competitividade que acaba se refletindo na produtividade, com impacto negativo no desempenho da indústria como um todo, que já vinha com perda de relevância na composição do Produto Interno Bruto (PIB)”,

Brasil perde quase 30 mil indústrias desde 2013
Redução no número de empresas ocorreu antes da pandemia, até 2019, diz IBGE


https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2 ... 2013.shtml

O setor industrial brasileiro perdeu 28,6 mil empresas no intervalo de seis anos, indicam dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado, divulgado nesta quarta-feira (21), integra a Pesquisa Industrial Anual (PIA) 2019. O estudo não reflete ainda os impactos da pandemia de coronavírus, que prejudicou a atividade econômica a partir de 2020.

Conforme o levantamento, o Brasil tinha 334,9 mil indústrias em 2013, maior nível da série histórica, com dados desde 2007. O montante passou a encolher a partir de 2014, quando a economia começou a registrar sinais de fragilidade. Houve seis quedas consecutivas até o número de empresas recuar para 306,3 mil em 2019 —dado mais recente à disposição.

A perda de 28,6 mil operações (baixa de 8,5%) vem da comparação entre os resultados de 2019 e 2013.


Synthia Santana, gerente de análise e disseminação de pesquisas estruturais do IBGE, afirma que a redução pode ser atribuída a pelo menos dois fatores.

O primeiro é a recessão que afetou a economia brasileira em 2015 e 2016. À época, a crise abalou a atividade de fábricas diversas.

Além do período de dificuldades, parte dos grupos industriais pode ter optado por concentrar empresas em regiões estratégicas, conforme Synthia. Essa busca por diminuição de custos logísticos tende a resultar em número menor de plantas produtivas.

“Existem fatores conjunturais e estratégicos. Muitas vezes, há uma estratégia de reorganização das empresas para baratear custos. Outro aspecto é o fechamento em razão da crise”, frisa.

O número inferior de operações provoca reflexos no mercado de trabalho. A indústria é considerada um segmento intensivo em mão de obra, podendo gerar salários superiores aos de atividades como serviços e comércio.

Segundo o IBGE, o setor industrial empregava 7,6 milhões de pessoas em 2019. Isso significa que, desde 2013, o contingente ficou 15,6% menor. Em números absolutos, o resultado sinaliza perda de 1,4 milhão de postos de trabalho no período.

Em média, a indústria somava 25 trabalhadores por empresa em 2019. À época, o setor pagava, em média, 3,2 salários mínimos para os funcionários.

Em termos absolutos, o ramo de confecção de artigos do vestuário e acessórios foi aquele que mais fechou fábricas entre 2013 e 2019. No período, o número de empresas do segmento encolheu de 54,6 mil para 37,4 mil. Ou seja, houve perda de 17,2 mil operações.

A segunda principal baixa foi de produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos). O setor teve redução de 5,6 mil empresas —de 40,4 mil para 34,8 mil.

Por outro lado, o ramo de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos registrou a maior alta entre 2013 e 2019. O setor teve acréscimo de 7,6 mil empresas, passando de 22,3 mil para 29,9 mil, conforme o IBGE.

O instituto informou ainda que, em 2019, as 306,3 mil empresas industriais geraram R$ 3,6 trilhões de receita líquida de vendas. As unidades pagaram o total de R$ 313,1 bilhões em salários e outras remunerações para os 7,6 milhões de ocupados.

A fabricação de produtos alimentícios se manteve como a principal atividade industrial. Em 2019, representou 20,5% da receita líquida de vendas da indústria. A fatia é 3,3 pontos percentuais maior do que a registrada pela atividade no começo da década, em 2010 (17,2%).

No sentido contrário, o IBGE destaca que a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias viu a participação encolher 3,1 pontos percentuais entre 2010 e 2019 (de 12,3% para 9,2%). Foi a maior variação negativa na participação.


https://www.correiodopovo.com.br/not%C3 ... e-1.658986

O recuo é observado por 16 das 24 áreas de atividade no período de 10 anos, aponta a PIA (Pesquisa Industrial Anual).

As maiores quedas de pessoal foram registradas pelos segmentos de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (-27,7%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-27,5%). Do ponto de vista positivo, o número de trabalhadores na fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis saltou 51,3%.

Por outro lado, nas Indústrias extrativas a atividade de extração de petróleo e gás natural quase quintuplicou a mão-de-obra ocupada em 10 anos, enquanto a maior redução foi na Extração de carvão mineral (-41%). Embora as variações sejam expressivas, as Indústrias extrativas representaram 2,5% da mão-de-obra de toda a indústria.

De acordo com o levantamento, as empresas industriais ocupavam, em média, 25 pessoas em 2019, com um volume médio mais elevado nas empresas de Indústrias extrativas (30 pessoas) do que nas Indústrias de transformação (25 pessoas). Entre os subsetores, chama atenção o número médio de profissionais do segmento de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, com cerca de 668 pessoas por empresa.

O estudo aponta ainda que as cinco atividades industriais que mais empregam correspondem a quase metade (45,9%) de todo pessoal ocupado no setor. Os principais destaques ficam por conta das fabricações de produtos alimentícios (21,6%), artigos do vestuário e acessórios (7,5%), produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (5,9%), veículos automotores (5,8%) e produtos de minerais não metálicos (5,1%).


De acordo com o IBGE, o ranking permaneceu relativamente estável no período de 10 anos, com destaque para o aumento da fatia representada pela indústria alimentícia, que elevou sua participação em 2,7 pontos percentuais entre 2010 e 2019.

Salários

Em relação à remuneração para 2019, a indústria brasileira pagou R$ 313,1 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações, sendo 96,4% referente às Indústrias de transformação e os 3,6% restantes relativos às Indústrias extrativas.

Ao analisar o valor médio pago aos trabalhadores com o salário mínimo, é possível dizer que a remuneração média recebida corresponde a 3,2 mínimos (R$ 3.194). O valor é inferior aos 3,4 salários mínimos (R$ 1.734) recebidos pelos profissionais do setor 10 anos antes.

As Indústrias extrativas pagaram salários médios mais elevados do que as Indústrias de transformação entre 2010 e 2019, mas têm apresentado redução ao longo do tempo e, em 2019, pagaram o menor valor médio, equivalente a 4,6 salários mínimos, o que representa uma redução de 1,3 salário mínimo em uma década.

"Este resultado é puxado, sobretudo, pela queda em cerca de 4 salários mínimos na atividade de extração de minerais metálicos. Considerando as atividades industriais de forma mais desagregada", indica o IBGE.

Com pandemia, indústria perde ainda mais participação no PIB e agronegócio ganha protagonismo
Peso da indústria vem encolhendo continuamente nos últimos anos e fatia do setor manufatureiro no PIB atingiu 11,3% no 1º trimestre – menor percentual desde 1947.


Matéria completa no link:

https://g1.globo.com/economia/noticia/2 ... ismo.ghtml

O processo de desindustrialização da economia brasileira se acentuou com a pandemia do novo coronavírus. Levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) mostra que a participação do setor manufatureiro no PIB (Produto Interno Bruto) atingiu novas mínimas históricas e que a indústria continua perdendo protagonismo na economia brasileira.

O peso da indústria de transformação (que reúne todo o setor manufatureiro) caiu de 11,79% do PIB em 2019 para 11,30% em 2020, se mantendo nesse patamar no 1º trimestre de 2021. Trata-se do menor percentual desde 1947, ano em que se inicia a série histórica das contas nacionais calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A série mostra que a indústria vem sofrendo um retrocesso quase contínuo desde o início dos anos 2000, evidenciando tanto as dificuldades de competitividade como também de recuperação das perdas provocadas pela crise da Covid-19. No melhor momento, em 1985, o peso do setor manufatureiro chegou a 24,5% do PIB. Ou seja, de lá para cá a participação encolheu para menos da metade de sua máxima histórica. Veja no gráfico abaixo:

Já a participação da indústria geral (que inclui também extrativa, construção civil e atividades de energia e saneamento) no PIB caiu de 21,4% em 2019 para 20,4% em 2020 e nos 3 primeiros meses deste ano – também nova mínima.
O levantamento, elaborada pela economista Silvia Matos, mostra a evolução da participação dos diferentes setores no PIB brasileiro, excluídos os impostos, utilizando a metodologia de preços correntes corrigidos.

Agro ganha protagonismo com crise da Covid-19

A perda de relevância da indústria no PIB é um fenômeno mundial e estrutural. Nas últimas décadas, em diversos países do mundo, a diminuição do peso do setor manufatureiro tem sido acompanhada por um avanço de setores de serviços destinados a atender uma demanda cada vez maior por atividades como serviços de tecnologia e informação, serviços pessoais, de saúde e educação.

No Brasil, no entanto, o processo de desindustrialização tem sido há tempos classificado como "prematuro", por se dar numa velocidade mais rápida do que a verificada em outras economias e por ocorrer antes de o país ter atingido um maior nível de desenvolvimento e de renda per capita. Os economistas destacam também que os serviços que mais crescem no país costumam empregar profissionais com pouca especialização e baixos salários.

"O que tem de novidade na pandemia é que o agronegócio vem ganhando protagonismo como a gente nunca viu. Tudo caiu, só o agro se beneficiou, ficando praticamente imune à crise na maioria dos países. O mundo continuou demandando muito alimentos, teve um boom de commodities e é um setor que continua inovando muito, com adoção de tecnologias", afirma a pesquisadora do Ibre/FGV.
O levantamento mostra que o setor de serviços – o mais afetado pelas medidas de restrição para conter a propagação do coronavírus – viu seu peso no PIB cair de 73,5% em 2019 para 71,7% no 1º trimestre de 2021. Já a participação do agronegócio saltou no mesmo período de 5,1% para 7,9% – maior percentual trimestral desde 1996. Veja no gráfico abaixo:

Na avaliação da pesquisadora do Ibre, o agronegócio tende a continuar sendo favorecido pela forte e crescente demanda mundial por alimentos como soja, milho e carnes. Mas, com o avanço da vacinação e o gradual fim das medidas de restrição, a tendência é que o setor de serviços volte a recuperar rapidamente uma boa parte da fatia perdida no PIB.
"O setor de serviços foi o que mais sofreu. O país parou de consumir serviços. Então, acabando a pandemia, o natural é que o setor volte a crescer", afirma Matos.
Já para a indústria os desafios são maiores, uma vez que não dependem apenas da reabertura total da economia e da recuperação da demanda interna, mas também do enfrentamento de questões estruturais que se arrastam há anos e de problemas novos como falta de insumos, inflação elevada e aumento do custo do crédito em meio à elevação da taxa básica de juros.

Desafios da indústria para recuperar perdas da pandemia

Matos lembra que a continuidade do processo de desindustrialização durante a pandemia se deu mesmo diante de alguns fatores que beneficiaram segmentos manufatureiros. A forte desvalorização do dólar no ano passado favoreceu as exportações e as mudanças na cesta de consumo dos brasileiros durante a quarentena, por exemplo, impulsionaram as vendas de produtos como material de construção, eletrodomésticos e móveis.

"O resultado da indústria poderia ser até pior", afirma a pesquisadora, acrescentando que segmentos relacionados ao agronegócio como indústrias de alimentos processados e de máquinas também se deram bem, na contramão da economia e da média do setor.

Pesquisa mensal do IBGE mostrou que a produção industrial brasileira voltou a crescerem maio, após 3 meses consecutivos de queda, mas que o setor ainda eliminou as perdas dos meses de fevereiro, março e abril.

Dos 26 setores acompanhados pelo IBGE, 13 setores, ou seja, metade deles, ainda se encontram abaixo do pré-pandemia. Veja no gráfico abaixo:

Baixa produtividade e competitividade


Estudo recente divulgado pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) mostrou que a parcela da manufatura no PIB brasileiro em 2020 ficou 4,7 pontos percentuais (p.p.) abaixo da média global em 2020 e 2,1 p.p. ao excluir a China da média mundial.
"Desde o início do século XXI, o grau de industrialização brasileiro tem sido menor que da economia mundial e essa diferença vem aumentando. Em síntese, é um retrocesso de longo prazo que reforça a tese de que se trata de um problema estrutural com vários componentes – entre eles o Custo Brasil – e não circunscrito a apenas um governo", destacou o Iedi.
A recuperação de um maior protagonismo da indústria na economia é apontada como essencial para o país alcançar maiores taxas de crescimento do PIB e níveis mais elevados de desenvolvimento, uma vez que produtos industriais são os que mais possuem ramificações e conexões com múltiplos setores e pela capacidade de reduzir custos e agregar valor a produtos básicos e por seu papel ofertante e demandante de tecnologias e inovação.

Para Matos, no entanto, mais importante do que elevar o percentual de participação da indústria no PIB, é buscar ganhos de produtividade e uma maior eficiência e competitividade da economia brasileira como um todo.

"O importante é ser eficiente, não importa em qual setor. Mas a produtividade do Brasil é inferior a de lá de fora em todos os setores, e a indústria sofre mais porque é um segmento intensivo em capital e cada vez mais também em tecnologia e mão de obra qualificada, e isso é uma carência do Brasil", afirma a economista.

Indústria de SC cresce ao oferecer soluções para indústrias virarem 4.0

Na contramão do setor manufatureiro, a Audaces é exemplo raro de indústria brasileira que tem conseguido crescer mesmo durante a pandemia.

A empresa de Santa Catarina desenvolve softwares e produz maquinários para outras indústrias, sobretudo para o segmento têxtil, e registrou um crescimento de 20% no faturamento em 2020.

Com o aumento do número de clientes, o número de funcionários que era de 170 antes do início da pandemia aumentou para 200.

A estratégia é focada na inovação e no desenvolvimento de produtos e soluções que ajudam outras empresas a reduzir custos, automatizar processos e melhorar a eficiência na indústria de moda.

A empresa nasceu em 1992 atuando apenas no desenvolvimento de softwares e, desde 2000, se transformou também em indústria. Atualmente, possui mais de 15 mil clientes em mais de 70 países.

A companhia fabrica máquinas digitais e automáticas para confecções têxteis, e desenvolveu também uma plataforma de gestão com tecnologias que integram desde a etapa de criação de peças e moldes até o controle da ordem de produção, permitindo que dados sejam enviados remotamente, até mesmo de fora da fábrica, para os equipamentos de corte automatizados.
"Não é só uma máquina que corta sozinha. Temos clientes que conseguiram reduzir em mais de 30% o seu tempo de criação de coleção e uma redução de mais de 20% do consumo de tecidos", afirma o diretor executivo Matheus Fagundes. "Quando tem uma crise, as empresas acabam olhando para dentro, como podem se tornar mais eficiente. Então, neste momento, a gente acaba ganhando espaço e as nossas soluções têm ajudado também a indústria a se tornar mais 4.0".
"Não importa quanto a indústria vai ter de participação no PIB. A indústria vai ganhar mais protagonismo se for mais eficiente, não com protecionismo ou subsídio. Por isso, a agenda precisa ser pró-produtividade, de melhora do ambiente de negócios, de reforma tributária, de melhoria da educação e de adoção de tecnologias", resume Matos.

Imagem

Imagem

Imagem

RJ perde 20% do parque industrial e cerca de 100 mil empregos em 5 anos
Os números da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) mostram que o estado foi o segundo que mais perdeu postos de trabalho no período, atrás apenas de São Paulo. No total, foram três mil fábricas fechadas no estado.


Matéria completa no link:

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/ ... anos.ghtml

O Estado do Rio perdeu 20% do parque industrial entre os anos de 2014 e 2019. No período, três mil fábricas fecharam as portas e 100 mil empregos foram perdidos.

Segundo levantamento da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), enquanto o parque industrial do Rio encolheu 19,9%, o de São Paulo diminuiu 9,9% e a média nacional foi de redução de 9,3%.

Em relação aos postos de trabalho, apenas São Paulo, o estado mais rico, perdeu mais postos do que o Rio - foram 382 mil empregos que deixaram de existir.


Há pelo menos duas décadas, a economia no Rio não vai bem. Grandes fábricas de tecidos não aguentaram a concorrência com os importados e com novas indústrias que abriram em outros estados.

A indústria farmacêutica buscou oportunidades em outros estados, como Goiás. A economia do Rio tem forte presença do refino do petróleo e o estado já foi grande produtor de um derivado importante: o plástico.

O petróleo ficou, mas muitos fabricantes de plástico se mudaram para os estados do Paraná, Santa Catarina e Goiás.

"Se o Estado do Rio conseguisse atrair uma média ou grande indústria por mês levaríamos 13 anos para recuperar o parque industrial perdido. É muito tempo para um estado onde a taxa de desemprego está acima da média nacional", afirma o economista da Rio Indústria William Figueiredo.

Alta carga tributária

Um levantamento mostra que os impostos levam mais de 60% do lucro de uma indústria de pequeno porte no Rio.
Há 30 anos, Paulo Ramos Júnior montou uma fábrica de painéis e displays. No auge da empresa, entre os anos de 2009 e 2011, pelo menos 100 pessoas trabalhavam no estabelecimento.

No momento, para evitar um prejuízo ainda maior, o dono decidiu fechar e vender todos os equipamentos. São máquinas importadas da Suíça e da Alemanha e que custaram milhares de euros.
Paulo explica que a carga tributária pesada foi determinante para o fechamento.

"Os impostos no Rio são totalmente fora de controle. A duas horas daqui, você consegue ter um galpão por um terço do valor, a luz você consegue até um sexto do valor que a gente paga aqui. É muito difícil", afirma o empresário.

Para mudar o cenário no estado, a indústria pede energia elétrica com ICMS menor, investimento em segurança, e continuidade das políticas públicas. As dificuldades se agravam em um estado que acabou de enfrentar um impeachment do governador e que já teve cinco outros presos.

O presidente da Rio Indústria, Gladstone Santos Júnior, afirma que a desburocratização seria um passo importante para a atração de indústrias para o estado.

"O Rio de Janeiro precisa de competitividade quando a gente fala também de redução ou simplificação ou desburocratização dos processos. Isso já seriam medidas que facilitariam e que poderiam atrair novas empresas para o estado", diz ele.


O impressor Josemar Paulo da Costa conta que já recebeu aviso prévio da fábrica onde trabalhou nos últimos 11 anos.

"É um dos estados que está sofrendo mais com o impacto do desemprego e eu vou me incluir nesse impacto sem querer", diz ele.

Imagem

Imagem
É ''cumpadi'' não vai ser fácil. O Brasil se enfiou numa armadilha, ao definir direitos e vantagens por lei acima de sua capacidade financeira de gerar receitas, pois ao mesmo tempo que novos direitos são estabelecidos, faz-se necessário mais impostos, o que onera e acaba matando a fonte geradora dos impostos. No momento, a atividade econômica mais tributada é a industrial, que está a caminho da extinção (daah). Dos setores econômicos, os que menos pagam são o financeiro e o de produção rural, não por acaso, os ÚNICOS que vão razoavelmente bem.
Há um bom tempo, o Estado Brasileiro gasta mais do que arrecada e, que, agora com a pandemia, aumentou ainda mais. Isto já é um complicador que fica ainda maior se observarmos que estados que estavam pressionados para resolverem seus gastos acima da arrecadação, resolveram o problema com o dinheiro para o combate a pandemia e autorização para o não pagamento de dividas, o que significa que, assim que a pandemia acabar, haverá uma queda na realidade, com os estados tendo que voltar a pagar as dividas e pressionando pela continuidade do bem bom (é bom lembrar que os governos abandonaram as políticas de frugalidade e gastaram com gula).
Tempos politicamente conflituosos virão no acerto de contas que terá que acontecer, mais cedo ou mais tarde.
E precisamos ver que a inflação está mostrando as garras e os juros estão subindo, complicando o rolar da dívida pública e acelerando o processo de endividamento.

Resumo da ópera:
Não há dinheiro e não há disposição política para mudar o rumo que seguimos de aumento de gastos (por exemplo, os parlamentares estão a aumentar os repasses de dinheiro para os partidos), o que significa que caminhamos para uma crise econômica brutal quando ficar muito difícil para o governo buscar dinheiro no mercado financeiro, pois teremos que encarar a necessidade de reduzir gastos (vide Grécia) e isto será uma catástrofe social, pois quem está no poder não abrirá mão de suas vantagens (vide os últimos anos) e não há margem para um aumento significativo de impostos. Acho que esses parasitas irão em direção do setor financeiro e da produção rural, se conseguirem ''sufocar'' esses setores com seus imensos tributos, será com certeza o fim total do Brasil, vamos ficar décadas ou até mais estagnados. Absurdo a carga tributária sobre a indústria, tem pateta ainda que fala em dar subsídio, adianta dar subsídio com esses impostos? Salvo engano 60% do valor dos automóveis é imposto, absurdo.




Avatar do usuário
Rurst
Sênior
Sênior
Mensagens: 1140
Registrado em: Dom Ago 21, 2016 10:45 pm
Agradeceram: 177 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#8366 Mensagem por Rurst » Dom Jul 25, 2021 8:41 pm

Bovinocultura puxa aumento na estimativa do VBP da pecuária em Mato Grosso

Projeção do Imea é de que as receitas da pecuária em MT somem R$ 30,37 bilhões ao longo de 2021, alta de 25,7% sobre o desempenho do ano passado

https://www.portaldbo.com.br/bovinocult ... ria-em-mt/







Avatar do usuário
Rurst
Sênior
Sênior
Mensagens: 1140
Registrado em: Dom Ago 21, 2016 10:45 pm
Agradeceram: 177 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#8367 Mensagem por Rurst » Seg Jul 26, 2021 4:52 pm





Avatar do usuário
Rurst
Sênior
Sênior
Mensagens: 1140
Registrado em: Dom Ago 21, 2016 10:45 pm
Agradeceram: 177 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#8368 Mensagem por Rurst » Seg Jul 26, 2021 6:14 pm

Decreto põe em xeque dez estatais de saneamento
Levantamento do Valor Data analisou os balanços de 25 companhias estaduais

https://valor.globo.com/empresas/notici ... ento.ghtml

Ao menos dez estatais de saneamento não se enquadram nas exigências da nova lei do setor, segundo levantamento realizado pelo Valor Data, com base nas demonstrações contábeis das companhias e dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis). Ao todo, foram analisadas 25 empresas públicas.

Foram identificados problemas nas companhias estaduais de Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Sergipe.

Pelas regras da nova lei, todas as companhias terão que provar que têm capacidade econômico-financeira para fazer os investimentos necessários à universalização dos serviços. Aquelas que não atenderem às exigências terão que abrir mão de contratos.

Imagem




Avatar do usuário
Rurst
Sênior
Sênior
Mensagens: 1140
Registrado em: Dom Ago 21, 2016 10:45 pm
Agradeceram: 177 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#8369 Mensagem por Rurst » Ter Jul 27, 2021 5:14 pm

Aumenta a resistência às mudanças no imposto de renda

https://obastidor.com.br/economia/aumen ... renda-1328

https://obastidor.com.br/economia/banco ... renda-1329

Representantes de 22 entidades divulgaram hoje, segunda-feira 26 de julho, manifesto pedindo a rejeição do projeto que muda as normas do imposto de renda. [SIZE=17px]Na avaliação desses segmentos, a proposta que o ministro Paulo Guedes levou ao Congresso é um retrocesso porque aumenta a carga tributária e eleva a complexidade[/SIZE]

O substitutivo apresentado pelo relator, deputado Celso Sabino, do PSDB, não mudou essa avaliação negativa, mas há a expectativa de novas alterações em agosto.

Dois pontos polêmicos atacados no manifesto são a tributação dos dividendos e o fim da dedução dos juros sobre capital próprio. Essas mudanças, se aprovadas pelo Congresso, aumentariam os custos de captação pelas empesas que seriam levadas aos empréstimos em bancos, o que significa alternativa mais cara.

Entre as 22 entidades que divulgaram o manifesto, há representantes de advogados, indústria, comércio, energia, serviços e ética concorrencial.

Os bancos também procuram convencer o deputado Celso Sabino, relator do projeto que muda as normas do imposto de renda, a corrigir distorções. A expectativa é a de que o parlamentar apresente um novo texto do substitutivo no início de agosto.

No caso das instituições financeiras, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), espera que haja convergência entre a alíquota aplicada ao setor e a dos segmentos que exercem a mesma atividade. Dessa maneira, fica mais equilibrada a concorrência.

A Febraban defende a aprovação de reformas estruturais da economia para que o Brasil dê condições de crescimento sustentado. Entre as reformas necessárias, está a tributária. O projeto que muda o imposto de renda é apenas parte disso.

Na avaliação da Febraban, a direção correta de uma reforma tributária é reduzir a carga das empresas e, ao mesmo tempo, simplificar a administração para o pagamento das obrigações.




Avatar do usuário
Matheus
Sênior
Sênior
Mensagens: 6180
Registrado em: Qui Abr 28, 2005 4:33 pm
Agradeceram: 432 vezes

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#8370 Mensagem por Matheus » Qua Jul 28, 2021 4:14 pm

Se for pela opinião da OAB, os advogados tem que ser isento de impostos....esse pjotização de médico e advogado é vergonhosa...e pior defendida pela OAB. Segundo eles, pobre é que tem que pagar imposto.




Responder